tag:blogger.com,1999:blog-55882010316579064992024-03-14T09:40:31.723-07:00Movimento Espiritualidade InclusivaBlogue do Movimento Espiritualidade Inclusiva. Artigos sobre visão inclusiva nas diversas formas de espiritualidade; denúncias de preconceito religioso e fundamentalista contra LGBTs; dicas de blogues, sites, filmes e documentários; tradução de artigos; divulgação de eventos LGBT e os inclusivos; notícias do mundo LGBT; decisões legislativas e debates políticos relativos aos direitos LGBT; temas culturais relevantes. Contato: espiritualidadeinclusiva@gmail.comEspiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.comBlogger166125tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-63894536395357885332015-06-19T15:20:00.002-07:002015-06-19T15:20:27.374-07:00CARTA-PETIÇÃO À CÂMARA DOS DEPUTADOS PELA DEFESA DAS RELIGIÕES NÃO CRISTÃS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5-BH_3XC1TBSeGHrSxGegMjdNcZvIJbE0HaJ_qj_gnSS5mjjwDuRXCKIJUeclciO3PRAEK8kjhZXE7pYKPfnGls4d7UnjheUaYqTgQ-Da1PZkoVFP-MgfWxAfmrRpQ8fqsDKwyPEz65Q/s1600/original_5584460a7040e.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5-BH_3XC1TBSeGHrSxGegMjdNcZvIJbE0HaJ_qj_gnSS5mjjwDuRXCKIJUeclciO3PRAEK8kjhZXE7pYKPfnGls4d7UnjheUaYqTgQ-Da1PZkoVFP-MgfWxAfmrRpQ8fqsDKwyPEz65Q/s400/original_5584460a7040e.png" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Amigos,<br />
<br />
Escrevi o texto que segue, criando petição para Câmara dos Deputados, diante dos estarrecedores acontecimentos recentes no Brasil. O link é<br />
<a href="https://secure.avaaz.org/po/petition/Camara_dos_Deputados_Projeto_de_Lei_de_protecao_as_religioes_espiritas_e_de_matriz_africana/?nvuXwjb">https://secure.avaaz.org/po/petition/Camara_dos_Deputados_Projeto_de_Lei_de_protecao_as_religioes_espiritas_e_de_matriz_africana/?nvuXwjb</a><br />
<br />
<span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Senhores Deputados:</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Nos últimos anos, temos assistido, horrorizados, a uma crescente onda de atentados às religiões brasileiras que professam crenças diferentes do (ou complementares ao) cristianismo.</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Admiramos profundamente a beleza da palavra deixada pelo Cristo, que, em seu âmago, trazia o respeito por todos, sem qualquer preconceito, sempre fornecendo amparo e amor a todas as criaturas.</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Por isso mesmo, consideramos que haja urgência absoluta em que essa Casa elabore um projeto em que o Estado Brasileiro proteja os praticantes de todos os cultos para que possam continuar exercendo a sua fé, seja ela qual for, com a liberdade que a Constituição Federal assegura.</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Casos muito recentes, como o apedrejamento, no Rio de Janeiro, da menina de 11 anos Kaylane, praticante do Candomblé, o assassinato do médium Gilberto Arruda, do Centro Espírita Frei Luiz, o vilipêndio e depredação do túmulo do médium Chico Xavier, em Uberaba, a expulsão de Casas Espíritas em comunidades, entre tantos outros casos de inconcussa intolerância religiosa, necessitam urgentemente de um remédio jurídico que seja respaldado pela força legiferante dessa Câmara.</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Um país como o Brasil, construído pela sinergia de etnias e credos -- que já não é mais uma teocracia, como o foi antanho --, não pode ser vítima de atos fascistas que contrariem a atual laicidade do Estado e a liberdade de culto conquistada ao longo de sólido e histórico diálogo democrático entre os diversos códigos que compuseram nosso Ordenamento Jurídico.</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Essas formas totalitárias e preconceituosas de comportamento e conduta revelam inaptidão completa de se viver numa sociedade plural como a brasileira, e necessitam de medidas emergenciais, com as devidas coerções legais, a fim de serem imediatamente coibidas e freadas.</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Nós, o Povo, única fonte de poder estatal, não podemos e não queremos assistir inertes à depreciação de nossos direitos, garantidos pela contraparte dos deveres que cumprimos diuturnamente com nossos trabalhos, nossos impostos, nossa abertura ao diálogo no país multicultural em que nascemos e vivemos. </span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Atenciosamente,</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">Professor Doutor Marcelo Moraes Caetano, PhD</span><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><br style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;" /><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2000007629395px;">(Professor Adjunto da UERJ)</span></div>
MARCELO MORAES CAETANOhttp://www.blogger.com/profile/04103045864895625197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-66480517108729071002015-06-05T08:01:00.000-07:002015-06-05T08:01:01.255-07:00Como o Budismo abraça toda forma de amor<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<i><b>Por Rev. Jean Tetsuji</b></i><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgygCC7tVUaZXKACYmk3PEjH_RraKdcvsI4skF6iBoBYh_PpxLDBKAkecdzlBd2Q0_S2UuenAHfxmPj6VDVoqJ5Y2ennLrFrkdZo_gcY6VWTl4IAtpD4JmQs8Kd6Rsh5Ki4q7lKJraZbfwD/s1600/toda-forma-de-amor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgygCC7tVUaZXKACYmk3PEjH_RraKdcvsI4skF6iBoBYh_PpxLDBKAkecdzlBd2Q0_S2UuenAHfxmPj6VDVoqJ5Y2ennLrFrkdZo_gcY6VWTl4IAtpD4JmQs8Kd6Rsh5Ki4q7lKJraZbfwD/s320/toda-forma-de-amor.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Esta semana a comunidade LGBT faz mais uma vez validar seu pedido de respeito e compreensão junto à sociedade por meio da famosa Parada gay. O tema deste ano, <b>"eu nasci assim, eu cresci assim"</b> posiciona uma nova maneira de mostrar que a diversidade de identidade sexual é real, legítima e sobretudo humana. E vai de encontro a uma breve reflexão que gostaria de fazer.<br /><br />O budismo não se preocupa com relação a este assunto, ele não é um dogma moral muito menos punitivo aos olhos de um ser superior. Na verdade, tanto faz você ser gay ou hétero, pois não é a sua condição, ao que se convencionou de moral, que o leva ao nascimento a Terra Pura e ao Nirvana. A propósito, esta ação de ir nascer na Terra Pura no budismo Shin é proporcionada pelo Voto do Buda e não pela pessoa com seu esforço próprio. Não esqueçamos ainda que esse conceito moral é uma criação abrahâmica da sociedade ocidental e vivamente incutida na mente coletiva, mesmo de quem não é praticante religioso.<br /><br />O desejo sexual, assim como outros instintos ou comportamentos, estão baseados fundamentalmente nos cinco agregados, os chamados <i>skandhas</i>: forma, sensações, percepções, formações mentais e consciência . Eles são, como tudo no universo, impermanentes, interdependentes e efêmeros. E não são eles o sofrimento em si, mas o apego que damos a eles. Em suma, nos apegarmos a ideia do desejo ou não é que gera o sofrimento, não o fato em si. A compreensão sobre esses cinco agregados nos permite uma visão melhor da própria existência humana. Todas as sexualidades, homo ou hétero levam à inquietude, à insatisfação constante da mente e por consequência ao sofrimento pela angústia e aflição do eterno desejo insaciável. Logo, o desejo gay é tão doloroso quanto o desejo hétero. E a liberação do sofrimento é o alvo maior dos ensinamentos budistas. Poderíamos ficar horas falando sobre os Cinco agregados. Reproduzo aqui uma passagem interessante.<br />
<br />
No Sutra Girando a Roda, o Buda diz: <i>"Quando nos apegamos aos Cinco Agregados, eles produzem sofrimento".</i> Ele não disse que os agregados são, por si mesmos, o sofrimento. Há uma imagem no <i>SutraRatnakuta </i>que nos pode ser útil. Um homem joga um bolo de terra para um cachorro. O cachorro olha para o bolo de terra e late furiosamente, porque não entende que é o homem, e não o bolo de terra, o responsável por sua frustração. O sutra continua: <i>"Da mesma maneira, uma pessoa comum, presa a conceitos dualistas, pensa que os Cinco Agregados são a causa de seu sofrimento, enquanto na verdade a raiz do sofrimento está na falta de compreensão da natureza impermanente, sem existência separada, e interdependente dos Cinco Agregados. Não são os Cinco Agregados que nos fazem sofrer, mas a forma como nos relacionamos com eles. Ao observarmos a natureza impermanente, interdependente e sem existência própria de tudo o que existe, não sentimos aversão pela vida, mas, ao contrário, constatamos como a vida é preciosa". </i> (retirado do site Acesso ao insight, trecho do livro A essência dos ensinamentos de Buda – Thich Nhat Hahn)<br /><br />Ainda ressalto que, para o budismo, não há o conceito de pecado nem culpa julgada por um ser divino, criador, superior ou demiurgo como o conceito de Deus. Logo, para budistas (gays), a vida se torna mais leve em entender e viver sua identidade sexual. O mesmo acontece com espíritas e anglicanos e algumas vertentes que, em paralelo às escrituras tradicionais, procuram interpretar seus ensinamentos de forma mais atual e holística.<br /><br />O desejo pelo mesmo sexo não é algo previsível, assim como ser canhoto ou gostar mais de doce ou salgado. Esses conflitos são produto de uma mente discriminativa do próprio ego e de uma cultura imposta como verdade absoluta. Muito menos o sexo é visto como perpetuação da espécie humana para um projeto divino. É preciso ainda lembrar que somos um grande fluxo cármico de várias gerações e variedades, onde a Vida nos é concedida, em meio à causas e condições. Sempre brinco se alguém aqui pediu para nascer, rsrs, acho que não né?<br />
<br />Em nossas formações fisicas e mentais, eu vejo a sexualidade antes de tudo como uma identidade do desejo inato, não de uma influência de criação sócio-familiar, senão não haveriam individuos gays pois seus pais são héteros, nem uma opção pois a vida não é uma autoprogramação, e muito menos escolha, pois não há desejo pelo oposto como alternativa, salvo aqui os bissexuais. O desejo homoafetivo assim vem junto ao nascimento, aos que assim vieram, cedo ou tarde desvela seu instinto (o jargão "sair do armário"), mas pela força da sociedade que vivemos temos uma tendência a nos subjugar pela moral ditada pelos dogmas de culturas religiosas impostas e assim nos sentirmos culpados, confusos e castigados.<br /><br />Nesse ponto, algo importante a se revelar: a crença e os dogmas de uma deteminada religião só tem validade se você nela crer, caso contrário, nenhum julgamento pode ser intimidador. Os dogmas e crenças são relativos, a verdade budista não é válida para judeus, nem a cristã para os muçulmanos, e nem preciso discorrer mais sobre o ponto visto os séculos de guerras. Portanto, a comunidade LGBT se faz posicionar no conceito de sociedade laica e assim respeitar sua presença junto à ela.<br /><br />Logo, no budismo, o Buda o abraça em sua Luz e Sabedoria e o recebe em sua Terra Pura do jeito que é, por razões que brevemente discorri sobre os Agregados. Em breve analogia, é o que outras vertentes como anglicanos ou espíritas preconizam, aceitando a comunidade homoafetiva em suas sedes e os compreendendo como filhos de Deus. E, apenas para finalizar, as pessoas se preocupam tanto com o ato sexual em si, perpetuação da família (que aliás esse é outro assunto para mais tarde), plano divino, mas esquecem o mais profundo e fundamental, o Amor pelo outro expresso entre si no mais puro e belo afeto. E isso é absolutamente indiscutível, legítimo e relevante diante de qualquer religião.<br /><br /><br /><span style="font-size: large;"><b>Sobre o autor</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiecxrC1LOiE2URS-xt7IyeO7dYRkCII9cMHApRh8gjebqllEdnzzFszygFA3TzH85P4EE3JtugQkhgi1jiQYi837_nWY4eCUYMwQmQ1VAasS_Nq5YelPKWn9sPCbu1dbxmHGuOv7wToHIF/s1600/11081134_1602851116618449_1484936518423720728_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiecxrC1LOiE2URS-xt7IyeO7dYRkCII9cMHApRh8gjebqllEdnzzFszygFA3TzH85P4EE3JtugQkhgi1jiQYi837_nWY4eCUYMwQmQ1VAasS_Nq5YelPKWn9sPCbu1dbxmHGuOv7wToHIF/s200/11081134_1602851116618449_1484936518423720728_n.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<b>Rev. Jean Tetsuji </b><i>começou sua trajetória pela espiritualidade com a Igreja Messiânica, na qual chegou a ser pré-seminarista. Aos 30 anos começou a se interessar pelo Budismo. A questão de Criador e criatura sempre lhe foi alvo de inquietude, sobretudo com relação a culpa, pecado e sexualidade. Em 2002, começou a frequentar a Escola Terra Pura. Mudou-se para Maceió em 2005, onde firmou mais seus estudos, iniciando um pequeno grupo de estudos junto ao Rev. Wagner Bronzeri. Decidiu-se, então, a propagar o Dharma no sentido formal do Sangha. Foi ordenado em maio de 2013, no templo matriz (Honzan) em Kyoto, Japão, em uma cerimônia belíssima e solene junto a tantos outros com objetivo de propagar o Dharma, os ensinamentos do Mestre Shinran e do Buda Shakyamuni.</i><br />
<i> </i> <span class="_c24 _50f3"></span><br />
<div>
<a href="http://www.amida.org.br/" rel="nofollow me" target="_blank">http://www.amida.org.br</a></div>
<div>
<a href="http://higashihonganji.or.jp/english/" rel="nofollow me" target="_blank"><span>http://higashihonganji.or.jp/</span><wbr></wbr><span class="word_break"></span>english/</a></div>
<div>
<a href="http://www.jodoshinshu.com.br/" rel="nofollow me" target="_blank"><span>http://</span><wbr></wbr><span class="word_break"></span>www.jodoshinshu.com.br/</a></div>
<div>
<a href="http://www.honganji.org.br/" rel="nofollow me" target="_blank">http://www.honganji.org.br</a></div>
<div>
<a href="http://cbb.bodhimandala.com/" rel="nofollow me" target="_blank">http://cbb.bodhimandala.com/</a></div>
<div>
</div>
<br /><br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-80364950713836130472014-07-17T08:32:00.001-07:002014-07-17T08:32:44.045-07:00Líder Espiritual Budista visita GLAAD, e compartilha a filosofia 'Live to Love'<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b><span lang="pt-PT">Por
Ross Murray, Diretor de Notícias, tradução de Paulo Stekel
(confira a notícia original em
<a href="http://www.glaad.org/blog/video-spiritual-leader-visits-glaad-shares-live-love-philosophy">http://www.glaad.org/blog/video-spiritual-leader-visits-glaad-shares-live-love-philosophy</a>)</span></b></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box1"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box2"></a>
<span style="font-size: x-small;"><i>GLAAD - Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (Aliança Gay e
Lésbica Contra a Difamação), <span lang="pt-PT">é uma organização
norte-americana não-governamental de monitoramento de mídia fundada
por pessoas LGBT da mídia. Antes de março de 2013, o nome de
"GLAAD" era um acrônimo para "Gay & Lesbian
Alliance Against Defamation", mas tornou-se o principal nome
devido a sua inclusividade de temas bissexuais e transgêneros. Sua
missão, em parte, é "[ampliar] a voz da comunidade LGBT,
capacitando pessoas reais a compartilhar suas histórias,
responsabilizar a mídia pelas palavras e imagens que apresenta, e
ajudar organizações locais a se comunicar de forma eficaz." </span></i></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX2hdQFY1qESwaV1B5DbxPNXA-ae91OmZJ64psD34bIIYqxxRt3Pk21VH6yaZWNFln2pKWY85KkphbTNjZDaavMn6jR2l65RfkaXd26FJF0diD-Ur89xu3Rrn1CCvnPD_n0FpvQEnlA7Yj/s1600/Dyalwang+Dukpa+and+Omar+Sharif+Jr..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX2hdQFY1qESwaV1B5DbxPNXA-ae91OmZJ64psD34bIIYqxxRt3Pk21VH6yaZWNFln2pKWY85KkphbTNjZDaavMn6jR2l65RfkaXd26FJF0diD-Ur89xu3Rrn1CCvnPD_n0FpvQEnlA7Yj/s1600/Dyalwang+Dukpa+and+Omar+Sharif+Jr..jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box3"></a>
<span lang="pt-PT"><b>Sua Santidade Gyalwang Drukpa</b>, líder
espiritual de milhões de budistas em todo o mundo, esteve no
escritório da GLAAD [EUA] recentemente para falar sobre defesa LGBT e
sobre suas obras de caridade com o membro da GLAAD, <b>Omar Sharif, Jr.
</b>(foto acima) e o restante do nosso pessoal. Ele explicou sua
filosofia de <b>"Live to Love"</b> [“Viver Para Amar”] (que é
adotada na sua fundação sem fins lucrativos com o mesmo nome), com
estas palavras:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box4"></a>
<i><span lang="pt-PT"><b>"Live to Love"</b> é um processo de
educação. Eu espero que nós venhamos a ser educados sobre como
viver neste mundo. Para amarmos uns aos outros, não para nos
odiarmos. Esse é o tipo de educação que eu estou tentando ativar,
para fazer as pessoas entenderem isso."</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjHbbqkNiDWvArK5pRhZjpeSa3VWzN5aZpKtw_sFBGPmbjUzvqgxLtF7A1EvuKJVEr3gWliJCl5CkcVEZ_D_nw220FE9InET84T4Yfxwq2yQrhpZ_trh9JUmgMqRN0MEkvf5Ff7Lgz-KqK/s1600/Gyalwang+Drukpa+interview.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjHbbqkNiDWvArK5pRhZjpeSa3VWzN5aZpKtw_sFBGPmbjUzvqgxLtF7A1EvuKJVEr3gWliJCl5CkcVEZ_D_nw220FE9InET84T4Yfxwq2yQrhpZ_trh9JUmgMqRN0MEkvf5Ff7Lgz-KqK/s1600/Gyalwang+Drukpa+interview.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box5"></a>
<span lang="pt-PT">Quando perguntado sobre as leis anti-LGBT em seu
país de origem, a Índia, Sua Santidade falou contra a
criminalização da homossexualidade. </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box6"></a>
<i><span lang="pt-PT">Eu tenho que falar repetidas vezes sobre a
importância da igualdade... Aquelas pessoas que têm poder para
criar todas essas leis, têm que ter conhecimento especial sobre a
importância da igualdade... [As pessoas sujeitas a essas leis] podem
ser gays, lésbicas ou o que for. Afinal de contas, ele ou ela é um
ser humano. Afinal de contas, ele ou ela é um ser. Então,
precisamos respeitá-los igualmente... Contrariamente, puni-los e
matá-los, dando-lhes um momento difícil, esta não é a solução.</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box7"></a>
<span lang="pt-PT">E, Sua Santidade tinha uma mensagem para as
pessoas LGBT: </span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box8"></a>
<i><span lang="pt-PT">Vocês devem ser confiantes e ser vocês mesmos
e tentarem fazer uso de si mesmos e de sua energia. Levantem-se e
ajudem-se uns aos outros e levantem a suas vozes em direção ao
mundo. </span></i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box9"></a>
<span lang="pt-PT">Sua Santidade foi reconhecido pelo Dalai Lama. O
Drukpa tem seguidores na Índia, no Himalaia, Europa, México, Peru,
Malásia, Hong Kong, Taiwan, Vietnã, Austrália e Estados Unidos. Um
forte defensor do meio ambiente, igualdade de gênero e tratamento do
HIV/AIDS, Sua Santidade começou a falar contra as perigosas leis que
criminalizam a homossexualidade e sobre cultura </span><span lang="pt-PT"><i>queer</i></span><span lang="pt-PT">
em países como a Índia.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkltvFpetD6T50c5E47p8GHS9bMWDbn3L-b-xGO-kdCAyVGaYPNCD7X9J0QeUwPmuKht94uHPXt2IVhC_b1_4Ny5p-u4iw_weyfm2pq29wwpoOWEZxFxXXONDjdJYEGUZwLzASnIqjbfis/s1600/GLAAD+Staff+Gyalwang+Drupka.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkltvFpetD6T50c5E47p8GHS9bMWDbn3L-b-xGO-kdCAyVGaYPNCD7X9J0QeUwPmuKht94uHPXt2IVhC_b1_4Ny5p-u4iw_weyfm2pq29wwpoOWEZxFxXXONDjdJYEGUZwLzASnIqjbfis/s1600/GLAAD+Staff+Gyalwang+Drupka.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<span lang="pt-PT">Dê
uma olhada [áudio em inglês]:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><a href="http://youtu.be/-4TrY2dWq5Q"><span lang="pt-PT">http://youtu.be/-4TrY2dWq5Q</span></a></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span lang="pt-PT">OPORTUNIDADE AUSPICIOSA:</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibGHF01t7sl4FYDhLcU0mMIziFb_yVWUgZMUxWhoBYSKwHc-agxmf3bSMm4AGOf7gEUvFIBEGD1bi7UDW8GuCglg04Nok7Y6N8H-RhlvxT5yCZBG3RU5i7lLaHJuzRnuWh2IY6ggabPZy6/s1600/10299063_511094602324296_5913372187460593033_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibGHF01t7sl4FYDhLcU0mMIziFb_yVWUgZMUxWhoBYSKwHc-agxmf3bSMm4AGOf7gEUvFIBEGD1bi7UDW8GuCglg04Nok7Y6N8H-RhlvxT5yCZBG3RU5i7lLaHJuzRnuWh2IY6ggabPZy6/s1600/10299063_511094602324296_5913372187460593033_n.jpg" height="147" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span lang="pt-PT">Neste
mês de Julho, entre os dias 22 e 27, S. S. Gyalwang Drukpa estará
no Brasil. Dia 22 de julho, no Rio de Janeiro, e de 23 a 27 de julho,
em Brasília. Já está definido que ele vai se encontrar com as forças vivas do movimento LGBT em Brasília.</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Confira abaixo a
programação de S. S. Gyalwang Drukpa no Brasil.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>RIO DE JANEIRO</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>22/7/2014
(terça-feira) – 19h</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Lançamento e
Palestra sobre o livro Iluminação Diária de S.S. Gyalwang Drukpa</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Local: Livraria Cultura
- Senador Dantas, 45 – Centro</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
BRASÍLIA</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>23/7/2014
(quarta-feira) – 19h</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Meditação e
Educação: Educando para a Felicidade, diálogo com S.S. Gyalwang
Drukpa, Roberto Crema (Unipaz) e Lama Padma Samten (Centro de Estudos
Budistas Bodisatva)</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Local: Centro de
Excelência em Turismo – Universidade de Brasília (UNB), Campus
Universitário Darcy Ribeiro – L3 Norte / Gleba A</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>24/7/2014
(quinta-feira) – 19h</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Lançamento e
palestra do livro Iluminação Diária de S.S. Gyalwang Drukpa</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Local: Livraia Cultura
Shopping Iguatemi/Lago Norte</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>25/7/2014
(sexta-feira) – 19h-21h</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Workshop “Felicidade
Genuína: Como construir uma Vida mais Significativa e com
Consciência Plena”</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Local: Centro de
Excelência em Turismo – Universidade de Brasília (UNB), Campus
Universitário Darcy Ribeiro – L3 Norte / Gleba A</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>26/7/2014 (sábado)
– 10h-12h manhã – 15h- 17h tarde</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Workshop “Felicidade
Genuína: Como construir uma Vida mais Significativa e com
Consciência Plena”</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>19h-22h – Os 28
Versos de Mahamudra de Tilopa para Naropa</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentados por Sua
Santidade Gyalwang Drukpa</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Local: Centro de
Excelência em Turismo – Universidade de Brasília (UNB), Campus
Universitário Darcy Ribeiro – L3 Norte / Gleba A</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>27/7/2014 (domingo)
– 9h30-12h00 manhã</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Iniciação do Buda
da Medicina e Instruções de Meditação</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Local: Parque da Cidade
em Brasília - Estacionamento 4 (próximo ao Restaurante Gibão)</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT"><span style="font-size: large;"><b>Veja
a programação completa de S.S. Gyalwang Drukpa no Brasil, biografia
e como se inscrever - De 22 a 27 de Julho de 2014 no Rio de Janeiro e
Brasília - Acesse: <a href="http://www.gyalwangdrukpa.org.br/" target="_blank">www.gyalwangdrukpa.org.br</a></b></span>
</span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-43719946570337248382014-03-26T17:36:00.001-07:002014-03-26T17:36:54.135-07:00Bíblia Sagrada, Pretensionismo e Homossexualidade<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><i>Por Victor Orellana</i></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJPTUCzPzETbBu41pNXmaIjX_X5DQBfV6dDv1TfKFjAXkWuixRqHlD0fg8nXIG-zqZRZY5rhS0hDbYrXH8qc3Z-NwJzyBkbLywIJw-7M5j8G9xVm-gb6QsH_dchjooZkPRh6uLtjg5jBw/s1600/queen-james-gay-bible.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJPTUCzPzETbBu41pNXmaIjX_X5DQBfV6dDv1TfKFjAXkWuixRqHlD0fg8nXIG-zqZRZY5rhS0hDbYrXH8qc3Z-NwJzyBkbLywIJw-7M5j8G9xVm-gb6QsH_dchjooZkPRh6uLtjg5jBw/s1600/queen-james-gay-bible.jpg" height="229" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ao analisar o vasto
número de traduções da Bíblia na Língua Portuguesa e a crescente
oposição do protestantismo fundamentalista militante em relação
aos gays (me refiro principalmente aqueles que usam de seus cargos
públicos para reforçar preconceitos, crimes de ódio, repressão às
minorias sexuais, etc, etc) cresceu em mim o interesse de fazer um
texto onde abordasse os famosos "versículos do terror".
Bem, é notório como as igrejas fundamentalistas usam tais
versículos, descolando-os de seu contexto bíblico e, inclusive, de
seu contexto histórico também, diga-se de passagem, para
utilizá-los como instrumento ideológico, com o objetivo de
apagarem, se não, reduzirem pessoas perante a sociedade como
"cidadãos de segunda classe", "categoria imoral"
ou até mesmo "inumanos". A Igreja Batista de Westboro
inclusive, sai em eventos públicos com cartazes nos EUA onde afirma
taxativamente <i>"Deus odeia gays"</i>, tomando ao pé da
letra os textos de Levítico 18:22, onde diz <i>"Não se deitará
homem com homem (...), abominação é"</i>. No dicionário
deles abominação é sinônimo de odiar, tsc tsc, um flagrante caso
de pretensão quiçá no livro sagrado que foi traduzido. Será que a
palavra moderna ou "equivalência dinâmica" para o
original hebraico é "detestar", ou "odiar"?
Evidente que não; então, temos aqui distorcedores da Palavra.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Apenas para adentrarmos
ao tema, é bom lembrarmos que os cristãos não são unânimes em
relação ao tratamento que a Bíblia Sagrada tem quanto a sua
interpretação. Os católicos, por exemplo, vêem a Bíblia como um
livro sagrado que precisa de pessoas especializadas com sofisticação
teológica e autoridade eclesiástica para interpretá-la; os
protestantes acreditam na doutrina do livre-exame da Bíblia onde,
segundo eles, qualquer um é capaz de interpretá-la, mas para ambos
os grupos, o livro é a Palavra de Deus.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Só que ambos os grupos
não acreditam que seja um ditado de Deus descido dos céus, embora
para grupos radicais de ambos os lados o livro seja tratado dessa
forma, como algo "inerrante" a respeito de todos os temas
onde possa adentrar. Será??</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Óbvio que ao leitor
não acostumado com os temas seria mais difícil entender as coisas
se fôssemos descrevê-las com terminologias teológicas ou regras de
exegese dos originais ou até mesmo de interpretação ou
hermenêutica. Tentarei ser elucidativo sem adentrar em termos
técnicos demasiados.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Para os eruditos
católicos, o texto tem que ser traduzido literalmente, sendo
necessário ao intérprete ter conhecimento necessário para poder
entender o texto sem divorciá-lo do seu contexto e devido sentido.
Não é à toa que as melhores traduções da Bíblia Sagrada são as
católicas. Tomemos como exemplo o texto de Isaías 34:14 da <b>Bíblia
de Jerusalém</b> (católica) que diz: <i>"Os gatos selvagens
conviverão ali com as hienas, os sátiros chamarão seus
companheiros. Ali descansará Lilit, e achará um pouso para si".
</i>O texto alude a destruição de um povo e de como seria deixado
em ruínas, etc. Pois bem, o texto usa de uma linguagem poética para
descrever isso, aludindo inclusive a mitos comuns do povo hebreu,
como sátiros e Lilit. Tais personagens poderiam ser reais ou míticos
na mente do escritor do texto. Agora vejamos a tradução protestante
<b>João Ferreira de Almeira</b> revista e corrigida: <i>"E os
cães bravos se encontrarão com os gatos bravos; e o sátiro clamará
ao seu companheiro; e os animais noturnos ali pousarão e acharão
lugar de repouso para si". </i>Como vemos, houve um processo de
naturalização do texto, já que os protestantes não são propensos
a crerem em mitos no texto bíblico. Vejamos nas Bíblias mais
modernas, como a Tradução <b>Linguagem de Hoje</b>, que diz: <i>"Os
gatos do mato e outros animais selvagens morarão ali; demônios
chamarão uns aos outros, e ali a bruxa do deserto encontrará um
lugar para descansar". </i>A linguagem mítica e poética
desaparece para dar lugar a uma naturalização e sobrenaturalização
dos temas envolvidos, e na <b>Nova Versão Internacional </b>assim
narra: <i>"Criaturas do deserto se encontrarão com hienas, e
bodes selvagens balirão uns para os outros, ali também descansarão
as criaturas noturnas e acharão para si locais para descanso".
</i>Aqui tudo se torna naturalizado, e é uma mostra clara de como a
Palavra de Deus através de suas traduções vai se adaptando ou
acoplando ao nível cultural e informação do povo em sua maioria,
ao senso comum.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ou seja, para que o
texto se torne mais compreensível ao leitor mediano, a forma (das
escrituras) vai se afastando completamente do conteúdo original; daí
nos perguntamos: onde está a fidelidade ao texto original nessas
traduções??? Cadê a tão propalada equivalência dinâmica que tem
que existir no processo de tradução deixando através de palavras
modernas a aproximação maior ao sentido do texto original?
Inexiste. As traduções modernas dessa forma vão se tornando
quimeras adaptativas ao senso comum longe do original bíblico.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Outro exemplo que
podemos citar dessa falsa equivalência dinâmica é o texto de II
Reis 3:27: <i>"Tomando então, seu filho primogênito, que devia
suceder-lhe no trono, ofereceu-o em holocausto sobre a muralha. E
houve uma grande cólera contra os israelitas, que se retiraram e
voltaram para sua terra."</i> Ora, é evidenciado aqui que, numa
guerra entre os moabitas e israelitas, o rei de moabe sacrifica seu
próprio filho, gerando uma ação direta de seu "Deus Camós",
que se encoleriza contra os israelitas. Nas traduções mais
pretensiosas, ou seja, que procuram adequar o texto à mentalidade
moderna, essa crença no politeísmo tanto do povo de Israel como do
escritor do texto desaparecem, para salvaguardar o monoteísmo
israelita. Vejamos como João Ferreira de Almeida traduz o texto:
<i>"Então, tomou seu filho primogênito, que havia de reinar em
seu lugar, e o ofereceu em holocausto sobre o muro; pelo que houve
grande indignação em Israel; por isso retiraram-se dele e voltaram
para sua terra". </i>Aqui se perde o sentido original. A
Linguagem de Hoje assim traduz: <i>"Então pegou o seu filho
mais velho, que iria ficar no lugar dele como rei, e o ofereceu em
sacrifício ao deus de Moabe nas muralhas da cidade. Os israelitas
ficaram apavorados e por isso saíram dali e voltaram para o seu
país." </i>Aqui desaparece qualquer ação direta do deus Camós
e os israelitas ficam apavorados porque "acharam" que
deveriam temer "alguma coisa", ou seja, o politeímo
desaparece do relato do escritor e permanece somente na ação dos
israelitas. Na Nova Versão Internacional: <i>"Então pegou seu
filho mais velho, que devia sucedê-lo como rei, e o sacrificou sobre
o muro da cidade, isso trouxe grande ira contra Israel, de modo que
eles se retiraram e voltaram para a sua própria terra". </i>Ou
seja, a ira provêm do contexto natural dos próprios moabitas contra
Israel por causa da morte do herdeiro pelo rei.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Pretensionismo é
quando, por conta da força do senso comum de alguém que é
tradutor, traduz algo, fugindo da originalidade do texto para
adaptá-lo à sua compreensão das coisas ou da realidade. Para
melhor explicarmos, é quando a "nova forma" foge do
"conteúdo original" para adaptar-se à "forma do
tradutor", que por sua vez representa um senso comum de pessoas
que pensam como ele em determinados assuntos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A partir daí podemos
perceber a má vontade em traduzir corretamente textos relacionados à
homossexualidade, etc. Não que a Bíblia Sagrada aprove relações
sexuais entre dois homens, porque isso não o faz, mas que as
relações homossexuais que ela condena necessariamente não são
aquilo que consentidamente se aceita hoje como uma relação entre
dois adultos, consensual e conscienciosamente, plenamente aceita em
países livres.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Vejam o "versículo
do terror" muito usado pelos evangélicos fundamentalistas como
está na Bíblia de Jerusalém: <i>"Então não sabeis que os
injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais! Nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados,
nem as pessoas de costumes infames, nem os ladrões, nem os
avarentos, nem os bêbados, nem os injuriosos herdarão o Reino de
Deus" </i>- I Coríntios 6:9. Os termos gregos são bem
traduzidos aqui pois denotam hábitos libertinos dos gregos e
romanos, como bem se sabe a respeito da cultura helênica, ou seja,
mancebos escravizados para fim sexual e pederastas, adultos que
apesar de casados, se divertiam como tais escravos.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Na tradução João
Ferreira de Almeida assim traduz: <i>"Não sabeis que os
injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,
nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados,
nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus".
</i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A Linguagem de Hoje:
<i>"Com certeza vocês sabem que os maus não herdarão o Reino
de Deus. Não se enganem, não herdarão o Reino de Deus os imorais,
os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões,
os avarentos, os bêbados, os difamadores, os marginais". </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A Nova versão
Internacional : <i>"Vocês não sabem que os perversos não
herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar, nem imorais, nem
idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem
ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem
trapaceiros herdarão o Reino de Deus".</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Para quem não entendeu
ainda, os homossexuais não são somente polêmicos, são
revolucionários, e por serem assim eu já presenciei alguns que
decidiram se anular para voltarem à pseudo-aceitação de suas
famílias e de seus contextos sociais conservadores. É uma pena, mas
eu os compreendo de todo coração. Somente os liberais puderam
romper paradigmas, e dessa forma, mostrarem um novo horizonte nunca
antes visto. Não será com lentes que os conservadores nos dão que
conseguiremos enxergar essa liberdade, ou usando as próprias
palavras de Jesus, <i>"não se remenda pano novo com roupa
velha"</i>. Reafirmar certo conservadorismo libertário ou
neo-ortodoxia para mim é contraproducente. Cuidado com as
mentalidades fundamentalistas, que vemos aparecerem por aí.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Afirmemos nossas vidas
e existências, mesmo que "pretensas Palavras de Deus" nos
digam o contrário, ou pretenciosos tradutores. Não precisamos
dessas quimeras e nem de novas traduções que nada mais sabem ser
que reflexos do senso comum da sociedade que tanto oprime e reprime
os gays, e estes, muitas vezes se vêem sem coragem ou ânimo para
exercerem o que de fato justifica suas vidas, que é a capacidade de
amar e ser amados. Ou seja, cada um sabe viver a simplicidade da
vida, não compliquemos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Felicidade a todos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Sobre o autor</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ997fDP6Czdu23qfOMPwRcH0Ty39jZXAtGNSJw_ULjJWVDiFkb5bayU0uUN9p7jEyiW1LJBAHwvU64v-7gr_SPy85RIdGLrd2Xii7_fC8mrbqvRpljMDLDQpSB_YLayntOyBuAVBvag8/s1600/Victor+Orellana.jpeg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ997fDP6Czdu23qfOMPwRcH0Ty39jZXAtGNSJw_ULjJWVDiFkb5bayU0uUN9p7jEyiW1LJBAHwvU64v-7gr_SPy85RIdGLrd2Xii7_fC8mrbqvRpljMDLDQpSB_YLayntOyBuAVBvag8/s1600/Victor+Orellana.jpeg.jpg" height="200" width="150" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Victor Orellana é Pastor
e Mestre espiritual.</b></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><a href="mailto:acalantonet@hotmail.com">acalantonet@hotmail.com</a> </b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-22407799384504553322014-03-26T17:32:00.000-07:002014-03-26T17:32:50.110-07:00Primeira Exortação do Papa Francisco<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="border-image: none; line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<a href="http://www.lgbtqnation.com/wp-content/uploads/2013/12/advocate-pope-francis-450x608.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.lgbtqnation.com/wp-content/uploads/2013/12/advocate-pope-francis-450x608.jpg" /></a></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
O Papa Francisco foi eleito pela revista LGBT mais importante do mundo, "The Advocate", como a personalidade do ano 2013. Dentre outras razões pesou sua declaração "Se alguém é gay e procura Deus com boa intenção, quem sou eu para julgá-lo?" Adiante, apresento trecho da sua primeira exortação, em que se percebe claramente a sua posição de autoridade máxima da Igreja Católica em relação a TODOS, SEM EXCLUSÕES.</div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<b>(Marcelo Moraes Caetano)</b></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
Papa Francisco – </div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
Exortação Apostólica <i style="mso-bidi-font-style: normal;">EVANGELII
GAUDIUM</i></div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
sobre o ANÚNCIO DO EVANGELHO NO MUNDO ATUAL</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
Quando se assume um objetivo pastoral e um estilo missionário, que chegue
realmente a todos <u>sem exceções nem exclusões</u>, o anúncio concentra-se no
essencial, no que é mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo
tempo, mais necessário. A proposta acaba simplificada, sem com isso perder
profundidade e verdade, e assim se torna mais convincente e radiosa.<br />
<br />
Todas as verdades reveladas procedem da mesma fonte divina e são acreditadas
com a mesma fé, mas algumas delas são mais importantes por exprimir mais
diretamente o coração do Evangelho. Neste núcleo fundamental, o que sobressai é
a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e
ressuscitado. Neste sentido, o Concílio Vaticano II afirmou que «existe uma
ordem ou ‘hierarquia’ das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas
com o fundamento da fé cristã é diferente». Isto é válido tanto para os dogmas
da fé como para o conjunto dos ensinamentos da Igreja, incluindo a doutrina
moral.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
São Tomás de Aquino ensinava que, também na mensagem moral da Igreja, há uma
hierarquia nas virtudes e ações que delas procedem. Aqui o que conta é, antes
de mais nada, «a fé que atua pelo amor» (Gal 5, 6). As obras de amor ao próximo
são a manifestação externa mais perfeita da graça interior do Espírito: «O
elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo, que se manifesta
através da fé que opera pelo amor». Por isso afirma que, relativamente ao agir
exterior, a misericórdia é a maior de todas as virtudes: «Em si mesma, a
misericórdia é a maior das virtudes; na realidade, compete-lhe debruçar-se
sobre os outros e – o que mais conta – remediar as misérias alheias. Ora, isto
é tarefa especialmente de quem é superior; é por isso que se diz que é próprio
de Deus usar de misericórdia e é, sobretudo nisto, que se manifesta a sua
omnipotência».<br />
<br />
É importante tirar as consequências pastorais desta doutrina conciliar, que
recolhe uma antiga convicção da Igreja. Antes de mais nada, deve-se dizer que,
no anúncio do Evangelho, é necessário que haja uma proporção adequada. Esta
reconhece-se na frequência com que se mencionam alguns temas e nas acentuações
postas na pregação. Por exemplo, se um pároco, durante um ano litúrgico, <u>fala
dez vezes sobre a temperança e apenas duas ou três vezes sobre a caridade ou
sobre a justiça, gera-se uma desproporção, acabando obscurecidas precisamente
aquelas virtudes que deveriam estar mais presentes na pregação e na catequese.
E o mesmo acontece quando se fala mais da lei que da graça, mais da Igreja que
de Jesus Cristo, mais do Papa que da Palavra de Deus.</u></div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
A pregação moral cristã não é uma ética estoica, é mais do que uma ascese, <u>não
é uma mera filosofia prática nem um catálogo de pecados e erros.</u> O
Evangelho convida, antes de tudo, a responder a Deus que nos ama e salva, <u>reconhecendo-O
nos outros e saindo de nós mesmos para procurar o bem de todos. Este convite
não há de ser obscurecido em nenhuma circunstância!</u> Todas as virtudes estão
ao serviço desta resposta de amor. Se tal convite não refulge com vigor e
fascínio, o edifício moral da Igreja corre o risco de se tornar um castelo de
cartas, sendo este o nosso pior perigo; é que, então, não estaremos
propriamente a anunciar o Evangelho, mas algumas acentuações doutrinais ou
morais, que derivam de certas opções ideológicas. A mensagem correrá o risco de
perder o seu frescor e já não ter «o perfume do Evangelho».<br />
<br />
A Igreja, que é discípula missionária, tem necessidade de <u>crescer na sua
interpretação da Palavra</u> revelada e na sua compreensão da verdade. A tarefa
dos exegetas e teólogos ajuda a <u>«amadurecer o juízo da Igreja</u>». Embora
de modo diferente, fazem-no também as outras ciências. <br />
<br />
No seu constante discernimento, a Igreja pode chegar também a reconhecer
costumes próprios não directamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns muito
radicados no curso da história, que hoje já não são interpretados da mesma
maneira e cuja mensagem habitualmente não é percebida de modo adequado. Podem
até ser belos, mas agora não prestam o mesmo serviço à transmissão do
Evangelho. <u>Não tenhamos medo de os rever!</u> Da mesma forma, <u>há normas
ou preceitos eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras épocas, mas já
não têm a mesma força educativa como canais de vida.</u> São Tomás de Aquino
sublinhava que os preceitos dados por Cristo e pelos Apóstolos ao povo de Deus
«são pouquíssimos». E, citando Santo Agostinho, observava que os preceitos
adicionados posteriormente pela Igreja se devem exigir com moderação, «para não
tornar pesada a vida aos fiéis» nem transformar a nossa religião numa
escravidão, quando «a misericórdia de Deus quis que fosse livre». Esta
advertência, feita há vários séculos, tem uma actualidade tremenda. Deveria ser
um dos critérios a considerar, quando se pensa numa reforma da Igreja e da sua
pregação que permita realmente chegar a todos.<br />
<br />
Portanto, sem diminuir o valor do ideal evangélico, é preciso acompanhar, com
misericórdia e paciência, as possíveis etapas de crescimento das pessoas, que
se vão construindo dia após dia. <u>Aos sacerdotes, lembro que o confessionário
não deve ser uma câmara de tortura</u>, mas o lugar da misericórdia do Senhor
que nos incentiva a praticar <u>o bem possível</u>. Um pequeno passo, no meio
de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida
externamente correcta de quem transcorre os seus dias sem enfrentar sérias
dificuldades. A todos deve chegar a consolação e o estímulo do amor salvífico
de Deus, que opera misteriosamente em cada pessoa, para além dos seus defeitos
e das suas quedas.</div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
Um coração missionário está consciente destas limitações, fazendo-se «fraco com
os fracos (...) e tudo para todos» (1 Cor 9, 22). <u>Nunca se fecha, nunca se
refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez autodefensiva. Sabe
que ele mesmo deve crescer na compreensão do Evangelho e no discernimento das
sendas do Espírito, e assim não renuncia ao bem possível, ainda que corra o
risco de sujar-se com a lama da estrada.</u></div>
<br />
<div style="line-height: 200%; margin: 5pt 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
PAPA FRANCISCO</div>
</div>
MARCELO MORAES CAETANOhttp://www.blogger.com/profile/04103045864895625197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-57599808285595078922014-01-19T11:37:00.002-08:002014-01-19T11:37:37.645-08:00Carta Aberta de afastamento do Movimento Free Tibet<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<i><b>Repostado cfe. original de: <a href="http://tibetelivrebrasil.blogspot.com.br/2014/01/cartaaberta-de-afastamento-do-movimento.html">http://tibetelivrebrasil.blogspot.com.br/2014/01/cartaaberta-de-afastamento-do-movimento.html</a></b></i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGOoxf9PIl2MUIxkBYWzjpbM4ALNWmqueE1X1OqjG7I5mZ6GYiaMQFzro7hTifsalUJ5DVgjMgFtpV4QXg-K033OOOIHmLuq4-EOaJ6WXqQA1nz30Vp-JmEWQAZx9dskD3y2gVfcF6KwSY/s1600/Tibet-Brasil_bandeiras.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGOoxf9PIl2MUIxkBYWzjpbM4ALNWmqueE1X1OqjG7I5mZ6GYiaMQFzro7hTifsalUJ5DVgjMgFtpV4QXg-K033OOOIHmLuq4-EOaJ6WXqQA1nz30Vp-JmEWQAZx9dskD3y2gVfcF6KwSY/s1600/Tibet-Brasil_bandeiras.JPG" height="76" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b>Carta
Aberta de afastamento do Movimento Free Tibet, no Brasil denominado
“Tibete Livre – Brasil”, justificada a partir de um enfoque
budista não-sectário</b></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Paulo
Stekel</b></span><br />
<b><span style="font-size: small;"><br /></span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Desde 1995, quando me
converti ao Budismo, através do Budismo Vajraiana, já me
considerava simplesmente um budista, independente de sectarismos.
Ainda que tenha predileção pelo Mahaiana, estudo o teravada, o
vajraiana e as novas escolas que estão se formando no Ocidente. Sou
um budista, não um sectário. Inspirando-me no último ensinamento
de Buda, suas palavras me servem de inspiração na busca do
tornar-me mestre de mim mesmo. Também inspiro-me no movimento do
Budismo Socialmente Engajado proposto pelo mestre Thich Nhat Hanh.
Não sou um proselitista – o Budismo não é proselitista – , e
busco conciliar minha busca espiritual budista com outras convicções,
como a importância do Laicismo (para permitir a liberdade e a
diversidade religiosa), dos Direitos Humanos, dos Direitos LGBT, da
autonomia dos povos e da preservação ambiental. Nada disso
contradiz o Budismo, até onde o estudei, e na opinião de muitos
Mestres do Dharma.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Em 2008, após
conversas com Gabriel Hartnell, da organização britânica Free
Tibet Campaign (Londres), iniciei um movimento de apoio ao Tibete,
que no Brasil se chamou “Tibete Livre – Brasil”. Alguns
interessados na questão tibetana se associaram à ideia, mas o
movimento no Brasil nunca obteve apoio realmente consistente,
especialmente por parte de praticantes do Vajraiana, como também é
conhecida a corrente tibetana do Budismo Mahayana. O motivo desta
baixa adesão sempre me intrigou.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Em setembro de 2008 foi
criado o blogue do movimento, que ainda está no ar, mas sem qualquer
atualização desde 2011: <a href="http://tibetelivrebrasil.blogspot.com.br/">http://tibetelivrebrasil.blogspot.com.br</a>.
Várias pessoas se tornaram colaboradoras dele, mas logo desistiram
de continuar, evidenciando que algo a mais havia.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Na seção “Nossa
Missão”, postada no blogue, estava escrito: <i>“O Movimento
</i><i><b>Tibete Livre – Brasil</b></i><i> luta pelo direito do
povo tibetano de determinar seu próprio futuro. Nosso objetivo é
clamar pelo fim da opressão chinesa no Tibete ocupado e pela
garantia de respeito aos direitos humanos fundamentais dos
tibetanos.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Um dos responsáveis
indiretos pelo desenvolvimento da postura que agora adoto em relação
ao Movimento Free Tibet dentro de uma perspectiva budista
não-sectária, é o <b>Monge Joaquim Monteiro (Shaku Shoshin)</b>,
do Budismo Shin, que ao conceder-me uma entrevista, em 2008,
sabiamente abriu espaço para várias reflexões:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i>(…) Parece-me
realmente que está em curso a formação de um Budismo
especificamente ocidental. Como o Budismo se faz presente em muitas
sociedades ocidentais de um caráter completamente diverso e
praticamente todas as tradições budistas estão presentes no
Ocidente acho difícil prever o rumo que esse “Budismo ocidental”
em formação irá assumir. É mais fácil responder a respeito da
formação de um “Budismo brasileiro”, pois não só participei
diretamente de alguns períodos de sua formação como também estou
engajado em suas atuais questões.<br /><br />(…) Acredito que o
desenvolvimento do “Budismo brasileiro” na sociedade do
pós-guerra pode ser dividido grosseiramente em três períodos. O
primeiro está centrado nas décadas de 60 e 70. Trata-se de um
Budismo fortemente marcado pela mentalidade da contracultura e por
uma perspectiva essencialmente individualista. (…)</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O segundo se deu a
partir dos meados da década de 90 através da introdução das
diversas linhagens do Budismo tibetano em nosso país. Nesse período
o Budismo começou a ter uma visibilidade social bem maior e sua
influência se expandiu bastante para além das comunidades étnicas
de origem oriental.<br /><br />Acredito que o terceiro período, que
agora vivenciamos, se constitua em uma avaliação crítica dos
avanços e dos obstáculos presentes nos dois períodos anteriores.
Com a expansão das comunidades budistas brasileiras e com sua
crescente presença na sociedade não será possível evitar a
questão da relação dessas comunidades com a sociedade brasileira.
Acredito assim, que o essencial no momento é fortalecer a educação
e o estudo sistemático do Budismo. Acredito também que só existirá
um “Budismo brasileiro” no momento em que os budistas começarem
a pensar a sociedade brasileira a partir das premissas da tradição
budista.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Durante o levante
tibetano de março de 2008, o Monge Joaquim Monteiro foi um dos
poucos praticantes budistas do Brasil a falar e escrever abertamente
sobre a questão, condenando a repressão patrocinada pelo regime
chinês. Mas, algo parece ter impedido que outros líderes budistas
se manifestassem com a mesma veemência, e ele respondeu a isso em
sua entrevista:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i>As posturas que
assumi durante o levante tibetano foram derivadas em parte do estudo
e da reflexão que venho desenvolvendo há mais de duas décadas
sobre a questão tibetana e em parte de um sentimento de urgência
que me fez perceber que estava enfrentando um momento de importância
decisiva. Senti que era chegado o momento de passar à ação. No que
diz respeito às lideranças budistas a que você se refere não
posso dizer nada de conclusivo a respeito dos eventuais obstáculos
que as impediram de agir. Com umas poucas exceções os líderes
budistas brasileiros responderam à atual situação através de um
silêncio para mim incompreensível. Não quero e não posso dar uma
resposta conclusiva a respeito da postura dessas lideranças a que se
refere, mas acredito que seu silêncio talvez seja uma expressão da
mentalidade individualista que tem bloqueado tanto o estudo
sistemático do Budismo em sua relação com a sociedade
contemporânea quanto a formação de uma visão comunitária
conducente à práxis social.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Quando inquirido sobre
a omissão (à época do levante) de boa parte dos líderes budistas,
em especial a comunidade brasileira do Budismo Tibetano,
constituindo-se isso num contrassenso, o Monge Joaquim respondeu:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i>Levantando uma
hipótese a ser confirmada, essa postura dos budistas de tradição
tibetana pode ser uma falha circunstancial da introdução dessa
tradição ou pode ser a expressão de que o processo de introdução
do Budismo tibetano no Brasil possui aspectos mais problemáticos do
que geralmente se pensa. Tive até hoje muito pouco contato com os
budistas de tradição tibetana no Brasil, mas percebi através
desses contatos alguns pontos extremamente positivos e alguns
aspectos possivelmente problemáticos. O que sinto como a
contribuição mais consistente do Budismo tibetano em nosso meio é
que ele conseguiu formar uma minoria de estudiosos sérios do
pensamento budista em um nível jamais divisado em nosso país. No
entanto, sinto que o senso comunitário centrado nas linhagens talvez
tenha sérias dificuldades na passagem para a práxis social
concreta. Todas essas são questões que gostaria de compartilhar em
um eventual diálogo com os líderes das tradições tibetanas no
Brasil.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Este <i>“senso
comunitário centrado nas linhagens”</i> se fez demonstrar em
nossas atividades quando nos demos conta de que os membros das sangas
tibetanas no Brasil eram orientados a não se envolver, nem a apoiar
diretamente as ações do Free Tibet em nosso país. Após esta
entrevista, e mais alguns fatos, perdemos apoios de vários ativistas
pró-tibete sem um motivo aparente. Pareciam ter sido realmente
orientados a se afastar...</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Depois de muito
insistir, consegui do Chagdud Gonpa Brasil uma resposta por e-mail
sobre o motivo do pouco engajamento da sanga Niyngmapa na causa
tibetana que parece comprovar o que digo. A resposta foi enviada pela
secretária da Lama Chagdud Khadro e a torno pública pela primeira
vez aqui:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i>(...) sobre a
questão Tibetana. Abaixo vai o que a Khadro respondeu há pouco para
alguém sobre esta questão (…).</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box8"></a>
<i>Although your compassionate concern for the Tibetan people is
deeply appreciated, we follow the tradition established in the time
of the late Chagdud Rinpoche to help with private contributions to
monasteries in Tibet and to limit our public expressions to prayers
and ceremonies. </i><span style="font-style: normal;">[</span><span lang="pt-PT"><span style="font-style: normal;">Embora
sua preocupação compassiva pelo povo tibetano seja muito apreciada,
seguimos a tradição estabelecida na época do falecido Chagdud
Rinpoche de ajudar com contribuições privadas os mosteiros no
Tibete e limitar nossas expressões públicas a orações e
cerimônias.</span></span><span style="font-style: normal;">]</span><i>”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A última atualização
do blogue do Movimento Tibete Livre – Brasil é de março de 2011.
Nesta época, já fazia várias reflexões sobre a questão tibetana,
o Dalai Lama e o Budismo Tibetano. Anunciei a alguns apoiadores que
deixaria o movimento Free Tibet e que revelaria logo meus motivos,
mas nestes quase três anos refleti um pouco mais e, para minha
surpresa, descobri mais motivos para um afastamento definitivo. Por
isso, escrevo agora esta carta pública de afastamento. E, a faço
analisando os fatos sob uma perspectiva budista não-sectária.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A baixa resposta dos
praticantes do Budismo Tibetano (e de budistas de outras linhagens)
ao Movimento Free Tibet no Brasil me chamou a atenção. Isso começou
a revelar os detalhes da política tibetana no exílio. A resposta do
Chagdud Gonpa alertou-me para uma questão: os meandros da política
tibetana antes e pós-Tibete anexado.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A gota d'água foi
quando o secretário do Dalai Lama disse para um de nossos apoiadores
em evento internacional que o ativismo do Dalai Lama em prol do
Tibete era a “via pacífica” e que o Free Tibet era a outra via,
insinuando que não seria pacífica. Por isso, não apoiavam com
tanta ênfase o movimento e ainda pediam que as comunidades
vajraianas não se engajassem oficialmente no mesmo. Para mim, isso
soou como muita hipocrisia, uma vez que, no website oficial do
Governo Tibetano no Exílio, entre as organizações que apoiam a
liberdade para o Tibete ali listadas, constava o site da ONG Free
Tibet Campaign. Ainda hoje, no novo site do Governo Tibetano
(<a href="http://tibet.net/">http://tibet.net</a>), é possível
achar várias referências positivas às ações da ONG inglesa Free
Tibet Campaign (conferir em:
<a href="http://tibet.net/?s=%22free+tibet+campaign%22&x=0&y=0">http://tibet.net/?s=%22free+tibet+campaign%22&x=0&y=0</a>).
Como pode alguém dizer que não éramos a via pacífica e ainda
assim incluir o site do movimento entre os links relacionados?</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Quando, a partir de
1988, o Dalai Lama reconheceu a Bönpa como a quinta linhagem
tibetana de ensinamentos vajraiana, isso evidenciou um preconceito
existente anteriormente por parte dos mosteiros e do próprio governo
tibetano. Essa linhagem não havia sido reconhecida no Tibete livre
por questões político-religiosas. Mas, agora que a situação é
outra, o reconhecimento dos Bönpos se tornou interessante para o
Governo Tibetano no Exílio, pois os traz para a luta em prol do
Tibete.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Poderíamos dizer que,
ao fomentar uma visão não-sectária com relação às cinco
linhagens tibetanas, o Dalai Lama se mostrava totalmente favorável à
diversidade religiosa (budista ou não) e mesmo ao diálogo
interreligioso. Mas, e a polêmica questão da prática do Protetor
Dorje Shugden?</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Dorje Shugden é uma
deidade do vajraiana, especialmente da escola Gelugpa, onde é visto
como um Protetor do Darma e a encarnação do Lama Dragpa Gyaltsen do
Mosteiro de Drepung, um contemporâneo do 5º Dalai Lama (1617–1682).
Shugden é um Protetor do Darma das tradições Sakya e Gelugpa,
venerado por mais de trezentos anos. A controvérsia de Shugden
surgiu no fim da década de 1970, quando o atual Dalai Lama começou
a se pronunciar contra a prática, e foi intensificada deste 1996,
quando ele publicou uma “proibição explícita”, reprimindo a
prática dentro da comunidade de exilados tibetanos e considerando
Shugden como um não-iluminado e um ser das trevas, um “espírito
das forças negras”.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A proibição desta
prática com veemência por parte do Dalai Lama (embora tenha sido
apresentada como “conselho” - ver:
<a href="http://tibet.net/2008/06/05/his-holiness-the-dalai-lamas-advice-concerning-dolgyal/">http://tibet.net/2008/06/05/his-holiness-the-dalai-lamas-advice-concerning-dolgyal/</a>)
e a posterior discriminação e violência dos tibetanos no exílio
para com seus praticantes, lamas, leigos e até crianças, é algo
inadmissível num mundo democrático, laico e que busca a paz, quanto
mais para budistas que possuem a não-violência como uma de suas
práticas basilares. O próprio governo tibetano no exílio se
posicionou oficialmente, favorecendo a opinião do Dalai Lama:
<a href="http://tibet.net/2007/07/10/statement-by-the-cta-on-shugdendholgyal-followers-from-tibet/">http://tibet.net/2007/07/10/statement-by-the-cta-on-shugdendholgyal-followers-from-tibet/</a>.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O Lama Geshe Rabten, se
pronunciou a respeito: <i>“O Dalai Lama permanece o líder temporal
dos tibetanos no exílio, mas, não é mais o líder espiritual
indiscutível.”</i> Outros alegam que tal “discriminação de
deidade” é ilegal de acordo com a Constituição do Tibete, a
Constituição da Índia e a Declaração Universal dos Direitos
Humanos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">A</span>
origem da prática de Dorje Shugden está envolvida em uma disputa
política no período do 5º Dalai Lama. Portanto, não há motivos
religiosos para a prática ser proibida, mas tão somente motivos
políticos, controvérsias de poder – algo temporal e impermanente,
ao qual não se deve dar tanta ênfase. Parece que o Dalai Lama e seu
staff não admitem qualquer contrariedade e isso não é nada
democrático. Ele só abdicou recentemente de suas tarefas como líder
da nação tibetana por sentir a pressão da juventude nascida no
exílio, uma juventude que vê as coisas sob outro viés, mais
moderno e abrangente. Mas, sua proibição da prática de Shugden
continua de pé.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Na verdade, a despeito
da controvérsia sobre o Tibete ser totalmente independente da China
antes da invasão ou não, o fato é que sua anexação foi
facilitada por seu governo ser muito frágil e não ter promovido em
centenas de anos nenhuma melhoria social considerável para a imensa
maioria miserável da população. Esta falha foi muito bem
aproveitada pela China comunista na hora de justificar sua invasão.
Contudo, isso não justifica a violação dos direitos humanos e a
morte de quase um terço da população tibetana. E, o que o Dalai
Lama e seu staff conseguiram até hoje fazer pelos tibetanos
oprimidos? Quase nada, a não ser um exílio que transfere o governo
inerte de antes para o norte da Índia. Agora, o Dalai Lama diz ter
abandonado a ideia de independência em prol de uma autonomia do
Tibete. Acho que ele deveria ir mais longe. O que me proponho a
apoiar é um Tibete independente ou autônomo, mas que seja
totalmente laico e governado pelo próprio povo tibetano, não pelos
lamas nem pelos chineses. Assim, o Budismo no Tibete voltaria a ter o
status original: o de prática religiosa sem ligação direta com a
política, onde cada linhagem teria a plena liberdade para se
desenvolver e se expandir.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Atualmente, a própria
comunidade tibetana pelo mundo se anda dividida por causa de decisões
arbitrárias como: a d<span lang="pt-PT">ecisão unilateral do Dalai
Lama de desistir do objetivo de independência do Tibete, sem
consulta ao governo ou ao povo tibetano, o maior interessado; sua
incapacidade de cumprir o compromisso declarado de democratizar o
governo tibetano; sua aquiescência à censura da imprensa e à
repressão da liberdade de expressão; a supressão impiedosa da
liberdade de religião através da proibição da prática de Shugden
unicamente por razões políticas.</span>
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box"></a>
Contudo, o que mais deve estranhar a qualquer um que defenda o Estado
Laico no tocante à questão tibetana é que a <span lang="pt-PT">própria
natureza e função do Dalai Lama no governo tibetano o transforma
num sistema teocrático feudal - com sua mistura endêmica de
religião e política, a sua tradução de idéias religiosas nas
políticas de governo, a sua profunda confusão sobre os papéis de
líder religioso e<br />chefe de Estado, e sua visão retrógrada da
posição do Dalai Lama como o “Deus-Rei” ou “Buda Vivo” do
Tibete.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Se o Governo Tibetano
no Exílio se considera um governo democrático e laico, então a
proibição da prática de Shugden além dos muros dos mosteiros
gelugpas é uma afronta à liberdade religiosa. A proibição da
prática não pode extrapolar o ambiente religioso dos mosteiros e
aparecer no website oficial do Governo Tibetano, pois isso significa
que o Governo apoia a proibição, sepultando qualquer imparcialidade
laica. Não há um peso e duas medidas. Se o Governo Tibetano no
Exílio não se considera um governo laico, então, também não é
democrático e não podemos apoiá-lo de modo algum. A constituição
tibetana no exílio foi retirada do atual site oficial do governo
tibetano, mas pode ser acessada aqui:
<a href="http://www.servat.unibe.ch/icl/t100000_.html">http://www.servat.unibe.ch/icl/t100000_.html</a>.
Ali, fica claro que a constituição tibetana prevê liberdade
religiosa e diz estar de acordo com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos e com as disposições da ONU. Além disso,
considera que o futuro Tibete livre seria uma República Democrática
Federal.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Agora que o Dalai Lama
abdicou de suas funções como líder político e ficou apenas com as
funções religiosas, a constituição tibetana sofreu alterações,
mas tais alterações a deixam ainda menos laica (ver:
<a href="http://www.thetibetpost.com/en/news/international/1728-new-changes-to-the-constitution-of-tibet-after-his-holiness-decision-">http://www.thetibetpost.com/en/news/international/1728-new-changes-to-the-constitution-of-tibet-after-his-holiness-decision-</a>).
O caminho a ser seguido deveria ser outro, o do completo laicismo.</div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box2"></a>
<span lang="pt-PT">Para onde foi todo o dinheiro do “Free Tibet”
europeu? Por décadas, grupos de apoio e organizações em todo o
Ocidente foram angariando fundos para o Movimento “Free Tibet”. A
partir de doações de governos para a promoção de bottoms,
adesivos, bolsas e bonés; através da organização de concertos,
jantares e exposições; e através de qualquer outro dispositivo de
angariação de fundos que se possa imaginar, essas organizações
continuam a levantar grande quantidade de dinheiro para o que a
maioria dos benfeitores ocidentais acredita ser o objetivo: um Tibete
livre, independente.</span> Mas, não é mais isso que o Dalai Lama
busca...</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box3"></a>
<span lang="pt-PT">Além disso, é esperado de todos os tibetanos,
onde quer que vivam, que paguem uma “taxa de independência” para
o governo tibetano no exílio. O registro desses pagamentos é
mantido no “Livro Verde” (Green Book) que cada tibetano carrega
consigo. Este livro, uma espécie de passaporte-adesão ao governo no
exílio, é essencial para os tibetanos na Índia que queiram uma
autorização para viagens ao exterior, e os que não pagam perdem
benefícios e serviços, e muitas vezes são condenados ao
ostracismo, arriscando a perseguição e o exílio de sua própria
comunidade. O governo tibetano também recebe grandes doações de
outras fontes, incluindo governos nacionais, particulares de muitos
países, instituições filantrópicas, empresas e muitos outros
tipos de organizações.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box4"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box5"></a>
<span lang="pt-PT">Os recursos arrecadados a partir da “taxa de
independência” e de todas estas outras atividades de angariação
de fundos não são utilizados para o apoio ou alívio da comunidade
tibetana. A maioria dos fundos para o alívio de refugiados, para o
órfão, a educação, os cuidados médicos e os hospitais, são
obtidos diretamente do governo indiano, a partir das principais
agências humanitárias em todo o mundo, os governos ocidentais e
fundos de caridade privados. Então, para que serve esta taxa? O
texto oficial no website do Governo Tibetano no Exílio diz: </span><span lang="pt-PT"><i>“O
pagamento da contribuição voluntária é uma condição para ganhar
o direito de voto nas eleições parlamentares.”</i></span><span lang="pt-PT">
Se é voluntário, como pode ser condição para algo? E, o conceito
budista de doação, que tem sua máxima expressão em Dana Paramita,
a Perfeição da Generosidade?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Então,
pergunto: Como pode o Dalai Lama defender os direitos humanos e a
liberdade religiosa, enquanto se envolve em violação sistemática
dos mesmos no tocante à prática de Dorje Shugden?</div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Como pode
ele defender governos, valores e princípios democráticos, ao operar
no exílio o mesmo tipo de teocracia autocrática do antigo Tibete?</div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Como pode
continuar cobrando a “taxa de independência” e recebendo doações
via “Free Tibet”, já tendo abandonado unilateralmente a idéia
de independência do Tibete há anos?</div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Outra
atitude do Dalai Lama que me desagradou enormemente tem relação com
suas declarações a respeito da homossexualidade. Como gay (e
budista) convicto, não posso concordar com elas.</div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT">No
artigo “O Buda Gay”, que escrevi em 2012 (ver:
</span><a href="http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/08/o-buda-gay-um-estudo-amplo-sobre-visao.html">http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/08/o-buda-gay-um-estudo-amplo-sobre-visao.html</a><span lang="pt-PT">)
apresentei as declarações contraditórias do Dalai Lama:</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<span lang="pt-PT">Numa
entrevista de 1994, ele afirmou: </span><span lang="pt-PT"><i>"Se
alguém vem a mim e pergunta se a homossexualidade é boa ou não,
vou perguntar: 'Qual é a opinião do seu companheiro?' Se ambos
concordam, então eu acho que eu diria 'se dois machos ou duas fêmeas
concordam voluntariamente em ter satisfação mútua sem implicação
de prejudicar outros, então é bom'." </i></span><span lang="pt-PT">No
entanto, em seu livro de 1996, Além do Dogma, ele afirma: </span><span lang="pt-PT"><i>"Um
ato sexual é considerado adequado quando os casais usam os órgãos
destinados à relação sexual e nada mais... a homossexualidade,
seja entre homens ou entre mulheres, não é imprópria em si mesma.
O que é impróprio é o uso de órgãos já definidos como
impróprios para o contato sexual."</i></span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT">O
Dalai Lama declarou que antes, esteve incerto sobre se uma relação
de mesmo sexo não-abusiva e de acordo mútuo seria aceitável dentro
dos princípios gerais do Budismo. Ao ter dificuldades em imaginar os
mecanismos de sexo homossexual, dizendo que a natureza tinha
arranjado órgãos masculinos e femininos </span><span lang="pt-PT"><i>"de
tal maneira que é muito apropriado... órgãos do mesmo sexo não
podem funcionar bem"</i></span><span lang="pt-PT">, o Dalai Lama
tem dito repetidamente aos grupos LGBT que ele não pode reescrever
os textos. O mesmo dizem padres e pastores cristãos fundamentalistas
sobre os textos bíblicos.</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT">Em
1999, numa entrevista com Alice Thompson, ele declarou de modo
enfático: </span><span lang="pt-PT"><i>"Eles querem que eu
tolere a homossexualidade. Mas, eu sou um budista e, para um budista,
um relacionamento entre dois homens é errado. Algumas condutas
sexuais no casamento também são erradas."</i></span><span lang="pt-PT">,
falando sobre masturbação e sexo oral. Também disse que </span><span lang="pt-PT"><i>"Se
uma pessoa não tem fé, é uma questão diferente"... "Se
dois homens realmente se amam e não são religiosos, então, está
OK para mim."</i></span><span lang="pt-PT"> Um discurso moderno
de exclusão? Afinal, o que o Dalai Lama deixa claro é que, se os
LGBTs querem ser como são, mas não forem religiosos budistas, tudo
OK. O alento é que ele não representa a palavra de todos os
budistas – mestres, monges e leigos – no mundo.</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT">(…)
Certa vez, o monge budista Theravada Ajahn Brahmavamso escreveu para
o Jornal West Australian, respondendo a um artigo publicado ali, em
que o Dalai Lama foi citado como tendo dito que a homossexualidade
era imoral. Eis o que ele escreveu ao jornal:</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>"Caro
senhor/senhora, o Dalai Lama estava fora de sintonia quando disse (de
acordo com o seu artigo no West, 15 de abril, página 7) 'se você é
um budista, a homossexualidade é errada. Ponto final.' O Dalai Lama
não é o 'papa' do Budismo e, encantador como ele muitas vezes é,
às vezes ele erra. (...)</i></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>A
grande maioria dos budistas em todo o mundo moderno são inspirados a
aprender que o Buda certamente não discriminou a homossexualidade.
Os ensinamentos fundamentais do Budismo original mostram claramente
que não é se a pessoa é heterossexual, homossexual ou celibatária
que é boa ou ruim, mas é como uma pessoa usa a sua orientação
sexual que contribui para bom ou mau karma.</i></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT"><i>Portanto,
o fato é que o Buda, e, portanto, o Budismo, abraça gays e lésbicas
e transexuais com equidade e respeito. Por muito tempo o fanatismo
religioso tem causado sofrimento a grupos minoritários em nossa
sociedade. Todas as religiões devem ser mais amorosas. Ponto final!"</i></span><span lang="pt-PT">
- Ajahn Brahm</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Vários
mestres do Budismo Tibetano têm se manifestado favoráveis à
questão homossexual, o que é mais uma prova de que a declaração
do Dalai Lama é apenas a sua opinião, não um decreto.</div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Concluindo,
os motivos que me levaram a um afastamento do Movimento Free Tibet e,
agora, a anunciar meu desligamento em caráter definitivo, iniciando
um ativismo em prol dos direitos humanos do povo tibetano na esfera
laica, são:
</div>
<br />
<ul>
<li><div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
Sou
um laicista e prefiro uma democracia laica para o Tibete, seja ele
independente, região autônoma ou seja lá o que for. Não concordo
com uma “teocracia budista”, se me permitem o termo, assim como
não concordo com teocracias cristãs, islâmicas, judaicas, etc.
Ainda neste item, sendo politicamente laico, discordo da proibição
da prática de Dorje Shugden pelo Dalai Lama por motivos claramente
políticos. Não sou praticante de Dorje Shugden, mas me solidarizo
com seus adeptos, assim como me solidarizaria com os adeptos de
qualquer culto pacífico que sofresse discriminação.</div>
</li>
<li><div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
A
afronta aos direitos humanos dos tibetanos pelo governo da China
desde a anexação do Tibete é, realmente, muito grave, mas a
postura não-laica do Dalai Lama e seu staff tem contribuído para
piorar a situação, que fica parecendo uma querela de poder, quando
na verdade, envolve a morte de milhares de pessoas miseráveis,
desassistidas (por ambos os lados) e inocentes.</div>
</li>
<li><div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
O
preconceito homofóbico apresentado pelo Dalai Lama em suas
declarações contraditórias. Contraditórias porque tentam colocar
panos quentes na polêmica e acabam por causar mais confusão. Isso
realça a discriminação e incita o preconceito, o que não é
budista.</div>
</li>
</ul>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Dito isto, me desligo
definitivamente do movimento global conhecido por “Free Tibet”,
apoiador do Dalai Lama e de sua visão política que continua a
fomentar uma “teocracia budista (?)”, e continuo defendendo os
direitos humanos do povo tibetano de forma laica, sem viés
religioso, mas com ênfase na preservação da vida humana, da
cultura, da religião e da língua tibetanas. O blogue do “Tibete
Livre – Brasil” será encerrado, mas não excluído. E, dito
isto, continuo budista!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Sarva Mangalam!</b> (Haja
benefício para todos os seres!)</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Canoas, 21 de Janeiro
de 2014.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Paulo Stekel</b></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
(Escritor, jornalista,
músico, ex-coordenador geral do Movimento Tibete Livre – Brasil,
coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva)</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
….................................................................................</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>ENGLISH VERSION</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><span lang="en"><b>Open
Letter of renouncement to the "Free Tibet Movement", in
Brazil called "Tibete Livre – Brasil"</b></span></span></div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><span lang="en"><b>Paulo
Stekel</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box1"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box21"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box31"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box41"></a>
<span lang="en"><br />Since 1995, when I converted to Buddhism, via
Vajrayana, I've considered myself a simply Buddhist, regardless of
any sectarianism. Though I have a predilection for Mahayana, I study
Theravada, Vajrayana and the new schools that are appearing in the
West. I am a Buddhist, not a sectarian. With reference to the
ultimate teaching of the Buddha, his words serve me as an inspiration
in search for the goal to make me a master of myself. I also base
myself on Socially Engaged Buddhism movement proposed by Master Thich
Nhat Hanh.</span> <span lang="en">I am not a proselytist - Buddhism
is not proselytist - and I search to reconcile my Buddhist spiritual
quest with other convictions, such as the importance of Laicism (to
allow freedom and religious diversity), Human Rights, LGBT Rights,
the autonomy of the peoples and environmental preservation.</span>
<span lang="en">None of it contradicts Buddhism, far as I have
studied, and also in the opinion of many Masters of Dharma.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box51"></a>
In 2008, after talks with Gabriel Hartnell, from the British NGO
“Free Tibet Campaign” (London), I started a movement in support
of Tibet in Brazil called "Tibete Livre - Brasil". Certain
stakeholders in the Tibet issue associated themselves with this idea,
but the movement in Brazil never really got consistent support,
especially from practitioners of Vajrayana, the Tibetan development
of Mahayana Buddhism. The reason for this low support has always
intrigued me.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box6"></a>
<span lang="en">In September 2008, the blog of the movement, which is
still on, was created but is no update since 2011:
</span><a href="http://tibetelivrebrasil.blogspot.com.br/">http://tibetelivrebrasil.blogspot.com.br</a><span lang="en">.
Several people became his collaborators, but soon dropped out to
continue, showing that there was something more.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box7"></a>
In the "Our Mission" section posted on the blog, was
written: <i>"The Movement 'Tibete Livre - Brasil' fights for the
right of the Tibetan people to determine their own future. Our goal
is to call for an end of Chinese oppression in occupied Tibet and to
ensure respect for the fundamental human rights of Tibetans."</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box81"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box9"></a>
<span lang="en">One of the indirect individuals responsible for
developing posture I now adopt regarding Free Tibet Movement within a
non-sectarian Buddhist perspective, is the Brazilian Monk Joaquim
Monteiro (Shaku Shoshin), from Shin Buddhism, which when has given me
an interview in 2008 wisely opened up space for some reflection:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box10"></a>
<i>"(...) It seems to me that is actually under way the
formation of a specifically Western Buddhism. As Buddhism is present
in many western societies a completely different and almost all
Buddhist traditions are present in the West character, I find it hard
to predict the direction that "Western Buddhism" in
formation will take. It is easier to answer regarding the formation
of a "Brazilian Buddhism" because I not only participated
directly in some periods of their formation as I am also engaged in
their current issues.</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box11"></a>
<i>(...) I believe that the development of the "Brazilian
Buddhism" in postwar society can be divided roughly into three
periods. The first is focused in the 60s and 70s. This is a Buddhism
strongly influenced by the counterculture mentality and an
essentially individualistic perspective. (...)</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box12"></a>
<i>The second took place from the mid 90s through the introduction of
various lineages of Tibetan Buddhism in our country. During this
period Buddhism began to have a much greater social visibility and
its influence was expanded well beyond the ethnic communities of
Eastern origin (...)</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box13"></a>
<i><span lang="en">I believe that the third period, which we
experience now, it constitutes a critical review of the advances and
obstacles present in the two previous periods. With the expansion of
Brazilian Buddhist communities and their growing presence in society,
you can not avoid the question of the relationship of these
communities with Brazilian society. I believe therefore, that
essential at the moment is to strengthen education and systematic
study of Buddhism. I also believe that there will only be a
'Brazilian Buddhism' at the time the Buddhists start thinking
Brazilian society from the premises of the Buddhist tradition."</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box14"></a>
During the Tibetan uprising of March 2008, the Monk Joaquim Monteiro
was one of the few Buddhists in Brazil to speak and write openly
about the issue, condemning the repression sponsored by the Chinese
regime. But something seems to have prevented other Buddhist leaders
to manifest with the same vehemence, and he answered to it during his
interview:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box15"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box16"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box17"></a>
<span lang="en"><i>"The positions I took during the Tibetan
uprising were derived in part from study and reflection I have been
developing for more than two decades on the Tibetan issue and partly
in a sense of urgency that made me realize that I was experiencing a
moment of decisive importance. I felt that the moment had come to
take action. With regard to the Buddhist leaders you refer to, I can
not say anything conclusive about the possible obstacles that
prevented them from acting. With a few exceptions Brazilian Buddhist
leaders responded to the current situation through a silence to me
incomprehensible. I do not want and can not give a conclusive answer
regarding the attitude of the leaders referred to, but I believe
their silence is perhaps an expression of individualistic mentality
that has blocked both the systematic study of Buddhism in its
relation to contemporary society as formation of a community vision
conducive to social praxis."</i></span> </div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box18"></a>
When asked about the failure (at the time of the uprising) of most of
the Buddhist leaders, in particular the Brazilian community of
Tibetan Buddhism, something so nonsense, Monk Joaquim said:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box19"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box20"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box211"></a>
<span lang="en"><i>"Raising a hypothesis to be confirmed, this
posture of the Buddhists of Tibetan tradition can be a circumstantial
failure of the introduction of this tradition or it may be expressing
that the process of introduction of Tibetan Buddhism in Brazil is
more problematic than is generally thought. I've had to date very
little contact with the Buddhist Tibetan tradition in Brazil, but I
realized through these contacts some extremely good points and some
potentially problematic aspects. What I feel like the more consistent
contribution of Tibetan Buddhism in our environment is that it was
able to form a minority of serious scholars of Buddhist thought on a
level never sighted in our country. However, I feel a sense of
community centered on lineages may have serious difficulties in the
transition to the concrete social praxis. All these are questions I
would like to share in a possible dialogue with the leaders of the
Tibetan traditions in Brazil."</i></span><span lang="en"></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box22"></a>
<span lang="en">This </span><span lang="en"><i>"sense of
community centered on lineages"</i></span><span lang="en"> has
turned out to be demonstrated in our activities when we realized that
members of Tibetan sanghas in Brazil were instructed to not engage,
or to directly not support the actions of the Free Tibet in our
country. After this interview, and a few more facts, we lost the
support of several pro-Tibet activists for no apparent reason. They
seemed to have been really oriented to move away...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
After insistent questioning, I received from Chagdud Gonpa Brazil a
response by e-mail about why little engagement of Niyngmapa Sangha in
the Tibetan cause that seems to prove what I say. The reply was sent
to me by the secretary of Lama Chagdud Khadro and I'll show it
publicly here, for the first time:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box24"></a>
<i>"(...) On the Tibet issue. Below is what Khadro just replied
to someone about this issue (...).</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span lang="en">Although
your compassionate concern for the Tibetan people is deeply
appreciated, we follow the tradition established in the time of the
late Chagdud Rinpoche to help with private contributions to
monasteries in Tibet and to limit our public expressions to prayers
and ceremonies.”</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box25"></a>
The last update of Free Tibet Movement – Brazil's blog is of March
2011. At this time, I've made several reflections on the Tibetan
issue, Dalai Lama and Tibetan Buddhism. Announced to some supporters
that I would leave the Free Tibet Movement and soon I would reveal my
reasons, but these almost three years I reflected a little more, and
to my surprise I've found more reasons for final renouncement. So now
I write this public letter of renouncement. And I do this by
analyzing the facts in a non-sectarian Buddhist perspective.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box23"></a>
The low response of practitioners of Tibetan Buddhism (and other
Buddhist lineages) to the Free Tibet Movement in Brazil struck me.
This began to reveal details of Tibetan politics in exile. The answer
of Chagdud Gonpa prompted me to a question: the intricacies of
Tibetan politics before and after Tibet annexed to China.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
The final straw was when the Dalai Lama's secretary said to one of
our supporters at an international event that Dalai Lama's activism
in support of Tibet was the "peaceful path" and the Free
Tibet was the other path, implying that it no would be peaceful.
Therefore, they do not strongly support the movement and still demand
that vajraiana communities officially not to engage themselves in it.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="en">It
sounded to me like a lot of hypocrisy, since, on the official website
of the Tibetan Government in Exile, among the various organizations
listed there that support freedom for Tibet, appeared the website of
the NGO Free Tibet Campaign. Today within the new website of the
Tibetan Government (</span><a href="http://tibet.net/">http://tibet.net</a><span lang="en">),
you can find several positive references to the actions of the
British NGO Free Tibet Campaign (check in: <a href="http://tibet.net/?s">http://tibet.net/?s</a> =%
22free+tibet+campaign%22&x=0&y=0). How can
anyone may say we were not the peacefull path and still include the
website of the movement in the related links?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
When, after 1988, the Dalai Lama recognized the Bönpa as the fifth
Tibetan Vajrayana lineage of teachings, it showed a bias existing
previously in the monasteries and Tibetan government. This lineage
had not been recognized in the original Tibet due to political and
religious issues. But now that the situation is different, the
recognition of Bonpos became interesting for the Tibetan Government
in Exile, as it brings them to the struggle for Tibet.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box27"></a>
We could say that, by encouraging a non-sectarian vision with regard
to five Tibetan lineages, the Dalai Lama could be totally favorable
to religious diversity (Buddhist or not) and even inter-religious
dialogue. But what about the controversial issue of the practice of
the Protector Dorje Shugden?</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box28"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box29"></a>
<span lang="en">Dorje Shugden is a deity of Vajrayana, especially of
the Gelugpa school, where he is seen as a Dharma Protector and the
incarnation of Lama Dragpa Gyaltsen of Drepung Monastery, a
contemporary of the 5th Dalai Lama (1617-1682). Shugden is a Dharma
Protector of the Sakya and Gelugpa, venerated for over three hundred
years. The Shugden controversy arose in the late 1970s, when the
current Dalai Lama started to speak out against the practice, and
this was intensified in 1996, when he published an "explicit
ban", suppressing the practice within the Tibetan exile
community and considering Shugden as a non-illuminated and a being of
darkness, a "spirit of the dark forces."</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box30"></a>
<span lang="en">The vehement prohibition of the practice by the Dalai
Lama (although it was presented as "advice" - see:
</span><a href="http://tibet.net/2008/06/05/his-holiness-the-dalai-lamas-advice-concerningdolgyal-/">http://tibet.net/2008/06/05/his-holiness-the-dalai-lamas-advice-concerningdolgyal-/</a><span lang="en">)
- and subsequent discrimination and violence by Tibetans in exile to
their practitioners, lamas, laypeople and even children, is
something unacceptable in a democratic and secular world who seeks
peace, let alone to Buddhists who have non-violence as one of its
basic practices. The Tibetan government in exile officially
positioned itself, favoring the opinion of the Dalai Lama:
</span><a href="http://tibet.net/2007/07/10/statement-by-the-cta-on-shugdendholgyal-followers-from-tibet/">http://tibet.net/2007/07/10/statement-by-the-cta-on-shugdendholgyal-followers-from-tibet/</a><span lang="en">.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box311"></a>
<span lang="en">The Lama Geshe Rabten made the following
observations: </span><span lang="en"><i>"The Dalai Lama remains
the temporal leader of Tibetans in exile, but is no longer undisputed
Their spiritual guide."</i></span><span lang="en"> Others claim
that such </span><span lang="en"><i>"discrimination against the
deity"</i></span><span lang="en"> is illegal according to the
Tibetan Constitution, the Indian Constitution and the Universal
Declaration of Human rights.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box32"></a>
The origin of the Dorje Shugden's practice is involved in a political
dispute in the period of the 5th Dalai Lama. So there is no religious
reasons for the practice to be banned, but only political reasons,
power controversies - something temporal and impermanent, at which
should not be given much emphasis. It seems that the Dalai Lama and
his staff do not tolerate any opposition and that's nothing
democratic. He only recently has abdicated your tasks as leader of
the Tibetan nation because he felt the pressure of youth born in
exile, a youth that looks things from another perspective, most
modern and comprehensive. But the ban on Shugden practice still
stands.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box34"></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box35"></a>
<span lang="en">In fact, despite the controversy over Tibet be
totally independent from China before the invasion or not, the fact
is that its annexation was facilitated by their government be very
fragile and not have promoted in hundreds of years, significant
social improvement for the vast majority of miserable people. This
failure was very well used by Communist China in time to justify the
invasion. However, this does not justify the violation of human
rights and the death of nearly a third of the Tibetan population. And
what the Dalai Lama and his staff were able to do today for the
oppressed Tibetans? Virtually nothing, except an exile that transfers
inert government prior to northern India.</span><span lang="en"><br /></span><br />
<span lang="en">Now, the Dalai Lama said to
have abandoned the idea of independence in favor of autonomy for
Tibet. I think he should go further.</span> <span lang="en">What I
propose to support is an independent or autonomous Tibet, but totally
secular and governed by the Tibetan people, not by Lamas or the
Chinese government. Thus, Buddhism in Tibet would return to the
original status: religious practice without direct connection to the
policy, where each lineage would have the full freedom to develop and
expand itself.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
Currently, the Tibetan community around the world goes divided
because of arbitrary decisions: the unilateral decision of the Dalai
Lama of giving up the goal of independence for Tibet without
consulting the government or the Tibetan people, the biggest
stakeholder; his inability to meet the declared commitment to
democratize the Tibetan government; his acquiescence to censorship of
the press and the repression of freedom of expression, the ruthless
suppression of freedom of religion by prohibiting the Shugden's
practice just for political reasons.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
However, what else should surprise any one who defends the Lay State
regarding the Tibetan issue is that the very nature and function of
the Dalai Lama in the Tibetan government transforms it into a feudal
theocratic system - with its endemic mixing of religion and politics,
its influence of religious ideas in government policies, its deep
confusion about the roles of religious leader and head of state, and
its retrograde view of the position of the Dalai Lama as the
"God-King" or "Living Buddha" in Tibet.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box40"></a>
<span lang="en">If the Tibetan Government in Exile is considered a
democratic and laic government, then, the ban on Shugden's practice
beyond the walls of the Gelugpa monasteries is an affront to
religious freedom. The prohibition of the practice can not
extrapolate the religious atmosphere of the monasteries and to appear
on the official website of the Tibetan Government, because that means
the Government supports the ban, burying any laic impartiality. There
are two measures and a weight. If the Tibetan Government in Exile is
not considered a secular government, then, is not democratic and we
can not support it in any way. The Tibetan in Exile Constitution was
removed from the current official website of the Tibetan government,
but can be accessed here:
</span><a href="http://www.servat.unibe.ch/icl/t100000_.html">http://www.servat.unibe.ch/icl/t100000_.html</a><span lang="en">.
Here, it remains clear that the Tibetan constitution provides freedom
for religious and stands according to the Universal Declaration of
Human Rights and the provisions of the UN. Furthermore, it considers
that the future free Tibet would be a Federal Democratic Republic.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box411"></a>
<span lang="en">Now that the Dalai Lama has abdicated his duties as a
political leader and remained with religious functions only, the
Tibetan Constitution was changed, but these changes even makes it
less laic (see:
</span><a href="http://www.thetibetpost.com/en/news/international/1728-new-changes-to-the-constitution-of-tibet-after-his-holiness-decision-">http://www.thetibetpost.com/en/news/international/1728-new-changes-to-the-constitution-of-tibet-after-his-holiness-decision-</a><span lang="en">).
The path to follow should be other, the complete laicism.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
Where was it all the money applied in the European "Free Tibet"?
For decades, support groups and organizations throughout the West
raised money for the Movement "Free Tibet". From donations
from governments to promote bottoms, stickers, bags and caps, by
organizing concerts, dinners and exhibitions, and through any other
fundraising device imaginable, these organizations continue to raise
large amounts of money for what most Western benefactors believed to
be the goal: a free and independent Tibet. But is not that what the
Dalai Lama seeks...</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
Moreover, it is expected of all Tibetans, wherever they live, to pay
a "tax of independence" for the Tibetan government in
exile. The record of these payments is kept in the "Green Book"
that brings every Tibetan. This book, a kind of passport-membership
to government in exile, is essential for Tibetans in India who want
an authorization to travel abroad, and those who not pay, they lose
benefits and services, and are often ostracized, risking persecution
and exile from his own community. The Tibetan government also
receives large donations from other sources, including national,
private governments of many countries, charities, companies and many
other types of organizations.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box44"></a>
The funds raised from the "tax of independence" and all
these other fundraising activities are not used for the support or
relief of the Tibetan community. The majority of funds for the relief
of refugees, for the fatherless, education, health care and
hospitals, are obtained directly from the Indian government, from the
main humanitarian agencies around the world, Western governments, and
private charity funds. So, what is this tax? The official text on the
website of the Tibetan Government in Exile says: <i>"Payment of
the voluntary contribution is a condition to gain the right to vote
in parliamentary elections."</i> But if it is voluntary, how it
may to conditionate something? And the Buddhist concept of giving,
which has its maximum expression in Dana Paramita, the Perfection of
Generosity?</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box45"></a>
So I ask: How can the Dalai Lama defend human rights and religious
freedom, while engaging himself in systematic violation of them
regarding the practice of Dorje Shugden?</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box46"></a>
How can he defend governments, democratic values and principles,
operating in exile the same kind of autocratic theocracy of ancient
Tibet?</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box47"></a>
How he can continue to charge the "tax of independence" and
receiving donations via "Free Tibet", if he has
unilaterally abandoned the idea of Tibetan independence years ago?</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box48"></a>
Another attitude from Dalai Lama which displeased me greatly relates
to his statements on homosexuality. As a gay (and Buddhist)
convinced, I can not agree with them.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box49"></a>
In the article "The Gay Buddha", which I wrote in 2012
(see:</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/08/o-buda-gay-um-estudo-amplo-sobre-visao.html">http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/08/o-buda-gay-um-estudo-amplo-sobre-</a><a href="http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/08/o-buda-gay-um-estudo-amplo-sobre-visao.html">visao.html</a>),
I presented the contradictory statements of the Dalai Lama:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box50"></a>
"In a 1994 interview, he said: <i>“If anyone comes to me and
asks whether homosexuality is good or not, I'll ask: 'What is your
companion's opinion?' If both agree, then I think I would say 'if two
males or two females voluntarily agree to have mutual satisfaction
without implication of harming others, then it is good.'”</i>
However, in his book 'Beyond Dogma' (1996), he states, <i>“A sexual
act is deemed proper when the couples use the organs intended for
sexual intercourse and nothing else ... homosexuality, whether
between men or between women, not is improper in itself. What is
improper is the use of organs already defined as inappropriate for
sexual contact.”</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box511"></a>
The Dalai Lama said that before he was unclear about whether a
relationship even non-abusive sex and mutual agreement would be
acceptable within the general principles of Buddhism. When having
difficulty in imagining the mechanisms of homosexual sex, saying that
nature had arranged male and female organs <i>"in a way that is
very suitable... same-sex organs can not function well"</i>, the
Dalai Lama has repeatedly said to the LGBT groups he can not rewrite
the texts. The same thing say fundamentalist priests and Christian
pastors on biblical texts.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box52"></a>
In 1999, in an interview with Alice Thompson, he declared
emphatically: <i>"They want me to tolerate homosexuality. But,
I'm a Buddhist and, to a Buddhist, a relationship between two men is
wrong. Some sexual behaviors in marriage also are wrong."</i>,
talking about masturbation and oral sex. He also said that <i>"If
a person has no faith, is a different matter"... "If two
men really love each other and are not religious, then, is OK with
me."</i> A modern discourse of exclusion? After all, what the
Dalai Lama makes clear is that if LGBT people want to be as they are,
but are not Buddhist religious, all OK. The encouragement is that it
is not the word of all Buddhists - teachers, monks and lay people -
in the world.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box53"></a>
(...) Once the Theravada Buddhist monk Ajahn Brahmavamso wrote for
the West Australian newspaper, responding to an article published
there, where the Dalai Lama was quoted as saying that homosexuality
was immoral. Here's what he wrote to the newspaper:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en">
<i>Dear Sir/Madam,</i></div>
<br />
<div class="western">
<i>The Dalai Lama was out of line when he said
(according to your article in the West, April 15, Page 7) “if you
are a Buddhist, homosexuality is wrong. Full stop.” The Dalai Lama
is not the ‘Pope’ of Buddhism and, charming as he often is, he
sometimes gets it wrong. (...)</i>
</div>
<br />
<div class="western">
<i>The greater majority of Buddhists throughout
the modern world are inspired to learn that the Buddha certainly did
not discriminate against homosexuality. The core teachings of
original Buddhism clearly show that it is not whether one is
heterosexual, homosexual or celibate that is<br />good or bad, but it
is how a person uses their sexual orientation that makes for good or
bad karma. (...)</i>
</div>
<br />
<div class="western">
<i>So the fact is that the Buddha, and therefore
Buddhism, embraces gays and lesbians and transsexuals with equity and
respect. Too long has religious bigotry caused suffering to minority
groups in our society. All religions should be more loving. Full
stop!</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-PT">Ajahn
Brahm</span><span lang="en">"</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box54"></a>
<span lang="en">Several masters of Tibetan Buddhism have been
speaking favorably to the homosexual issue, which is further evidence
that the statement of the Dalai Lama is just an opinion, not a
decree. </span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box55"></a>
<span lang="en">In conclusion, the reasons that lead me to move away
from Free Tibet Movement and now to announce my disconnection
definitively, starting an activism on behalf of human rights of the
Tibetan people in the secular sphere, are:</span></div>
<div class="western" lang="pt-PT" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<ul>
<li><div class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
I'm a
laicist and I prefer a secular democracy for Tibet - independent,
autonomous region or whatever it is. I do not agree with a "Buddhist
theocracy", if you allow me to use this term, as I do not agree
with Christian, Islamic, Jewish theocracies, etc.. Also in this
item, being politically laic, I disagree with the ban on the
practice of Dorje Shugden by the Dalai Lama for clearly political
reasons. I'm not a practitioner of Dorje Shugden, but I sympathize
with their adherents, as I symphatize with the supporters of any
peaceful worship suffering discrimination.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box57"></a>
The insult to the Tibetan human rights by the Chinese government
since the annexation of Tibet is really very serious, but non-laic
attitude of the Dalai Lama and his staff contributes to worsen the
situation, which looks like a quarrel of power, when in fact,
involves the death of thousands of miserable, neglected (for both
sides) and innocent people.
</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box58"></a>
The homophobic prejudice presented by the Dalai Lama in his
contradictory statements. Contradictory because they try to put on
warm cloths the controversy and eventually cause more confusion.
This highlights the discrimination and encourages prejudice, which
is not Buddhist.</div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
Having said that, I am definitely leaving the global movement known
as "Free Tibet", supporter of the Dalai Lama and his
political vision which continues to promoting "Buddhist
theocracy" (?), and I keep defending the human rights of the
Tibetan people in a laic way, without religious bias, but with
emphasis on the preservation of human life, culture, religion and
Tibetan language. The blog of "Free Tibet - Brazil" will be
closed, but not deleted. And with that, I still buddhist!</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box231"></a>
<b>Sarva Mangalam!</b> (Let there be benefit to all beings!)</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box60"></a>
Canoas, January 21, 2014.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<b>Paulo Stekel</b>
</div>
<br />
<a href="https://www.blogger.com/null" name="result_box26"></a>
(Author, journalist, musician, ex-coordinator of the Free Tibet
Movement - Brazil, coordinator of Movement “Espiritualidade
Inclusiva” [Inclusive Spirituality])</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-61815914212265510842013-11-21T08:56:00.001-08:002013-11-21T09:04:20.674-08:00A "morna" nota oficial do Conselho Nacional LGBT pela retirada de pauta do PLC 122<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA1Ty3oxJ4Ba7VOZ_AIkukpmHkJSfdqxoeuk203yMO6AoToseMiiJuoF3QI6Fh81xTS9PutOElBHoyr5jJf8gRX_eJh3Kd0sbDuXcwbcCfaZR3hBYNXtleg5lSIxvYUd5gTRCVNeolrBM/s1600/plc+122+2013.jpg.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA1Ty3oxJ4Ba7VOZ_AIkukpmHkJSfdqxoeuk203yMO6AoToseMiiJuoF3QI6Fh81xTS9PutOElBHoyr5jJf8gRX_eJh3Kd0sbDuXcwbcCfaZR3hBYNXtleg5lSIxvYUd5gTRCVNeolrBM/s1600/plc+122+2013.jpg.jpeg" height="149" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<i><b>Isso mesmo! Quando comparada à Nota Oficial da ABGLT, postada aqui há pouco, a Nota Pública do Conselho Nacional LGBT soa muito morna, evidentemente para não ferir suscetibilidades partidárias. A culpa recai toda nos parlamentares e a nota do Conselho Nacional LGBT não cita uma única vez as artimanhas da Bancada Fundamentalista Evangélica para sepultar o PLC 122, algo que ficou claro na Nota da ABGLT. Nosso repúdio a uma nota tão morna, reproduzida abaixo:</b></i><br />
<br />
<b>Fonte: <a href="http://www.sdh.gov.br/noticias/2013/novembro/nota-publica-do-conselho-nacional-lgbt-sobre-retrocessos-no-ambito-legislativo">http://www.sdh.gov.br/noticias/2013/novembro/nota-publica-do-conselho-nacional-lgbt-sobre-retrocessos-no-ambito-legislativo</a></b><br />
<br />
<h2 class="documentSecondHeading" id="parent-fieldname-subtitle" style="background-color: white; clear: both; color: #00520f; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 24px; line-height: 24px; margin: 10px 0px 25px; padding: 0px;">
Novembro</h2>
<h3 class="documentThirdHeading" id="parent-fieldname-subtitle3" style="background-color: white; clear: both; color: #444444; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 24px; line-height: 24px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
NOTA PÚBLICA do Conselho Nacional LGBT sobre retrocessos no âmbito legislativo</h3>
<div id="viewlet-below-content-title" style="background-color: white; clear: both; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 0px 0px 14px; padding: 0px;">
<div class="horizontal" id="viewlet-social-like" style="margin: 5px 0px 0px; padding: 0px;">
<span style="color: #00520f; font-size: 13px; font-weight: 700; line-height: 1em;">21/11/2013</span></div>
</div>
<div id="content-core" style="background-color: white; float: left; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px !important; padding: 0px; width: 711px;">
<div class="plain" id="parent-fieldname-text" style="margin: 20px 0px 0px; padding: 0px; width: 711px;">
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays,<br />
Bissexuais, <span style="line-height: 1.5em;">Travestis e Transexuais – </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">CNCD/LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;">, órgão colegiado voltado ao enfrentamento às</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">discriminações e ao </span><span style="line-height: 1.5em;">preconceito contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, vem a</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">público manifestar sua preocupação </span><span style="line-height: 1.5em;">com a retirada do PLC 122/06 da pauta da reunião da </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">Comissão</span><br />
<span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">de Direitos Humanos e Legislação </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">Participativa do Senado Federal</span><span style="line-height: 1.5em;"> desta quarta-feira (20),</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">bem como pela aprovação de projetos contrários aos </span><span style="line-height: 1.5em;">direitos desta população na Comissão de Direitos</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, nesta mesma data.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
O dia 20 de novembro é um dia de celebração da luta do povo negro, Dia da Consciência Negra, e seria<br />
também a data <span style="line-height: 1.5em;">ideal para comemorarmos a aprovação do PLC 122/06 na Comissão de Direitos Humanos</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">do Senado Federal, pois tal </span><span style="line-height: 1.5em;">projeto altera a Lei do Racismo, Lei 7716/89, unindo assim a luta do povo</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">negro contra o preconceito e a discriminação </span><span style="line-height: 1.5em;">com a da população </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;">. Haja vista que justamente os</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">jovens negros </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;"> são as maiores vítimas da violência homofóbica. Segundo dados do “Relatório</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">de Violência Homofóbica: ano de 2012” elaborado pela </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">SDH/PR</span><span style="line-height: 1.5em;"> em parceria </span><span style="line-height: 1.5em;">com o Programa das Nações</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">Unidas para o Desenvolvimento – </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">PNUD</span><span style="line-height: 1.5em;">, os </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;"> negros são duas vezes mais vítimas </span><span style="line-height: 1.5em;">de violência</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">homofóbica do que os </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;"> brancos.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
Os números falam por si: 9.982 violações de caráter homofóbico foram registradas pelo Governo<br />
Federal em 2012 <span style="line-height: 1.5em;">contra a população </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;">. 166,06% a mais do que em 2011. A violência cotidiana</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">contra a população </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;"> é </span><span style="line-height: 1.5em;">estrutural na sociedade brasileira, sendo os homicídios o seu reflexo mais</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">perverso. Foram registrados apenas pela contabilização de noticias em jornais de grande circulação</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">278 assassinatos em 2011 e 310 assassinatos em 2012 por motivação homofóbica.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
É inaceitável que apesar de toda a mobilização e esforço dos militantes de direitos humanos, assim<br />
como, do apoio <span style="line-height: 1.5em;">valoroso, de inúmeros Senadores e Senadoras, não tenhamos conseguido aprovar</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">um projeto de lei que tão somente se </span><span style="line-height: 1.5em;">volta a proteger a integridade física e psíquica da população</span><br />
<span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;">. Enquanto que na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">tenham sido facilmente votados projetos que contrariam direitos já reconhecidos à população </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">pela mais alta Corte de Justiça do país, o Supremo Tribunal Federal.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
O Projeto de Decreto Legislativo 232/11, aprova a realização de plebiscito sobre o casamento<br />
entre pessoas do mesmo <span style="line-height: 1.5em;">sexo, colocando assim uma minoria refém da decisão da maioria o que</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">contraria os principais postulados de direitos </span><span style="line-height: 1.5em;">humanos que os reconhecem como inegociáveis. Por</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">outro lado, o PL n. 6.297/05, que garante em lei direitos </span><span style="line-height: 1.5em;">previdenciários também já assegurados</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">pelo STF aos casais </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;">, foi rejeitado na Comissão da Câmara.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
O Congresso Nacional tem uma grande responsabilidade para com o povo brasileiro neste momento,<br />
essa <span style="line-height: 1.5em;">responsabilidade não se refere tão somente proteção dos direitos da população </span><span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; line-height: 1.5em; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span><span style="line-height: 1.5em;">, mas a</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">necessidade de </span><span style="line-height: 1.5em;">demonstração inequívoca de que direitos humanos não são negociáveis e que</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">nenhum grupo populacional pode ter seus direitos violados sob qualquer pretexto.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
O CNCD-<span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span> recorre aos parlamentes brasileiros para que reconheçam a importância de um<br />
projeto de lei que <span style="line-height: 1.5em;">criminaliza o ódio e a intolerância resultantes de discriminação ou preconceito</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">de raça, cor, etnia, religião, origem, </span><span style="line-height: 1.5em;">gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">condição de pessoa idosa ou com deficiência, assim como </span><span style="line-height: 1.5em;">rejeitem iniciativas atentatórias a</span><br />
<span style="line-height: 1.5em;">direitos já consagrados a essa população.</span><br />
<span style="line-height: 1.5em; text-align: right;"><br /></span>
<span style="line-height: 1.5em; text-align: right;">Brasília, 21de novembro de 2013.</span></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: 'Open Sans'; line-height: 1.5em; margin-bottom: 14px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: center;">
Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de <span class="highlightedGlossaryTerm" style="background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: none; cursor: pointer; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-weight: 700; margin: 0px; min-width: 300px; padding: 0px; z-index: 2;">LGBT</span></div>
</div>
</div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-2420380532525209352013-11-21T08:28:00.001-08:002013-11-21T08:28:52.482-08:00NOTA OFICIAL DE INDIGNACAO DA ABGLT - PLC 122/2006<b><i>Cfe. postado originalmente em <a href="http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=320">http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=320</a></i></b><br />
<br />
<br />
<i><b>Nota do Movimento Espiritualidade Inclusiva: </b>O Movimento endossa integralmente o conteúdo da Nota Oficial da ABGLT</i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Xy0A7hWaKa6NLj3t-WrFUfUIXquY3NLJ_g6qS9l4Zbj6tk11V-DHNQ939v3S96T4MblWNXq5nGoUPxBiKxSy3Dk_wcQOHyXbKmeVZc9tL9lIXFnVdgIYY78FiPX-4728BNzVDzuxp9Q/s1600/943021_428477607278993_1923976647_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Xy0A7hWaKa6NLj3t-WrFUfUIXquY3NLJ_g6qS9l4Zbj6tk11V-DHNQ939v3S96T4MblWNXq5nGoUPxBiKxSy3Dk_wcQOHyXbKmeVZc9tL9lIXFnVdgIYY78FiPX-4728BNzVDzuxp9Q/s1600/943021_428477607278993_1923976647_n.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br />
<table border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" class="tbgeral" style="background-color: white; color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td><div align="right">
2013-11-20 21:46:12</div>
</td></tr>
<tr><td><div align="center">
<hr align="right" color="#003366" width="90%" />
</div>
</td></tr>
<tr><td><div align="justify">
<b>Nota Oficial de Indignação da ABGLT contra a postura dos fundamentalistas na reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado no dia 20/11/2013</b><br /><br /><i>"O que me preocupa não é nem o grito dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons."</i> Martin Luther King.<br /><br /><br />A forma como um restrito grupo de fundamentalistas no Congresso Nacional está reagindo ao Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006 que apenas acrescenta orientação sexual e identidade de gênero como motivos de discriminação e que visa simplesmente combater o ódio, a intolerância e a violência dos quais a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) tem sido vítima no Brasil é de uma extrema insensibilidade.<br /><br />O Projeto diz “Art. 1º A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:<br /><br />“Define e pune os crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência.”<br /><br />Esse mesmo grupo de parlamentares fundamentalistas deve ser responsabilizado pelas mortes, pela violência e pelas discriminações que fazem vítimas de milhares de brasileiras e brasileiros todos os anos.<br /><br />Para citar apenas dados oficiais contidos nos Relatórios Sobre a Violência Homofóbica no Brasil, elaborados pelo governo federal, o Relatório de 2011 registrou 6.809 violações contra a população LGBT nos seguintes serviços apenas naquele ano: Disque Direitos Humanos (Disque 100), Ligue 180, Disque Saúde e a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde, mais 278 assassinatos identificados por meio do monitoramento dos meios de comunicação. Segundo o Relatório de 2012, foram reportadas 27,34 violações de direitos humanos de caráter homofóbico por dia no Brasil. A cada dia 13,29 pessoas foram vítimas de violências homofóbicas reportadas no país. Houve 9.982 denúncias de violações dos direitos humanos de pessoas LGBT, um aumento de 46,6% em comparação com 2011. Também foram identificados 310 assassinatos..<br /><br />Houve, entre os parlamentares fundamentalistas, quem afirmou hoje que a aprovação do PLC 122/2006 seria um incentivo à pedofilia. A Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde, item F65.4, define a pedofilia como “Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, de meninas ou de ambos, geralmente pré-púberes”. Fazer afirmações que vinculam a pedofilia à homossexualidade é mais um exemplo de como os fundamentalistas semeiam o ódio contra as pessoas LGBT por meio de inverdades.<br /><br />O que transparece na atuação dos fundamentalistas no Congresso Nacional é que obstruem, fazem manobras e impedem a aprovação do PLC 122/2006 porque veem nele uma ameaça à sua própria prática de segregação discriminatória e difamatória das pessoas LGBT.<br /><br />Neste sentido, a ABGLT vem pedir àqueles parlamentares do Congresso Nacional que hoje se ausentaram do processo de votação, que se posicionem, votando favorável ou contrário ao combate à violência e à discriminação. Chega de hipocrisia. Nós não podemos aguardar mais. O projeto de lei em questão tramita há 12 anos – neste período de inércia e omissão por parte do Congresso Nacional, estimadas 4055 pessoas LGBT foram assassinadas no Brasil, segundo o Grupo Gay da Bahia, e segundo os Relatórios de 2011 e 2012 acima citados, apenas por serem LGBT, e os perpetradores destes crimes na sua maioria gozam da impunidade. Parlamentares que se colocam como defensores/as dos direitos humanos e da igualdade preconizada pela Constituição Federal não podem se esquivar de sua obrigação de votar a matéria – não é aceitável que se ausentem das votações. Se não querem representar na hora que for preciso parte da população que os elegeu, é melhor que se renunciem de seus mandatos. A cidadania plena e os direitos humanos não são objetos de barganha em negociações políticas e tampouco algo que se deixe de lado quando convém, por medo de perder votos nas próximas eleições. Todos somos cidadãos com direitos iguais, inclusive o direito de sermos representados inequivocamente nas instâncias legislativas.<br /><br />Este povo fundamentalista não quer diálogo, este povo quer transformar o Brasil em uma ditadura fundamentalista que faz acepção a quem não siga seus dogmas. Este povo perdeu os valores: semeia o ódio contra a população LGBT. Basta ver conteúdos de determinados programas de televisão apresentados por pastores fundamentalistas, sem falar da vergonhosa Comissão da Câmara dos Deputados que não é digna do nome de Direitos Humanos e Cidadania.<br /><br />Agora até querem interferir na atuação do Supremo Tribunal Federal, como é o caso da PEC 99/2011, que permitiria que as associações religiosas tivessem a capacidade para propor ação de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos. Uma proposição dessa natureza é um acinte à cidadania, uma ameaça à essência da democracia.<br /><br />Este povo não entende o significado de democracia, apenas quer impor a teocracia.<br /><br />Este povo dissemina inverdades para mobilizar seus fiéis contra a população LGBT. Este povo se utiliza do nome de Deus para iludir e enganar seguidores ingênuos para se enriquecer ilicitamente. Este sim é o mal maior por trás da fachada da falsa cruzada dessas pessoas que pregam o fundamentalismo. Transparência já nas contas das igrejas no Brasil, qualquer seja sua denominação!<br /><br />Está na hora de aprovar no Brasil legislação que desincompatibilize o exercício concomitante de pastor e parlamentar, como já ocorre no México, por exemplo, pelo evidente fato do conflito de interesses entre as convicções religiosas e a laicidade do estado que deveria caracterizar a atuação de quem legisla em nome dele.<br /><br />Acorde Brasil! Veja o paralelo entre o avanço do fundamentalismo no Brasil e o surgimento do fascismo no século passado, que culminou nas atrocidades da 2ª Guerra Mundial e no genocídio das populações perseguidas pelos fascistas (inclusive a população LGBT). Nas palavras do Frei Beto “a postura do movimento político no meio evangélico fundamentalista é comparável com o surgimento dos regimes nazista e fascista na Europa do século XX”<br /><br /><b>Carlos Magno<br />Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT </b></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-6093087162127251662013-10-23T06:58:00.002-07:002013-10-23T06:58:28.188-07:00III Seminário de Diversidade Sexual, Relações de Gênero e Políticas Públicas (Porto Alegre - RS)<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZfpK1kUhcSLRVN8QQyv-4P_c09ImUZ6j_5molTmZsYj3AmLFuQZq0d2htD4AMok7AorXwbH-4eVJzsGr0ksoz_M3DE7jf788bl7tJWTYSJV3ZQICzUBT6omV5rXKz-Ps1txx-t3SEVW4/s1600/1385588_10202423845945324_1789378846_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZfpK1kUhcSLRVN8QQyv-4P_c09ImUZ6j_5molTmZsYj3AmLFuQZq0d2htD4AMok7AorXwbH-4eVJzsGr0ksoz_M3DE7jf788bl7tJWTYSJV3ZQICzUBT6omV5rXKz-Ps1txx-t3SEVW4/s1600/1385588_10202423845945324_1789378846_n.jpg" height="640" width="480" /></a></div>
<br />
<br />
Vale a pena participar! Estaremos presentes!Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-62387006295030401182013-07-01T12:12:00.001-07:002013-07-01T12:12:16.459-07:00Como posso ser acusado de heterofóbico?<b><i>Por Walter Silva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil8nUE4TX1e4w4b7CE84wd5Sv5rbpiBxmL-Johe5xYudMtK3GSWiUKDPXIWhauunuBhDrIPhyq0M-LlFzi-2pyuoriXALDVAqCJRztwGzeldSrQEIptkCtu_IHkxG3p15XVUNGU4LhHOk/s622/b0xr4t.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil8nUE4TX1e4w4b7CE84wd5Sv5rbpiBxmL-Johe5xYudMtK3GSWiUKDPXIWhauunuBhDrIPhyq0M-LlFzi-2pyuoriXALDVAqCJRztwGzeldSrQEIptkCtu_IHkxG3p15XVUNGU4LhHOk/s622/b0xr4t.jpg" height="320" width="308" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">[Um dos memes que rolam pela Internet ridicularizando a obviedade da falácia da "heterofobia"]</span></i></div>
<br />
<br />
Um sujeito me acusou de ser heterofóbico uma ocasião, porque compartilhou comigo uma postagem homofóbica e eu reclamei. Uma tática pra lá de manjada usada pelos reacionários: tentar usar meu discurso contra mim mesmo - nenhuma novidade.<br />
<br />
Ele, por outro lado, me garantiu que não era homofóbico; segundo ele, tinha ''amigos'' gays e sempre foi ''tranquilo'' em relação a eles. Outra falácia reacionária: ter ''amigos gays'' por alguma razão misteriosa se torna salvo conduto para se evitar o rótulo de homofóbico.<br />
<br />
Ora essa, homofobia e heterofobia não é sobre com quem você se relaciona. Fosse simples assim, nenhum homem heterossexual seria machista, considerando que todos eles se relacionam com mulheres. Homofobia e heterofobia é sobre como você se comporta, como você vê o mundo, e como você se sente em relação a outros.<br />
<br />
Eu não tenho NENHUMA aversão/medo/ódio por heterossexuais.<br />
<br />
Eu não recuso filmes, livros, novelas e canções que descrevem o amor do sexo oposto. Eu me divirto com as aventuras amorosas de personagens heterossexuais na dramaturgia, mesmo quando os gays são completamente ausentes da trama e apagados ou invisibilizados. Eu e muitos outros gays somos fascinados pela obra de Tolkien, embora não haja um único homossexual na trama (bem, eu secretamente desconfio do Frodo, rs).<br />
<br />
Eu ainda sinto muito tesão com filmes eróticos criados para heterossexuais.<br />
<br />
Eu não sou ressentido da minha família heterossexual, apesar da homofobia cultural ter estado presente na minha educação familiar.<br />
<br />
Eu nunca me envolvi em nenhum ativismo anti-heterossexual, no intuito de retirar os direitos civis dessas pessoas.<br />
<br />
Não acho que o mundo seja gay, que todos são gays, que todos vão se tornar gays. Se gays pudessem se reproduzir, eu não discriminaria a adoção dos filhos de heterossexuais.<br />
<br />
Por que eu falo o tempo todo sobre gays?<br />
<br />
Suponha que uma mãe tenha dois filhos, e ame eles por igual; entretanto, suponha que um deles é atacado de forma estúpida e violenta numa briga e termine muito ferido. Naturalmente, a atenção desta mãe irá se concentrar mais sobre o filho ferido, e seus cuidados se redobrarão com ele. Mas, isso não significa desamor pelo outro filho.<br />
<br />
Similarmente, por este motivo é que eu falo e me concentro mais na identidade gay. Porque ela foi ferida, escamoteada, silenciada, afogada...<br />
<br />
Meus cuidados, atenção e interesse sobre a identidade gay não representam manifestação de desprezo para com a heterossexualidade.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Sobre o autor</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlcru-a43LgjRNCOTE7BeP99u6_A75qtAxOzNxrVpKa-JxBCdD7-_HPLjVNs_PY1ua0DdKdMKzz6qplspKUqrDGA9CQFSMGxy0hGKGuUJ7R107C_gb-uTl3USAiWWv0F0IsR12XoJ6nhY/s640/Walter+Silva.jpeg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlcru-a43LgjRNCOTE7BeP99u6_A75qtAxOzNxrVpKa-JxBCdD7-_HPLjVNs_PY1ua0DdKdMKzz6qplspKUqrDGA9CQFSMGxy0hGKGuUJ7R107C_gb-uTl3USAiWWv0F0IsR12XoJ6nhY/s640/Walter+Silva.jpeg.jpg" height="150" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<strong style="background-color: #ffe4e5; color: #323232; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Walter Silva</strong><span style="background-color: #ffe4e5; color: #323232; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 14px; line-height: 21px;"> </span><em style="background-color: #ffe4e5; color: #323232; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">é ativista LGBT e mora em mora em Belém (Paraíba).</em>Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-22863960826989005092013-05-21T10:54:00.002-07:002013-05-21T10:54:46.337-07:00Ciclo de Cinema "Diversidade Sexual e Religião" em Porto Alegre - RS<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz5VxjmQsS3T8ALVMWzFtRo2smpXSF5Y4rnztA9YC3XUi8tgFHIpY1OKxe079D-ibPlXE2Jvbq4PdnqyWtulQrczb4meyLR-nn0YAyyqFyi92nE0NDzvi_JxfFH7qxTDZScA6QbvP9cqI/s1600/Ciclo+de+Cinema+Diversidade+Sexual+e+Religi%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz5VxjmQsS3T8ALVMWzFtRo2smpXSF5Y4rnztA9YC3XUi8tgFHIpY1OKxe079D-ibPlXE2Jvbq4PdnqyWtulQrczb4meyLR-nn0YAyyqFyi92nE0NDzvi_JxfFH7qxTDZScA6QbvP9cqI/s1600/Ciclo+de+Cinema+Diversidade+Sexual+e+Religi%C3%A3o.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Como atividade da<i><b> III Semana Acadêmica Integrada da Saúde e os Movimentos Sociais</b></i>, ocorrerá entre os dias 21 de maio e 04 de junho o<b> Ciclo de Cinema "Diversidade Sexual e Religião"</b>, que será realizado no Auditório da Escola de Enfermagem da UFRGS. Entre os debatedores, estará o Coordenador Geral do <b>Movimento Espiritualidade Inclusiva</b>, o jornalista <b>Paulo Stekel</b>.<br />
<br />
Organização: <b>NUPSEX</b>, da UFRGS.<br />
<br />
<b>Agende-se para assistir aos três filmes que serão apresentados e debatidos no ciclo:</b><br />
<b><br /></b>
<b>21/05 - 18:30</b><br />
<b>"Prayers for Bobby" (Orações para Bobby)</b><br />
<b>Debatedor: Paulo Stekel (Coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva)</b><br />
<b><br /></b>
<b>28/05 - 18:30</b><br />
<b>"Eyes Wide Open"</b><br />
<b>Debatedor: Daniel B. Kveller</b><br />
<b><br /></b>
<b>04/06 - 18:30</b><br />
<b>"A Jihad for Love"</b><br />
<b>Debatedor: Daniel Caye</b><br />
<b><br /></b>
<b>Local: Auditório da Escola de Enfermagem da UFRGS, Rua São Manoel, 963 - Santa Cecília - Porto Alegre - RS</b><br />
<br />Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-28386746635341249252013-05-21T09:58:00.001-07:002013-05-21T09:58:15.800-07:00Vídeos com trechos da "Audiência Pública sobre o PLC 122 com o Senador Paulo Paim" em Canoas - RS <b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoDxl9VAVKoOEwqDz9gm0Ztlsam58ycfhbNcSB4NOM_ysg3M7kZx0jJ8sisovyrGo-qx6j-eklkJILSpBihuSaRbRRq1BuT1geIR4ygiN66_tcL5E4OfAB5g0N75MSILvcgQTw_KmzdN4/s1600/PICT0013.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoDxl9VAVKoOEwqDz9gm0Ztlsam58ycfhbNcSB4NOM_ysg3M7kZx0jJ8sisovyrGo-qx6j-eklkJILSpBihuSaRbRRq1BuT1geIR4ygiN66_tcL5E4OfAB5g0N75MSILvcgQTw_KmzdN4/s1600/PICT0013.JPG" height="313" width="400" /></a></div>
<br />
Na tarde do dia 18 de maio de 2013, foi realizada na Câmara Municipal de Canoas - RS, uma <b>"Audiência Pública com o Senador Paulo Paim"</b>, tendo como pauta <b>"O PLC 122: pela criminalização da homofobia"</b>. Cerca de 200 pessoas se fizeram presentes, entre representantes de ONGs de ativismo LGBT, afro-umbandistas, representantes do movimento negro e pessoas envolvidas com o tema Direitos Humanos.<br />
<br />
O evento foi uma realização conjunta do <b>Gabinete do Senador Paulo Paim</b> e do <b>Gabinete do Vereador Paulinho de Odé (PT - Canoas)</b>, com apoio do <b>Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas</b>, <b>ONG Parceiros da Diversidade</b>, <b>ONG LOVE</b> e <b>Coordenadoria de Políticas de Diversidades de Canoas</b>. Até o momento esta foi a única Audiência Pública com o atual relator do PLC 122 no Estado do Rio Grande do Sul e Canoas foi a primeira cidade a apresentar uma minuta coletiva de projeto de lei em mãos do senador.<br />
<br />
O <b>Movimento Espiritualidade Inclusiva</b> se fez presente, através do Coordenador Geral <b>Paulo Stekel</b>, que representando o <b>Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas</b>, entregou em mãos do Senador Paim a <b>"Minuta de Canoas"</b> (leia ou baixe a minuta <b><a href="http://www.4shared.com/office/sUexEOIr/Minuta_PLC_122_canoas_rs.html" target="_blank">aqui</a></b>), contendo as sugestões consensuais de todos os envolvidos no tema em Canoas para o texto final que o Senador pretende colocar em votação até o final de 2013.<br />
<br />
Nosso apoiador <b>Kenai Alves</b> registrou em vídeo cerca de uma hora e meia dos momentos mais importantes para a reflexão sobre o tema. Dividimos tudo em quatro partes. Confiram:<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;"> Parte 1</span></b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/-N9aswy5LWU" width="560"></iframe><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=-N9aswy5LWU">http://www.youtube.com/watch?v=-N9aswy5LWU</a> - Nesta parte: Abertura com apresentação de Fabielli Kimberly; fala do Vereador Paulinho de Odé (presidente da mesa); fala de Everton Alfonsin (presidente da FAUERS - Federação Afro-Umbandista e Espiritualista do RS).<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Parte 2</span></b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/vJYxqOrDaBU" width="560"></iframe><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=vJYxqOrDaBU">http://www.youtube.com/watch?v=vJYxqOrDaBU</a> - Nesta parte: Falas de Paulo Stekel, coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva, representando o Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas e entregando ao Senador Paim a Minuta de Canoas como contribuição ao novo texto do PLC 122; Delegada Sabrina Defenti; Roselaine Silva, representando o Conselho Nacional LGBT e a LBL - Liga Brasileira de Lésbicas; Rogério Ambieda (Coordenador de Diversidades de Canoas - RS); Fábulo Nascimento da Rosa (Coordenador Estadual de Diversidade Sexual).<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;"> Parte 3</span></b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/l3YOiCkgKiE" width="560"></iframe><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=l3YOiCkgKiE">http://www.youtube.com/watch?v=l3YOiCkgKiE</a> - Nesta parte: Fala do Deputado Nelsinho Metalúrgico (PT - RS) e do Senador Paulo Paim, atual relator do PLC 122.<br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;"> Parte 4</span></b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/nH8Vu0vt5mE" width="560"></iframe><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=nH8Vu0vt5mE">http://www.youtube.com/watch?v=nH8Vu0vt5mE</a> - Nesta parte: Falas do público - entre eles, Ana Naiara Malavolta (LBL e Fórum Gaúcho pelas Liberdades Laicas), Zumba Toledo, além de Marina Reidel e Roselaine Silva (ambas do Conselho Nacional LGBT); apresentação final de Fabielli Kimberly; fala final do senador Paim.
<br />
<br />Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-37540434467880785452013-05-21T09:15:00.002-07:002013-05-21T09:15:29.260-07:00Vídeo com trechos do "Diálogo com o Senador Paulo Paim", em Porto Alegre - RS<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbusmBJ1FXdQRGBq4ojPAOvmSk6lH4uWWY_9ynYBLMMQULSZ_xBDW14ywEchoACpGbmwAiBpmrPupHdj7ZiUTXi2eFqPruPmMEsNg-x_YW3hXSkrCHAt7Jm5xrC5hz6xgLMIFD1bUcG30/s1600/922985_569449686428750_1823073484_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbusmBJ1FXdQRGBq4ojPAOvmSk6lH4uWWY_9ynYBLMMQULSZ_xBDW14ywEchoACpGbmwAiBpmrPupHdj7ZiUTXi2eFqPruPmMEsNg-x_YW3hXSkrCHAt7Jm5xrC5hz6xgLMIFD1bUcG30/s1600/922985_569449686428750_1823073484_n.jpg" height="200" width="106" /></a></div>
<br />
Na manhã do dia 17 de maio de 2013, <b>Dia Estadual e Mundial de Combate à Homofobia</b>, foi realizado no <b>Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFRGS</b>, em Porto Alegre - RS, o<b> "Diálogo com o Senador Paulo Paim"</b>, tendo como pauta <b>"O PLC 122: pela criminalização da homofobia"</b>. Cerca de 150 pessoas estavam presentes, entre representantes de ONGs de ativismo LGBT, universitários, estudantes de Direito e envolvidos com o tema Direitos Humanos.<br />
<br />
O evento foi uma realização conjunta do <b>Gabinete do Senador Paulo Paim</b>, da <b>Comissão Estadual de Diversidade Sexual da OAB/RS</b>, da <b>Coordenadoria Estadual de Diversidade Sexual</b> e da <b>Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do RS</b>, com apoio do <b>Movimento Todos Pela Criminalização da Homofobia</b> e da <b>Liga dos Direitos Humanos da UFRGS</b>.<br />
<br />
O <b>Movimento Espiritualidade Inclusiva </b>se fez presente, através do Coordenador Geral<b> Paulo Stekel </b>e do apoiador <b>Kenai Alves</b>, que juntos, registraram em vídeo quase uma hora dos momentos mais importantes para a reflexão sobre o tema. Confiram:<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/yXlFI43OI-I" width="560"></iframe>
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=yXlFI43OI-I">http://www.youtube.com/watch?v=yXlFI43OI-I</a><br />
<br />
<br />
<br />Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-89584235016157229772013-05-17T20:43:00.005-07:002013-05-17T20:44:19.191-07:00[Onde somos notícia] Paim diz que criminalização da homofobia será lei no Brasil ainda em 2013<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Saiu no site do <b>Sul21</b> hoje (link original <a href="http://www.sul21.com.br/jornal/2013/05/paim-diz-que-criminalizacao-da-homofobia-sera-lei-no-brasil-ainda-em-2013/">http://www.sul21.com.br/jornal/2013/05/paim-diz-que-criminalizacao-da-homofobia-sera-lei-no-brasil-ainda-em-2013/</a>):</span><br />
<br />
<br />
<h1 class="fSizeF" style="clear: both; color: #dc2c23; font-family: Tahoma, Arial; font-size: 2.8em; margin: 0px; padding-bottom: 24px !important; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Paim diz que criminalização da homofobia será lei no Brasil ainda em 2013</h1>
<div class="mioloMateria" style="font-family: Tahoma, Arial; font-size: 10px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px 0px 32px; width: 592px;">
<div class="wp-caption alignright" id="attachment_184927" style="background-color: #f3f3f3; background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(213, 213, 213); float: right; margin: 0px 0px 8px 8px; overflow: hidden; padding: 10px 0px 8px 10px; width: 310px;">
<img alt="" class="size-medium wp-image-184927" src="http://i1.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/05/Por-Bernardo-Jardim-Ribeiro-_DSC1579.jpg?resize=300%2C200" height="200" style="border: 0px !important; float: none !important; margin: 0px 0px 4px !important; padding: 0px !important;" title="Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21" width="300" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="color: #666666; font-size: 1.1em; line-height: 1; padding: 0px;">
Senador Paulo Paim defende consenso para aprovação do PLC 122 na base da lei do racismo para garantir aprovação em 2013./ Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21</div>
</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
<strong>Rachel Duarte</strong></div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
O aumento dos crimes de ódio no Brasil coloca o país na liderança mundial de mortes por preconceito em relação à orientação sexual. No Dia Internacional Contra a Homofobia, nesta sexta-feira (17), o senador <b>Paulo Paim</b> (PT-RS) disse que pretende colocar o PLC 122 em votação em agosto deste ano. Engavetado no Congresso Nacional desde 2001, o texto prevê a criminalização da homofobia e, se passar pelo Parlamento, tem a garantia da sanção da presidenta Dilma Rousseff, garantiu Paim. “Ela sanciona ainda este ano. É só conseguirmos o consenso”, falou o senador.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
Encontrar um meio-termo entre o que quer o movimento social LGBT, o que o relator acredita ser possível de aprovar e o que a bancada conservadora do Congresso aceitará para aprovar o texto em Plenário é o desafio dos próximos meses para o senador petista. Terceiro na relatoria do PLC 122 no Senado Federal, Paulo Paim pediu a unidade do movimento social na luta pela aprovação do projeto. “Se nós não tivermos entendimento e chegarmos lá divididos, não teremos chance. Temos que nos entender e aprovar o possível agora”, pediu aos representantes gaúchos em debate na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
A intenção do relator é encaminhar um texto que coloque a discriminação contra homossexuais dentro da legislação sobre racismo no país. “Quero trabalhar dentro da lei atual, para mexer o mínimo possível no PL. Se fosse pela vontade do movimento social eles queriam uns 20 pontos novos. Eu consigo contemplar todos eles com a dureza do item do Estatuto da Igualdade Racial, que diz ser um crime imprescritível, inafiançável e com previsão de prisão”, explica.</div>
<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_184921" style="background-color: #f3f3f3; background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(213, 213, 213); float: left; margin: 0px 12px 8px 0px; overflow: hidden; padding: 10px 0px 8px 10px; width: 310px;">
<img alt="" class="size-medium wp-image-184921" src="http://i2.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/05/Por-Bernardo-Jardim-Ribeiro-_DSC1415.jpg?resize=300%2C200" height="200" style="border: 0px !important; float: none !important; margin: 0px 0px 4px !important; padding: 0px !important;" title="Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21" width="300" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="color: #666666; font-size: 1.1em; line-height: 1; padding: 0px;">
Travestis fazem performances diante das autoridades e colorem o Dia Internacional de Combate à Homofobia./ Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21</div>
</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
A ideia não foi bem aceita por parte do movimento negro, o que levou a Coordenadoria Nacional de Diversidade Sexual a elaborar um texto substitutivo. De acordo com Paulo Paim, o consenso com o movimento negro já foi alcançado e os argumentos jurídicos feitos pela Coordenadoria serão aproveitados. “Estamos na busca de pelo menos um entendimento para poder fazer um acordo de procedimento. Votamos o texto que eu vou apresentar e se houver divergência votamos algum destaque. Questões específicas podem ser aperfeiçoadas depois com a futura legislação aprovada. Temos que garantir que o preconceito por orientação sexual seja lei primeiro”, reafirmou.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
O representante do <b>movimento Espiritualidade Inclusiva</b>, <b>Paulo Stekel </b>concordou que um recuo agora pode significar uma estratégia de avanço para finalmente aprovar o texto. “Ele pode criar o conceito sobre orientação sexual, discriminação por gênero e finalmente o que seria a homofobia a partir da lei do racismo ou uma lei específica para homofobia. Mas não creio que devamos tipificar as discriminações. Todas são discriminações”, defendeu.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
<strong>Movimentos LGBT não querem mudança no texto para evitar retorno do PL à Câmara </strong></div>
<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_184926" style="background-color: #f3f3f3; background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(213, 213, 213); float: left; margin: 0px 12px 8px 0px; overflow: hidden; padding: 10px 0px 8px 10px; width: 310px;">
<img alt="" class="size-medium wp-image-184926" src="http://i2.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/05/Por-Bernardo-Jardim-Ribeiro-_DSC1517.jpg?resize=300%2C200" height="200" style="border: 0px !important; float: none !important; margin: 0px 0px 4px !important; padding: 0px !important;" title="Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21" width="300" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="color: #666666; font-size: 1.1em; line-height: 1; padding: 0px;">
Ex-desembargadora do TJ-RS, Maria Berenice Dias argumenta que alterações no texto levariam PLC 122 às mãos do pastor Marcos Feliciano./ Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21</div>
</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
Já a ex-desembargadora do Tribunal de Justiça do RS, <b>Maria Berenice Dias </b>discorda da alteração do PLC 122 tal qual ele foi aprovado na Câmara Federal. “Este PL levou cinco anos para chegar ao Senado e já está lá há sete anos esperando para aprovação. Se houver alterações no Senado terá que voltar para a Câmara e, com a presidência do jeito que está (<em>Marco Feliciano</em>) ele será arquivado. Portanto, o desejo do movimento gay é de aprovar este texto como está”, disse a advogada da Comissão de Diversidade Sexual da OAB.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
O maior entrave para o avanço do projeto que criminaliza a homofobia no Brasil, bem como qualquer outra iniciativa para reparar na legislação federal privações de direitos desta parcela da sociedade, é a numerosa bancada religiosa do Congresso Nacional. Para o representante do Ministério Público do RS, <b>Miguel Velasques</b>, que compareceu ao debate na UFRGS, antes de serem evangélicos, os parlamentares são políticos e devem seguir uma coerência com os princípios das siglas das quais são eleitos. “Eles têm partido político. E estes partidos, principalmente os que são de esquerda, têm que cobrar deles uma postura a favor dos direitos humanos”, falou.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
De acordo com o Velasques, o governo federal não pode se omitir em pressionar os líderes e a base aliada sobre o tema da homofobia. “São dez anos de uma administração de esquerda. O Congresso tem que dar sua resposta com a aprovação deste PL. Tivemos uma demonstração da força da base governista na votação da MP dos Portos. Compreendo a importância desta medida para o desenvolvimento do país, mas seres humanos que morrem cotidianamente pela intolerância são, para mim, mais importantes’, criticou.</div>
<div class="wp-caption alignright" id="attachment_184925" style="background-color: #f3f3f3; background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(213, 213, 213); float: right; margin: 0px 0px 8px 8px; overflow: hidden; padding: 10px 0px 8px 10px; width: 310px;">
<img alt="" class="size-medium wp-image-184925" src="http://i0.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/05/Por-Bernardo-Jardim-Ribeiro-_DSC1494.jpg?resize=300%2C200" height="200" style="border: 0px !important; float: none !important; margin: 0px 0px 4px !important; padding: 0px !important;" title="Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21" width="300" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="color: #666666; font-size: 1.1em; line-height: 1; padding: 0px;">
Debate sobre PLC 122 com senador Paulo Paim na Ufrgs busca consenso para aprovação do texto no Congresso Nacional. Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21</div>
</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
Os dados de mortes e agressões por homofobia estão aumentando no país, relatou o representante da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, <b>Bruno Monteiro</b>. Segundo ele, de 2011 para 2012 houve um aumento de 160% nas denúncias do Disque 100 relacionadas ao preconceito por orientação sexual. “Isso é bom por um lado porque revela que as pessoas estão tendo a coragem de denunciar. Estamos cientes desta realidade e sabemos que precisamos avançar mais”, admitiu.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
Uma das iniciativas do governo federal para mudar a cultura preconceituosa relacionada a liberdade sexual foi abolida depois de gerar polêmica na sociedade e desconforto entre os fundamentalistas da base governista. “O Kit anti-homofobia nas escolas era uma importante ação para formar uma sociedade menos preconceituosa e combater o <em>bullying</em> nas escolas e o governo recuou nesta medida. Nós lamentamos isto profundamente. O Brasil está atrasado em termos de legislação e de campanhas sobre homofobia”, lamentou a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Porto Alegre, vereador Fernanda Melchionna (PSOL).</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
<strong>Mortes de homossexuais deve ser tema de audiência com Tarso Genro</strong></div>
<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_184922" style="background-color: #f3f3f3; background-image: none; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(213, 213, 213); float: left; margin: 0px 12px 8px 0px; overflow: hidden; padding: 10px 0px 8px 10px; width: 310px;">
<img alt="" class="size-medium wp-image-184922" src="http://i0.wp.com/www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2013/05/Por-Bernardo-Jardim-Ribeiro-_DSC1433.jpg?resize=300%2C200" height="200" style="border: 0px !important; float: none !important; margin: 0px 0px 4px !important; padding: 0px !important;" title="Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21" width="300" /><br />
<div class="wp-caption-text" style="color: #666666; font-size: 1.1em; line-height: 1; padding: 0px;">
Movimentos LGBT cobram resposta do governo gaúcho sobre mortes de travestis no RS./ Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21</div>
</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
No Rio Grande do Sul, apenas no começo deste ano seis travestis foram mortas por preconceito. As mortes, segundo a presidente da Associação de Travestis e Transexuais no RS – Igualdade, <b>Marcelly Malta</b>, ocorrem com muita violência. “O último caso, de uma travesti de 38 anos morta na Redenção no último final de semana, foi com uma pancada na cabeça. Estamos acompanhando este caso e queremos uma atitude das autoridades”, cobrou.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
O coletivo ‘Todos pela Criminalização da Homofobia’ se uniu na cobrança às autoridades presentes no debate e pediu audiência com o governador gaúcho Tarso Genro (PT). “Precisamos de lei para que não fique impune o preconceito e a violência. O caso do jovem de Tapes que levou 28 facadas está ainda vivo em nós. Nós temos expectativa de que o manifesto seja levado ao governador. Ele é assinado por mais de 30 entidades que não são apenas ligadas ao movimento LGBT”, explica a representante <b>Jucele Azzolin</b>.</div>
<div style="font-size: 1.4em; line-height: 1.5; padding: 0px 0px 16px;">
O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, <b>Fabiano Pereira</b> disse que o governo reconhece que os crimes contra a vida de homossexuais como o ocorrido na Redenção, ‘são inadmissíveis’. Para ele, a aprovação do PLC 122 é urgente. “Este projeto representa mais que a punição de crimes por homofobia, será um processo civilizatório. A sociedade do pensamento único não evolui, a que evolui é a da diversidade, da pluralidade e sem intolerância”, afirmou.</div>
</div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-66589774962035086962013-05-07T10:02:00.000-07:002013-05-07T10:02:04.136-07:00[Notícia] Audiência Pública do PLC 122 com o Senador Paim em Canoas – RS<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><i>Por Espiritualidade
Inclusiva</i></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieKN4C4X4DlWi4XhG2pVKHJModgKbXXaYcZJrDyO4ggc51zKBSpg5Ql9J3075aJ-P3vuu9nM7IBxLG0oEdmqkZ7KAKBQ0_B9oUyYa_xY4Tax6KXHBDND2IvfO92fwVgYPc8Y6uSndxqzE/s1600/216209_332123483581073_186003641_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieKN4C4X4DlWi4XhG2pVKHJModgKbXXaYcZJrDyO4ggc51zKBSpg5Ql9J3075aJ-P3vuu9nM7IBxLG0oEdmqkZ7KAKBQ0_B9oUyYa_xY4Tax6KXHBDND2IvfO92fwVgYPc8Y6uSndxqzE/s1600/216209_332123483581073_186003641_n.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Com o título<b>
“Audiência Pública - O PLC 122 que Criminaliza a Homofobia”</b>, a cidade de <b>Canoas – RS</b> realizará um importante debate sobre o assunto com o
<b>Relator </b>do Projeto de Lei da Câmara Nº 122/2006, o <b>Senador Paulo
Paim</b>. A atividade, a ser realizada no dia 18 de maio, será uma das poucas audiências públicas que estão por
ocorrer no Rio Grande do Sul, e, por isso, a sua importância. Como o
Senador Paim pretende colocar em votação ainda em 2013 uma nova
versão do projeto, as audiências públicas são a chance que a
sociedade tem de contribuir para que o texto final realmente
contemple o que todos os LGBT necessitam na caminhada em direção a
uma cidadania plena.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A iniciativa é uma
ação conjunta do <b>Gabinete do Vereador Paulinho de Ode</b> com o
<b>Gabinete do Senador Paulo Paim</b>, contando ainda com o apoio de
diversas entidades da sociedade civil. Eis as que apoiam o evento até
o momento:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<ul>
<li><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Coletivo LGBT e
Simpatizantes de Canoas;</b></div>
</li>
<li><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Movimento
Espiritualidade Inclusiva;</b></div>
</li>
<li><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>ONG Parceiros
da Diversidade;</b></div>
</li>
<li><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>ONG LOVE (Luta,
Orientação, Vida e Esperança);</b></div>
</li>
<li><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>UNIAXÉS;</b></div>
</li>
<li><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>FAUERS.</b></div>
</li>
</ul>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Durante o evento, o
<b>Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas</b> apresentará ao Relator do
PLC 122 uma minuta de projeto de lei para contribuir com a nova
redação do projeto. Esta minuta está sendo redigida em consenso
com todos os apoiadores do evento.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A organização e os
apoiadores do evento contam com a participação e ajuda na
divulgação de todas as pessoas de Canoas, de Porto Alegre e da
Região Metropolitana ligadas e interessadas na promoção dos
Direitos Humanos e para LGBT. Para quem quiser convidar os amigos da
região pelo Facebook, foi criado um evento:
<a href="http://www.facebook.com/events/175988542559569/">http://www.facebook.com/events/175988542559569/</a>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;"><u>Expediente</u>:</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;">Audiência Pública
“O PLC 122 que criminaliza a homofobia”</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;">Data: 18 de maio de
2013 (sábado)</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;">Horário: 14h</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;">Local: Câmara de
Vereadores de Canoas (Rua Ipiranga, 123 – centro)</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
….............................................................</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;">Subsídios para
entender o PLC 122</span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Quem quiser saber mais
sobre o PLC 122, a fim de contribuir com opiniões no dia da
audiência pública, deixamos abaixo os links com as versões
existentes do projeto até aqui (versões que servem apenas como
referência, já que será feita uma nova redação) e uma análise
feita do PLC 122 por Paulo Stekel a partir de um recente discurso do
Senador Paulo Paim:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>PLC 122 – Versão
de Iara Bernardi (2006):
<a href="http://www.plc122.com.br/plc122-versao-de-iara-bernardi/#axzz2ScoVri1A">http://www.plc122.com.br/plc122-versao-de-iara-bernardi/#axzz2ScoVri1A</a></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>PLC 122 – Versão
de Fátima Cleide (2009):
<a href="http://www.plc122.com.br/plc122-06/#axzz2ScoVri1A">http://www.plc122.com.br/plc122-06/#axzz2ScoVri1A</a>
</b>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
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<b>PLC 122 –
Substitutivo proposto pelo Conselho Nacional LGBT (2013): </b><span style="color: #0000ee;"><b><u>http://www.plc122.com.br/plc122-paim/#axzz2ScoVri1A</u></b></span></div>
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<b>O Bom ou o Ótimo:
Qual PLC 122 queremos? (Artigo de Paulo Stekel analisando o PLC 122 a
partir de um discurso recente do Senador Paim) -
<a href="http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2013/04/o-bom-ou-o-otimo-qual-plc-122-queremos.html">http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2013/04/o-bom-ou-o-otimo-qual-plc-122-queremos.html</a>
</b>
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Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-74580670202619574562013-05-07T08:49:00.003-07:002013-05-07T08:49:35.720-07:00“Ama o teu próximo como a ti mesmo”: a alteridade e os desafios para o século XXI<br />
<b><i>Por Luciano Freitas Filho</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJceehdBWYhyeyVD8Jni_Z21IUHyTzjXCqnMPgjE8OiwIl54z3rGSzgQZ-bYMEn6cX0a5KeSgLTVTY4-2k6O1KT6d8xePXA95u722i2gUFhYI66tWRKnH6dwbaI8zMBau54Wt7YkLaT1A/s1600/gay01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJceehdBWYhyeyVD8Jni_Z21IUHyTzjXCqnMPgjE8OiwIl54z3rGSzgQZ-bYMEn6cX0a5KeSgLTVTY4-2k6O1KT6d8xePXA95u722i2gUFhYI66tWRKnH6dwbaI8zMBau54Wt7YkLaT1A/s1600/gay01.jpg" height="125" width="200" /></a></div>
<br />
<i><b><span style="font-size: x-small;">Desde o começo do mundo que o homem sonha com a paz. Ela está dentro dele mesmo. Ele tem a paz e não sabe. É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo.</span></b></i><br />
<b>Todos estão surdos, Roberto Carlos.</b><br />
<br />
<br />
Sejamos cristãos ou não, amar o próximo como a nós mesmos é o maior desafio que os sujeitos do século XXI podem promover a eles mesmos e ao mundo ao redor. A palavra-chave para a qualidade de vida e melhoria das relações humanas nos tempos atuais não é a tecnologia, nem o desenvolvimento econômico, mas sim a alteridade. Novas tecnologias e desenvolvimento econômico são essenciais, contudo são objetos, eles não são os sujeitos e nem os únicos meios para o bem-estar e a qualidade de vida. Não confundamos sujeitos com objetos.<br />
<br />
Atualmente, no Brasil, estamos lidando com situações que para quem vê de fora acredita que o tão anunciado “fim dos tempos” já chegou. Para nós, que estamos do lado de dentro, há certa entorpecência, uma banalização de fatos que nos fazem dar passos largos para trás na história.<br />
<br />
O que está acontecendo com o país quando as ideologias fundamentalistas religiosas impõem aos homossexuais e sua homossexualidade o véu de doença, patologia, ofertando “fraternalmente” a cura? Ou quando os mesmos, através de suas bancadas parlamentares, fomentam e defendem a internação compulsória de usuários de Crack e outras drogas?<br />
<br />
Afirmar-se fraterno, amar o próximo como Jesus ensinou, não implica amar o outro como queremos que ele seja ao nosso bel prazer ou ideologia. Amar o outro significa amá-lo como ele/ela é, na sua essência, sem apontar para sua sexualidade o cunho de sujeira ou doença. Amar o outro impondo a ele/ela o modo para ser um sujeito amado e/ou amável, é egoísmo, é violento e, sobretudo, não é amar.<br />
<br />
Quando se evangeliza em nome do Sagrado para ofender e discriminar o outro, implica na interpretação avessa do que a Palavra significa(ou). Outro aspecto que salientamos é o fato de que, quando nos utilizamos da condição de parlamentares eleitos para discriminar uma parcela da população, ferimos a Constituição que rege o país. Existem tantas temáticas emergenciais a serem discutidas e sanadas pelos parlamentares, tais como violência urbana, fome, miséria e pobreza, exploração infantil e etc., por que, então, não há um coro “Gospel” para esses assuntos nos palanques legislativos? Qual o objetivo de centrar atenção na discussão do que os LGBT fazem ou deixam de fazer com os seus corpos?<br />
<br />
O que falta para muitos é o exercício da alteridade. O princípio da alteridade é ser fraterno reconhecendo em si o outro e a sua diferença, respeitando-a. Eis na alteridade a chave para um equilíbrio e harmonia entre as pessoas, uma qualidade de vida global. Uma prática real de amor com/para Cristo.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Sobre o autor</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKphDIa1DwDuZFPwj1xLL7rBysgD5uWFxf6MDq_LU7xtZjPuv2uSVzHjVx66RIk6c4o2oVvXxTqkRmAE_ZIVVkRjbYsWt-Bo8CG0KR_2qw-ea-GEry_cA1FfqE2db8ROD4SRKE_gubxQE/s1600/pa315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKphDIa1DwDuZFPwj1xLL7rBysgD5uWFxf6MDq_LU7xtZjPuv2uSVzHjVx66RIk6c4o2oVvXxTqkRmAE_ZIVVkRjbYsWt-Bo8CG0KR_2qw-ea-GEry_cA1FfqE2db8ROD4SRKE_gubxQE/s1600/pa315.jpg" height="200" width="173" /></a></div>
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<b>Luciano Freitas Filho</b><i> é Secretário Nacional LGBT do PSB.</i><br />
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-5034563181541817022013-04-26T08:36:00.000-07:002013-04-26T08:36:26.499-07:00Carta Aberta da RENACI-LGBT ao Povo Brasileiro contra Marco Feliciano<br />
<b><i>Por RENACI-LGBT (A RENACI/LGBT – Rede Nacional pela Cidadania LGBT, um coletivo nacional de militantes LGBT independentes, divulga Carta Aberta à população Brasileira rechaçando mais uma vez o Deputado Pastor Marco Feliciano - PSC/SP. Postado originalmente em <a href="http://atos420.blogspot.com.br/2013/04/carta-aberta-ao-povo-brasileiro.html">http://atos420.blogspot.com.br/2013/04/carta-aberta-ao-povo-brasileiro.html</a>)</i></b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg36mFLcDshe5J-ac9rNaviNF7thBS0QxhDoq4_qEsMaipkPZla8FsZJUlB1l0zbRfD7d-npR0x1LC1z__N6DOVyLlFTFq_cfP-f_rPTXIKqtAMc7MInu37unhOvi6xorAvLxOW1nwSOH4/s1600/269157_514380151942164_670284651_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg36mFLcDshe5J-ac9rNaviNF7thBS0QxhDoq4_qEsMaipkPZla8FsZJUlB1l0zbRfD7d-npR0x1LC1z__N6DOVyLlFTFq_cfP-f_rPTXIKqtAMc7MInu37unhOvi6xorAvLxOW1nwSOH4/s1600/269157_514380151942164_670284651_n.jpg" height="200" width="176" /></a></div>
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Carta Aberta ao Povo Brasileiro</span></b><br />
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<br />
O Brasil vive um momento especialmente doloroso.<br />
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Assistimos boquiabertos e em espírito de luta a um ataque sem tréguas e sistemático aos Direitos Humanos em nosso país. Direitos Humanos dizem respeito a todos nós, nossos familiares, nossos pais, nossos filhos, vizinhos, amigos, transeuntes na rua, desconhecidos; ao rapaz engraçado da padaria, à moça educada da farmácia, ao simpático cobrador de ônibus, ao padre de nossa paróquia, ao pastor de nossa igreja evangélica ali na rua de trás, à mãe de santo que benze nossos afilhados quando estão de bucho virado, ao senhor que mal fala o português, ao que fala muito bem a nossa língua e por qualquer pessoa que possa passar por nossa cabeça.<br />
<br />
2013, Brasil: O Pastor Marco Feliciano (PSC – SP) assume a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e utilizando-se da fácil penetração que obtém entre as massas começa a produzir um crescente levante contra as liberdades religiosas e individuais no Brasil. Se na Nigéria e em diversos outros países onde existem uma minoria cristã a intolerância religiosa já dizimou milhares de vidas, por aqui a coisa poderá ficar igual ou pior do que nos países sem predominância cristã.<br />
<br />
Não, não estamos exagerando. A morte de Pais de Santo e fechamento de Terreiros de Umbanda e Candomblé é incentivada por Marco Feliciano. Em vídeos amplamente divulgados na Internet, ele diz: "Profetizo o sepultamento dos pais de santo. Profetizo o fechamento dos terreiros de macumba." Não contente, ele ataca também a Igreja Católica : "Eu conheço o Deus de Paulo (São Paulo). Não é o Deus dessa religião morta e fajuta em que você está. Se há algum católico entre nós aqui, o que eu duvido muito, mas, se tiver, deixa eu explicar uma coisa. Primeiro: você não pode sentir aquilo que nós sentimos sem experimentar o Deus que nós sentimos. 'Não, pastor, não, pastor, mas eu sou carismático. Eu até aprendi a falar em línguas, colocaram uma fita no rádio e eu decorei.' Esse avivamento é o avivamento de Satanás”.<br />
<br />
Marco Feliciano vai mais longe, ele ataca mulheres, negros, homossexuais, católicos, políticos que verdadeiramente lutam pelos Direitos Humanos e qualquer pessoa que não partilhe de sua crença evangélica. Ataca artistas como John Lennon, Mamonas Assassinas e Caetano Veloso.<br />
<br />
Desta forma, Marco Feliciano põe em xeque todas as grandes conquistas sociais dos últimos 60 anos. Com um pensamento opressor ele estimula o machismo, o racismo, a homofobia e a misoginia (ódio à mulher) e divide o Brasil em dois grupos: De um lado, armados com versículos bíblicos fora do contexto histórico em que foram apresentados, ficam os que acatam calados seus desmandos contra o segundo grupo que é composto por minorias que já são fragilizadas por inúmeras injustiças históricas ocorridas de forma criminosa e que lentamente tem conseguido seus direitos de forma dolorosa e suada, conquistas alcançadas através de muito suor, sangue e lágrimas.<br />
<br />
Além disto, no âmbito político, Feliciano tem abusado de mentiras na tentativa de jogar seus fiéis contra o movimento que deseja vê-lo fora da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Sua assessoria tem lançados vídeos e frases fraudulentas a Deputados que são contrários às suas bizarrices. Uma das vítimas é o Deputado Federal Jean Wyllys, que tem sido caluniado com frequência, e a ele são atribuídas frases que apoiariam a pedofilia e o ódio ao cristianismo. Em uma delas, Feliciano diz que Jean Wyllys defendeu a pedofilia na Radio CBN o que foi prontamente desmentido pelo Grupo em sua página oficial na Rede Social Facebook. Ele também agride fisicamente, através de seguranças e da Polícia Legislativa, manifestantes que se colocam contra ele nas reuniões da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.<br />
<br />
E por tudo o exposto, através desta, viemos em tom de denúncia e suplica ao Povo Brasileiro que entre nesta luta conosco contra Marco Feliciano e a Ditadura Fundamentalista que ele deseja implantar no Brasil.<br />
<br />
Na tentativa de criminalizar o movimento, Feliciano usa de artifícios fajutos para jogar a população evangélica e cristã contra nós inresignados brasileiros. Não somos contra qualquer religião, nosso movimento é pluralista, agrega todas as religiões e crenças, bem como todas as identidades de gênero e orientações sexuais. Existem diversos praticantes do cristianismo entre nós!<br />
<br />
Outras ações de cunho Fundamentalista estão sendo tomadas no sentido de calar e tolher os Direitos Humanos de quem não compartilha das ideias desse setor evangélico sectário. A Bancada Fundamentalista da Câmara dos Deputados propôs proposta de emenda constitucional, que está em tramitação na casa, permitindo que Igrejas contestem a constitucionalidade de Projetos de Lei aprovados no Congresso Nacional junto ao Superior Tribunal Federal; há outra proposta de emenda à Constituição que subordinará as decisões do STF sobre constitucionalidade de leis a um aval do Congresso, assim, caso uma Lei que vá contra os desejos fundamentalistas sejam vistas como constitucionais pelo STF e que a Bancada Fundamentalista não deseje que ela seja válida, poderá retornar ao Congresso e ser derrubada. Isto torna-se um perigo real se lembrarmos que a Bancada Fundamentalista barra todo e qualquer projeto de lei ou ato normativo que protejam os mais básicos direitos das pessoas LGBTs, tais como a criminalização da homofobia e transfobia, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, parceiro como dependente do INSS, direitos sexuais e reprodutivos da mulher, direito de religiões minoritárias, prevenção às DST/AIDS, educação contra a homofobia e transfobia junto a jovens e crianças, entre outros projetos de relevantes para a igualdade entre todos os brasileiros e brasileiras, independentemente de sexo, gênero, orientação sexual, identidade de gênero, raça, condição social, religião, origem. Além de perniciosos no que diz sobre Direitos Humanos, estes projetos atacam diretamente a independência assegurada ao Judiciário por meio da histórica e clássica regra da separação três poderes no Brasil.<br />
<br />
Não desejamos que seja tolhido nosso direito de escutar a música que desejarmos, de torcer pelo time que amamos. Queremos continuar a tomar nossa cerveja nos fins de semana, depois de muitos dias de trabalho. Desejamos poder ir ao culto religioso que acalente nossos corações sem medo. Queremos amar as pessoas e casar com quem desejarmos sem o medo de sermos mortos ali na esquina. Quero poder cumprimentar a benzedeira que cuida de nossas mazelas, quero saber que ainda teremos cultura indígena no Brasil. Não desejamos que se ofendam por sua cor, raça, sexo, religião, orientação sexual, gosto musical, identidade de gênero ou qualquer outro quesito. Somos todos iguais perante a Lei e não pode haver divisão de classes entre melhores e piores. Marco Feliciano não deseja isto, ele deseja uma Ditadura Religiosa e Fundamentalista no Brasil.<br />
<br />
Não somos o movimento LGBT, como ele quer fazer crer. Aliás, também somos o movimento LGBT, mas, somos também homens, somos mulheres, somos negros, somos brancos, somos católicos, somos evangélicos, somos budistas, somos harekrishnas, somos umbandistas, somos candomblecistas, somos ciganos, somos trabalhadores, somos estudantes, somos heterossexuais, somos homossexuais, somos bissexuais, somos transexuais, somos travestis, somos assexuados, somos férteis, somos inférteis, somos corintianos, somos palmeirenses, somos vascaínos, somos flamenguistas, somos atleticanos, somos crianças, somos adolescentes, somos idosos, somos desempregados, somos gordos, somos magros, somos soropositivos, somos deficientes, somos brasileiros, somos estrangeiros, somos você! Somos iguais a você!<br />
<br />
Somos um Brasil contra o Fundamentalismo de qualquer religião. E não desejamos ver nenhum massacre como os que estão acontecendo em países não-cristãos! Não queremos esta reprodução.<br />
<br />
O Brasil é o país do futuro e por isto é o país do amor e da tolerância! Junte-se a nós!<br />
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<br />
<b>RENACI–LGBT Rede Nacional Pela Cidadania LGBT</b><br />
<br />
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-24373425841849816062013-04-25T19:12:00.000-07:002013-04-25T19:12:38.318-07:00Nota da ANNEB – Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil contra o fundamentalismo religioso<br />
<b><i>Postado por Prª. Wall e Pr. Will em 14 abril 2013 às 17:30 (postado originalmente em <a href="http://negrosnegrascristaos.ning.com/profiles/blogs/anneb-ltimos-acontecimentos-em-torno-da-elei-o-da-presid-ncia-da">http://negrosnegrascristaos.ning.com/profiles/blogs/anneb-ltimos-acontecimentos-em-torno-da-elei-o-da-presid-ncia-da</a> e reproduzido aqui pela relevância) </i></b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRihvZz1fv0U6D-38ODxfdLRuPdUDZg0q5ug-0K3CnkA3AxD4A-z8aXqYw9y2oD75Nytw6Q8n_J-C0LBGVyWsxMtkPJv3QUzLllf7EdADtINcD1UGIc03dhSZsff0jEwLAMcDyZAe1gZ4/s1600/ANNEB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRihvZz1fv0U6D-38ODxfdLRuPdUDZg0q5ug-0K3CnkA3AxD4A-z8aXqYw9y2oD75Nytw6Q8n_J-C0LBGVyWsxMtkPJv3QUzLllf7EdADtINcD1UGIc03dhSZsff0jEwLAMcDyZAe1gZ4/s1600/ANNEB.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>NOTA PÚBLICA Nº 01 - 2013 </b></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Tema: Últimos acontecimentos em torno da eleição da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Assunto: Pronunciamento</b></div>
<br />
<br />
Nós, da <b>ANNEB – Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil</b> vimos reafirmar o nosso compromisso com as Sagradas Escrituras (AT e NT), cujos valores inspiram a nossa luta contra toda e qualquer forma de discriminação à dignidade humana. O próprio Senhor Jesus Cristo, em seu evangelho, nos constrange a buscar entre todas as pessoas e de forma integral (Corpo, Alma e Espírito) uma vivência marcada pelo amor, pela justiça e pela paz, como testemunho autêntico de fé e compromisso com o seu Reino, principalmente com aquelas e aqueles que são consideradas e considerados mais vulneráveis em nossa sociedade.<br />
<br />
Afinal, como bem diz o evangelho de Lucas 9.56 “O Filho do homem não veio para destruir as almas das pessoas, mas, para salvá-las”. Consequentemente, Jesus Cristo, por não fazer acepção de pessoas, convida a todos à vida plena, ao continuar dizendo: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt.11.28).<br />
<br />
Isto posto, é nesse espírito de paz, justiça e amor que, de forma firme e irrevogável, nós, afiliadas e afiliados da ANNEB, repudiamos veementemente os pronunciamentos injuriosos contra as mulheres, os afrodescendentes e os homossexuais, proferidos pelo atual Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.<br />
<br />
<b>Justificativa:</b><br />
<b><br /></b>
Nós, brasileiras e brasileiros, formamos um povo plural do ponto de vista étnico-racial. A diversidade assim compreendida é pauta atual e imprescindível nas relações sociais, institucionais e religiosas. Ao mesmo tempo é tão antiga como a imagem do corpo utilizada por Paulo (I Cor. 12.12), a qual evidencia a importância das diferenças das partes e a igualdade de valor de todas para o bom funcionamento do corpo, mesmo diante de classificações preconceituosas como: esta parte é melhor ou mais nobre que outras.<br />
Embora afirmemos o ensino bíblico de que Deus criou a mulher e o homem e que esta é a sexualidade reconhecida pelas Igrejas Evangélicas, respeitamos o direito de escolha das pessoas homoafetivas, visto que vivemos numa sociedade democrática. Todavia, entendemos serem também inalienáveis os direitos iguais aos evangélicos no que tange à opção pela heterossexualidade.<br />
<br />
Com efeito, o impasse que ora se estabelece na sociedade exige de todos nós, serenidade, maturidade e, sobretudo, responsabilidade em nossos discursos. Por isso, lamentamos a falta de preparo científico e amor fraterno do atual Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, ao se pronunciar sobre temas, que no mínimo, nos convida a uma reflexão mais criteriosa.<br />
<br />
A propósito, segundo Freitas, Arantes e Perilo (2010), essa possível virada icônica; hetero-homo; deve ser vista tanto no sentido da sexualidade-afetiva, quanto numa perspectiva política. De certa forma, a homossexualidade é também uma proposta de reorganização social, implicando em remanejo do capital econômico. Nesse sentido, o movimento homossexual deixa de ser visto como uma mera reação ao moralismo e passa a ser uma resposta à repressão e à exploração perpetrada por um sistema econômico patriarcal que junto com a modernidade já dá sinais de exaustão. Por aí se vê, que meros reducionismos ou mesmo, a violência verbal, não servirão em nada para dignificar o debate democrático. Isto posto, entendemos que precisamos de um moderador, cujo perfil esteja profundamente comprometido com a diversidade cultural e religiosa do nosso país. Não vemos esse perfil na atual presidência.<br />
<br />
Reconhecemos que o racismo, os preconceitos e as discriminações são tratados nas igrejas e nas instituições evangélicas como tabu e com restrições. O assunto tem ensejado idéias de demonização e negativismo a respeito do povo negro e de seus costumes e tradições. Um exemplo disso são as afirmações do atual Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, primeiro, atribuindo uma pseudo-maldição bíblica sobre as e os afro-descendentes, o que se constitui tanto uma perversidade, quanto um desrespeito crasso da exegese bíblica. Em tempo, a interpretação de textos sagrados a serviço da política ou mesmo da dominação e do controle social, não tem sido incomum na história da humanidade.<br />
<br />
Nesta mesma linha de raciocínio, segue a segunda afirmação do Presidente em apreço, reforçando as representações machistas, ao propor a negação de direitos iguais às mulheres. Certamente, o mesmo não conhece a realidade das mulheres brasileiras, a começar de sua própria comunidade de fé. Não sabe que no país em que vive, mais da metade das famílias são monoparentais, chefiadas por mulheres. O nobre Senhor, não acompanha os jornais que diuturnamente demonstram que nossas mulheres estão sendo assassinadas. Certamente, o mesmo não tem tido interesse de acompanhar os últimos relatórios do Conselho Mundial de Igrejas que demonstram que “68% dos atendimentos a mulheres vítimas de violência, a agressão aconteceu na residência”.<br />
<br />
Portanto, é inadimissível um parlamentar tão inconsequente em seus discursos os quais certamente, não representa as evangélicas e os evangélicos, as brasileiras e os brasileiros, incluindo católicas e católicos, comprometidas e comprometidos com uma vivência consciente dos valores do Reino de Deus (Paz, Justiça e Amor).<br />
<br />
Nós da ANNEB entendemos, portanto, que dependendo da epistemologia cultural que uma dada sociedade alimente, haverá ou não respeito com a diversidade cultural de suas cidadãs e de seus cidadãos. E as religiões reúnem universos culturais simbólicos altamente diversos, por isso, a discussão dos direitos humanos certamente passa também pelo viés religioso. Do contrário, como bem nos lembra (Leitão e Vieira, 2010), “resta-nos a astúcia da ideologia da guerra e da classe oposta à outra”.<br />
<br />
<br />
<b>Referências</b><br />
<br />
<i>FREITAS, Fátima Regina Almeida; ARANTES, José Estevão Rocha; PERILO, Marcelo de Paula Pereira. Combatendo o preconceito: Discriminação e homofobia – Curso de Especialização, Diversidade Cultural e Cidadania, Universidade Federal de Goiás, 2010.</i><br />
<i><br /></i>
<i>INFORMATIVO REGIONAL DA IGREJA METODISTA. 5ª RE. Ano 16. Janeiro-Fevereiro de 2013.</i><br />
<i><br /></i>
<i>LEITÃO, Rosani Moreira e VIEIRA, Marisa Dama. Diversidade cultural e Cidadania In CIAR (Centro Integrado de Aprendizagem em Rede, UFG), 2010.</i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKVke3FeCc43hwLnaiOD4Rtc6pj7EodbzasGuRN5mKujgkVuN26ivMdZV-P189q7Slk5BVUfUj0O7fX6j6eYqV-NTIw60VaKM3IVu6uGY1X4y2QgadgsnyLrrurS0fUKkGf4lzw76kUu4/s1600/493836024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKVke3FeCc43hwLnaiOD4Rtc6pj7EodbzasGuRN5mKujgkVuN26ivMdZV-P189q7Slk5BVUfUj0O7fX6j6eYqV-NTIw60VaKM3IVu6uGY1X4y2QgadgsnyLrrurS0fUKkGf4lzw76kUu4/s1600/493836024.jpg" /></a></div>
<br />
<b><i>Assessoria:</i></b><br />
<b><i>Rev. José Roberto Alves Loiola</i></b><br />
<b><i>Relatoria Ministerial</i></b><br />
<br />
<b><i>Encaminhada para ANNEB-DF em 02/04/2013.</i></b><br />
<div>
<br /></div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-78699286715295803292013-04-20T07:25:00.003-07:002013-04-20T07:25:51.262-07:00Amar o homossexual e abominar a homossexualidade: sobre o amor pela metade<br />
<b><i>Por Luciano Freitas Filho</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4f20Tb2MgKckhOS7y1BYYcs6GLpjb09q_RJyb3b63QRoiUmjnFUPK8SU0GZI_f6l3k-1Bri6Q9wVF-ggjaxVOh-5eg8zaZ_cV6bs6yplCYnpHLe31xoKCeY7u15ldGTT9_6J2DqatBzQ/s1600/Hipocrisia+fundamentalista.jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4f20Tb2MgKckhOS7y1BYYcs6GLpjb09q_RJyb3b63QRoiUmjnFUPK8SU0GZI_f6l3k-1Bri6Q9wVF-ggjaxVOh-5eg8zaZ_cV6bs6yplCYnpHLe31xoKCeY7u15ldGTT9_6J2DqatBzQ/s1600/Hipocrisia+fundamentalista.jpg.jpg" height="289" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<i>“O que é próprio das sociedades modernas não é o terem condenado o sexo a permanecer na obscuridade, mas sim o terem-se devotado a falar dele sempre, valorizando-o como o segredo.”</i> <b>Michel Foucault</b><br />
<br />
<br />
As discussões e polêmicas atuais em torno das questões LGBT nos leva a refletir sobre vários apontamentos feitos por quem apóia ou por quem condena a Diversidade Sexual. Dentre essas questões, elencamos o discurso de alguns religiosos evangélicos ao afirmar o amor pelo homossexual, mas a condenação à prática da homossexualidade, sugerindo, inclusive, a “cura”.<br />
<br />
Quando leio ou escuto esse discurso, vem em mente refletir acerca da coerência no que se prega. Respeitar e ter “bem-querer” por um homossexual e não tolerar sua homossexualidade é contraditório e, sobretudo, um discurso desprovido de sentido. Imaginemos, por exemplo, amar o negro e condenar sua negritude, amar o sujeito oriental e ter antipatia por seus “olhinhos puxados”.<br />
<br />
A contradição em foco se dá quando vemos ou percebemos o corpo do LGBT desarticulado de sua alma, vemos naquele desejo e/ou afeto algo desprovido de significado, enxergamos uma mecânica sexual meramente instintiva. O homossexual e sua homossexualidade se completam e coabitam em um corpo e espírito que não é desprovido de desejo, de eroticidade e, sobretudo, de afetividade. Não há sentido amar homossexuais e condenar sua homossexualidade, não existe amor pela metade.<br />
<br />
A nossa homossexualidade não é tudo o que somos na condição de pessoa humana, ela não configura o que somos na integralidade enquanto sujeitos do/no mundo. Entretanto, ela é parte constitutiva do que somos na condição de pessoas em relação com o mundo e com as pessoas que nele (co)existem.<br />
<br />
Desatrelar o homossexual de sua Orientação afetivo-sexual é o mesmo que afirmar um sujeito assexuado, uma “entidade desencarnada”. A homossexualidade é constitutiva do homossexual na condição de humano, de indivíduo demasiadamente humano. É na linguagem e pela linguagem do meu corpo, que me constituo como sujeito na íntegra. Enquanto homossexuais, somos constitutivos da nossa relação com o mundo e do mundo conosco. É dialético, dialógico e, essencialmente, digno.<br />
<br />
Pensemos, pois, sujeito na condição de objeto. Ao despir o homossexual de sua homossexualidade, coisificamos o sujeito, e isso por si só é de uma violência e mesquinhez ímpar, de longe é significado de amor para com meu próximo. É sem dúvida, mesmo que sem intencionalidade, um ato de homofobia, uma violação carnal do corpo, e essa homofobia, coadunando com Borrilo (2001), constitui-se como uma ameaça aos valores democráticos de compreensão e de respeito ao outro.<br />
<br />
Não há cura para o que não precisa ser curado. Na verdade, o que precisa de cura e o que vem destruindo e abalando as relações da família não são os LGBT, mas sim as contradições e a persistência do capitalismo como discurso e prática em poder. O Desenvolvimento econômico das cidades reclama a solidez e seu firmamento, a “melhoria do bem estar das pessoas”, entretanto, sem humanização ela empurra para a fluidez, para o estado líquido, as relações familiares e as relações humanas como um todo.<br />
<br />
Quando afirmamos amar o homossexual e condenar sua homossexualidade nos travestindo com/de boa-fé, estamos na verdade agindo de má-fé.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Sobre o autor</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5TwX9zufe-ryy9cR0E6ZhXv8a9-56U8Y_muEs-Gc4e8VZQoDrRjbk3g_YcrNyPhAaBBMaZ7Ghe_E5JaHPWkJWZ7kPRVel6XYei1R1hhMrmL-Jao9-iwCcRuq5MjZd5VuuodJE4-RJ6Ak/s1600/pa315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5TwX9zufe-ryy9cR0E6ZhXv8a9-56U8Y_muEs-Gc4e8VZQoDrRjbk3g_YcrNyPhAaBBMaZ7Ghe_E5JaHPWkJWZ7kPRVel6XYei1R1hhMrmL-Jao9-iwCcRuq5MjZd5VuuodJE4-RJ6Ak/s1600/pa315.jpg" height="200" width="173" /></a></div>
<br />
<b>Luciano Freitas Filho</b> <i>é Secretário Nacional LGBT do PSB.</i><br />
<br />
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-48541286002426802802013-04-18T07:31:00.003-07:002013-04-18T07:31:50.399-07:00[Documentário] O Mesmo Amor<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
A pedidos, apresentamos aqui o vídeo-documentário<b> "O Mesmo Amor"</b>, que mostra o trabalho realizado no Brasil pelas <b>Igrejas Inclusivas</b>.<br />
<br />
O vídeo-documentário <b>"O Mesmo Amor" </b>foi produzido por quatro pessoas em parceria com a produtora <b>Firehouse Media</b>. <b>"O Mesmo Amor"</b> aborda a temática da homossexualidade dentro da religião, focando na existência de igrejas cristãs inclusivas.
Os produtores <b>Luiza Judice</b>, <b>Mariane Galacini</b>, <b>Ligia Dumit</b> e <b>Paulo do Valle</b> são formados em Jornalismo pela PUC-Campinas e o vídeo é resultado de um projeto de conclusão de curso, produzido, gravado e editado de forma totalmente independente (e com o conteúdo bastante autoral).<br />
<br />
<i>"Em tempos de Felicianos, Malafaias, Bolsonaros e a intolerância (ou ignorância/desconhecimento) de grande parcela da população, acreditamos que o tema do documentário incita a reflexão, repensa a tolerância e proporciona discussões por outro viés do assunto." </i>[Palavras de Luiza Judice, uma das produtoras do vídeo]
<br />
<br />
<br />
O MESMO AMOR [documentário]:<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/KzXmnrG7-Fk" width="560"></iframe><br />
<br />
<b><a href="http://www.youtube.com/watch?v=KzXmnrG7-Fk">http://www.youtube.com/watch?v=KzXmnrG7-Fk</a></b><br />
<br />
O documentário<b> "O Mesmo Amor" </b>é um retrato da relação de homossexuais com a religião a partir da história de vida de personagens que encontraram, dentro de um ambiente religioso que acolhe a diversidade, conforto e realização com a própria fé. O projeto tem como foco a Igreja Cristã Evangelho Para Todos, uma das primeiras igrejas cristãs do Brasil a pregar a Teologia Inclusiva.
<br />
<br />
Parabéns aos produtores pela iniciativa!<br />
<br />Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-17102177780580760882013-04-15T19:41:00.000-07:002013-04-15T19:41:51.023-07:00O Bom ou o Ótimo: Qual PLC 122 queremos?<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>Por Paulo Stekel
(coordenador geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva)</b></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Paulo
Stekel, 42 anos, natural de Santa Maria (RS), reside atualmente em
Canoas (RS). Músico, jornalista, prof. de línguas sagradas e
especialista em escritas antigas, de origem católica, se converteu
ao Budismo em 1995. Assinou declaração de união estável (2007) em
cartório de Porto Alegre (RS), com o companheiro com o qual vive há
quase 12 anos. É ativista em assuntos relacionados à
espiritualidade e Direitos LGBT, sendo administrador do blogue e
coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva, ambos lançados
em dez/2011. Autor de mais de mais de 50 artigos sobre a relação
entre Espiritualidade, Sexualidade e Diversidade.</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid7DWq4e5SMlglOHDo6HKZWiO6pGJDmZ4bpNqZRchBuN43_xd5DGyxyAKp_mYUMcvdOOJgduq93pBbMuTbv43i7tXczmhJIwmnI2-Z54YZ72N5ejOmsY9vMDGjwns4RoieGwIOO159HG4/s1600/Paim+plc+122.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid7DWq4e5SMlglOHDo6HKZWiO6pGJDmZ4bpNqZRchBuN43_xd5DGyxyAKp_mYUMcvdOOJgduq93pBbMuTbv43i7tXczmhJIwmnI2-Z54YZ72N5ejOmsY9vMDGjwns4RoieGwIOO159HG4/s1600/Paim+plc+122.jpg" height="124" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Introdução</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
No dia 25 de março de
2013, o Senador Paulo Paim fez um discurso no Senado Federal
intitulado <i>“Pronunciamento sobre o PLC 122 que criminaliza a
homofobia”</i>. Na qualidade de relator do Projeto de Lei da Câmara
122, conhecido por muitos como o Projeto da Lei Anti-homofobia, Paim
deu um tom muito claro, positivo e favorável à aprovação de um
projeto que realmente contemple as necessidades da comunidade LGBT
brasileira.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Lemos o discurso,
fizemos algumas considerações, o debatemos com colegas de ativismo
LGBT e, na quinta-feira (28 de março), em audiência com o próprio
Senador Paim, em Canoas – RS, juntamente com diversos defensores
dos Direitos Humanos, pudemos esclarecer alguns pontos do referido
discurso. As respostas que obtivemos diretamente do relator foram
plenamente satisfatórias, fazendo-nos ver que temos até o momento o
melhor relator que o PLC 122 poderia ter: um homem comprometido com
os movimentos sociais (afrodescendentes, aposentados, deficientes,
etc.) desde o início de sua militância política e, antes de tudo,
um conciliador. Um relator radical seria, com certeza, um tiro no pé.
O radicalismo muitas vezes tem norteado o debate e se faz necessário
um relator que saiba colocar o debate em seu devido lugar: a
violência contra minorias, uma delas, a LGBT.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Em nossa conversa, o
Senador Paim deixou bem claro que três conceitos o nortearão como
relator na definição do texto final do PLC 122: o <b>ódio</b>, a
<b>violência</b> e a <b>intolerância</b>. Lhe respondemos que nós,
os LGBT, queremos exatamente a coibição destas três formas de
preconceito contra nossa minoria. Não queremos mais do que isso, não
queremos fechar templos religiosos, não queremos trancafiar pastores
e não queremos queimar a Bíblia. Só queremos os mesmos direitos de
todos os demais cidadãos e a proteção contra atentados à nossa
integridade física e moral. A alegria dele ao ouvir isso foi
inspiradora. Não falamos por TODOS os LGBT, mas por experiência e
conhecimento de como funcionam as coisas, falamos pela maioria
sensata.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>O tom da relatoria</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O Senador Paim deixou
claro, e concordamos com ele, que é preferível a aprovação de um
projeto “bom” para todos – de forma que possamos nos resguardar
do ódio, da violência e da intolerância –, à aprovação de um
projeto “ótimo”, o que, dadas as forças democráticas em jogo,
é geralmente muito difícil ou mesmo impossível de se conquistar
num primeiro momento. Paim disse que prefere colocar em votação o
“bom”, por ser mais fácil aprovar e um primeiro passo para irmos
adiante. Faz sentido. Sabemos que as forças radicais deste país não
querem nem mesmo a aprovação do “bom”, mas isso não vem ao
caso, pois o debate vai aumentar a cada dia e vamos continuar lutando
e defendendo nossas necessidades cidadãs.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Há radicalismos em
todos os lados nesta questão. Há radicalismos fundamentalistas,
ideológicos, político-partidários... Nada disso contribui, de
fato, para o debate, apenas acirra os ânimos. Na construção de um
texto final adequado que contemple os três pontos a ser enfrentados,
conforme citados por Paim – ódio, violência e intolerância –
nenhum radicalismo é adequado, mas, sim, o consenso e a contribuição
de todos os interessados, garantindo a legitimidade do que venha a
ser aprovado. Em geral, os mais radicais, de que lado venham, são as
pessoas que menos conhecem o próprio PLC 122, como bem frisou Paim
em nossa conversa. A maioria nem sequer leu o projeto, não sabe o
que ele propõe, e usa de argumentos desviantes, para ganhar atenção
e forçar a opinião pública. Neste artigo, nossa principal função
é esclarecer os diversos formadores de opinião, sejam LGBT ou não.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>O que o PLC 122 diz
em sua redação atual</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Um percentual
considerável de pessoas envolvidas no debate em questão não sabe
minimamente o que o PLC 122 propõe. Não vamos transcrever o projeto
todo, mas, apresentando-o em seus pontos cruciais, ele diz o seguinte
(grifamos os trechos que interessam à comunidade LGBT):</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>Projeto de Lei da
Câmara Nº 122, de 2006 (nº 5.003/2001, na Câmara dos Deputados)</b></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O CONGRESSO NACIONAL
decreta:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Art. 1º Esta Lei
altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, o Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e a Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, definindo os crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de gênero, sexo, <b>orientação sexual e identidade de
gênero</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Art. 2º A ementa
da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a
seguinte redação:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Define os
crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, <b>orientação
sexual e identidade de gênero</b>.” (NR)</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> (…) Art. 4º A
Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida do
seguinte art. 4º-A:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 4º-A
Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou
indireta:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Pena: reclusão de
2 (dois) a 5 (cinco) anos.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Art. 5º Os arts.
5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a
vigorar com a seguinte redação:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 5º
Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer
ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Pena: reclusão de
1 (um) a 3 (três) anos.” (NR)</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 6º
Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir,
em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou
promoção funcional ou profissional:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Pena – reclusão
de 3 (três) a 5 (cinco) anos.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Parágrafo único.
(Revogado).” (NR)</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 7º
Sobretaxar, recusar, preterir ou impedir a hospedagem em hotéis,
motéis, pensões ou similares:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Pena – reclusão
de 3 (três) a 5 (cinco) anos.” (NR)</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> (...)Art. 7º A Lei
nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos
seguintes art. 8º-A e 8º-B:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 8º-A
Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de <b>afetividade</b>
em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das
características previstas no art. 1º desta Lei:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Pena: reclusão de
2 (dois) a 5 (cinco) anos.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 8º-B
<b>Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do
cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas
expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou
cidadãs</b>:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Pena: reclusão de
2 (dois) a 5 (cinco) anos.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> (...)Art. 9º A Lei
nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos
seguintes arts. 20-A e 20-B:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 20-A. A
prática dos atos discriminatórios a que se refere esta Lei será
apurada em processo administrativo e penal, que terá início
mediante:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> I – reclamação
do ofendido ou ofendida;</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> II – ato ou
ofício de autoridade competente;</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> III – comunicado
de organizações não governamentais de defesa da cidadania e
direitos humanos.”</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> “Art. 20-B. A
interpretação dos dispositivos desta Lei e de todos os instrumentos
normativos de proteção dos direitos de igualdade, de oportunidade e
de tratamento atenderá ao princípio da mais ampla proteção dos
direitos humanos.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> §</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
1º Nesse intuito, serão observadas, além dos princípios e
direitos previstos nesta Lei, todas as disposições decorrentes de
tratados ou convenções internacionais das quais o Brasil seja
signatário, da legislação interna e das disposições
administrativas.</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><i> §
2º Para fins de interpretação e aplicação desta Lei, serão
observadas, sempre que mais benéficas em favor da luta
anti-discriminatória, as diretrizes traçadas pelas Cortes
Internacionais de Direitos Humanos, devidamente reconhecidas pelo
Brasil.”</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><i> Art.
10. O § 3º do do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte
redação:</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><i> “Art.
140.
…......................................................................................................................</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> §
3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes à
raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo,
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>orientação sexual e
identidade de gênero, ou a condição de pessoa idosa ou portadora
de deficiência</b></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">:</span></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><i> Pena:
reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.” (NR) (...)</i></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O
texto original (2001) era menor e menos amplo que o atual, de 2006. O
que o Senador Paim, relator do Projeto, se propõe agora, é ampliar
o debate, dando voz a todos os setores da sociedade, favoráveis ou
contrários. O relatório que ele produzirá – segundo ele mesmo –
será feito a partir de muitos argumentos, mas sempre pautado pelo
debate internacional em curso, de modo que sirva para o combate à
homofobia, que é o que queremos. Isso está muito claro no discurso
a que nos referimos no início deste texto, e o qual comentaremos
trecho a trecho a seguir (os grifos são nossos).</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>O discurso do
relator</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i><b>Pronunciamento
sobre o PLC 122 que criminaliza a homofobia.”</b></i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhor Presidente,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores, </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>A Constituição da
República contém, no conjunto de suas diretrizes para a construção
do Brasil que sonhamos, indiscutível vetor civilizatório, que nos
propõe a convivência social harmoniosa, coesa, tolerante e
hospitaleira.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Não há lugar, no
País livre e democrático que desejamos construir, para a aceitação
da <b>discriminação</b> e da <b>intolerância</b>, <b>de qualquer
matiz</b>. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Não aceitamos, no
Brasil, <b>a discriminação racial ou decorrente das orientações
sexuais dos indivíduos</b>. Por esta razão, estamos debatendo o
Projeto de Lei da Câmara nº 122 de 2006, que criminaliza a
homofobia.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Aqui, já se pode perceber o tom nitidamente anti-discriminatório que
norteará o relatório a ser produzido para o PLC 122. Ao citar a
discriminação racial imediatamente antes da discriminação por
orientação sexual, o relator deixa evidente a similitude existente
nas naturezas de ambas as formas de discriminação: a intolerância
com o outro por causa de sua pressuposta “diferença” (racial,
étnica, sexual, etc) e não encaixamento num <i>status quo</i> e
<i>modus vivendi</i> arbitrária ou culturalmente determinado pela
parcela dominante da sociedade (a branca e heterossexual, neste
caso). Baseado nesta noção óbvia, a via de equiparação do crime
de homofobia ao de racismo não nos parece inadequada nem impossível
de ser levada adiante. Em ambos os casos, a odiosa não aceitação
do outro por sua “diferença” é o mote para atos violentos
prejudiciais à dignidade do indivíduo – física e/ou moralmente.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Os debates que dizem
respeito à <b>diversidade sexual</b> <b>passam por questões de
conteúdo moral e religioso</b>. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Em uma sociedade
plural e democrática, <b>todas as correntes</b> filosóficas;
teológicas; ideológicas; todo <b>e qualquer grupo de pressão
merece expressar sua visão no espaço público</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>A convivência
pacífica nas ruas e bairros da cidade impõe ao Estado igualdade no
tratamento a crentes e descrentes; a ateus, agnósticos ou àqueles
que acreditam no Criador do Universo.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Este trecho evidencia a importância do <b>Estado Laico</b> na
promoção e manutenção da paz na nação. Caso contrário,
qualquer corrente citada poderia interferir de modo majoritário na
vida da sociedade, obrigando correntes opostas a seguir regras
aviltantes conforme a natureza de suas crenças. Mas, não é assim.
Num Estado Laico as diferentes crenças têm seu direito à
existência e expressão garantidos, ressalvadas as formas previstas
em lei que redundem em prejuízo à vida (ex. apologia ao nazismo), à
dignidade (ex. racismo) ou à auto-estima de qualquer dos gêneros
(ex. preconceito contra a mulher), conforme definido pela Declaração
Universal dos Direitos do Homem.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Contudo, realmente o
debate acerca da diversidade sexual “passa” no mundo todo por
questões morais e religiosas. Mas, sob o ponto de vista de um Estado
Laico, tais questões morais e religiosas jamais poderiam impedir a
livre expressão sexual ou de gênero a cidadãos que possuem
“moralmente” os mesmos direitos, sob pena de um preconceito “aos
moldes” do racismo escravagista do qual o Brasil, aliás, foi o
último a se afastar. O seremos também no que concerne à homofobia?
Lutaremos para que assim não seja!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Se pegarmos a
Constituição da República, do inesquecível dia 05 de outubro de
1988, veremos, no caput do art.5º, um entre os mais importantes
vetores da Carta, que regula nossa vida coletiva. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>A Constituição
Brasileira promove a <b>dignidade da pessoa humana</b>, e o seu art.
5º estabelece que, em nosso democrático País (abro aspas), “Todos
são iguais perante a lei, <b>sem distinção de qualquer natureza</b>,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade privada, nos termos seguintes” (fecho
aspas).</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Em seguida, o art.
5º oferta à sociedade brasileira seu longo e admirável catálogo
de Direitos Fundamentais, distribuídos em nada menos que 78 incisos
que se destinam, pela força de nosso pensar e agir coletivos, a
viabilizar a mais completa emancipação, tanto material quanto
espiritual, do povo brasileiro.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Vislumbramos,
portanto, a convivência mais harmônica e respeitosa dos membros da
sociedade brasileira, muito embora reconhecendo que a razão de ser
da Política, o seu suporte e seu núcleo residem, exatamente, na
administração dos conflitos em sociedades complexas, na certeza de
que no transcurso infindável do tempo, o debate nos preserve,
minimamente, o direito à própria expressão.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário: </b>Quando
a Constituição Federal garante a “dignidade da pessoa humana sem
distinção de qualquer natureza”, não deveríamos nem ter que
estar postulando através de um Projeto de Lei que a dignidade da
pessoa humana LGBT seja respeitada sem distinção de qualquer
natureza. Mas, uma Constituição democrática não é um texto
perfeito, nem parado no tempo, e nem consegue contemplar todas as
noções sociais ou as demandas de setores da sociedade
igualitariamente. Obviamente, deve ser adequada, e é exatamente isso
o que queremos com a aprovação do PLC 122.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O mesmo vale para as
demandas dos idosos e dos deficientes físicos, como citados no Art.
10º do projeto atual e aos quais nós, os LGBT, somos totalmente
solidários. Mesmo porque, em nosso Brasil, o preconceito se sobrepõe
ao preconceito. Temos o gay negro, o gay negro idoso, o gay negro
idoso e deficiente físico, a mulher negra idosa e deficiente
física... enfim, os estratos de preconceito se sobrepõem como
escaras de chibatas recorrentes ao longo de uma vida inteira... É
preciso corrigir isso o mais rápido possível, sob risco de regarmos
a semente de uma nação preconceituosa que não queremos para os que
virão depois de nós.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Se algum espaço
houver, na prática de uma Política que se queira maiúscula, em
qualquer sociedade avançada, é preciso compreender que <b>a
intolerância legalmente albergada e aceita, não é compatível com
a democracia</b>. <b>A democracia não tem como tolerar a própria
intolerância.</b> </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Em uma discussão no
âmbito físico e espiritual do espaço público, de relevância para
a coletividade, parece politicamente inegociável que a livre
expressão represente a condição de base para a garantia da
liberdade humana.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O ser humano, dotado
de consciência e razão, nasce livre em sua essência mais profunda.
</i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Desprovido de
liberdade, calado em seu direito mais sagrado de tomar a palavra na
rua ou na praça, terá morrido, espiritualmente, para a vida social
e até mesmo privada.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:
</b>Realmente, quando a intolerância é aceita ou deixada livre em
uma nação plural, a semente do ódio e do levante se instala, pois
o ser humano tem um limite no sofrimento que lhe pode ser imposto. O
descontentamento dos povos, etnias e minorias oprimidas tem um limite
histórico bem conhecido, especialmente nos últimos séculos. Já
estamos ouvindo falar em uma “Primavera Gay” no Brasil, um
levante ideológico LGBT para pressionar mudanças na lei inspirado
nos moldes da “Primavera Árabe”. Será que precisamos deixar as
coisas chegarem a este ponto, quando bastaria reconhecer o que a
própria Constituição Federal franqueia a todos os cidadãos
brasileiros? Pois, a aprovação do PLC 122 seria este
reconhecimento.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A quem interessa manter
o <i>status</i> atual de preconceito homofóbico desenfreado em nosso
país? A fundamentalistas religiosos? A neonazistas? A conservadores?
Como podem invocar motivos religiosos para cometer ou incitar crimes
num país laico? Como podem incitar ou cometer assassinatos contra
pessoas unicamente por sua orientação sexual num país que não
criminaliza orientações diversas da heterossexual? Como podem
relacionar os direitos das orientações não-heterossexuais ao “fim
da família tradicional” num mundo em que o padrão pai-mãe já
foi quebrado há décadas? Podem porque a lei ainda não os coíbe!
Nós, LGBT, ainda estamos num verdadeiro “limbo jurídico” que
depende da boa vontade de magistrados quando o assunto é nossa
segurança, dignidade, direito à vida e mesmo benefícios sociais
franqueados a quaisquer outros cidadãos. Isso é inaceitável sob
todos os pontos de vista!
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O púlpito deste
plenário, no Senado da República, representa nada menos que o
espaço democrático da livre expressão das unidades federativas e,
consequentemente, de cada uma de suas gentes, e esta prerrogativa
historicamente construída deve se reproduzir em todos os aspectos da
vida coletiva.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Em nossa visão, <b>ao
Estado laico cumpre a tarefa de a todos ouvir, indistintamente, sem
se deixar dominar por esta ou aquela visão de mundo</b>; sem que se
admita a errônea cristalização, no ordenamento jurídico, de
concepções ultrapassadas que, visando uniformizar mulheres e homens
não uniformizáveis, culminem na supressão do direito inalienável
das minorias.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Ao representante
público, portanto, pouco importa os termos com que uma determinada
confissão religiosa ou filosófica, ou de setores da sociedade,
encaram fenômenos demasiado humanos, <b>como a homossexualidade ou a
diferenciação de cor dos indivíduos</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Quero pontuar
novamente que, em uma sociedade que se pretenda democrática, <b>a
vontade geral só poderia admitir a intolerância, nos estritos
marcos legais, contra a própria intolerância</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Este trecho é maravilhoso! O Estado Laico deve ouvir a todos, sem
distinções, mas, ao mesmo tempo, não deve se deixar influenciar a
ponto de cometer injustiças. A imparcialidade laica aqui está clara
tanto quanto, mais uma vez neste discurso, a natureza da
(homos)sexualidade e da cor dos indivíduos, sob o ponto de vista da
igualdade e do direito à existência, bem como de expressão, por
extensão.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Entre os dispositivos
de coerção social aplicados ao longo da História – por vezes
justa ou injustamente – cremos que os únicos incontestavelmente
niveladores da igualdade são, nas palavras do relator, os que
admitem a intolerância apenas “contra a própria intolerância”.
Intolerar a intolerância, quando partindo do Estado, é tutelar a
liberdade, garantindo sua expressão plena e igualitária, algo que a
intolerância perniciosa extrai do sujeito humano de modo vil e cruel
assim que se manifesta.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Acreditamos ser
nosso dever e nossa salvação <b>combater as compreensões de mundo
que vislumbrem a uniformização dos seres humanos</b> a partir de
réguas, critérios e particularidades que lhes sejam próprios.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>A infeliz
experiência de autoritarismos e totalitarismos, em países
supostamente avançados, como a Itália, o Japão e, principalmente,
a Alemanha da primeira metade do século 20, mostram claramente que a
felicidade humana deve ser veiculada pelo debate livre, que nos
conduza à aceitação das mais variadas formas de vida, na certeza
de que o pluralismo social vem a ser nossa maior riqueza.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Esta é a grande luta enfrentada pelas mulheres, depois pelos
afrodescendentes e, agora, pelos LGBT. A uniformização de toda uma
sociedade a partir de noções particulares ou originadas em setores
dela atenta contra a dignidade geral. A História está repleta de
exemplos. A loucura de um único homem ao qual se permitiu
descuidadamente uma ascensão sem avaliação criteriosa de
consequências – Hitler – quase determinou a sobrevivência de
uma etnia inteira – a judaica. Quando a ajuda chegou, os mortos já
eram da ordem de milhões...</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E, no caso da
homofobia? Qual deverá ser o “teto” na estatística de
assassinatos para que a sociedade brasileira se dê conta do
“homocausto” (holocausto gay) que está sendo promovido em nosso
país, nas palavras do decano do movimento LGBT brasileiro, Luiz
Mott? Não estamos mais dispostos a aceitar a morte de mais nenhum
LGBT por conta de homofobia, porque o valor de QUALQUER vida humana é
o mesmo! Nossa solução? A aprovação do PLC 122.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Por isso, <b>em face
do renitente preconceito de raça ao afrodescendente ou da
intolerância aos gays, às lésbicas, aos bissexuais e aos
transgêneros</b>, reiteramos, no Senado da República, o direito de
todos e de cada um à <b>dignidade</b> da própria existência; o
direito de todos e de cada um ao exercício cotidiano de sua
<b>liberdade de ser</b> e à livre escolha no que diz respeito à
<b>vida privada</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>Consideramos
desumana toda e qualquer forma de intolerância que resulte na ofensa
moral ou física a quem quer que seja</b> e temos trabalhado
diariamente, no Senado, pela construção de um País francamente
acolhedor a todos os seres humanos, indistintamente.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:
</b>Terceiro trecho que equipara argumentos pró-lei anti-racismo a
uma necessidade de mesma defesa no caso dos LGBT, combatendo
preconceito, a ofensa moral, promovendo o direito à dignidade, à
liberdade de ser e à livre escolha na vida privada. Creio que, indo
por este caminho, aprovaremos o PLC 122 e teremos uma implantação
semelhante à da lei anti-racismo: um processo gradual, suave e sem o
absurdo alardeado por seus opositores – o que também aconteceu à
época do debate sobre a lei anti-racismo –, ou seja, de um risco
de denuncismo e prisões em massa ou por qualquer motivo que não a
homofobia em si. Quem pensa assim, não entende nada de Direito
Criminal, nem dos procedimentos de uma delegacia, que precisa da
denúncia, da averiguação das provas e testemunhas, e só então
pode levar adiante o procedimento, considerando ainda a possibilidade
de falso testemunho. A aprovação do PLC 122 não vai colocar todos
os não-LGBT sob suspeição de homofobia. Pelo contrário, vai
garantir a expressão em todos os setores de uma diversidade já
vista em nichos da sociedade não norteados pelo preconceito.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Considero importante
relembrar, no âmbito da religiosidade, que, na obra máxima da
cristandade, a Bíblia sagrada, o admirável Paulo manifesta sua
perplexidade ante as contradições da existência humana,
reconhecíveis em cada um de nós. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Diz o apóstolo de
Cristo: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero esse faço”.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Vou tomar
emprestadas as poéticas palavras de Paulo para me reportar à
quantidade de barbárie cotidiana em nosso País, em que uma mulher é
fisicamente agredida a cada cinco minutos; ou no mundo, em que
crianças de todos os continentes são alvo diário da violência de
adultos brutalizados, e sofrem com a exploração, abusos e doenças,
ou enfrentam, em sua mais linda idade, a necessidade de deixar seus
lares por conta de conflitos armados; sob governos que não lhes
garantem educação básica.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Exatamente porque,
no mundo em que vivemos, mulheres e homens não fazem o bem que
desejam fazer, mas apenas o mal que não querem, cerca de 218 milhões
de menores submetem-se, diariamente, ao inaceitável trabalho
infantil e entre elas, 300 mil atuam na condição de
crianças-soldado.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Impõe-se a todos
nós, portanto, trabalhar pela inversão da máxima do apóstolo
Paulo, tanto mais porque o mundo em que vivemos parece estar
gravemente adoentado. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Nele, as almas
perdidas frequentemente governam e tiranizam, submetendo a seu jugo
populações inteiras, por anos ou décadas.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>No Brasil, acredito
que a lenta e paciente organização de nossa democracia irá nos
conduzir à gradativa neutralização da intolerância.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentários: </b>As
almas perdidas realmente parecem ganhar cada vez mais e mais terreno,
e aqueles que vivem pregando o bem que se deveria fazer – os
religiosos – muitas vezes são os primeiros a colocar o seu
preconceito baseado em ideias arcaicas acima do bem que deveriam
defender e fazer. Os exemplos estão às avessas e tem cabido aos
oprimidos lembrar aos líderes as suas obrigações para com a
Humanidade...</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Não faz muito tempo
nós vivíamos concepções de mundo mesquinhas e antigas, que
tiranizavam africanos e afrodescendentes e que negavam às mulheres o
direito à voz e a qualquer atuação fora dos estreitos limites do
próprio lar.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Nós seguimos
apostando no aprofundamento dos níveis de educação como antídoto
à brutalização de nossa vida social.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>No País que
desejamos, todas as escolhas lícitas e não ofensivas ao direito do
próximo merecerão de todos o máximo respeito, e do Estado a
natural acolhida.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Afrodescendentes e mulheres já gozam de (relativos) direitos e
reconhecimento de suas naturezas junto à sociedade brasileira, mas
dos LGBT poderíamos dizer, repetindo as palavras do relator, que
ainda somos observados sob a vista de concepções de mundo
mesquinhas e antigas, que nos tiranizam e nos negam o direito à voz
e a qualquer atuação fora dos estreitos limites do próprio lar...
ops, nem mesmo do próprio lar, pois a alienação familiar é
frequentemente causa de uma das formas mais cruéis de homofobia, a
que tem levado muitos jovens LGBT ao suicídio ou a uma vida à
margem.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O Poder Judiciário
brasileiro, por exemplo, tem caminhado neste sentido, <b>reconhecendo
a casais homossexuais a licitude da vida comum partilhada</b>,
inclusive no que se refere às repercussões patrimoniais de sua
opção.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário: </b>Com
certeza, o Judiciário anda décadas à frente do Legislativo no
reconhecimento dos direitos das minorias. O aumento considerável no
número de decisões favoráveis a casais homossexuais deve servir
como recado a nossos parlamentares – o de que a sociedade
brasileira não está tão despreparada como querem nos fazer crer os
fundamentalistas no tocante a um novo modelo de família que não
seja constituído exclusivamente pelo padrão pai-mãe heterossexual.
O reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo pelo
STF e a reavaliação do que constitui núcleo familiar estão
adiante da coibição dos crimes de homofobia, o que é um flagrante
contra-senso; podemos nos unir diante de um cartório por entendimento
legal, mas não podemos nos defender do preconceito violento através
de uma lei que nos inclua. Discrepâncias fomentadas pela morosidade
de nosso Legislativo em ouvir as vozes da sociedade oprimida e
dar-lhes devida proteção legal...</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>Ao Estado laico
cumpre reconhecer</b>, nas centenas de milhares de ativistas
políticos reunidos, anualmente, <b>nos desfiles públicos em favor
dos direitos dos homossexuais</b>, em todo o Brasil, <b>a
indiscutível existência de um grupo de pressão</b>, tão legítimo
e válido quanto os defensores dos interesses de empresários, de
trabalhadores, de donas de casa; tão aceitável quanto os cidadãos
que promovem os Direitos Humanos e, dentre estes, os defensores dos
direitos dos afrodescendentes; os promotores dos direitos dos
portadores de necessidades especiais; entre inúmeros outros
exemplos.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Quero com essa
menção reiterar que, <b>em uma sociedade plural, todos os lícitos
interesses do cidadão pagador de impostos merecem acolhida e
reconhecimento pelo Estado</b>, que pondera interesses na realização
do conceito de bem comum.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Ainda que as inúmeras Paradas Livres (ou Paradas Gays) realizadas
Brasil afora possam ser objeto de crítica de todos os lados, na
verdade, o que elas causam é um mal-estar no estômago dos
preconceituosos, a quem o mais odioso é ver minorias se expressando
livremente e buscando seu espaço de direito no Estado Laico. O
resto, é moralismo e hipocrisia para desviar a atenção do maior
objetivo do movimento LGBT: a conquista de direitos igualitários.
Não direitos especiais, mas igualitários. Quem nos acusa de buscar
direitos especiais, acima dos demais cidadãos deveria ver o quão
contraditório é o que diz. Se não temos nem sequer direitos
igualitários, como poderíamos postular algo especial? De forma
alguma! Este NUNCA foi e NUNCA será o objetivo do ativismo LGBT.
Somos, sim, um grupo de pressão, como muitos que desembarcam em
Brasília todos os dias com os mais variados interesses; e, somos,
como os demais, pagadores de impostos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Tenho a grata
satisfação de atuar, na Comissão de Direitos Humanos do Senado,
como relator do Projeto de Lei da Câmara nº 122, de 206, que
criminaliza a homofobia. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Na condição de
relator,<b> tenho a intenção de dar amplitude ao debate</b>, pela
abertura do espaço democrático de nossa Comissão às vozes da
sociedade, <b>contrárias ou favoráveis à proposta em debate</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>Por meio de
audiências públicas, pretendo produzir um relatório equilibrado e
em consenso com o debate internacional em curso</b>, que contemple
todos os interesses em jogo, ao mesmo tempo em <b>que sirva para o
combate à homofobia, ao ódio e à violência gratuita que campeia
no Brasil</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>A premissa com
que pretendo nortear o debate é a premissa maior de que todos somos</b>,
a despeito de nossa cultura, de nossa opção religiosa ou orientação
sexual, <b>contrários à homofobia, na medida em que a liberdade
humana está na base dos Direitos Humanos</b>.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Este trecho é o mais claro do discurso do relator, pois dá o tom de
sua relatoria. A amplitude do debate é importante para a
legitimidade do processo. Por vezes, será acirrado, mas a democracia
o permite, nos limites da lei.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
As audiências públicas
já estão em curso e devem se intensificar nos próximos meses.
Todas as forças – favoráveis e contrárias – já se movimentam
para fazer valer suas ideias. Eis a hora da sociedade brasileira se
posicionar e dizer se é conivente com o preconceito violento que
ceifa vidas humanas por conta de sua orientação sexual ou se é uma
sociedade de paz, fraterna, que busca o amor ao próximo e que não
aceita o ódio, a violência e o assassinato em circunstância
alguma.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Um país em que alguns
cidadãos não possuem a mesma liberdade dos demais, estando sujeitos
a diversas formas de violência quando decidem expressá-la
abertamente, não é um país totalmente livre, pois seu próprio
preconceito, velado ou às claras, o mantém preso ética e
moralmente numa escuridão espiritual cruel.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Vemos no debate
humano, desde tempos imemoriais, a voz audível de intelectuais
humanistas, que fazem engrandecer e avançar, geração após
geração, o valor inegociável da liberdade humana. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Pensadores como Elie
Wiesel, nascido na Transilvânia e de confissão judaica, tendo
perdido, aos 15 anos, a mãe, o pai e uma irmã nos campos nazistas
de extermínio, afirmou o seguinte: (abro aspas) “Eu jurei nunca
ficar em silêncio onde os seres humanos estiverem passando por
sofrimento e humilhação. <b>Devemos sempre tomar partido.</b>
<b>Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima.</b> <b>O silêncio
encoraja o torturador, nunca o atormentado</b>” (fecho aspas).</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Ainda que
profundamente marcado por sua vivência infeliz de aniquilamento e
ódio, Elie Wiesel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1986,
costumava relembrar que <b>“O oposto do amor não é ódio, mas
indiferença”</b>, e logrou trabalhar por um mundo melhor, mais
livre e mais aberto à aceitação das diferenças.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário: </b>Isso
nos permite concluir que neutralidade e indiferença, quando se trata
de confrontar opressões, são mais cruéis do que se pensa, pois
passam uma procuração subliminar ao opressor para que ele continue
agindo impunemente. Quando fundamentalistas se recusam a debater o
PLC 122 ou mesmo a propor uma redação mínima que defenda os
oprimidos (e, nunca propuseram uma redação mínima que nos
contemple) e pregam que não somos objeto de direito protetivo, mas
que deveríamos “fazer nossas coisas” no escuro de nossos
quartos, longe de seus olhos, isso é, nitidamente, opressão da pior
espécie, além de falta de uma espiritualidade que contradiz o que
pregam.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Nunca tivemos embates
religiosos violentos no Brasil. Nunca tivemos levantes sociais sérios
por aqui. Nunca entramos em guerra com outro país desde a formação
da República. Vamos, agora, criar a semente de um embate entre
religiosos fundamentalistas e movimentos sociais porque o Estado
Laico está sob ameaça devido a interferências impensadas em
qualquer país sério? Nenhum cidadão consciente e de bem deseja
isso!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senhoras e Senhores
Senadores,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O tempo presente nos
incita à ação coletiva em defesa das liberdades. </i>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Neste ano de 2013,
em que a Igreja Católica escolheu seu novo Papa, que terá por
desafio a bem-vinda renovação valorativa do cristianismo no mundo,
vale relembrar que a octogenária Rainha Elizabeth Segundo, da
Inglaterra, <b>assinou nova Declaração de Direitos Humanos
contrária à discriminação de homossexuais</b>, apoiada por 54
Estados.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário:</b>
Pois bem, se a octogenária Rainha da Inglaterra, a quem poderíamos
facilmente julgar a fina flor do conservadorismo europeu, reconheceu
os direitos dos homossexuais, como podemos nós, que pertencemos ao
Novo Mundo, promessa de renovação do planeta, demorar tanto tempo
para aprovar mecanismos legais de defesa dos oprimidos? Estamos muito
atrasados e não há mais tempo a perder!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O Brasil generoso,
aberto, democrático, conciliador e plural haverá de reforçar, em
todo o mundo, os melhores exemplos de tolerância e de hospitalidade,
primando pelas garantias inerentes à liberdade humana, uma vez que,
nas palavras do sociólogo português Boaventura Souza Santos, (abro
aspas) “<b>temos o direito de ser iguais quando nossa diferença
nos inferioriza, e temos o direito de ser diferentes quando a nossa
igualdade nos descaracteriza.</b> Daí a necessidade de uma igualdade
que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza,
alimente ou reproduza as desigualdades” (fecho aspas).</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>As minorias no
Brasil sempre reiteram que, dadas as condições humanas, <b>“ser
diferente é normal”</b>, e o que pretendemos, no Senado da
República, <b>é fomentar e garantir o direito inalienável de que
cada concidadão nosso busque, de maneira lícita e que mais lhe
aprouver, a própria felicidade</b>, que orienta a trajetória
pessoal de cada indivíduo no mundo.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Era o que tinha a
dizer,</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Sala das Sessões,
22 de março de 2013.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Senador Paulo Paim.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Comentário: </b>A
nossa busca por Felicidade, no momento, passa pela garantia de nossa
própria integridade física, não contemplada plenamente na lei
brasileira, do ponto de vista jurídico. Mais do que “diferentes”
nós, LGBT, somos “diversos” e, em nossa diversidade, devemos ser
reconhecidos como naturalmente existentes e não um produto
artificial de qualquer ordenamento comportamental consciente ou
mutável por (auto)flagelação. Não podemos ser curados porque não
somos doentes; não podemos ser mudados porque não escolhemos ser
como somos; não podemos ser escondidos porque estamos sob o mesmo
sol e pisando no mesmo solo da Pátria, Mãe Gentil! Lutaremos até o
fim pelos nossos direitos inalienáveis já reconhecidos
internacionalmente, não esmoreceremos nunca, e seremos, sim, um
grupo de pressão cada vez mais forte, pois a fraqueza nos tem matado
em maior número a cada dia sob os olhares “neutros” e
“indiferentes” daqueles que deveriam nos defender pelo simples
fato de sermos seres humanos...</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>À guisa de
conclusão</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
De tudo o que
analisamos acerca do discurso do relator Paim vislumbramos uma
conclusão óbvia e inspiradora: a aprovação do PLC 122 não será
o fim, mas apenas o começo de um processo de valorização da
dignidade e da identidade LGBT no Brasil, além de um exemplo e
recado para o resto do mundo: nós existimos e temos os mesmos
direitos de todos!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A impressão que o
Senador Paim nos causou foi muito positiva, de modo que realmente
temos esperança de que ele está e continuará do lado dos oprimidos
– como já o demonstrou em seu histórico impecável. Ainda que
pese sua neutralidade como relator, para poder promover um debate
plural, podemos considerá-lo nosso aliado e alguém mais que
interessado e comprometido com o bem comum, a segurança, a
integridade e a dignidade de todos nós, os LGBT.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A parte que compete a
ele é ser o relator. A nossa parte é contribuir com o debate de
modo intenso e participativo, para que a redação final contemple
nossas necessidades. Como sugere o título deste artigo, o PLC 122
que queremos pode ser o “ótimo”, mas assim, certamente não será
aceito por muitas forças contrárias. O PLC 122 “bom”, que
contemple o enquadramento legal do ódio, violência e intolerância
aos LGBT, certamente será aprovado pois, em caso contrário, será o
fim da democracia livre chamada BRASIL! Contudo, como o texto final
do Projeto ainda não foi produzido, no momento não podemos dizer,
de fato, qual seria o texto “ótimo” e qual seria o texto “bom”.
Cabe-nos fazer a lição de casa, posicionando-nos e contribuindo
para a construção deste texto. Mãos à obra!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-17093371188460672982013-04-11T10:31:00.001-07:002013-04-11T10:31:48.914-07:00Uma veste, um culto e um pouco de teologia – A assustadora ideia de um homossexual com poder<br />
<b><i>Por André Musskopf [publicado originalmente em <a href="http://andremusskopf.blogspot.com.br/2013/04/uma-veste-um-culto-e-um-pouco-de.html">http://andremusskopf.blogspot.com.br/2013/04/uma-veste-um-culto-e-um-pouco-de.html</a>]</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaHEql61gd6tKNNwNfr0AN-iXSuh99kpXDFFGV52ZRwntESAr9eBaiDt8nigHTXy42RfY-qBm-0ktta_WN7wzxG8UBFDXWz_2auw6-1uXDppvNDpYeVY_6ODCHFx0nNIYJqmBwx7UsTgo/s1600/544109_106211209567390_842647804_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaHEql61gd6tKNNwNfr0AN-iXSuh99kpXDFFGV52ZRwntESAr9eBaiDt8nigHTXy42RfY-qBm-0ktta_WN7wzxG8UBFDXWz_2auw6-1uXDppvNDpYeVY_6ODCHFx0nNIYJqmBwx7UsTgo/s1600/544109_106211209567390_842647804_n.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<br />
Uma das frases e cenas de que mais gosto no filme <i><b>Milk – A voz da igualdade</b></i> é quando ele (Milk) tem uma vitória na Câmara dos Conselheiros garantindo-lhe poder de negociação com o Prefeito. Pensativo, ele diz: <i>“Um homossexual com poder... isso é assustador”.</i> Isso não deixa de ser verdade para qualquer espaço de atuação, inclusive na Igreja. Há várias formas de se materializar o poder que alguém detém ou supõe-se que detenha. Embora não seja essa a sua função, não é incomum no senso comum ou mesmo em algumas teologias bastante questionáveis, atribuir-se poder a alguém, preferencialmente aos homens, quando em trajes especiais como albas, batinas, talares, camisas com gola clerical e outros modelos com nomes mais complicados e aparências ostentatórias. O terno e a gravata também entram nesse rol de “vestes de poder”, embora o argumento para usá-lo ao invés de vestes litúrgicas mais tradicionais seja comumente o de se vestir de maneira comum para justamente não reafirmar a diferença entre o ministro (autoridade) e a comunidade (leiga). Mas e quem é que, no meio do povo, usa terno e gravata em seu cotidiano? O fato é que, mesmo que concordemos que a roupa, ou no caso as vestes litúrgicas, não conferem nem representam um poder especial à pessoa no exercício de tarefas ministeriais, há um poder simbólico que não passa despercebido.<br />
<br />
Isso fica mais evidente quando se trata supostamente de um “gay” e, ainda mais, “um militante da causa gay”. Um homossexual usando uma veste litúrgica e co-celebrando um culto... isso sim é assustador! – para algumas pessoas. É fato que para os mais em dia com as discussões teológicas sobre ordenação ao ministério eclesiástico, ministério geral de toda pessoa crente, culto cristão e outras questões relacionadas não há nenhum problema teológico ou dogmático em um “gay” ou mesmo um “militante da causa gay”, batizado e membro da Igreja co-celebrar um culto usando veste litúrgica semelhante aos/às demais celebrantes. Afinal, a veste litúrgica tem única e exclusivamente a função de identificar as pessoas responsáveis e ministrantes de uma celebração litúrgica, sem lhe conferir nem poder ou status especial diante da comunidade que compõe o corpo de Cristo, sem nenhuma distinção de mérito. Ainda assim, mais do que a ideia a imagem de algo dessa natureza tem aparentemente um poder simbólico sobre quem se depara com o fato de que algo assim pode acontecer.<br />
<br />
Alguns/as podem dizer “é assim que deve ser”; “eu sinto a presença do Espírito Santo”; “é tão bom ver isso acontecer”; “esse é o seu lugar”; e outros/as podem dizer que “isso é um escândalo”; que “a Igreja não deveria permitir”; que “isso é uma falta de ética”; que é “como <b>Renan Calheiros</b> estar na Comissão de Ética: é regulamentarmente correto, porém eticamente equivocado” (será que diríamos o mesmo a respeito do <b>Deputado Marco Feliciano</b> na presidência Comissão de Direitos Humanos e Minorias?). E como nossa teologia não alcança para questionar a participação litúrgica de um gay (e militante) num culto cristão, poderíamos sair em busca de uma outra justificativa que dê algum alento para a assustadora imagem que essa realidade evoca – um homossexual com poder. Invoquemos a tão abusada (e necessária) ética e teremos uma racionalização teológica capaz de impedir o triunfo apocalíptico da aberração final de nosso bem religioso mais precioso. Será?<br />
<br />
Meus senhores! Até nisso uma tal teologia não alcança. Se adentrarmos no campo da ética cristã, por exemplo, teremos que colocar as nossas cartas na mesa. O repetir de versículos bíblicos ou a invocação do tão caro princípio protestante <i>sola Scriptura</i> é apenas um mascaramento para a falta de traquejo no campo da ética teológica. Afinal, nenhuma ética cristã se sustentaria, começando pelas Escrituras Hebraicas ou mesmo apelando exclusivamente para o Testamento Cristão (antes ou depois do processo de canonização), sem o diálogo com os dois mil anos de cristianismo e, principalmente, com os desafios colocados a cada nova geração – ou seja, a experiência real e cotidiana de cristãos/ãs e suas experiências de fé. Talvez mesmo os/as luteranos/as mais ortodoxos/as não exatamente compreendam o que significa o princípio <i>sola Scriptura</i> no contexto da teologia luterana (para me manter nessa linha específica do pensamento teológico). Até mesmo aí teríamos que entrar no campo da história da interpretação do texto bíblico e utilizar as ferramentas disponíveis para a sua compreensão no contexto mais amplo das relações e formas de conhecimento contemporâneas. É... dá um certo trabalho. Mas falar de ética implica pelo menos nisso, assim dizem os currículos das instituições teológicas por aí. E ainda assim, seria necessário discutir em que consiste a falta de ética nesse caso específico – da expressão simbólica de um homossexual com poder co-celebrando um culto cristão.<br />
<br />
Se tivermos acordo sobre o que implica a participação numa prática litúrgica (no caso um culto eucarístico) conforme descrito acima, a falta de ética não estaria na simples participação. Como no caso de Renan Calheiros, reconheceríamos a legitimidade regulamentar (talvez dogmática e doutrinária) dessa participação. A falta de ética estaria, então, em algo anterior, ou seja, no fato de ser “um gay”, “militante da causa gay”, a aceitar tomar parte em tal evento e considerando tais condições. Mais do que isso, a falta de ética talvez não estivesse nem no fato de “ser” um gay, mas muito mais no fato de ser um “militante da causa gay” - e mais uma vez estamos muito mais no campo do poder simbólico do que do poder efetivo, afinal, na prática, “um gay”, “militante da causa”, tem pouco ou nenhum poder efetivo numa estrutura institucional que nega a sua existência ao se negar a dialogar com e sobre a mesma, mesmo quando emite (e nisso concordaríamos) documentos teologicamente frágeis e politicamente irrelevantes.<br />
<br />
Fiquemos, por ora, no campo do poder simbólico. O que há de anti-ético, do ponto de vista da ética teológica cristã em “ser gay” e “militar na causa gay”? Como discutido acima, no campo da discussão ética, seria necessário muito mais do que alguns versículos bíblicos para estabelecer um posicionamento conclusivo a esse respeito (como, aliás, nem muitas igrejas tem feito), sem discutir o tema do ponto de vista da história (inclusive da interpretação bíblica) e da realidade concreta de pessoas (inclusive batizadas e membros da Igreja) no atual momento histórico. Não me parece, do que tenho visto por aí, que exista algum posicionamento eticamente sustentável quanto ao caráter anti-ético de ser ou militar na causa gay (dentro ou fora da igreja), mas eu certamente estaria aberto a discutir essas questões. No caso específico do exercício do ministério ou de funções ministeriais (como é o caso de uma celebração litúrgica) talvez o mais assustador seja que um homossexual não se apresenta para dita ocasião vestindo um “talar rosa”, pois muitos/as já ouviram falar acerca de um livro que eu mesmo escrevi e onde discuto a questão de “homossexuais e o ministério na igreja”. Embora tenham ouvido falar, se guardam em seu imaginário e em suas fantasias a ideia de que um gay, militante, defendesse (pelo simples fato de ser gay e militante) o uso de um dito “talar rosa”, seguramente não leram o livro e muito menos estão em condições de fazer julgamentos pseudo-éticos sobre a participação de um homossexual, usando vestes litúrgicas, num culto cristão. Afinal, é muito mais assustador se um homossexual se apresenta para essa tarefa sem a marca de sua exclusão (o talar rosa), mas apenas como um de nós, pois assim, qualquer um de nós poderia ter a sua sexualidade questionada. E então, já nem é mais de ética que estamos falando.<br />
<br />
Deve ser mesmo assustadora a imagem de um homossexual de vestes litúrgicas co-celebrando um culto para quem se agarra e defende as estruturas de poder (mesmo eclesiásticas) que continuam pervertendo o Evangelho de Jesus Cristo e a Palavra de Deus. De minha parte, agradeço a Deus pelas bênçãos e peço coragem e lucidez na caminhada. Pois mesmo quando me canso de fazer essas conversas tendo em vista a falta de capacidade reflexiva e crítica de alguns/as, ao fazê-lo, me relembro porque dediquei tanto da minha vida ao estudo da teologia e como é delicioso o trabalho teológico quando se deixa Deus atuar e nos surpreender.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Sobre o autor</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Oq0gFjq4_8EaxbB9g30_OSCoqMNMzSUFtSdSzCOCvxxxOS1qG0NjEDyUiIVNSuX-43lotUdNVkh8YhIzZ3MxKw5e92qAKcRt2K6m0uW4r06qbW_IKcHNZmVMntqaSXZYHyo0x0WpVUw/s1600/534733_10152260773030457_1384209600_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Oq0gFjq4_8EaxbB9g30_OSCoqMNMzSUFtSdSzCOCvxxxOS1qG0NjEDyUiIVNSuX-43lotUdNVkh8YhIzZ3MxKw5e92qAKcRt2K6m0uW4r06qbW_IKcHNZmVMntqaSXZYHyo0x0WpVUw/s1600/534733_10152260773030457_1384209600_n.jpg" height="200" width="182" /></a></div>
<br />
<b>André Musskopf<i> </i></b><i>é teólogo luterano. Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST). Área de Concentração: Teologia Sistemática. Pesquisador nas áreas de: Estudos Feministas, Teorias de Gênero, Teoria Queer, Masculinidade, Homossexualidade e Diversidade Sexual, na sua relação com Religião e Teologia. Mora em São Leopoldo - RS.</i><br />
<i>Blog: <a href="http://andremusskopf.blogspot.com.br/"><b>http://andremusskopf.blogspot.com.br</b></a> - Contato: <a href="mailto:asmusskopf@hotmail.com">asmusskopf@hotmail.com</a></i><br />
<br />
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-13584298658914571622013-04-09T13:58:00.000-07:002013-04-09T13:58:40.047-07:00Ato Canoense de Repúdio a Marco Feliciano<b><i>Por Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIJGY5us5FsxM2U166wkRFnfmBQy6sdrt0hP0y3Ose3D61vokOxmFgJ2_8GbANgyAjyZsjei0nIeTjM9sA-86qUhhATbwBWEsh32C8htZT-mI0ZuwqDHRM3XD_-VOjd93Z5ELRQUXg8pc/s1600/17296_520983684614831_585234323_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIJGY5us5FsxM2U166wkRFnfmBQy6sdrt0hP0y3Ose3D61vokOxmFgJ2_8GbANgyAjyZsjei0nIeTjM9sA-86qUhhATbwBWEsh32C8htZT-mI0ZuwqDHRM3XD_-VOjd93Z5ELRQUXg8pc/s1600/17296_520983684614831_585234323_n.jpg" height="230" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><b>Ato
Canoense de Repúdio a Marco Feliciano</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>No dia
12 de abril, Canoas mostrará que é contra todas as formas de
discriminação. Manifestação Fora Feliciano movimentará vários
grupos discriminados na Praça do Avião.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">09
de abril de 2013, Canoas </span>- A exemplo do que já
acontece desde março em todo o Brasil, Canoas mostrará nesta
sexta-feira (12) que Feliciano não a representa! O <b>Ato Canoense
de Repúdio a Marco Feliciano</b> está sendo organizado pelo
<b>Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas</b>, com apoio de diversos
setores da sociedade civil, religiosos de matriz africana, ONGs de
ativismo LGBT, Escolas de Samba e todos os indignados com o
preconceito que Marco Feliciano representa.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ele não
é o único, mas representa em seu discurso radical todas as formas
de discriminação presentes em nosso país. Suas declarações têm
atingido negros, mulheres, homossexuais e minorias religiosas.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Algumas
frases de Feliciano: <i>“Africanos descendem de ancestrais
amaldiçoados por Noé, isso é fato” - “Eu profetizo a falência
do reino das trevas. Profetizo o sepultamento dos pais de santo.
Profetizo o fechamento dos terreiros de macumba. Profetizo a glória
do Senhor na Terra.” - “A podridão dos sentimentos dos
homoafetivos levam ao ódio, ao crime, a rejeição.” - “A AIDS é
o câncer gay.”</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
É em
repúdio a estas formas cruéis de preconceito que vários movimentos
sociais de Canoas se manifestarão. A concentração será a partir
das 17h no Calçadão e, em seguida, haverá uma caminhada até a
Praça do Avião, onde a sociedade civil se manifestará.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Assinam o
Ato de Repúdio:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>-
Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas;</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>-
Movimento Espiritualidade Inclusiva;</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>-
Gabinete do Vereador Paulinho de Odé;</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>- ONG
Parceiros da Diversidade;</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>- FAUERS
(Federação Afro-Umbandista Espiritualista do RS);</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>- UNIAXÉS
(Movimento pela União dos Axés);</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>- Escola
de Samba Rosa Dourada;</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>- Escola
de Samba Acadêmicos de Niterói.</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>Coletivo
LGBT e Simpatizantes de Canoas</b></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Redes
sociais: <span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://www.facebook.com/groups/coletivolgbtcanoas">http://www.facebook.com/groups/coletivolgbtcanoas</a></u></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Fones:
(51) 8416-6063 (Flávio Paim); 9217-5164 (Paulo Stekel); 9583-0205
(Ver. Paulinho de Odé)</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-35211487084030488002013-03-27T10:04:00.000-07:002013-03-27T10:04:12.573-07:00Se preparem para a PRIMAVERA GAY!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWAAQL-ka9Ow10ysc-u8yGlbQBRKAhM3l9EKePykPJwC2f_J_os0P9v7w7XAE-Kc2ETVeeuAN4vqoSXaHc4NaCbw2dcgm1UPksoqx1mzCLjiDuOPspinm6p78fd2oX_qvYkhbhmfLvXKA/s1600/primavera+gay.jpeg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWAAQL-ka9Ow10ysc-u8yGlbQBRKAhM3l9EKePykPJwC2f_J_os0P9v7w7XAE-Kc2ETVeeuAN4vqoSXaHc4NaCbw2dcgm1UPksoqx1mzCLjiDuOPspinm6p78fd2oX_qvYkhbhmfLvXKA/s1600/primavera+gay.jpeg.jpg" height="214" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 18px;"><b><span style="font-size: large;">Se preparem para a PRIMAVERA GAY!!!!</span></b></span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><br />
<span style="color: #37404e; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Se a situação de preconceito, homofobia e ascensão do fundamentalismo evangélico continuar sendo sustentada por quem deveria nos defender, muito em breve viveremos no Brasil uma legítima PRIMAVERA GAY, com protestos generalizados, atos de repúdio, obstrução de comissões viciadas e reverberação de tudo isso em nível internacional. Não podemos mais esperar por respostas lentas enquanto nossos irmãos LGBT morrem em quantidade cada vez maior a cada dia! Se observarmos bem, esta PRIMAVERA GAY já está sendo gestada naturalmente no meio da comunidade LGBT e das pessoas heterossexuais que defendem os direitos humanos de TODOS. É a hora de todos nós nos posicionarmos diante do descalabro e do perigo de vida que estamos sofrendo diariamente, e que está aumentando à medida que protestamos nas ruas contra um pastor vendilhão que agora está como raposa cuidando das galinhas na CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara dos Deputados. POSICIONEM-SE!!!!!</span></span><br />
<span style="color: #37404e; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="color: #37404e; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><b><i>Paulo Stekel (coordenador geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva)</i></b></span></span><br />
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5588201031657906499.post-69311488033887229442013-03-15T12:56:00.001-07:002013-03-15T13:09:33.103-07:00Espiritualidade Inclusiva participará de debate sobre Estado Laico<br />
<b><i>Por Espiritualidade Inclusiva</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPjrMP06CrgKtehbNyFuw8OnNpX4VnHHG53lVJ3YFY0Xv_8AWCUyTOvqwlUrbtixymYND2wHnOvi3Lmaj0jdJJR6tbKcSl7Tbsr73ynm9K4LqvUuXIeT3LwVXvnYjvnqDgB4g7jlIM_Nw/s1600/imagescat31cxn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPjrMP06CrgKtehbNyFuw8OnNpX4VnHHG53lVJ3YFY0Xv_8AWCUyTOvqwlUrbtixymYND2wHnOvi3Lmaj0jdJJR6tbKcSl7Tbsr73ynm9K4LqvUuXIeT3LwVXvnYjvnqDgB4g7jlIM_Nw/s1600/imagescat31cxn.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
No próximo dia 20 de março, às 19h, em Esteio - RS, <b>Paulo Stekel</b>, coordenador geral do <b>Movimento Espiritualidade Inclusiva</b>, será um dos debatedores da atividade proposta pela <b>Liga Brasileira de Lésbicas (LBL)</b>, <b>MMM</b>, <b>Unir Raças</b> e <b>ONG Amigos da Diversidade</b>.<br />
<br />
O tema será <b>"Estado Laico e a Vida das Mulheres"</b>. O debate será realizado na Casa dos Conselhos, anexo da Prefeitura Municipal de Esteio, e contará com a presença de todos os interessados na promoção do Estado Laico e dos Direitos Humanos, direitos das mulheres, direitos LGBT, etc.<br />
<br />
<b>Compareça!!!</b><br />
<br />
<b><span style="font-size: large;"><u>Expediente</u>:</span></b><br />
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<b><span style="font-size: large;">Dia 20 de Março</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">Debate: Estado Laico e a vida das Mulheres</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">(Liga Brasileira de Lésbicas/MMM/Unir Raças/ONG Diversidade)</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">Horário: 19hs</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">Local: Hener de Souza Nunes, 150 Casa dos Conselhos</span></b><br />
<div>
<br /></div>
Espiritualidade Inclusivahttp://www.blogger.com/profile/12607744186236468748noreply@blogger.com0