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quinta-feira, 12 de abril de 2012

A estratégia de Malafaia ou quando mentir é um bom negócio

Por Walter Silva

Nota de Espiritualidade InclusivaEste texto foi postado pelo amigo Walter Silva no Facebook nesta tarde e imediatamente percebemos a importância de repostá-lo aqui, dados os ótimos argumentos e informações úteis para confrontar o descalabro do tão noticiado livro do Reverendo Louis Sheldon (EUA), traduzido e publicado pelo Pastor Silas Malafaia como forma de tocar o horror homofóbico, aumentando a violência contra a comunidade LGBT e instabilizando a paz corrente em nosso país entre setores laicos, de defesa dos Direitos Humanos, movimento LGBT e religiosos em geral.

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Em resposta às acusações de ativistas gays junto ao Ministério Público Federal por conduta discriminatória e incitação à violência o pastor Silas Malafaia da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, da Penha, no Rio de Janeiro, lançou o livro “A estratégia: o plano dos homossexuais para transformar a sociedade’’.

O lançamento do livro, naturalmente, é uma cortina de fumaça e também vai de encontro às ambições de Malafaia na construção de uma ditadura de crentes e derrocada do secularismo. Com efeito, enquanto o pastor se ocupa de atacar o movimento gay e processar os ativistas LGBT, inexplicavelmente faz silêncio a respeito da bizarra associação das Assembleias de Deus com a seita do Reverendo Moon, envolvido nos escândalos mais burlescos, tais como prisão por sonegação fiscal e o aliciamento de menores.

O livro “A estratégia’’ foi escrito pelo reverendo Louis Sheldon, conhecido nos EUA como “Lou Sheldon’’, fundador da Traditional Values Coalition, uma organização categorizada pela Southern Poverty Law Center (entidade de defesa dos direitos civis) como grupo de ódio.

A Traditional values Coalition é um grupo pequeno, mas influente entre os conservadores, basicamente formada pelo Reverendo Lou Sheldon e sua filha, Andrea Sheldon Lafferty, tão maluca quanto o pai; certa ocasião ela afirmou ter enfrentado uma bruxa que jogou feitiços sobre o Senado.

Sheldon foi bastante longe no seu extremismo anti-gay, o suficiente até mesmo para o comentarista conservador Tucker Carlson que o entrevistava ficar chocado com o seu nível de ignorância. Carlson mencionou que Sheldon havia dito que o maior problema que os bairros negros enfrentam atualmente é a homossexualidade.

"A homossexualidade é o maior problema nos bairros de periferia e cidades do interior? Maior que o desemprego? Maior que a violência? Maior que a pobreza? O que o reverendo Lou tinha dito era bizarro e assustador também", reagiu Carlson posteriormente.

Ele também disse que Sheldon era um “esquisitão’’ e “charlatão’’, por pregar que os gays são imorais enquanto embolsava dinheiro corrupto de Abramoff. A fundação de Sheldon foi acusada de receber propina de um cliente do Lobista de cassinos Jack Abramoff como parte de um dinheiro empregado para derrubar uma lei que criminalizava a jogatina. Segundo o Washington Post, Abramoff chamava Sheldon de “Louie sortudo’’.

A Traditional Values Coalition há muito proclamava sua hostilidade contra o jogo, e envolveu-se também em uma cruzada contra ele. Então, enquanto Sheldon admoestava os americanos declarando que a agenda homossexual estava a destruir a fibra moral da América, ele secretamente tomava o partido dos interesses que publicamente rejeitava.

Essa hipocrisia descarada escandalizou a direita conservadora dos EUA, mas não parece deter os paladinos da moral e dos bons costumes em terras brasileiras, que continuam a apoiar-se em mentiras e apostando na difamação para negar os direitos civis de pessoas LGBT.

A imprensa gospel recebeu o lançamento do livro “A estratégia’’ com bastante animação, e geralmente em dando um tom de revelação “bombástica’’; e a imprensa gay? Marcelo Cia, do site MixBrasil, disse estar “louco’’ para ler o livro. Revelou que a sinopse era bastante sedutora, talvez gracejando. Afirmou que estava bastante ansioso para saber a respeito da estratégia que o autor do livro descobriu. Sobre a estratégia dos gays para dominar o mundo é mesmo aceitável que ele não saiba nada, posto que não há estratégia nenhuma.

A respeito da estratégia dos grupos de ódio para impor uma ditadura religiosa e deter o avanço dos direitos civis das minorias, porém, é lamentável e uma desgraça que os ativistas LGBT não consigam ser capazes de escrever uma única linha decente.

Sobre o autor


Walter silva é ativista LGBT (assim o reconhecemos, dada a qualidade do material acima) e mora em mora em Belém (Paraíba).

segunda-feira, 9 de abril de 2012

[Notícia] Chile aprova lei anti-homofobia. E o Brasil?

Por Marcelo Cia (diretamente de MIXBRASIL - http://mixbrasil.uol.com.br/blogs/cia/2012/04/05/chile-aprova-lei-anti-homofobia-e-o-brasil.html)


Bastou UM assassinato de homossexual para os deputados chilenos aprovarem lei que criminaliza a homofobia no país. No Brasil são mais de 200 por ano, e nada acontece. Por que? Vamos aos fatos.

Vizinhos

A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta quarta-feira, dia 4 de abril, a maioria dos artigos de uma lei que pune a discriminação por orientação sexual ou religiosa. O texto é tipo o do PLC 122, que tramita no Brasil há quase uma década. A aprovação da lei pelos deputados chilenos foi uma resposta à morte, na semana passada, de um jovem homossexual atacado por neonazistas. Daniel Zamudio, de 24 anos, era o nome do moço. Ele morreu depois de agonizar por três semanas no hospital. O crime abalou o país todo, não só a comunidade gay.

O texto aprovado diz que "se entende por discriminação arbitrária toda distinção, exclusão ou restrição sem justificativa razoável efetuada por agentes do Estado ou particulares que cause privação, perturbação ou ameaça ao exercício legítimo dos direitos fundamentais" por "motivos de raça ou etnia, nacionalidade, situação socioeconômica, idioma, ideologia ou orientação política, religião ou credo, participação em organizações gremiais, sexo, orientação sexual, identidade de gênero, estado civil, idade, filiação, aparência pessoal e doença ou incapacidade".

E aqui?

Você lembra do moço assassinado durante a Parada gay de 2009 por neonazistas? Lembra do Edson Neris, também assassinado em São Paulo no ano de 2000 por neonazistas? Enquanto agressões como essas acontecem na Paulista e no Rio de Janeiro, tantos outros crimes subnotificados acontecem pelo Brasil e nenhum deles conseguiu sensibilizar os deputados nem a opinião pública a respeito dessa violência toda. O Brasil é, tradicionalmente, um país que pouco protesta. É um povo resignado. E isso inclui a população gay. Fazemos pouco, protestamos pouco. Adoramos uma festa mas detestamos política. Não conseguimos eleger políticos, ficamos calados quando vemos uma discriminação. O "antes ele do que eu" impera. Somos todos um pouco calados. Somos todos um pouco culpados. Até quando?


Nota de Espiritualidade Inclusiva


Para entender quem foi Daniel Zamudio e como foi brutalmente agredido, morrendo em consequência dos ferimentos, leia nossa postagem:

http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/03/noticia-luto-morreu-daniel-zamudio-o.html
Ao aprovar a lei anti-discriminação, o Chile deu um exemplo que o Brasil deveria dar há muito tempo. Contudo, aqui esbarramos em obstáculos muito mais sérios que os do Chile. E, não estamos falando da patrulha fundamentalista católico-protestante, não! Esta, existe em todo o mundo Ocidental! Estamos falando do grau de corrupção política, da filosofia do "toma-lá-dá-cá", da barganha, do desvio, do leilão de votos e de apoios para aprovações legislativas, atitudes estas, sim, as verdadeiras responsáveis pelo atraso e indas e vindas na aprovação do PLC 122. Não fosse a ganância de nossos políticos pelos desvios de milhões, muitos deles inclusive realizados por políticos da chamada bancada evangélica, cuja maioria enfrenta processos por corrupção, os direitos humanos da comunidade LGBT brasileira já estariam garantidos e não seriam objeto de uma discussão diabólica incitada por dementes como Silas Malafaia, Magno Malta e o bobo da côrte, Jair Bolsonaro!

Quantos "Zamudios" brasileiros teremos que ter para que algo semelhante ao que se fez no Chile em tempo recorde venha a ser aprovado por aqui? E, como diz Luiz Mott (e não nos cansamos de repetir), o homocausto continua, sem qualquer barreira ou atitude do Estado. A quem podemos recorrer, então? A Deus não mais podemos, porque os que se autodeclaram seus portavozes dizem que não nos é franqueado reclamar-Lhe direitos que são impedidos por versículos bíblicos... Só nos resta reclamar em instâncias internacionais, o que será uma vergonha para o Brasil, que será visto como uma Uganda latina, em escala menor (ou não!)...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

[Onde somos notícia] Blog reúne espiritualidade LGBT de várias religiões - portal Mixbrasil


No dia 05 de janeiro o nosso blogue Espiritualidade Inclusiva foi notícia no Portal Mixbrasil (http://mixbrasil.uol.com.br), um dos maiores portais de cultura e entretenimento gay da Internet brasileira. Em matéria assinada por Hélio Filho, chefe de reportagem do Mixbrasil, nosso blogue foi considerado um espaço que "não tem um discurso só", em reconhecimento a nossa pluralidade espiritual e religiosa em favor da comunidade gay. Ficamos muito felizes pela referência em Mixbrasil e nos colocamos à disposição do portal para qualquer material sobre o assunto no futuro.

Trecho da matéria:

Blog reúne espiritualidade LGBT de várias religiões


Espiritualidade Inclusiva é blog que pretende discutir as várias religiões e a sexualidade

A espiritualidade de homossexuais, cada vez mais debatida e não aceita por correntes religiosas mais fundamentalistas, ganhou um espaço de divulgação na internet que não tem um religião definida, não tem um discurso só. Seguindo o princípio de diversidade religiosa, o blog Espiritualidade Inclusiva traz textos sobre os mais diversos credos e sua relação com a homossexualidade. (...)

Leia a matéria completa em: http://mixbrasil.uol.com.br/lifestyle/religiao/blog-reune-espiritualidade-lgbt-de-varias-religioes.html