Blogue do Movimento Espiritualidade Inclusiva. Artigos sobre visão inclusiva nas diversas formas de espiritualidade; denúncias de preconceito religioso e fundamentalista contra LGBTs; dicas de blogues, sites, filmes e documentários; tradução de artigos; divulgação de eventos LGBT e os inclusivos; notícias do mundo LGBT; decisões legislativas e debates políticos relativos aos direitos LGBT; temas culturais relevantes. Contato: espiritualidadeinclusiva@gmail.com
“O que é próprio das sociedades modernas não é o terem condenado o sexo a permanecer na obscuridade, mas sim o terem-se devotado a falar dele sempre, valorizando-o como o segredo.”Michel Foucault
As discussões e polêmicas atuais em torno das questões LGBT nos leva a refletir sobre vários apontamentos feitos por quem apóia ou por quem condena a Diversidade Sexual. Dentre essas questões, elencamos o discurso de alguns religiosos evangélicos ao afirmar o amor pelo homossexual, mas a condenação à prática da homossexualidade, sugerindo, inclusive, a “cura”.
Quando leio ou escuto esse discurso, vem em mente refletir acerca da coerência no que se prega. Respeitar e ter “bem-querer” por um homossexual e não tolerar sua homossexualidade é contraditório e, sobretudo, um discurso desprovido de sentido. Imaginemos, por exemplo, amar o negro e condenar sua negritude, amar o sujeito oriental e ter antipatia por seus “olhinhos puxados”.
A contradição em foco se dá quando vemos ou percebemos o corpo do LGBT desarticulado de sua alma, vemos naquele desejo e/ou afeto algo desprovido de significado, enxergamos uma mecânica sexual meramente instintiva. O homossexual e sua homossexualidade se completam e coabitam em um corpo e espírito que não é desprovido de desejo, de eroticidade e, sobretudo, de afetividade. Não há sentido amar homossexuais e condenar sua homossexualidade, não existe amor pela metade.
A nossa homossexualidade não é tudo o que somos na condição de pessoa humana, ela não configura o que somos na integralidade enquanto sujeitos do/no mundo. Entretanto, ela é parte constitutiva do que somos na condição de pessoas em relação com o mundo e com as pessoas que nele (co)existem.
Desatrelar o homossexual de sua Orientação afetivo-sexual é o mesmo que afirmar um sujeito assexuado, uma “entidade desencarnada”. A homossexualidade é constitutiva do homossexual na condição de humano, de indivíduo demasiadamente humano. É na linguagem e pela linguagem do meu corpo, que me constituo como sujeito na íntegra. Enquanto homossexuais, somos constitutivos da nossa relação com o mundo e do mundo conosco. É dialético, dialógico e, essencialmente, digno.
Pensemos, pois, sujeito na condição de objeto. Ao despir o homossexual de sua homossexualidade, coisificamos o sujeito, e isso por si só é de uma violência e mesquinhez ímpar, de longe é significado de amor para com meu próximo. É sem dúvida, mesmo que sem intencionalidade, um ato de homofobia, uma violação carnal do corpo, e essa homofobia, coadunando com Borrilo (2001), constitui-se como uma ameaça aos valores democráticos de compreensão e de respeito ao outro.
Não há cura para o que não precisa ser curado. Na verdade, o que precisa de cura e o que vem destruindo e abalando as relações da família não são os LGBT, mas sim as contradições e a persistência do capitalismo como discurso e prática em poder. O Desenvolvimento econômico das cidades reclama a solidez e seu firmamento, a “melhoria do bem estar das pessoas”, entretanto, sem humanização ela empurra para a fluidez, para o estado líquido, as relações familiares e as relações humanas como um todo.
Quando afirmamos amar o homossexual e condenar sua homossexualidade nos travestindo com/de boa-fé, estamos na verdade agindo de má-fé.
Sobre o autor
Luciano Freitas Filhoé Secretário Nacional LGBT do PSB.
Achei por bem escrever
sobre o assunto colocando meu ponto de vista, visto que todos nós
gozamos das nossas faculdades mentais e temos o mínimo de instrução
para, nos despindo de qualquer preconceito, poder examinar ambos os
lados e tirarmos nossas próprias conclusões. Não com soberba, ódio
e muito menos pregando a intolerância, mas com a plena certeza de
que Deus nos deu um cérebro e inteligência o suficiente para
usarmos, principalmente em casos como este, onde alguém se levanta
para pregar a intolerância e o ódio, ao invés do evangelho de
salvação e do amor de Cristo.
O vídeo por si só já
mostra muita coisa, basta observar a expressão de ódio e
intolerância quando o Sr. Silas Malafaia entra no assunto da
homossexualidade, mas ainda assim gera perguntas e dúvidas de
pessoas simples que querem viver uma vida de acordo com a vontade de
Deus e estão cansadas de gente julgando e apontando o dedo devido à
sua orientação sexual (orientação, não escolha como diz Silas,
porque é irracional acreditar que uma pessoa escolha viver debaixo
de preconceito e intolerância da sociedade e fanáticos religiosos).
Em primeiro lugar é
necessário entender que a Bíblia começou a ser escrita há
milênios e foi concluída ainda no primeiro século da Era Cristã.
Não foi escrita em Português, foi escrita em hebraico com alguns
trechos em aramaico (Antigo Testamento) e grego (Novo Testamento). O
grego usado era o grego popular (grego coiné) e não o grego
clássico, ou seja, possui trechos de difícil interpretação devido
ao desuso de muitas palavras. A partir daí surgiram as traduções
em diversas línguas, incluindo o nosso Português.
Em segundo lugar, vale
também lembrar que o Sr. Silas Malafaia é envolvido com política
e, segundo a Revista Forbes, o terceiro pastor mais rico do Brasil.
Segundo a Forbes, a fortuna é avaliada em R$ 300.000.000,00 e
segundo o próprio Silas, que disse ser inverídica essa informação,
a sua fortuna seria de R$ 4.000.000,00. Independente de fortuna e
envolvimento com a política, o que mais chama a atenção é sua
veemência em acusar e condenar os homossexuais.
A pior mentira que
existe é aquela que está embutida em uma verdade. Sim, muita coisa
que ele diz é verdade e não queremos julgar a sua sinceridade em
querer servir a Deus. O que estamos buscando aqui é, através da
própria Bíblia, enxergar o quanto ele está sendo desonesto em
interpretar determinados versículos a bel prazer e simplesmente
ignorando outros tantos que sabemos que nenhuma igreja cristã hoje
em dia segue.
Diz o Sr. Silas que
ninguém nasce gay e que homossexualidade é um comportamento
aprendido ou imposto. Diz também que 45% dos homossexuais foram
abusados quando crianças e que os outros 54% escolheram ser. Diz
também que não existe ordem cromossômica ou genética gay e
somente ordem cromossômica de macho e fêmea.
Ora, quem é
homossexual sabe muito bem que isso não é opção e muito menos uma
escolha, visto que é difícil acreditar que alguém escolha sofrer
agressões, preconceito e intolerância. Sabemos também através de
nós mesmos e de amigos, quantas vezes passamos por situações ou
uma fase da vida em que tentamos seguir por outro caminho, tentamos
um relacionamento heterossexual e o quanto isso nos custou,
justamente por ser perda de tempo.
Sabemos também que
esses dados que ele passou são furados, porque milhares de crianças
são abusadas diariamente e nem por isso se tornam homossexuais,
muito pelo contrário, deram a volta por cima e seguem a sexualidade
que sempre tiveram.
E, quanto à ordem
cromossômica e gene, ninguém precisa avisá-lo que um homem não
deixa de ser homem só porque é homossexual e nem uma mulher deixa
de ser mulher porque é lésbica, apenas sente atração por pessoas
do mesmo sexo, algo involuntário, não uma escolha, e a ciência até
agora não tem nenhuma prova concreta sobre o assunto, nem dizendo
que se nasce gay e nem dizendo o contrário.
Em vários momentos ele
equipara homossexuais a bandidos e assassinos. É clara a
desonestidade dele em relação a isso. A tentativa dele é levar a
opinião pública em seu favor, pois Jesus mesmo disse que todo
mandamento se resume em dois: Amar ao próximo como a si mesmo e amar
a Deus sobre todas as coisas. Tudo se resume nisso. Um homossexual
não está prejudicando ninguém por amar uma pessoa do mesmo sexo,
mas sabemos muito bem que pedofilia, adultério, assassinato, etc.,
prejudica uma outra pessoa, e isso sim está fora dos propósitos de
Deus.
O Sr. Silas Malafaia
também disse que, na visão dele, é muito clara a condenação da
Bíblia em relação à homossexualidade e que a Bíblia é para quem
quiser crer e, que quem não quiser crer tem todo o direito.
Fica aqui uma pergunta
então: se não somos obrigados a crer na bíblia, por que querem
impor isso à sociedade impedindo que homossexuais tenham direito ao
casamento e proteção?
Outra pergunta: que
textos bíblicos são esses que ele tanto fala?
Já sabemos que não
podemos interpretar a bíblia sem levar em consideração a língua
em que foi escrita, época, autor, cultura da sociedade da época e
pra quem aquele texto foi escrito.
Em Levítico, no Antigo
Testamento, lemos: “Não te deitarás com homem como se fosse
mulher, é abominação”, mas também diz no mesmo livro que é
“abominação” comer animais do mar ou do rio sem barbatanas ou
escamas. Por que a Igreja condena a homossexualidade mas não a
ingestão de mariscos?
No Antigo Testamento
também diz para apedrejar até a morte as crianças malcriadas, diz
para a mulher no período de menstruação ficar separada do marido,
diz para não comer carne de porco, etc... Porque eles usam um texto
e simplesmente ignoram e não praticam outros?
Naquela época, quando
a Bíblia diz para um homem não se deitar com outro como se fosse
mulher, é bem claro que quando uma mulher estava em seu período de
menstruação, alguns homens heterossexuais buscavam saciar seu
prazer com outros homens que eram homossexuais, não porque eles
também eram homossexuais, mas porque queriam se deitar com eles como
se eles fossem mulheres para satisfazerem seus desejos. A condenação
não está na homossexualidade e sim na promiscuidade e praticar algo
que não era de sua natureza.
Quanto a Sodoma e
Gomorra, não foram destruídas por causa da homossexualidade como
costumam pregar. A Bíblia diz que o povo daquelas cidades abusava
dos viajantes, independente de serem homens ou mulheres, simplesmente
por prazer também. Não há condenação da homossexualidade e sim
da inospitalidade (a hospitalidade era algo muito sagrado para os
judeus) e por causa da promiscuidade.
Bom, vimos aqui que
usam muito textos do Antigo Testamento para acusar os homossexuais,
mas simplesmente ignoram outros textos que eles mesmos acreditam não
valer para os nossos dias.
Vamos então ao Novo
Testamento.
Trecho do livro de
Romanos na versão da Bíblia Almeida Corrigida e Revisada, onde é
usada uma linguagem culta e que causa más interpretações (usada
pelos evangélicos):
“Porque do céu se
manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos
homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus
se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto
o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente
se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram
como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se
sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de
aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os
entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para
desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em
mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que
é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões
infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no
contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens,
deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade
uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e
recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como
eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os
entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não
convêm; Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição,
malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda,
engano, malignidade; Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de
Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos,
sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os
quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que
tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem
aos que as fazem.” Romanos 1:18-32 (Versão Almeida Corrigida e
Revisada)
Agora vamos ver o mesmo
trecho do livro de Romanos, só que na versão da Bíblia A Mensagem,
onde é usada uma linguagem contemporânea e mais usual para os
nossos dias. Diz as mesmas coisas, mas com outras palavras (também
usada pelos evangélicos):
“Mas o furor divino é
despertado pela falta de confiança do ser humano em Deus, pelos
erros repetidos, pela mentiras acumuladas e pela manipulação da
verdade. Mas a verdade essencial sobre Deus é muito clara. Abram os
olhos e poderão vê-la! Se analisarem com cuidado o que Deus criou,
serão capazes de ver o que os olhos deles não enxergam: o poder
eterno, por exemplo, e o mistério do ser divino. Portanto, ninguém
tem desculpa. Vejam o que aconteceu: a humanidade conhecia Deus
perfeitamente, mas deixou de tratá-lo como Deus, recusando-se a
adorá-lo, e foi reduzida a um tão terrível estado de insensatez e
confusão que a vida humana perdeu o sentido. Eles fingem saber tudo,
mas são ignorantes sobre a vida. Trocaram a glória de Deus, que
sustenta o mundo, por imagens baratas vendidas na feira. Então Deus
se pronunciou: “Se é isso que vocês querem, é o que terão”.
Não demorou muito para que fossem viver num chiqueiro, enlameados,
sujos por dentro e por fora. Tudo porque trocaram o Deus verdadeiro
por um deus falso e passaram a adorar o deus que fizeram no lugar do
Deus que os fez - o Deus a quem bendizemos e que nos abençoa.
Loucura total! Então aconteceu o pior. Como se recusaram conhecer
Deus, logo perderam a noção do que significa ser humano: mulheres
não sabiam mais ser mulheres, homens não sabiam mais ser homens.
Sexualmente confusos, abusaram um do outro e se degradaram, mulheres
com mulheres, homens com homens - pura libertinagem, pois de modo
algum isso pode ser amor. Mas eles pagaram caro por isso, e como
pagaram: são vazios de Deus e do amor divino, perversos infelizes e
sem amor humano. Uma vez que eles não se importaram em reconhecer
Deus, Deus desistiu deles e os deixou por conta própria. A vida
deles agora é uma confusão só, um mal que desce ladeira abaixo.
Eles tomam à força o que é alheio, são ambiciosos e caluniadores.
Cheios de inveja, violência, brigas e trapaças, fizeram da vida um
inferno. Olhem para eles: são maliciosos, venenosos, críticos
ferozes de Deus, brigões, arrogantes, gente vazia e insuportável!
Mestres em criar meios de destruir vidas e revoltados contra os pais.
Não passam de seres tolos, asquerosos, cruéis e intransigentes. Até
parece que eles não sabem o que fazem, mas têm plena consciência
de que estão cuspindo no rosto de Deus - e não se importam! Pior
ainda, premiam quem faz as piores coisas com eficiência.” Romanos
1:18-32 (Versão A Mensagem)
Ambas as traduções
acima são aceitas e usadas pelos evangélicos, mas há uma nítida
clareza no segundo texto (versão A Mensagem), onde a tradução e
linguagem é muito mais fiel ao original e mostra a verdadeira
condenação do texto.
A condenação está na
prática da idolatria, trocar a adoração a Deus pela adoração de
criaturas. Qualquer pessoa que concluiu o primeiro grau sabe que
naquela época, no império romano, as pessoas adoravam vários
deuses e praticavam cultos que envolviam a prostituição. Eram
pessoas heterossexuais que iam contra a natureza e praticavam a
homossexualidade por adoração a outros deuses, essa prática é
conhecida como prostituição ritualística e era comum e considerada
normal naquela época. Não existe nenhuma condenação aos
homossexuais e sim condenação à idolatria e à prática do sexo
descontrolado, sem envolvimento de amor, a troca da natureza sexual
por outra que não lhe condiz. Está muito claro isso, tanto é que
logo em seguida há uma descrição de como são essas pessoas, e
isso vale tanto para heterossexuais quanto para homossexuais.
Por isso não devemos
interpretar a Bíblia ao pé da letra. Temos que levar em
consideração época, língua, cultura e para quem foi escrita
(Neste caso em particular, obviamente a carta foi escrita aos
romanos).
Outro texto usado no
Novo Testamento é o seguinte:
Trecho do livro de I
Coríntios na versão da Bíblia Almeida Corrigida e Revisada, onde é
usada uma linguagem culta e que causa más interpretações (usada
pelos evangélicos):
“Não sabeis que os
injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,
nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados,
nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.”
1Coríntios 6:9-10 (Versão Almeida Corrigida e Revisada)
Agora vamos ver o mesmo
trecho do livro de I Coríntios só que na versão da Bíblia A
Mensagem, onde é usada uma linguagem contemporânea e mais usual
para os nossos dias. Diz as mesmas coisas, mas com outras palavras
(também usada pelos evangélicos):
“Não percebem que
esse não é o caminho de se viver? Os injustos, que não se
preocupam com Deus, não farão parte de seu Reino. Quem usa e abusa
das pessoas, do sexo, da terra e de tudo que nela existe não se
qualifica como cidadão do Reino de Deus. Estou falando de
libertinagem heterossexual, devassidão homossexual, idolatria,
ganância e vícios destruidores.” 1Coríntios 6:9-10 (Versão A
Mensagem)
Novamente a segunda
tradução deixa muito mais claro o que se refere o texto. Não há
condenação aos homossexuais e sim à promiscuidade e devassidão
heterossexual e homossexual.
As palavras no original
são "Malakoi" e "Arsenokoitai", ficando assim:
“Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros,
nem “malakoi”, nem “arsenokoitai”, nem ladrões, nem
avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus.”
Porém, como disse
anteriormente, são palavras no grego coiné, grego popular, onde
muitas palavras perderam seu sentido com o passar do tempo,
significando respectivamente: mole ou “pele macia” e homem-cama.
Difícil entender né?
Por isso usamos o contexto para usarmos uma palavra mais adequada em
nossa língua. Mole ou “pele macia” naquela época eram homens
covardes que agiam como mulheres para fugirem das responsabilidades,
e não efeminados como alguns preferiram traduzir, e Homem-cama é
relacionado a homens que se prostituíam e eram promíscuos, nada
intimamente relacionado com a homossexualidade. Enfim, está
relacionado com pessoas covardes e promíscuas (prostituição,
pedofilia, pederastas, etc).
Muitos teólogos e
igrejas hoje em dia reconhecem essa má interpretação dos textos
originais e estão usando versões contemporâneas da Bíblia,
justamente para não caírem nesse erro grotesco de condenarem os
homossexuais onde a Bíblia não condena. Resultado disso tudo é a
aceitação de homossexuais por partes da Igreja Anglicana, Luterana,
Presbiteriana, Igrejas Inclusivas, entre outras...
Vimos acima que os
evangélicos fanáticos usam versos do Novo Testamento para condenar
os homossexuais, mas novamente vem aquela pergunta: por que eles usam
uns versos para condenar os homossexuais e esquecem de outros versos
com mandamentos claros referentes à igreja e que nenhuma delas
praticam hoje em dia?
Exemplo:
“Conservem-se as
mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar;
mas estejam submissas como também a lei o determina”. I Cor.
14:34.
“Que a mulher aprenda
em silêncio, com total submissão. A mulher não poderá ensinar nem
dominar o homem.” I Timóteo 2:11-12
Ora, sabemos muito bem
que existem pastoras em quase todas as igrejas, e nas igrejas que não
tem pastoras tem diaconisas e líderes mulhres que pregam e ensinam.
“Disse-lhe Jesus: Se
queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e
terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.” Mateus 19:21
Opaaaaa, como assim?
Tenho R$ 4.000.000,00 em dinheiro e bens, venderei tudo e darei aos
pobres??? Ahhh não, melhor pular esse trecho da Bíblia. (Imagino
que o Sr. Silas ao ler este trecho deve pensar assim).
Óbvio que determinados
conceitos no Novo Testamento não servem para nossos dias. Devemos
levar em consideração que as coisas mudam e que permanece apenas o
respeito a Deus e ao próximo que devemos ter. Tudo na Bíblia é
inspirador e digno de total confiança, o que não se pode é
confundir algo que foi escrito para determinada época e cultura e
querer viver isso hoje.
Enfim, seria necessário
várias páginas para abordar o assunto mais a fundo, mas acredito
que as coisas ditas acima são o suficiente para abrir nossas mentes
e entendermos mais honestamente o assunto. Existe muito material
disponível na internet e que são muito mais esclarecedores.
Espero com isso ter
ajudado algumas pessoas e incentivado outras a pesquisarem melhor
sobre o assunto e não somente ouvir de um pastor qualquer absurdo
grotesco e sair por aí divulgando preconceito e intolerância sem ao
menos pesquisar. Existem, sim, muitas pessoas inteligentes pregando o
contrário, mas o fato é que a inteligência pode ser usada para o
bem e para o mal, cabe a nós escolher um dos caminhos.
Não há erro nenhum em
ser homossexual e ser cristão. O erro e ignorância está na cabeça
de quem quer acobertar os próprios pecados acusando os outros. Não
revide esses tipos de ofensas, a melhor resposta é ignorar e
demonstrar amor.
"Com efeito: Não
adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso
testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo
nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O
amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o
amor." Romanos 13:9-10
Sobre o autor
Rômulo Neiva tem 30
anos e nasceu em Santo André – SP. Aos 17 anos converteu-se à
Igreja Batista, a qual ainda frequenta, mas sem envolvimento em
liderança. Cursou Teologia por 4 anos na Faculdade Teológica
Batista e hoje defende e crê na Teologia Inclusiva. Se considera
apenas um cristão que ama Teologia, mas que dispensa o título de
teólogo.
Sempre tive alguma
simpatia pela Fé Bahá'í. Mas, depois de alguma pesquisa, seguiu-se a decepção. Como ela mesma se define em seu website
oficial em Português (http://www.bahai.org.br):
“É uma religião
mundial, independente, com suas próprias leis e escrituras sagradas,
surgida na antiga Pérsia, atual Irã em 1844. A Fé Bahá’í foi
fundada por Bahá’u’lláh, título de Mirzá Husayn Ali
(1817-1892) e não possui dogmas, rituais, clero ou sacerdócio.
A Comunidade Bahá’í,
com aproximadamente 7 milhões de adeptos, é a segunda religião
mais difundida no mundo, superada apenas pelo Cristianismo, conforme
afirma a Enciclopédia Britânica. Os bahá’ís residem em 178
países do mundo, em praticamente todos os territórios e ilhas do
globo.
A Comunidade Bahá’í
está estabelecida no Brasil desde fevereiro de 1921, com a vinda da
Sra. Leonora Holsapple Armstrong.”
Mas, o que ensina a Fé
Bahá'í? O mesmo website esclarece:
A Unidade da
Humanidade: "... hoje todos os horizontes do mundo estão
iluminados com a luz da unidade... fomos criados para levar avante
uma civilização em constante evolução..."
A livre e
independente busca da verdade: "A luz é boa, não importa
em que lâmpada brilhe... uma flor é bela, não importa em que
jardim floresça..."
A eliminação de
todas as formas de preconceitos e discriminação: "...somos
as folhas e os ramos de uma mesma árvore... as gotas de um único
mar..."
A igualdade de
direitos e oportunidades para o homem e a mulher: "A
humanidade assemelha-se a um pássaro, uma asa é o homem e a outra,
a mulher. O pássaro não pode alçar vôo sem o equilíbrio dessas
duas asas..."
A harmonia essencial
entre a religião, a razão e a ciência: "A verdade é uma
só e é indivisível... o progresso da humanidade depende desses
fatores..."
Educação
compulsória universal: "O homem é uma mina rica em jóias
de inestimável valor, a educação, tão somente, poderá fazê-la
revelar seus tesouros..."
A revelação divina
é progressiva: "Deus é um, a religião é uma, a
humanidade é uma... o objetivo da criação humana é conhecer e
adorar a Deus... Todas as religiões provêm de um mesmo Deus..."
(Todas as frases entre
aspas citadas nesta página, são Sagradas Escrituras Bahá'ís)
Com toda esta proposta
praticamente “universalista” seria de imaginar que a Fé Bahá'í
seja uma religião inclusiva para LGBTs. Correto? Não.
Eu mesmo fiz um curso
de oração com os Bahá'í há cerca de 20 anos, e percebi que não
se tratava de uma religião inclusiva. Apesar de ter corrigido em sua
doutrina muitos erros que as demais religiões insistem em manter, no
tocante aos gays a Fé Bahá'í mantém a tendência
judaico-cristã-islâmica de considerar a prática homossexual um
pecado ou um ato reprovável, ainda que se “ame o pecador”,
clichê típico dos fundamentalistas cristãos brasileiros.
Não é muito difícil
provar que a visão Bahá'í da homossexualidade é tão
preconceituosa quanto a cristã, e o faremos citando trechos de
vários links Bahá'ís disponíveis.
“A Fé Bahá'í
define que a expressão sexual é aceitável somente dentro do
casamento, e os escritos Bahá'ís relativos ao casamento definem
exclusivamente o casamento entre um homem e uma mulher. Reforça
ainda a importância da castidade absoluta para qualquer pessoa
solteira.
Referências sobre a
homossexualidade na Fé Bahá'í descrevem como uma condição em que
um indivíduo deve controlar e superar. Os Bahá'ís são livres para
ensinar da maneira que achar melhor, e é reconhecido ser condenada a
discriminação contra qualquer pessoa para abraçar a Causa Bahá'í,
sejam homossexuais, alcoólatras ou agente de outras trangressões,
mas serem apenas avisados que, ao se tornarem Bahá'ís, estão
automaticamente procurando se adaptar ao padrão de vida 'designado
por Deus'.
(…) Quando um
indivíduo homossexual se torna Bahá'í ou se é descoberto
posteriormente que um indivíduo Bahá'í é homossexual, esse
assunto é tratado em particular com as Assembléias Espirituais
Locais. As AELs irão procurar ajudar o indivíduo a superar suas
dificuldades, entretanto, nem os indivíduos, nem as instituições
podem investigar a vida de outra pessoa. Somente quando alguma
trangressão aos ensinamentos Bahá'ís estiver exposta ou prejudicar
de alguma forma as instituições ou outros indivíduos, é que a AEL
deve tomar alguma providência. É comumente deixado à consciência
individual em relação aos seus atos e espera-se que com o tempo
Deus possa ajudá-la a superar alguma dificuldade.
(…) A Fé Bahá'í
muitas vezes recebe críticas de pessoas que defendem ou consideram a
prática da homossexualidade moralmente correta.
(…) Os Bahá'ís
costumam expressar que a prática homossexual é condenável, não o
homossexual ou a homossexualidade.
"Não obstante
quão belo e devotado o amor entre pessoas do mesmo sexo possa ser,
permitir que ele se expresse através de atos sexuais é errado.
Afirmar que esse amor é ideal não é desculpa. Bahá'u'lláh
efetivamente proíbe toda a sorte de imoralidade, e Ele assim
considera as relações homossexuais." (Resposta de Shoghi
Effendi para um indivíduo, 26 de março de 1950, citado em Lights of
Guidance)”
Aqui, já teríamos a
tônica da visão Bahá'í da homossexualidade. O ato homossexual é
considerado LITERALMENTE errado nas Escrituras Bahá'ís.
“Hoje existe uma
consciência mundial quanto à importância da preservação do meio
ambiente e dos recursos naturais. Entendermos que o maior recurso da
natureza é o próprio homem. Ele, também, precisa ser preservado
contra uma série de agressões e distorções e, relação a sua
própria essência. A homossexualidade é uma das distorções que
afeta milhões de pessoas no mundo. Homossexualismo é um ato contra
a natureza humana, e qualquer atitude contra a natureza, seja
natureza mineral, vegetal, animal ou humano causa desequilíbrio no
eco-sistema.
De acordo com as
escrituras da Fé Bahá'í "homossexualidade não é uma
condição com qual alguém se deva reconciliar, mas, sim, é uma
distorção da natureza dele ou dela, que deveria ser controlada e
superada". Com essa visão "muitos problemas sexuais, tais
como homossexualidade e transsexualidade, e, em tais casos,
certamente se deveria recorrer à melhor assistência médica".
Uma pessoa pode
apresentar um comportamento homossexual, devido às alterações na
produção de hormônios controladores das características sexuais
do indivíduo; ou, quando a pessoa o adquire como um hábito, através
das pessoas de seu contato. Neste caso, "os estados de
sentimentos são, forçadamente, mal direcionados". Existem
tratamentos para cada uma das modalidades do problema. O objetivo é
aproximar a solução e o tratamento mais correto. O ideal é que o
tratamento seja feito sob dois aspectos - clínico e espiritual.
Segundo Dr. G. S. Larimer, no tratamento clínico a maioria dos
psicoterapeutas considera o homossexualismo como um distúrbio de
caráter e não uma doença emocional. Assim, a modalidade padrão de
tratamento para a maioria dos profissionais é meramente ajudar o
homossexual a se ajustar aos comportamentos existentes nele ou nela.
Contudo, tal meta para o tratamento é inadequada.
O objetivo deve ser a
modificação do comportamento, e não simplesmente ajudar a pessoa a
se adaptar a sua situação. Ele confirma que atualmente existem
várias terapias que produzem resultados aceitáveis, entre elas, a
Análises Transacional e Terapia de Atuação.
(…) O homossexual
deve ser compreendido, aconselhado e modificado. E para isso os pais,
os educadores e os médicos têm maior responsabilidades, para
livrarem a sociedade deste mal e ajudarem as pessoas a superarem esse
obstáculo.”
[Texto de autoria de
Felora Daliri Sherafat]
Observem os termos
relacionados a homossexualidade e transexualidade: “agressões”,
“distorções”, “ato contra a natureza humana”, “problemas
sexuais”, “mal”, “obstáculo”.
Pasmem! Uma religião
pacífica que tem sido perseguida há décadas no Irã, com milhares
de mártires desde sua fundação, usa termos deste tipo para se
referir a uma categoria de seres humanos? É, realmente, uma
decepção! Vemos que, no final da contas, a visão Bahá'í da
sexualidade LGBT é a mesma do Islamismo, faltando apenas a
perseguição e a morte de gays... Inadmissível sob o ponto de vista
da inclusão que defendemos!
“(...) Uma pessoa não
desenvolve o sentimento de homossexualidade do nada. Vários fatores
desde o nascimento colaboram para formação de sentimentos sobre o
sexo e do estado mental de definição sexual. A questão do sexo e
da atração sexual se constrói pela experiência emocional que a
pessoa viveu desde o momento do nascimento. Vamos ver alguns
exemplos.
Tem muitas mães que
brincam com o pinto de seu filho pequeno, na maior inocência, mesmo
assim, isso afeta a sensualidade do bebê. Nesse caso, a sensualidade
se confunde com a afetividade materna. Normalmente, tal criança
quando se torna um adolescente terá problemas, se tornando às vezes
muito obsessivo por sexo, e em outras vezes contra o sexo feminino.
Tem mães que elogiam muito seu filho e o seu órgão masculino. Esta
criança também terá problemas. Existem muitas distorções na
natureza da criança causadas inconscientemente pelas mães,
resultando em pessoas com uma variedade de problemas de ordem sexual.
Outra situação muito
comum: as crianças, quando pequenas, gostam de mexer com seu órgão
sexual, especialmente os meninos. Caso se deixe dois meninos juntos,
eles podem sem perceber começar a brincarem juntos. Acontece que o
sentimento e a emoção que gozam, suas mentes gravam. A mente cria a
memória sexual e registra as primeiras sensações do prazer sexual,
que foi feito junto com outro menino, isso é, com uma pessoa do
mesmo sexo. Sendo assim, e com repetição de experiências
semelhantes, estes dois meninos terão grandes chances de se tornarem
homossexuais, por força desta memória.
(…) Existe outra
categoria de atitudes erradas dos pais que indiretamente concorre
para a má formação sexual dos adolescentes. São os casos que
interferem na mente da criança e podem gerar um sentimento
homossexual.
Por exemplo, a mãe que
se produz muito, fala da sua beleza e de suas conquistas a parir
desta, sem saber que pode criar na pequena cabeça de sua filhinha
uma atração por beleza da mulher e sua memória gravar estes
momentos da glória da mãe. Portanto, esta menina eventualmente ao
crescer pode sentir atração por beleza feminina. As atitudes desta
natureza de uma mãe também podem afetar a mente de um menino. O
menino poder gostar do jeitinho da mãe e querer se produzir como
ela, e assim ao crescer esta fantasia o acompanha e se desenvolve no
seu interior.
(…) A agressividade
do pai também pode causar o sentimento de fragilidade dos meninos
pequenos, de modo que estes passem a se sentir dominados por sexo
masculino, e mais tarde, ao crescer, assumirem o mesmo sentimento
pelo sexo masculino e se colocarem à disposição de outros homens.”
Não lhes parece quase
um discurso de Bolsonaro??? Foi a primeira impressão que tive ao ler
estes absurdos recheados de conclusões infantis sobre a sexualidade
humana.
“Qual a atitude dos
Bahá’ís face à homossexualidade?
A lei Bahá'í define
que as relações sexuais apenas devem realizar-se entre um homem e
uma mulher, unidos pelo casamento. Os crentes devem abster-se de sexo
fora do casamento. Os Bahá'ís não tentam impor os seus padrões
morais sobre aqueles que não aceitarem a Revelação de Bahá'u'lláh.
Apesar de exigirem rectidão em todas as questões de moralidade,
seja sexual ou outra, os ensinamentos Bahá'ís também têm em conta
a fragilidade humana e apelam à tolerância e compreensão em
relação às falhas humanas. Neste contexto, olhar para os
homossexuais com preconceito seria contrário ao espírito dos
ensinamentos Bahá'ís.”
Ah, sim. Se, referir-se
à homossexualidade com os termos usados pela Bahá'í Felora
(“agressões”, “distorções”, “ato contra a natureza
humana”, “problemas sexuais”, “mal”, “obstáculo”) não
é preconceito, é o que, então??? Jogo de palavras que tenta
desviar o foco do homossexual para o ato homossexual, como se ato e
indivíduo pudessem ser separados, quando estamos tratando de uma
condição de identidade, e não de moralidade!
Mas, a sutileza vai
mais longe. Na Bahaikipedia (http://pt.bahaikipedia.org/Leis)
é dito o seguinte sobre o casamento homossexual:
“No Kitáb-i-Aqdas o
casamento é fortemente recomendado, porém não obrigatório. De
acordo com os ensinamentos Bahá'ís, a sexualidade é tida como
natural e uma extensão do casamento. Entretanto, as relações
sexuais são permitidas somente entre homens e mulheres casados. Isto
infere a proibição do casamento homossexual ou a poligamia ou
qualquer outra relação sexual fora do casamento. Entretanto, o
preconceito contra não-bahá'ís que optam pelo homossexualismo é
considerado crime.
Os Bahá'ís podem
casar quando atingem a idade da maturidade (que se fixou em 15 anos),
sendo que as leis civis de cada país devem ser obedecidas. É
necessário também o consenso dos pais biológicos de ambos os
nubentes para que se casem. Para que se realize o casamento, é
também requisitado que se pague um dote (do noivo para a noiva) de
19 mithqáls em puro ouro, o mesmo valor se fixa para os habitantes
das aldeias, mas em prata. O casamento inter-religioso é permitido e
incentivado. O divórcio é permitido, embora desencorajado, é
concedido após um ano de separação, se o par for incapaz de
reconciliar suas diferenças.”
Mais semelhanças com o
Islamismo, inclusive na interdição ao casamento homossexual...
No final das contas,
chegamos à conclusão de que praticamente todas as religiões
teístas, antigas ou modernas, guardam um preconceito intrínseco
quanto à diversidade de orientações sexuais, o diferente, o
não-heteronormativo e qualquer padrão de comportamento não
alinhado com o velho machismo patriarcal. O Bahaísmo tem uma
inegável conexão doutrinária com o Islamismo, e vemos que o
preconceito patriarcal contra a diversidade LGBT se mantém de
maneira intocada, a despeito da inexistência da agressão física
contra gays... Uma lástima para uma religião que, não fosse isso,
teria boas condições de levar a humanidade a uma unidade
definitiva...