Por Espiritualidade Inclusiva
A pedidos, apresentamos aqui o vídeo-documentário "O Mesmo Amor", que mostra o trabalho realizado no Brasil pelas Igrejas Inclusivas.
O vídeo-documentário "O Mesmo Amor" foi produzido por quatro pessoas em parceria com a produtora Firehouse Media. "O Mesmo Amor" aborda a temática da homossexualidade dentro da religião, focando na existência de igrejas cristãs inclusivas.
Os produtores Luiza Judice, Mariane Galacini, Ligia Dumit e Paulo do Valle são formados em Jornalismo pela PUC-Campinas e o vídeo é resultado de um projeto de conclusão de curso, produzido, gravado e editado de forma totalmente independente (e com o conteúdo bastante autoral).
"Em tempos de Felicianos, Malafaias, Bolsonaros e a intolerância (ou ignorância/desconhecimento) de grande parcela da população, acreditamos que o tema do documentário incita a reflexão, repensa a tolerância e proporciona discussões por outro viés do assunto." [Palavras de Luiza Judice, uma das produtoras do vídeo]
O MESMO AMOR [documentário]:
http://www.youtube.com/watch?v=KzXmnrG7-Fk
O documentário "O Mesmo Amor" é um retrato da relação de homossexuais com a religião a partir da história de vida de personagens que encontraram, dentro de um ambiente religioso que acolhe a diversidade, conforto e realização com a própria fé. O projeto tem como foco a Igreja Cristã Evangelho Para Todos, uma das primeiras igrejas cristãs do Brasil a pregar a Teologia Inclusiva.
Parabéns aos produtores pela iniciativa!

Blogue do Movimento Espiritualidade Inclusiva. Artigos sobre visão inclusiva nas diversas formas de espiritualidade; denúncias de preconceito religioso e fundamentalista contra LGBTs; dicas de blogues, sites, filmes e documentários; tradução de artigos; divulgação de eventos LGBT e os inclusivos; notícias do mundo LGBT; decisões legislativas e debates políticos relativos aos direitos LGBT; temas culturais relevantes. Contato: espiritualidadeinclusiva@gmail.com
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quinta-feira, 18 de abril de 2013
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
A visão espírita da união estável homossexual segundo Divaldo Pereira Franco
Por Paulo Stekel
Nota de Espiritualidade Inclusiva – A matéria em questão foi apresentada em vídeo em maio de 2011 pela TV Mundo Maior (http://www.redemundomaior.com.br). Abaixo, incorporamos o vídeo com a matéria e, logo após, a transcrição ipsis literis das palavras do conhecido médium e palestrantre espírita Divaldo Pereira Franco, para análise de nossos leitores.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=aGB5FGWIuKE
Transcrição das palavras de Divaldo Franco sobre a legalização da união estável homossexual e a adoção de crianças:
“Legalizar é sempre uma forma de moralizar. Já que a união moral é feita pelo sentimento do amor, por que não legalizar uma coisa que existe, evitando que consequências danosas possam advir de um relacionamento que se pode tornar agressivo, suspeito pela sociedade e até mesmo para o meio social? (...)
A adoção de filhos é perfeitamente válida. A mim, me surpreende, por exemplo, uma questão psicológica: como será a imagem do pai, a imagem da mãe para essa criança? Quando ele atingir a adolescência, quando chegar à idade madura, que comportamento irá utilizar em face da conduta que ele vem mantendo no lar? Mas, isso é uma coisa que compete à psicologia do comportamento através dos tempos, quando se verificarão os resultados deste momento de transição. (…)
Os direitos da individualidade são inalienáveis. Não temos a prole que desejamos, que queremos, mas aquela de que temos necessidade para o processo de evolução. Se algum pai, alguma genitora considera isso um castigo divino, há de ter em mente que não chega às mãos o fruto de uma semeadura que não haja realizado. Então, amar é a solução. Amar sempre, seja qual for a condição do filho: drogado, sexualmente transtornado, com problemas de comportamento... Amá-lo, porque a função do pai é educar sempre, a da mãe igualmente. E, o amor é o melhor mecanismo, a ferramenta mais hábil para poder criar hábitos saudáveis e proporcionar ao indivíduo a plenitude, a felicidade.”
Comentário de Espiritualidade Inclusiva – Os três parágrafos da fala de Divaldo Franco possuem pontos polêmicos e pouco claros, deixando margens a muitas interpretações. No primeiro parágrafo, ao apoiar a legalização da união estável homossexual, Divaldo justifica com o fato de, assim, se evitar “... que consequências danosas possam advir de um relacionamento que se pode tornar agressivo, suspeito pela sociedade e até mesmo para o meio social”. O que a agressividade de um relacionamento tem a ver com sua legalização? Uma relação homossexual só deixa de ser “suspeita” para a sociedade quando legalizada? Estamos falando de índole de pessoas ou simplesmente resolvendo isso numa lei humana? A lei muda a índole de alguém? O que quis dizer com relacionamento “suspeito” “até mesmo para o meio social”? Estamos falando de pessoas “normais”, ainda que homossexuais, ou de psicopatas e tarados de todo gênero? Há de se ter muito cuidado com as palavras!
No segundo parágrafo, Divaldo apoia a adoção de filhos por homossexuais, mas pergunta: “como será a imagem do pai, a imagem da mãe para essa criança?” A mesma pergunta vale para crianças criadas só por um pai, ou só por uma mãe, ou só pelos avós, ou sem ninguém, num orfanato até os 18 anos! Mas, o trecho mais perigoso é este: “Quando ele atingir a adolescência, quando chegar à idade madura, que comportamento irá utilizar em face da conduta que ele vem mantendo no lar?” Como assim, “que comportamento irá utilizar”? Segundo a ciência, 90% das crianças criadas em lares heterossexuais manifestam o comportamento que lhes foi “ensinado”: o heterossexual! E, oficialmente falando, 100% delas são criadas em lares heterossexuais! Pesquisas mostram que este percentual se mantém estável mesmo no caso de crianças criadas em lares homossexuais. Ou seja, há que se desconfiar que a orientação sexual não seja simplesmente algo “ensinado” pelos pais, mas inclui um elemento interno ainda não perfeitamente estudado pela psicologia.
No terceiro parágrafo, ao instar aos pais que aceitem seu filhos como são, Divaldo confunde novamente ao dizer: “Amar sempre, seja qual for a condição do filho: drogado, sexualmente transtornado, com problemas de comportamento...” O que ele considera um filho “sexualmente transtornado”? Considerando todo o discurso nos dois parágrafos anteriores, isso induz o leitor a pensar que ele se refere à homossexualidade em si. Se não foi isso o que quis dizer, não tornou sua opinião clara e fica sujeito a várias interpretações. Parece-nos que sua fala foi uma mescla de opiniões pessoais não plenamente formadas sobre o assunto com bases da Doutrina Espírita. Gostaríamos muito que nossos leitores utilizassem o espaço de comentários logo abaixo para opinarem sobre a fala acima.
Nota de Espiritualidade Inclusiva – A matéria em questão foi apresentada em vídeo em maio de 2011 pela TV Mundo Maior (http://www.redemundomaior.com.br). Abaixo, incorporamos o vídeo com a matéria e, logo após, a transcrição ipsis literis das palavras do conhecido médium e palestrantre espírita Divaldo Pereira Franco, para análise de nossos leitores.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=aGB5FGWIuKE
Transcrição das palavras de Divaldo Franco sobre a legalização da união estável homossexual e a adoção de crianças:
“Legalizar é sempre uma forma de moralizar. Já que a união moral é feita pelo sentimento do amor, por que não legalizar uma coisa que existe, evitando que consequências danosas possam advir de um relacionamento que se pode tornar agressivo, suspeito pela sociedade e até mesmo para o meio social? (...)
A adoção de filhos é perfeitamente válida. A mim, me surpreende, por exemplo, uma questão psicológica: como será a imagem do pai, a imagem da mãe para essa criança? Quando ele atingir a adolescência, quando chegar à idade madura, que comportamento irá utilizar em face da conduta que ele vem mantendo no lar? Mas, isso é uma coisa que compete à psicologia do comportamento através dos tempos, quando se verificarão os resultados deste momento de transição. (…)
Os direitos da individualidade são inalienáveis. Não temos a prole que desejamos, que queremos, mas aquela de que temos necessidade para o processo de evolução. Se algum pai, alguma genitora considera isso um castigo divino, há de ter em mente que não chega às mãos o fruto de uma semeadura que não haja realizado. Então, amar é a solução. Amar sempre, seja qual for a condição do filho: drogado, sexualmente transtornado, com problemas de comportamento... Amá-lo, porque a função do pai é educar sempre, a da mãe igualmente. E, o amor é o melhor mecanismo, a ferramenta mais hábil para poder criar hábitos saudáveis e proporcionar ao indivíduo a plenitude, a felicidade.”
Comentário de Espiritualidade Inclusiva – Os três parágrafos da fala de Divaldo Franco possuem pontos polêmicos e pouco claros, deixando margens a muitas interpretações. No primeiro parágrafo, ao apoiar a legalização da união estável homossexual, Divaldo justifica com o fato de, assim, se evitar “... que consequências danosas possam advir de um relacionamento que se pode tornar agressivo, suspeito pela sociedade e até mesmo para o meio social”. O que a agressividade de um relacionamento tem a ver com sua legalização? Uma relação homossexual só deixa de ser “suspeita” para a sociedade quando legalizada? Estamos falando de índole de pessoas ou simplesmente resolvendo isso numa lei humana? A lei muda a índole de alguém? O que quis dizer com relacionamento “suspeito” “até mesmo para o meio social”? Estamos falando de pessoas “normais”, ainda que homossexuais, ou de psicopatas e tarados de todo gênero? Há de se ter muito cuidado com as palavras!
No segundo parágrafo, Divaldo apoia a adoção de filhos por homossexuais, mas pergunta: “como será a imagem do pai, a imagem da mãe para essa criança?” A mesma pergunta vale para crianças criadas só por um pai, ou só por uma mãe, ou só pelos avós, ou sem ninguém, num orfanato até os 18 anos! Mas, o trecho mais perigoso é este: “Quando ele atingir a adolescência, quando chegar à idade madura, que comportamento irá utilizar em face da conduta que ele vem mantendo no lar?” Como assim, “que comportamento irá utilizar”? Segundo a ciência, 90% das crianças criadas em lares heterossexuais manifestam o comportamento que lhes foi “ensinado”: o heterossexual! E, oficialmente falando, 100% delas são criadas em lares heterossexuais! Pesquisas mostram que este percentual se mantém estável mesmo no caso de crianças criadas em lares homossexuais. Ou seja, há que se desconfiar que a orientação sexual não seja simplesmente algo “ensinado” pelos pais, mas inclui um elemento interno ainda não perfeitamente estudado pela psicologia.
No terceiro parágrafo, ao instar aos pais que aceitem seu filhos como são, Divaldo confunde novamente ao dizer: “Amar sempre, seja qual for a condição do filho: drogado, sexualmente transtornado, com problemas de comportamento...” O que ele considera um filho “sexualmente transtornado”? Considerando todo o discurso nos dois parágrafos anteriores, isso induz o leitor a pensar que ele se refere à homossexualidade em si. Se não foi isso o que quis dizer, não tornou sua opinião clara e fica sujeito a várias interpretações. Parece-nos que sua fala foi uma mescla de opiniões pessoais não plenamente formadas sobre o assunto com bases da Doutrina Espírita. Gostaríamos muito que nossos leitores utilizassem o espaço de comentários logo abaixo para opinarem sobre a fala acima.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
A Música do blogue: “Iguais” (Stekel)
http://www.youtube.com/watch?v=VUob5xPLajo
Este single de Stekel, que abre nosso blogue, trata do amor e de sua diversidade. É um tema atual e também espiritual, pois não se pode deixar de reconhecer as várias facetas do amor humano, suas angústias, dificuldades e preconceitos. A música não é, necessariamente (e apenas), um tema LGBT, pois fala do amor no seu sentido geral, sendo o "diverso" considerado apenas como uma manifestação conectada à "natureza de amar". Na chamada "nova espiritualidade" não há espaço para arcaísmos preconceituosos que rebaixam seres humanos à condição de aberrações ou figuras estranhas à natureza. As pesquisas mais recentes da Ciência demonstram o contrário. "Iguais" é mais uma celebração da diversidade do amor e da necessidade do respeito, tolerância e compreensão por todas as manifestações afetivas entre os seres humanos regidas pelo coração, independente de sexo e gênero.
Letra:
Viajo no meu coração ao encontro de um abraço.
Você se aproxima e então, nos vemos complementos.
Querer no amor é muito mais que a força de querer.
Sentir preenche todo o ser e eterniza momentos.
Por que ninguém entende o sentimento de sermos iguais?
Sem máscaras e falsas impressões nosso coração é quem diz.
Quem tem coragem pra soltar, se esquecer pra então se entregar?
É que o peso de um eu feroz não permite buscar ser feliz.
Volto sempre pra você por mais que eu me afaste,
Pois tenho um amor que arde em carinho e prazer.
Somos iguais e diversos, um amor assim complexo
Mas pra nós um simples conexo da natureza de amar...
Ombro amigo ali sorrindo, presente e consciente.
Porto seguro pra dizer palavras de alento.
Perfeitamente imperfeito, esteja sempre perto.
Cumplicidade pra viver verso, reverso e adverso.
Por que ninguém entende o sentimento de sermos iguais?
Sem máscaras e falsas impressões nosso coração é quem diz.
Quem tem coragem pra soltar, se esquecer pra então se entregar?
É que o peso de um eu feroz não permite buscar ser feliz.
Volto sempre pra você por mais que eu me afaste,
Pois tenho um amor que arde em carinho e prazer.
Somos iguais e diversos, um amor assim complexo
Mas pra nós um simples conexo da natureza de amar...
Stekel é escritor poliglota, especialista em línguas sagradas e trabalha com tudo o que se relaciona à espiritualidade universal. Filho de músico, após muitos anos pesquisando a relação entre Canalização, Cabala e Música, passou a desenvolver um trabalho específico com música espiritual, incluindo música canalizada e mantras codificados. Tem trabalhado com palavras sagradas hebraicas e sânscritas no processo de fazer música codificada. Alguns de seus trabalhos são feitos sob encomenda para algumas pessoas e não aparecem publicamente.
Para ouvir mais músicas de Stekel, acesse: http://stekelmusic.blogspot.com
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