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terça-feira, 21 de maio de 2013

Vídeos com trechos da "Audiência Pública sobre o PLC 122 com o Senador Paulo Paim" em Canoas - RS

Por Espiritualidade Inclusiva


Na tarde do dia 18 de maio de 2013, foi realizada na Câmara Municipal de Canoas - RS, uma "Audiência Pública com o Senador Paulo Paim", tendo como pauta "O PLC 122: pela criminalização da homofobia". Cerca de 200 pessoas se fizeram presentes, entre representantes de ONGs de ativismo LGBT, afro-umbandistas, representantes do movimento negro e pessoas envolvidas com o tema Direitos Humanos.

O evento foi uma realização conjunta do Gabinete do Senador Paulo Paim e do Gabinete do Vereador Paulinho de Odé (PT - Canoas), com apoio do Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas, ONG Parceiros da Diversidade, ONG LOVE e Coordenadoria de Políticas de Diversidades de Canoas.  Até o momento esta foi a única Audiência Pública com o atual relator do PLC 122 no Estado do Rio Grande do Sul e Canoas foi a primeira cidade a apresentar uma minuta coletiva de projeto de lei em mãos do senador.

O Movimento Espiritualidade Inclusiva se fez presente, através do Coordenador Geral Paulo Stekel, que representando o Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas, entregou em mãos do Senador Paim a "Minuta de Canoas" (leia ou baixe a minuta aqui), contendo as sugestões consensuais de todos os envolvidos no tema em Canoas para o texto final que o Senador pretende colocar em votação até o final de 2013.

Nosso apoiador Kenai Alves registrou em vídeo cerca de uma hora e meia dos momentos mais importantes para a reflexão sobre o tema. Dividimos tudo em quatro partes. Confiram:

 Parte 1

 

http://www.youtube.com/watch?v=-N9aswy5LWU - Nesta parte: Abertura com apresentação de Fabielli Kimberly; fala do Vereador Paulinho de Odé (presidente da mesa); fala de Everton Alfonsin (presidente da FAUERS - Federação Afro-Umbandista e Espiritualista do RS).

 Parte 2

 

http://www.youtube.com/watch?v=vJYxqOrDaBU - Nesta parte: Falas de Paulo Stekel, coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva, representando o Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas e entregando ao Senador Paim a Minuta de Canoas como contribuição ao novo texto do PLC 122; Delegada Sabrina Defenti; Roselaine Silva, representando o Conselho Nacional LGBT e a LBL - Liga Brasileira de Lésbicas; Rogério Ambieda (Coordenador de Diversidades de Canoas - RS); Fábulo Nascimento da Rosa (Coordenador Estadual de Diversidade Sexual).

 Parte 3

 

http://www.youtube.com/watch?v=l3YOiCkgKiE - Nesta parte: Fala do Deputado Nelsinho Metalúrgico (PT - RS) e do Senador Paulo Paim, atual relator do PLC 122.

 Parte 4

 

http://www.youtube.com/watch?v=nH8Vu0vt5mE - Nesta parte: Falas do público - entre eles, Ana Naiara Malavolta (LBL e Fórum Gaúcho pelas Liberdades Laicas), Zumba Toledo, além de Marina Reidel e Roselaine Silva (ambas do Conselho Nacional LGBT); apresentação final de Fabielli Kimberly; fala final do senador Paim.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Vencendo a homofobia – a experiência inclusiva de Canoas – RS

Por Paulinho de Odé (publicado originalmente em http://paulinhodeode.blogspot.com/2012/03/vencendo-homofobia-experiencia.html)

A homofobia está presente em todos os recantos deste país, nos lares, na rua, nas escolas... Aqui em Canoas não é diferente. Contudo, através de um trabalho intenso iniciado anos atrás, estamos agora colhendo os frutos de uma conscientização crescente. A coisa já foi muito pior e sem qualquer ajuda do poder público, sem políticas que defendessem a comunidade LGBT da região. Uma das iniciativas da Coordenadoria de Políticas de Diversidade de Canoas em prol da conscientização quanto à homofobia é a Parada Livre, da qual já tivemos três edições. Este evento é consequência de uma série de atividades que tem por objetivo lutar contra qualquer tipo de preconceito e violência na nossa cidade. Seu sucesso crescente acada ano nos motiva a realizar muito mais atividades e eventos que lutem contra a homofobia e ajudem a diminuir os assassinatos no nosso país, tendo em vista que o Brasil é o que tem o maior número de homicídios a pessoas LGBT no mundo. A Parada é, na verdade, uma forma alegre de celebrar a diversidade e a consciência da necessidade de combater a homofobia.

Todas as lutas históricas dos movimentos sociais se deram através da organização e da reivindicação. E nós, que fomos forjados nos movimentos sociais entendemos que a política pública só acontece com força quando se tem trabalho compartilhado de gestão e movimento. Por isso, é importante que cada vez mais as ONGs em Canoas, e no Estado, se organizem, se fortaleçam, para que as demandas dos movimentos sejam contempladas. Mas nós precisamos potencializar mais as ONGs na cidade e no Estado. O nosso lema é discutir o que nos une, não o que nos separa.

Aqui em Canoas, nossas atividades pró-LGBT e pró-liberdade religiosa são uma demonstração da importância destas ações para o bem comum e a cidadania plena de setores que padecem sob muito preconceito.

Tudo isso mostra que estamos agindo corretamente na luta pelo direito à diversidade e no combate à homofobia. Os promotores de violência homofóbica precisam ir para trás das grades, assim como já ocorre no caso da Lei Maria da Penha. Homofobia é um crime e não há outra definição para ela! Mesmo que de forma muitas vezes velada, a discriminação contra o homossexual ainda é forte, e é rotineira em determinados segmentos da sociedade.

Ainda dentro das iniciativas neste sentido, em 21 de junho de 2011, realizamos em Canoas o I Fórum Estadual de Combate à Homofobia (Educação, Direitos Humanos e Homolesbofobia). A tônica do fórum foi um amplo debate sobre a violência física à população GLBT e as relações desse fenômeno com a afirmação da democracia. Esta foi uma parceria bem sucedida da Coordenadoria de Políticas de Diversidade com a Liga dos Direitos Humanos, da Faculdade de Educação da UFRGS. Neste ano de 2012 realizaremos o II Fórum Estadual de Combate à Homofobia, em junho.

Além de continuar fomentando uma melhor definição de políticas públicas, continuamos nosso trabalho de ajudar na consolidação dos direitos humanos como prática cotidiana, para que cesse o preconceito explícito ou velado que ainda impregna nossa sociedade e não permite o reconhecimento cidadão pleno de pessoas unicamente por conta de sua orientação sexual. Fóruns, paradas livres, encontros, seminários e outras ações de conscientização são importantes para dar visibilidade às ideias de todos os que lutam contra a discriminação. Estamos prontos agora, para dar um novo passo: o de integrar ainda mais a comunidade LGBT em Canoas, através de novas iniciativas, eventos e ações que deverão ser sugeridas pelos próprios interessados. Sempre há muito a se fazer e Canoas já é um exemplo para o Brasil. Vamos fazer isso se ampliar e expandir.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

[Editorial] Inclusão X Demonização

Por Paulo Stekel

Hoje, 13 de fevereiro de 2012, nosso blogue Espiritualidade Inclusiva completa dois meses de um trabalho intenso e reconhecido pela comunidade LGBT, tanto aquela parcela interessada em religião e espiritualidade quanto aquela formada por ateus e ativistas político-sociais. As estatísticas atualizadas mostram o que já conquistamos: 44 postagens de diversos autores, mais de 4300 visitantes, quase 6 mil visualizações de página e diversos comentários muito inteligentes e com argumentos profundos.

Até o momento, a postagem mais lida é o artigo “A visão espírita da união estável homossexual segundo Divaldo Pereira Franco”, que recebeu vários comentários no blogue e no Facebook exatamente por envolver a figura de um dos mais famosos médiuns espíritas do Brasil.

O segundo artigo mais lido até agora é “[Notícia] Uma lição (cristã) de amor ao próximo LGBT...”, referente a uma foto em que um grupo cristão aparece a um desfile do Orgulho Gay em Chicago segurando cartazes apologéticos, incluindo "Eu sinto muito de como a Igreja tratou vocês". Atitudes inclusivas desta natureza sempre encontram um apelo positivo junto à comunidade LGBT.

O terceiro artigo mais lido até o momento é “[Evento] Palestra sobre Espiritualidade Inclusiva no Fórum Social Temático – Porto Alegre – RS”. Se trata do convite para nossas atividades junto ao Fórum Social Temático (FST), ocorrido em Porto Alegre entre os dias 24 e 29 de janeiro.

As atividades que promovemos durante FST foram coroadas de êxito. A primeira delas foi uma palestra intitulada “Espiritualidade Inclusiva – a aceitação da comunidade LGBT pelas religiões no Brasil”, realizada no dia 25 de janeiro, na Usina do Gasômetro, centro de Porto Alegre. Foi nosso primeiro contato oficial com o público LGBT fora da Internet. Quem esteve presente gostou da proposta de inclusão dos LGBT nas diversas organizações religiosas/espirituais sem qualquer demonização ou preconceito. A segunda atividade foi uma oficina chamada “Diversidade Intercultural e Espiritualidade Inclusiva” realizada no FST – Canoas no dia 26 de janeiro, no Galpão da Diversidade montado pela Coordenadoria de Políticas de Diversidade, coordenada por Paulo Rogerio Ambieda (Paulinho de Odé). O público desta atividade era formado principalmente por afro-umbandistas, membros de uma das religiões mais demonizadas pelo neo-pentecostalismo radical brasileiro.

A propósito, os dois conceitos de “inclusão” e “demonização” se opõem. A inclusão se refere a entender a diferença e a diversidade do outro, compreendê-lo e amá-lo, acolhê-lo e vê-lo como parte de um universo natural, social, religioso/espiritual e político tanto quanto a si mesmo.

A demonização – termo que se refere a um preconceito vindo de religiosos para com o diverso – anda em sentido oposto, tendendo à normatização de crenças e dogmas, incompreensão da diferença e diversidade do outro, estranheza pelas características do outro, negação de um caráter natural (não doentio, não esdrúxulo, não aberrativo) à existência do outro, redundando em não reconhecimento de seus direitos sociais, religiosos/espirituais e políticos. Ou seja, ao demonizar o outro, os fanáticos religiosos se consideram o summum bonum de Deus e os demais como decadentes, endemoninhados e aberrações.

A hipocrisia, a intolerância e a ignorância a respeito do outro, além de se achar a “última bolacha do pacote divino” são as tônicas da demonização. As grandes religiões instituídas, falemos francamente, sempre caem nesta tendência a se acharem melhores que as demais, a pregarem uma ideia de que são o único caminho viável para uma salvação, felicidade, perfeição ou iluminação. Faz mesmo parte das características das religiões. Se elas são sistemas fechados, “prontos”, com respostas para (quase) todas as questões mundanas, é natural que se considerem aptas a contrapor qualquer outro sistema fechado, pois sistemas fechados não conversam, não interagem. Algumas religiões, que podemos classificar mais como “filosofias religiosas”, talvez consigam ser mais abertas e dialogar com o outro (religioso ou não). Mas, as religiões patriarcais teístas em geral, são muito incompetentes neste diálogo. Por isso, o diálogo inter-religioso esbarra em tantas dificuldades quando os temas debatidos são muito polêmicos. A inclusão dos LGBT é um destes temas “tabu”.

De qualquer forma, continuamos o nosso trabalho de conscientização quanto a dois fatos: os LGBT possuem uma espiritualidade e um anseio por questões transcendentais tanto quanto qualquer outro ser humano; os LGBT merecem, por conta de sua existência não voluntária (não decidem ser LGBT!), ser reconhecidos como naturais, normais (numa natureza não plenamente conhecida sequer pela ciência) e dignos de todos os direitos dos outros seres humanos, entre eles, o de não serem demonizados, apartados como leprosos, considerados doentes, aberrações ou desviantes.

Continuamos abertos a críticas, sugestões, artigos e notícias de colaboração, dicas e depoimentos de quem queira passar aos leitores do blogue suas experiências com a religião e a espiritualidade. O formato do blogue não é fechado e podemos melhorá-lo ou modificá-lo sempre que for útil e necessário. Aos poucos estão chegando alguns relatos interessantes que virarão artigos em breve. Há uma multiplicidade de experiências que precisam chegar ao grande público, para nortear nossas ações em prol da inclusão e da diversidade.

Contamos com nossos leitores nesta tarefa de fazer esta proposta se expandir por todos os cantos e liberar pessoas de angústias internas e da sensação de não serem dignas de qualquer benefício divino, espiritual ou transcendental. São dignas e, em breve, serão plenamente reconhecidas como tais!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

[Evento] Palestra sobre Espiritualidade Inclusiva no Fórum Social Temático – Porto Alegre – RS

Por Paulo Stekel

Imperdível! No próximo dia 25 de janeiro, às 13h, no Auditório da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre – RS, o professor, jornalista e músico Paulo Stekel fará a primeira palestra pública do Movimento Espiritualidade Inclusiva, como parte das atividades autogestionárias do Fórum Social Temático (FST), que se realizará entre 24 e 29 de Janeiro em quatro cidades da região metropolitana - Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo - (confira a programação completa do fórum em http://www.fstematico2012.org.br).

Com o tema "Espiritualidade Inclusiva - a aceitação da comunidade LGBT pelas religiões no Brasil", a palestra discorrerá sobre a visão inclusiva da espiritualidade - aquela que considera os direitos religiosos da comunidade gay (LGBT) - como um fator de inclusão e justiça social dos LGBT na sociedade brasileira, buscando inserir os gays e todos aqueles que expressam a diversidade de orientação sexual numa religiosidade sem o preconceito fundamentalista que se tem observado em nosso país. A palestra será interativa, contando com relatos de experiências contadas no blogue Espiritualidade Inclusiva – http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com, que congrega textos de várias tradições espirituais e sua visão sobre a natureza homossexual, e também relatos do público presente sobre suas experiências religiosas.

A palestra tem como público-alvo a comunidade em geral, os movimentos religiosos e o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), e marcará o nascimento efetivo do Movimento Espiritualidade Inclusiva, que acaba de obter o apoio e a parceria da Coordenadoria de Políticas de Diversidade, ligada diretamente ao Gabinete da Prefeitura de Canoas – RS e coordenada por Paulo Rogério Ambieda (Paulinho de Odé).

Contamos, então, com a presença em massa dos amigos da comunidade LGBT da região metropolitana e de todos aqueles que virão de outras partes do Brasil para participar do Fórum Social Temático. Ajudem a divulgar este evento, pois é muito importante para a Inclusão e a Diversidade.

Após a realização da palestra, entre os dias 25 e 29, Paulo Stekel estará engajado nas atividades do Fórum Social Temático em Canoas, junto ao espaço da Coordenadoria de Políticas de Diversidade (ver: http://www.canoas.rs.gov.br/site/departamento/index/id/44). Entre as atividades previstas para Canoas, está uma palestra de Stekel no Galpão da Diversidade, que vai estar situado no Parque Esportivo Eduardo Gomes. No local também haverá exposição fotográfica e oficinas. Confira detalhes no website da Prefeitura de Canoas: http://www.canoas.rs.gov.br/site/noticia/visualizar/id/4212

Atualização: A Palestra de Paulo Stekel sobre "Espiritualidade Inclusiva" no Fórum Social Temático no dia 25/jan, 13h, na sala 03 (auditório) da Usina do Gasômetro, já está na lista das atividades no site do Fórum. Agende-se! http://www.fstematico2012.org.br/index2.php?link=16
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Palestra: "Espiritualidade Inclusiva - a aceitação da comunidade LGBT pelas religiões no Brasil"
Ministrante: Paulo Stekel
(professor, escritor, jornalista e músico, praticante budista, administrador do blogue Espiritualidade Inclusiva e idealizador do movimento de mesmo nome)
Data: 25 de janeiro (quarta-feira), 13h
Local: Auditório da Usina do Gasômetro (Porto Alegre – RS)

[Notícia] O exemplo da Coordenadoria de Diversidade em Canoas – RS

Por Paulo Stekel

No dia de ontem, 16 de janeiro, na qualidade de editor do blogue e idealizador do Movimento “Espiritualidade Inclusiva” (sim, já somos um movimento, e ele está crescendo diariamente!), fomos a uma reunião na Coordenadoria de Políticas de Diversidade, ligada diretamente ao Gabinete do Prefeito de Canoas – RS, o Sr. Jairo Jorge.

A reunião teve por objetivo apresentarmos ao responsável pela Coordenadoria, o sr. Paulo Rogério Ambieda (Paulinho de Odé) [ver foto abaixo], a nossa proposta como Movimento Espiritualidade Inclusiva e como podemos trabalhar em parceria com a Coordenadoria e as ações da Prefeitura de Canoas em prol da diversidade de orientação sexual, do diálogo inter-religioso e da visão inclusiva.
(Paulo Rogério Ambieda, o Paulinho de Odé, à frente da Coordenadoria de Políticas de Diversidade em Canoas - RS)
Inicialmente, o sr. Paulinho de Odé apresentou o trabalho desenvolvido pela Coordenadoria e revelou que esta é a primeira Coordenadoria de Políticas de Diversidade com status de secretaria do Estado do Rio Grande do Sul e, muito provavelmente, uma das únicas com esse status no Brasil inteiro. Foi criada na atual administração com a missão de promover a dignidade, garantir os direitos humanos e o acesso à justiça, mediante o combate à discriminação e a proteção aos grupos vulneráveis com geração de oportunidades e inclusão social. Ela tem poder de voto em ações do executivo que possam interferir na parcela dos cidadãos relacionados às políticas da Coordenadoria. Na verdade, esta foi a primeira Coordenadoria de Diversidades de uma Prefeitura no RS. A Coordenadoria de Diversidade de Canoas tem um caráter bem mais político-social que político-partidário, já que o objetivo é chegar a todas as camadas da sociedade e cumprir seus vários objetivos, definidos pelos focos principais de ação:

- Diálogo inter-religioso (vários eventos de diálogo entre as religiões já foram realizados, especialmente entre as religiões de matriz africana e as correntes do Cristianismo, frequentemente envolvidas em ações discriminatórias contra os africanistas);

- Inclusão das religiões historicamente excluídas (estas religiões são a umbanda, o candomblé – e correntes similares, e o espiritismo – várias ações de inclusão destas religiões no meio social, cultural e educacional);

- Diversidade de orientação sexual (ações no campo da saúde, segurança e cultura – a Coordenadoria já realizou três Paradas Livres, sendo que a Parada de Canoas já é a terceira maior do RS e, provavelmente, a mais bem organizada de todas – a ideia é que a partir deste ano venha a ser a maior parada do RS – realização de palestras em empresas, seminários e encontros regionais, alertando sobre os riscos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis);

- Diversidade cultural (apoio a ONGs com propostas de inclusão social, ações de promoção da diversidade cultural em comunidades carentes);

- Diversidade étnica (trabalhada basicamente nos terreiros africanistas, onde se pode encontrar a maior diversidade étnica convivendo harmonicamente no Brasil).
Para o Coordenador, Paulinho de Odé, que já participou de vários movimentos LGBT no RS, a homofobia começa dentro da família (agressões, expulsão de casa) e depois vem a estender-se à escola (bullying homofóbico, evasão escolar). Segundo ele, a Coordenadoria de Diversidade é uma ferramenta do movimento social. Ele defende o protagonismo compartilhado entre o poder público e o movimento da diversidade.

Numa conversa muito agradável que durou cerca de duas horas, o Coordenador revelou-nos as dificuldades em trabalhar a inclusão da diversidade de orientação sexual entre alguns grupos religiosos mais fundamentalistas. Realmente, esta é uma das tarefas mais difíceis de se realizar quando um dos lados não está disposto a dialogar e a inserir-se no todo da sociedade de um modo pleno. Contudo, a impressão que tivemos ao vermos a equipe da Coordenadoria, foi a mais positiva possível. Entre os parceiros da Coordenadoria estão sacerdotes africanistas e integrantes de movimentos ligados à Igreja Católica. É um trabalho louvável e necessário que deveria ser multiplicado pelo Brasil todo.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania, o índice de violência contra os LGBT teve uma diminuição considerável desde a implantação da Coordenadoria de Diversidade.

Ao final da reunião, tivemos o compromisso de apoio por parte da Coordenadoria de Políticas de Diversidade ao Movimento Espiritualidade Inclusiva. Desta forma, teremos participação em atividades realizadas pela Coordenadoria no Fórum Social Temático em Canoas, que se realizará entre 25 e 29 de janeiro. Além disso, o coordenador colocou a nossa disposição o espaço físico da Coordenadoria para realizarmos reuniões e propormos atividades e novas ações, numa parceria que será claramente de um enorme sucesso.

Para saber mais sobre a Coordenadoria de Políticas de Diversidade de Canoas – RS, acesse: http://www.canoas.rs.gov.br/site/departamento/index/id/44