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terça-feira, 21 de maio de 2013

Vídeos com trechos da "Audiência Pública sobre o PLC 122 com o Senador Paulo Paim" em Canoas - RS

Por Espiritualidade Inclusiva


Na tarde do dia 18 de maio de 2013, foi realizada na Câmara Municipal de Canoas - RS, uma "Audiência Pública com o Senador Paulo Paim", tendo como pauta "O PLC 122: pela criminalização da homofobia". Cerca de 200 pessoas se fizeram presentes, entre representantes de ONGs de ativismo LGBT, afro-umbandistas, representantes do movimento negro e pessoas envolvidas com o tema Direitos Humanos.

O evento foi uma realização conjunta do Gabinete do Senador Paulo Paim e do Gabinete do Vereador Paulinho de Odé (PT - Canoas), com apoio do Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas, ONG Parceiros da Diversidade, ONG LOVE e Coordenadoria de Políticas de Diversidades de Canoas.  Até o momento esta foi a única Audiência Pública com o atual relator do PLC 122 no Estado do Rio Grande do Sul e Canoas foi a primeira cidade a apresentar uma minuta coletiva de projeto de lei em mãos do senador.

O Movimento Espiritualidade Inclusiva se fez presente, através do Coordenador Geral Paulo Stekel, que representando o Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas, entregou em mãos do Senador Paim a "Minuta de Canoas" (leia ou baixe a minuta aqui), contendo as sugestões consensuais de todos os envolvidos no tema em Canoas para o texto final que o Senador pretende colocar em votação até o final de 2013.

Nosso apoiador Kenai Alves registrou em vídeo cerca de uma hora e meia dos momentos mais importantes para a reflexão sobre o tema. Dividimos tudo em quatro partes. Confiram:

 Parte 1

 

http://www.youtube.com/watch?v=-N9aswy5LWU - Nesta parte: Abertura com apresentação de Fabielli Kimberly; fala do Vereador Paulinho de Odé (presidente da mesa); fala de Everton Alfonsin (presidente da FAUERS - Federação Afro-Umbandista e Espiritualista do RS).

 Parte 2

 

http://www.youtube.com/watch?v=vJYxqOrDaBU - Nesta parte: Falas de Paulo Stekel, coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva, representando o Coletivo LGBT e Simpatizantes de Canoas e entregando ao Senador Paim a Minuta de Canoas como contribuição ao novo texto do PLC 122; Delegada Sabrina Defenti; Roselaine Silva, representando o Conselho Nacional LGBT e a LBL - Liga Brasileira de Lésbicas; Rogério Ambieda (Coordenador de Diversidades de Canoas - RS); Fábulo Nascimento da Rosa (Coordenador Estadual de Diversidade Sexual).

 Parte 3

 

http://www.youtube.com/watch?v=l3YOiCkgKiE - Nesta parte: Fala do Deputado Nelsinho Metalúrgico (PT - RS) e do Senador Paulo Paim, atual relator do PLC 122.

 Parte 4

 

http://www.youtube.com/watch?v=nH8Vu0vt5mE - Nesta parte: Falas do público - entre eles, Ana Naiara Malavolta (LBL e Fórum Gaúcho pelas Liberdades Laicas), Zumba Toledo, além de Marina Reidel e Roselaine Silva (ambas do Conselho Nacional LGBT); apresentação final de Fabielli Kimberly; fala final do senador Paim.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Se preparem para a PRIMAVERA GAY!



Se preparem para a PRIMAVERA GAY!!!!

Se a situação de preconceito, homofobia e ascensão do fundamentalismo evangélico continuar sendo sustentada por quem deveria nos defender, muito em breve viveremos no Brasil uma legítima PRIMAVERA GAY, com protestos generalizados, atos de repúdio, obstrução de comissões viciadas e reverberação de tudo isso em nível internacional. Não podemos mais esperar por respostas lentas enquanto nossos irmãos LGBT morrem em quantidade cada vez maior a cada dia! Se observarmos bem, esta PRIMAVERA GAY já está sendo gestada naturalmente no meio da comunidade LGBT e das pessoas heterossexuais que defendem os direitos humanos de TODOS. É a hora de todos nós nos posicionarmos diante do descalabro e do perigo de vida que estamos sofrendo diariamente, e que está aumentando à medida que protestamos nas ruas contra um pastor vendilhão que agora está como raposa cuidando das galinhas na CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara dos Deputados. POSICIONEM-SE!!!!!

Paulo Stekel (coordenador geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva)

sexta-feira, 15 de março de 2013

Espiritualidade Inclusiva participará de debate sobre Estado Laico


Por Espiritualidade Inclusiva



No próximo dia 20 de março, às 19h, em Esteio - RS, Paulo Stekel, coordenador geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva, será um dos debatedores da atividade proposta pela Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), MMM, Unir Raças e ONG Amigos da Diversidade.

O tema será "Estado Laico e a Vida das Mulheres". O debate será realizado na Casa dos Conselhos, anexo da Prefeitura Municipal de Esteio, e contará com a presença de todos os interessados na promoção do Estado Laico e dos Direitos Humanos, direitos das mulheres, direitos LGBT, etc.

Compareça!!!

Expediente:

Dia 20 de Março

Debate: Estado Laico e a vida das Mulheres

(Liga Brasileira de Lésbicas/MMM/Unir Raças/ONG Diversidade)

Horário: 19hs

Local: Hener de Souza Nunes, 150 Casa dos Conselhos

terça-feira, 12 de março de 2013

Em Declaração, Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB) repudia racismo e homofobia de Marco Feliciano

Por Espiritualidade Inclusiva



No dia de hoje (12 de março), o Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB), entidade que congrega as principais lideranças budistas brasileiras, lançou uma Declaração Pública em que expressa profunda preocupação pela indicação e nomeação do Deputado Pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

O texto inicial, devido a um lapso não-esclarecido, mencionava o racismo do pastor deputado, mas não fazia menção mínima à homofobia deste. Alertado por diversos praticantes budistas de várias linhagens e pelo Movimento Espiritualidade Inclusiva, através de seu coordenador geral, Paulo Stekel, que é budista vajrayana, no final da tarde desta terça-feira o CBB reconheceu o lapso e a Declaração foi prontamente corrigida, desta vez fazendo referência direta à homofobia de Marco Feliciano.

Postamos abaixo, o texto atualizado e completo do Colegiado Buddhista Brasileiro (os grifos são nossos), conforme postado originalmente em http://www.opicodamontanha.blogspot.com.br/2013/03/declaracao-publica-do-cbb.html:


Declaração Pública

O Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB) vem nesta expressar sua profunda preocupação com a indicação e com a nomeação do Deputado Marcos Feliciano (PSC) para a diretoria da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da câmara. 

Nossa preocupação se deve ao inequívoco discurso intolerante e alienador que caracteriza as ideias do referido deputado. Suas palavras e atitudes de fundo racista e segregador o tornam um claro exemplo de tudo o que deveria ser denunciado pelo mais importante órgão de promoção e defesa dos direitos humanos em nosso país. Que as lideranças políticas brasileiras, por força de omissão ou deliberada troca de favores, permitam a tal pessoa assumir a coordenação da CDHM, demonstra um preocupante cenário de alienação ética no Brasil.

Acreditamos que a pregação do ódio contra quaisquer grupos étnicos, comunidades sociais ou instituições religiosas motiva com frequência atos de violência contra indivíduos e contra essas mesmas organizações e minorias. O CBB entende que, ao citar "comunidades sociais" deve-se considerar quaisquer grupos e comportamentos que não violentam os direitos alheios, entre os quais a comunidade LGBT. O CBB rejeita implicitamente as declarações homofóbicas do deputado citado juntamente com todas as outras manifestações discriminatórias. Esta cultura de ódio e fanatismo, sendo ela mesma fruto de uma profunda falta de consciência e grande desrespeito humano, torna-se ao final desse processo destrutivo e ignorante um câncer a devorar mentes e corações em todas as camadas sociais, atingindo a todos sem exceção. Tais práticas são essencialmente incompatíveis com qualquer proposta construtiva e unificadora para toda sociedade humana fundamentada em direitos e liberdades, base do estado laico e do próprio estado de direito.

O Colegiado Buddhista Brasileiro, fundamentado na tradição do Dharma de Buddha, entende que o bem comum em uma sociedade somente prevalece quando suas instituições políticas e sociais são capazes de criar condições para que o diálogo, a compreensão, a compaixão, a justiça social e o verdadeiro exercício da tolerância sejam não apenas possíveis a todos os seus cidadãos, mas adequadamente exemplificados pelos seus mais altos representantes.

Neste sentido, a atual condição da gestão política brasileira tem reiteradamente sido um demonstrativo de grave desprezo aos mais fundamentais elementos éticos e de justiça ao permitir que indivíduos alienados em suas crenças pessoais e tacanhos em suas opiniões assumam posições em que a consciência, o equilíbrio e a clareza de visão são qualidades essenciais.

É preciso que haja uma real mudança de atitudes no congresso brasileiro, e que os direitos humanos sejam exercidos e definidos com sabedoria e correção. A nomeação do deputado Marcos Feliciano apenas reflete a medíocre interpretação dos modos e fundamentos que integram o conceito legislativo da sociedade brasileira por parte de seus representantes políticos. Ela também simboliza a assustadora corrupção de valores que domina os poderes políticos atuais em nosso país, que distorce a democracia para favorecer interesses escusos. 

O Brasil, já há muito tempo, é liderado e legislado por parcialidades. Doutrinas populistas e manipuladoras da ignorância e das carências sócio-educacionais neste país estão cada vez mais assumindo nichos políticos essenciais, e defendendo por meio de suas visões particulares a sustentação da cobiça dos poderosos. 

O CBB repudia esta cultura da mediocridade, este desrespeito aos valores de consciência e coerência que grassa na sociedade brasileira, e conclama aos seus representantes políticos a terem mais visão e dignidade, mais honestidade e valor humano. Que seja revertida a nomeação do deputado Marcos Feliciano para coordenação da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, e que seja realizada uma ampla reforma ética nas ações políticas de nosso país.

Colegiado Buddhista Brasileiro

Diretoria

Presidente Rev. Shaku Haku-Shin

Rev. Genshô Sensei

Dhammacariya Dhanapala

Shaku Hondaku

Rev. Miklos Kômyô

Presidente do Conselho do CBB

Rev. Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves

Conselho

Lama Chagdud Khadro

Rev. Monge Rinchen Khienrab

Rev. Heyla Downey

Ven. Uttaranyana Sayadaw

Rev. Shaku Sogyo

Rev. Monja Sinceridade

Rev. Coen Sensei

segunda-feira, 11 de março de 2013

Vídeo do Ato de repúdio a Marco Feliciano realizado em Porto Alegre - RS

Por Espiritualidade Inclusiva 

Ato de Repúdio em Porto Alegre, um vídeo de 50 minutos em HD com algumas entrevistas, todas as falas da manifestação e cenas da marcha até o chafariz da Redenção. Confiram e distribuam o link pelas redes à vontade:

   

http://www.youtube.com/watch?v=SDZfbLI7SbA

Vídeo em HD do evento que aconteceu no dia 09 de MARÇO, às 14h, na Redenção, em Porto Alegre - RS. Concentração no monumento do Expedicionário!

Protesto pacífico em prol dos Direitos Humanos no Brasil e contra a permanência do Deputado Pastor Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Com sua postura fundamentalista, o Deputado Marco Feliciano tem atacado a vários setores da sociedade brasileira que sofrem com a discriminação diária: negros, mulheres, LGBT, religiões não-cristãs, etc. Então, é um dever moral de todos os prejudicados com a presença deste fanático na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, repudiarem através de um protesto pacífico, mas veemente, a sua manutenção neste cargo tão importante para aqueles que lutam pela igualdade de direitos. Não se omita! Junte-se a nós!

O evento foi uma iniciativa popular, sem comandos. Entre os vários proponentes da manifestação estava o Movimento Espiritualidade Inclusiva. Este vídeo é, inclusive, nossa contribuição para que todos entendam a importância de reivindicações como esta.

Filmagem e edição: Paulo Stekel

quinta-feira, 7 de março de 2013

Protesto contra a permanência de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos

Por Espiritualidade Inclusiva e demais organizadores do protesto



Quando: Sábado, 09 de março
Horário: 14h
Onde: Parque da Redenção (junto aos arcos do parque), Porto Alegre - RS

Protesto pacífico em prol dos Direitos Humanos no Brasil e contra a permanência do Deputado Pastor Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Vamos ir de preto, pintem a cara se quiserem, usem vendas, tragam cartazes (por favor, sem ofensas e palavras de baixo calão, sejam inteligentes), apitos, panelas...usem a criatividade!

Nos encontraremos às 14h nos Arcos da Redenção, sairemos dali as 14h30 e caminharemos pela avenida principal da Redenção, ida e volta.

Lembrando que este é um protesto pacífico, que visa demonstrar nossa insatisfação, sem agressões, ofensas e estas coisas, pessoal.

Com sua postura fundamentalista, o Deputado Marco Feliciano tem atacado a vários setores da sociedade brasileira que sofrem com a discriminação diária: negros, mulheres, LGBT, religiões não-cristãs, etc. Então, é um dever moral de todos os prejudicados com a presença deste fanático na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, repudiarem através de um protesto pacífico, mas veemente, a sua manutenção neste cargo tão importante para aqueles que lutam pela igualdade de direitos. Não se omita! Junte-se a nós!

Pessoas e organizações que estão encabeçando e apoiando o protesto:

Jéferson Mathes;
Movimento Espiritualidade Inclusiva (através de seu Coordenador Geral, Paulo Stekel);
Ordem Walonom;
Grupo SOMOS;
(Vá se somando a nós!)


sábado, 2 de março de 2013

[Entrevista com Stekel] Religião e Homossexualidade: por uma espiritualidade inclusiva!

Por Espiritualidade Inclusiva


Acaba de ser publicada em Um Outro Olhar, site sobre o universo LGBT com ênfase em temática lésbica, uma entrevista muito interessante, esclarecedora, profunda e, de certo modo, polêmica com Paulo Stekel, Coordenador Geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva.

Trecho da entrevista:


UOO - As religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo, islamismo) estão entre as grandes inimigas dos direitos homossexuais no mundo contemporâneo. Acredita que o preconceito contra os homossexuais é inerente a essas doutrinas ou tudo não passa de questão de interpretação dos textos ditos sagrados? 
PS: A interpretação dos textos sagrados acaba por ser, no final das contas, a práxis da religião viva, ou seja, da religião enquanto fenômeno histórico seguindo na linha do tempo. Isso é mais importante do que pensar que o preconceito é inerente. E essa interpretação, como a própria História demonstra, vai mudando ao longo do tempo. Em umas religiões, a interpretação avança mais rapidamente em direção a uma justiça social conectada com a modernidade; em outra, claudica e capengueia lentamente. É o caso, ao meu ver, das religiões abraâmicas, mas não em seu todo, pois as correntes de que são constituídas não possuem todas a mesma interpretação. Desta forma, em linhas gerais, o Judaísmo se furta a falar claramente no assunto e, desta forma, suas ações diretas contra LGBTs são menos intensas; o islamismo tende a falar abertamente contra LGBTs e seu modo intenso, quando conectado à lei islâmica (a sharia), acaba por justificar ações criminosas contra a vida de pessoas unicamente por causa de sua orientação sexual; o Cristianismo é mais leve no tocante a ações violentas contra LGBTs, mas isso não o livra de ser considerado um promotor da violência através da incitação causada pelo discurso homofóbico de alguns de seus líderes.


Leia a entrevista completa acessando:

http://www.umoutroolhar.com.br/2013/03/religiao-e-homossexualidade-por-uma.html



Um Outro Olhar é um site sobre o universo LGBT, com destaque para a temática lesbiana. Sua história remonta às primeiras organizações lésbicas brasileiras, como o Grupo de Ação Lésbica-Feminista (GALF) e a Rede de Informação Um Outro Olhar (RIUOO), tendo sido publicação impressa de ambas primeiro como boletim, depois como revista (de 1989 a 2003). Desde 2004, passa a ser uma magazine virtual, o que se estende até hoje. Os principais subtemas do UOO são ativismo, cultura, direitos, história LGBT, política e saúde.


Para entrar em contato com o UOO, escreva para uoo@umoutroolhar.com.br

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

[Editorial] Ser Gay: o peso da discriminação


Por Paulo Stekel


Nestes últimos meses, em especial em novembro e dezembro, estive um tanto afastado das atividades do Movimento Espiritualidade Inclusiva e, mais ainda, das atualizações do blogue. O motivo foi familiar, já que perdi um irmão muito querido em uma tragédia. Depois disso, alguns ajustes foram necessários, o que me tomou mais tempo, sem contar a assimilação do que ocorreu. A morte, por mais que saibamos ser a única coisa certa após o nascimento, sempre desestabiliza a todos nós em alguma medida.

A propósito, a homofobia – discreta ou declarada – também tem a propriedade de desestabilizar qualquer um, por mais firme que alguém esteja em sua identidade e dignidade. Vejo isso a todo o tempo com meus amigos e amigas da comunidade LGBT, e mesmo na própria pele pude sentir isso ultimamente...

O processo do “ser gay” passa por várias fases: o descobrir-se, o aceitar-se, o identificar-se e o sentir-se digno, apesar do preconceito da sociedade. Cada pessoa LGBT passa por estas fases de um modo muito particular, e muita gente nunca chega à última.

A descoberta tem a ver com comparações de si mesmo e de seus desejos e sensações com os de outras pessoas do mesmo sexo. A aceitação tem a ver com um não poder mais negar a si mesmo que algo diferente da maioria acontece. A identificação com outros semelhantes ajuda a gerar a identidade “gay”, não padronizada, mas peculiar, ainda que LGBT na essência. A dignidade, por fim, tem a ver com o entendimento de que se é um ser humano como qualquer outro, não se justificando aceitar qualquer tipo de discriminação.

Passei por mais um teste desta última fase nas últimas semanas. Percebi a sutileza guardada pela homofobia familiar, instigada por doutrinas diabólicas de fundamentalistas evangélicos. O mais interessante é que, em todos os casos, o indivíduo gay é considerado impuro, sujo, pecaminoso, mas seu dinheiro é aceito de muito bom grado... Hipocrisia infernal! Nas famílias, em geral, por saber-se naturalmente o quanto os filhos gays cuidam de seus pais com responsabilidade, muitos se aproveitam disso e, nas horas mais graves, somem-se os filhos heterossexuais e restam apenas os gays para garantir a dignidade aos pais. Dignidade, aliás, que a estes filhos mesmos é negada... Não há nada de divino nesta relação de interesse. Por isso, a abomino e a desmantelo colocando todos os pingos nos “is” e exigindo minha dignidade por direito. Parece estar funcionando... mas ainda resta o peso da discriminação, que podemos sentir nas palavras não ditas e nos desvios calculados...

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No dia 13 de dezembro nosso blogue completou seu primeiro ano, bem como o próprio Movimento Espiritualidade Inclusiva. Fizemos muita coisa neste tempo. Vamos a uma pequena retrospectiva:

Em janeiro, tivemos duas atividades inseridas no Fórum Social Temático, uma em Porto Alegre e outra em Canoas, no RS (ver: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/01/evento-palestra-sobre-espiritualidade.html).

Em fevereiro, fomos os primeiros a noticiar um caso de homofobia em Minas Gerais, e nosso artigo foi reproduzido por várias mídias LGBT de lá (ver: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/02/homofobia-me-machuca-ou-mais-uma.html).

Em março, o Movimento Espiritualidade Inclusiva participou da 1ª Marcha das Mulheres em Eldorado do Sul – RS (ver: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/03/evento-palestra-de-espiritualidade.html).

Em maio, o Movimento Espiritualidade Inclusiva entrou em processo de instalação de coordenadorias estaduais e municipais; participou como debatedor no Cine LGBT na 28ª Feira do Livro de Canoas – RS; foi recebido pelo representante da Coordenadoria Estadual de Diversidade Sexual, uma coordenadoria recente ligada à Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos e criada pelo atual governo gaúcho (ver: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/05/noticia-movimento-espiritualidade.html).


Em agosto, o jornalista e coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva, Paulo Stekel, debateu o tema “Saúde Espiritual da Pessoa LGBT através da Inclusão”, dentro da 8ª Semana do Orgulho de Ser, no auditório da Faculdade Santo Agostinho (Teresina – Piauí) – ver: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/08/saude-espiritual-religiao-e-cidadania.html.

Em setembro, foi criado o Grupo de Encontro em Porto Alegre – RS (ver: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/09/evento-participe-do-primeiro-grupo-de.html).

Em dezembro, o Movimento foi uma das três entidades da sociedade civil envolvidas na organização da 4ª Parada Livre de Canoas.

Em 2013, queremos continuar ampliando o número de Grupos de Encontro e o ativismo pró-LGBT, especialmente através de ações de enfrentamento da homofobia religiosa, que parece ter aumentado consideravelmente em 2012.

Um de nossos objetivos para o próximo ano é o lançamento de um livro sobre Espiritualidade Inclusiva, aliás, o primeiro sobre o assunto em Língua Portuguesa. Aguardem!

Outro objetivo importante, é a realização do 1° Seminário de Espiritualidade Inclusiva, que ocorrerá provavelmente em Porto Alegre – RS, mas ainda sem data definida.

Então, só nos resta dizer que estamos de volta e... Feliz Ano Novo a todos e a todas!!!!


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os gays de Ahmadinejad


Por Paulo Stekel



Não há gays no Irã!” Esta teria sido a frase dita pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em setembro de 2007, nos EUA, e que desde então tem causado tanto protesto por parte do Movimento LGBT e pelos defensores dos Direitos Humanos. Mas, o que exatamente ele disse na ocasião? Ele disse (ver fonte): “No Irã, nós não temos homossexuais COMO em seu país. No Irã, nós não temos este fenômeno; eu nem sei quem lhes disse que o temos.”

Leiamos as palavras originais (ver fonte): “In Iran we don't have homosexuals like in your country. In Iran we do not have this phenomenon, I don't know who has told you that we have it.”

Fica claro que Ahmadinejad quis dizer que no Irã não há homossexuais “da mesma maneira” (like) que no Ocidente. Ele se referia a toda a visibilidade LGBT ocidental, ao orgulho e à dignidade da pessoa gay, do “ser gay”, algo que, definitivamente, o Irã não possui. Em certa medida, ele disse a verdade: não há gays visíveis, pleiteando direitos e se reunindo em grupos porque são todos assassinados por seu regime totalitário! Assim, os gays lá existentes – e, existem, sim! - estão todos acuados, trancafiados no armário, com medo da morte. Estes são os gays de Ahmadinejad: uma comunidade inteira sem reconhecimento, sem existência, sem cidadania, sem direitos, sem expressão, sem felicidade, mesmo sendo cerca de 10% da sociedade iraniana – neste país de 75 milhões de habitantes, os LGBT são cerca de 7,5 milhões.

Ahmadinejad é conhecido por sua negação do Holocausto judeu, mas promove um verdadeiro holocausto gay – um “homocausto”, nas palavras de Luiz Mott – em seu país. E, bem aos olhos da ONU e das organizações internacionais de defesa dos Direitos Humanos. A coisa é muito mais séria do que se imagina! Fora isso, ele ainda afirma mentirosamente que há direitos humanos no Irã, que seu povo é muito feliz e livre para expressar o que pensa. Balela! O mesmo discurso de outra ditadura, a Chinesa, para ludibriar os organismos internacionais de defesa dos Direitos Humanos.

Mas, ninguém mais se engana! Salvo alguns poucos marxistas-leninistas dinossauros de uma época utópica que ainda defendem regimes como o da China, Cuba e Irã (todos profundamente homofóbicos), a maior parte da humanidade esclarecida percebe a manipulação e a mentira destes regimes. O que há nestes países é ditadura com todas as letras, e os LGBT ali não têm voz nem vez! Não se trata de uma crítica ao Comunismo ou ao Islamismo, mas o reconhecimento de que nestes países nem sequer o regime é comunista ou republicanismo islamita. São governos corruptos e assassinos. O Capitalismo não é melhor, pois a corrupção também é evidente em muitas democracias capitalistas. Não estamos tratando de preferência política, mas de defesa da vida, de defesa da dignidade humana e de direitos LGBT.

Aliás, há poucos dias, em Nova Iorque, durante uma entrevista para a CNN, Ahmadinejad voltou a ser polêmico ao dizer que apoiar gays é coisa de capitalistas de linha dura, que não se importam com os autênticos valores humanos (ver fonte). “Autênticos valores humanos”? Por acaso, nós, gays, não somos seres humanos? Não temos valores? E, valores autênticos? Quanto discurso nazistoide embasado numa visão religiosa medieval e cruel contra as minorias, mulheres e os de fora da fé (os “infieis”)! E, associar apoio à causa LGBT ao Capitalismo é de uma boçalidade sem tamanho. É fazer dos gays um joguete para atingir o regime capitalista ocidental sem se importar com a dignidade das pessoas. É isso que ensina o Islamismo? Tenho certeza de que a imensa maioria da comunidade islâmica brasileira discorda! Tenho todo o respeito pelas religiões em geral, e pelo Islamismo em particular, mas não posso concordar de forma alguma com a redução da dignidade e do valor da vida humana por conta das diversas orientações sexuais possíveis, algo natural, não anormal, já que 10 a 20% da humanidade manifesta desde a terna idade comportamentos não-heteronormativos. Se a quase totalidade dos livros sagrados não percebeu essa naturalidade, devemos aceitar passivamente ou devemos contra-argumentar, buscando a correção do erro, lutando pelo que temos defendido através do Movimento Espiritualidade Inclusiva – a Inclusão?

Ahmadinejad chamou a homossexualidade de comportamento “muito desagradável” e proibido por “todos os profetas de todas as religiões e todas as fés”. Sim, ser gay sempre é muito desagradável para pessoas que guardam preconceitos hediondos. Mas, ele está errado! Nem todas as religiões proibiram as relações homossexuais. As religiões de matriz africana tratam a questão com bastante naturalidade; as diversas escolas budistas, ainda que apresentem situações pontuais de preconceito, não possuem proibições à sexualidade LGBT; as práticas neo-pagãs são mais abertas ao assunto. E, mesmo que todas as religiões proibissem a homossexualidade, não significaria que estivessem corretas. Apenas evidenciaria que a ignorância é geral no meio religioso.

No final, a grande batalha a ser vencida é a conquista do reconhecimento da naturalidade das diversas orientações sexuais possíveis para um ser humano, de modo que isso interfira definitivamente na obtenção da cidadania plena, do direito igualitário e da inclusão no meio religioso-espiritual.

Na mesma entrevista à CNN, Ahmadinejad ridicularizou os políticos que apoiam os LGBT “apenas para ganhar quatro ou cinco votos a mais”. Também os ridicularizamos, mas com outras intenções, pois sabemos que muitos políticos no mundo ocidental – e, no Brasil, há centenas deles – passam anos atacando gays ou se eximindo de apoiá-los, mas em períodos eleitorais surgem do nada como baluartes dos direitos LGBT e da diversidade. Isso, realmente, é deplorável. Devemos aprender a identificá-los, denunciá-los, não votar neles e defenestrá-los de uma vez por todas da política através da mais poderosa arma que temos: o voto!

Para Ahmadinejad, as pessoas “viram homossexuais” e não nascem assim. Não é o que a experiência tem demonstrado. Ora, 100% dos gays e lésbicas nascem de um homem e de uma mulher. A maioria esmagadora destes pais é heterossexual e educa seus filhos com suas referências heterossexuais. Nenhum pai heterossexual educa seu filho para ser homossexual. Então, como 10% da humanidade é homossexual? Todos nós já vimos crianças de tenríssima idade apresentando sinais de uma sexualidade diversa da heterossexual, com uma orientação diferente da maioria dos seus iguais de gênero. E, isso não é incentivado pelos pais heterossexuais. Pelo contrário, frequentemente isso é motivo de agressividade parental para com o filho LGBT.

O que acontece no mundo islâmico, em maior ou menor grau, é um patrulhamento moral intenso das mulheres, das crianças e das pessoas que pareçam não encaixar-se no modelo “santo” pregado pelas escrituras. Isso, em muitos casos, acaba oprimindo as mulheres, inferiorizando-as e causando enorme depressão e infelicidade, por causa do medo constante da falsa acusação de adultério que possa redundar em apedrejamento. As crianças são tratadas como continuadoras de um sistema predeterminado de opressão (masculina) e submissão (feminina). Quem discorda, só tem duas opções: ou foge, ou aguenta as consequências da lei, que consegue forçar a barra mesmo em locais onde a sharia (a lei islâmica) não é oficial.

O que sobra para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais? A morte certa! A única exceção no Irã é o caso dos transexuais, aos quais se permite uma vida um pouco menos humilhante, uma vez que as cirurgias de adequação de gênero são permitidas naquele país. O motivo disto é muito simples: o machismo fundamentalista iraniano prefere ver um homem “convertendo-se” oficialmente em mulher, passando a obedecer às regras para mulheres (podendo, inclusive, casar-se normalmente com um homem), do que vê-lo continuar um homem fisicamente, e ver este manter relações com outro homem.

Ahmadinejad defendeu hipocritamente em sua entrevista a resolução dos males da humanidade e a promoção da liberdade e dignidade humanas. Mas, declarou que tal liberdade não pode ser aplicada aos homossexuais porque “a homossexualidade cessa a procriação”. Ora essa, quem disse que os LGBT são estéreis???? Mais uma vez o fundamentalismo generalizante tentando amedrontar a humanidade com o “mal gay”.

Ahmadinejad tem tanto medo dos gays de seu país que os nega até a morte... ou antes, os nega PELA pena de morte... E, os clérigos muçulmanos iranianos são os maiores responsáveis por esta chacina chamada de “ordenamento divino”, que tem a capacidade de condenar ao enforcamento meninos de 12 anos acusados de homossexualidade, e cuja única prova é o fato de terem sido encontrados vestindo calções curtos... A bestialidade humana que mata nossas crianças em nome de um Deus – que se existe, deve estar muito irado – aumenta a cada dia neste mundo caótico e tão carente de amor, compreensão, compaixão e aceitação do outro.

Vamos aproveitar para refletir o quanto nós, aqui no Brasil, também estamos sendo cruéis com pessoas por conta de sua orientação sexual, de seu gênero e de sua identidade sexual. O verdadeiro valor da vida humana está sendo esquecido em nome de supostos princípios religiosos arcaicos e medievais, por pessoas de alma embrutecida que se auto-intitulam arautos de Deus, mas que nada mais são que os mensageiros do Mal na Terra...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

[Evento] Participe do Primeiro Grupo de Encontro em Porto Alegre – RS


Por Espiritualidade Inclusiva


Um convite a toda a comunidade LGBT e simpatizantes da região metropolitana de Porto Alegre!

A primeira reunião do Grupo de Encontro do Movimento Espiritualidade Inclusiva em Porto Alegre – RS, ocorrerá no próximo dia 25 de setembro, uma terça-feira, a partir das 19h30min. O local será o auditório do Instituto Equilibrium (R. Coronel Vicente, 382 – sobreloja – sala 05 – centro), mais recente parceiro do Movimento.

Este reunião não será apenas a reunião de Porto Alegre, mas uma reunião estadual, pois estão sendo convidados interessados de toda a região metropolitana de Porto Alegre e de outras cidades do RS.

Esta primeira reunião será conduzida por Paulo Stekel, coordenador geral do Movimento, e terá a seguinte pauta:
  • Apresentação do Movimento Espiritualidade Inclusiva;
  • Apresentação dos presentes e/ou entidade que representam;
  • Compartilhamento de experiências sobre homofobia e inclusividade;
  • Apresentação da camiseta oficial do Movimento;
  • Definição de propostas específicas de ação para Porto Alegre e RS;
  • Formação do núcleo de representantes do Grupo de Encontro de Porto Alegre;
  • Assuntos gerais propostos;
  • Considerações finais.
Todos são convidados: LGBTs, simpatizantes, representantes de ONGs, religiosos em geral, ativistas, coordenadores de diversidade municipais e estaduais, espiritualistas, terapeutas holísticos, assistentes sociais e defensores dos direitos humanos.

Aproveite para encomendar sua camiseta com a logomarca oficial do Movimento Espiritualidade Inclusiva (clique aqui para ler os detalhes da promoção de lançamento, tamanhos e valores).

Então, agende-se:

Reunião do Grupo de Encontro do Movimento Espiritualidade Inclusiva de Porto Alegre, em parceria com o Instituto Equilibrium (http://equilibriumsite.com.br).

Horário: 19h30min

Local: Rua Coronel Vicente, 382 – sobreloja – sala 05 – centro – Porto Alegre – RS

Informações: (51) 9217-5164 (Stekel) e (51) 3084-5225 (Alexandre)


IMPORTANTE: A participação nos Grupos de Encontro é totalmente gratuita, livre e espontânea. Todos têm direito a voz. O Movimento é suprapartidário e defende a inclusividade em todas as religiões, sem apoiar apenas uma em detrimento das demais. Religiosos e ateus humanistas são bem vindos, bem como todos os que desejam contribuir para um Brasil sem homofobia.

Se você quer saber mais sobre o Movimento Espiritualidade Inclusiva, leia o texto abaixo e, se sentir afinidade, participe da reunião do dia 25:


O Movimento Espiritualidade Inclusiva possui 2 objetivos principais:

1º – Enfrentamento, crítica e denúncia da homofobia em geral e da homofobia religiosa em especial, por entender que a “demonização” do outro por conta de sua religião, sexo, gênero, raça ou orientação sexual é inadmissível num país laico que aceite a Declaração Universal dos Direitos do Homem;

2º – Enaltecimento, visibilidade e apoio às ações inclusivas advindas do meio religioso-espiritual, sejam as advindas de religiões/espiritualidade consideradas inclusivas, sejam ações pontuais advindas de religiões historicamente homofóbicas.


O trabalho dos Grupos de Encontro do Movimento se baseia em 5 propostas: Inclusividade ou inclusão (Inclusão dos LGBT em todas as áreas da sociedade em condições de igualdade, em especial no meio religioso e espiritual); Combate à Homofobia (especialmente a homofobia religiosa); Formação do Cidadão LGBT (um cidadão LGBT consciente de seu lugar no mundo saberá lutar por seus direitos com muito mais propriedade); Movimento LGBT Amplo (Crítica, auto-crítica e afinação do discurso sempre que possível e lógico no que concerne às deliberações do que chamamos de Movimento LGBT amplo nacional e internacional); Cultura LGBT (a Cultura LGBT é a cultura comum partilhada por lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Ela varia, naturalmente, de acordo com o espaço geográfico e a identidade do indivíduo em questão, no entanto, há certos elementos que são encontrados na maioria das comunidades LGBT).

Quanto ao mecanismo de ação, os Grupos de Encontro sempre consideram as 3 atividades principais a ser desenvolvidas dentro e fora das reuniões:

1ª – Produção de material teórico para efeitos práticos: artigos, debates, ensaios,teses, etc. Tudo isso deve ser compartilhado em nosso blogue oficial para acesso de toda a sociedade e para melhorar a argumentação da comunidade LGBT. Todos aqueles que possuem o dom da palavra e da escrita são chamados a contribuir com o movimento.

2ª –Compartilhamento de experiências a respeito de inclusão, homofobia, descobrir-se LGBT, assumir-se, anseios espirituais, etc. Este compartilhamento pode ocorrer por escrito e publicado no blogue oficial na forma de relato e também durante as reuniões dos Grupos de Encontro, seminários municipais, regionais ou estaduais e outros eventos que venham a ser organizados.

3ª – Ações próprias ou em caráter de apoio do tipo organização de ou participação em palestras, seminários, encontros, intervenções, protestos, passeatas, auxílio a LGBTs em situação de perigo ou conflito de natureza religiosa, engajamento em políticas públicas ou campanhas do terceiro setor (ONGs LGBTs ou não) que tenham afinidade com as propostas do movimento, etc.



Camiseta oficial do Movimento Espiritualidade Inclusiva

Por Espiritualidade Inclusiva


No dia 25 de setembro será lançada em nível nacional a camiseta oficial do Movimento Espiritualidade Inclusiva. Nas cores preta e branca e nos tamanhos M e G, a camiseta terá como preço de lançamento apenas R$ 30,00 (+ R$ 05,00 de correios para qualquer lugar do Brasil).

Você já pode fazer seu pedido antecipado solicitando maiores informações pelo email espiritualidadeinclusiva@gmail.com


sábado, 1 de setembro de 2012

[Notícia] Atividades do Movimento Espiritualidade Inclusiva no Piauí


Por Espiritualidade Inclusiva


O jornalista e coordenador do Movimento Espiritualidade Inclusiva (MEI), Paulo Stekel (Canoas – RS), apresentou a palestra “Saúde Espiritual da Pessoa LGBT através da Inclusão”, como parte das atividades da 8ª Semana do Orgulho de Ser, promovida pelo Grupo Matizes*, em Teresina - Piauí. A atividade ocorreu em 28/08, às 20h, no auditório da Faculdade Santo Agostinho.

A presença do Movimento Espiritualidade Inclusiva em Teresina, através de seu coordenador geral, foi um convite do Grupo Matizes, entidade reconhecidamente importante no trabalho de conscientização, promoção da dignidade e na luta pelos direitos LGBT no Piauí. É um grupo que não se deixa influenciar por forças políticas e mantém sua independência e neutralidade com muita veemência, algo que o Movimento Espiritualidade Inclusiva também tem como princípio.

O público que compareceu à palestra de Stekel foi muito participativo. O tema apresentado é uma novidade no Brasil, e foi apresentado pela primeira vez, sendo Teresina a cidade agraciada. A noção de Saúde Espiritual é bastante recente, e quando aplicada à Saúde Espiritual da comunidade LGBT, é mais recente ainda. O Movimento Espiritualidade Inclusiva tem por objetivo introduzir este tema com mais aprofundamento em nosso país. Confira aqui o arquivo com as principais ideias apresentadas na palestra.

Na abertura da palestra, Stekel cantou o seu single "Iguais", uma música com temática LGBT. Assista o clipe abaixo:



No dia 29/08, Stekel participou da Carreata da Diversidade pelas ruas do centro de Teresina. A carreata encerrou junto ao local onde depois se realizou o Show Boca da Noite “O mar de Teresina fica no céu da boca das meninas”, no Espaço Osório Jr. O show foi uma homenagem aos 160 anos de Teresina, no Dia da Visibilidade Lésbica.

Deixamos nossos agradecimentos ao Grupo Matizes, em especial a Herbert Medeiros e Marinalva Santana, que foram ótimos anfitriões.

Confira algumas fotos das atividades em Teresina:



























* O Grupo Matizes é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão principal é a defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Foi fundado em 18 de maio de 2002 e tem sua sede em Teresina, Piauí.

domingo, 29 de julho de 2012

Respostas dos candidatos às Dez Perguntas do Movimento Espiritualidade Inclusiva sobre Direitos LGBT


Por Espiritualidade Inclusiva



[Postagem constantemente atualizada conforme recebimento das respostas]

Já estamos enviando a cartilha criada pelo Movimento Espiritualidade Inclusiva para apoiadores e candidatos a Prefeito e Vereador no Brasil inteiro. Esta cartilha contém DEZ perguntas aos candidatos sobre seu comprometimento – ou não – com as demandas da comunidade LGBT brasileira. Confira o texto completo em http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com.br/2012/07/movimento-espiritualidade-inclusiva-nas.html

À medida que as respostas nos forem sendo enviadas, postaremos aqui, dividindo os candidatos por Estado e Cidade.

Confiram o que já chegou (as respostas dos candidatos estão sendo publicadas EXATAMENTE como recebidas, sem qualquer correção ortográfica ou de formatação):


ES

Toninho Lopes (candidato a Vereador – PSB 40123)

1 – Quais são suas propostas específicas para a inclusão: da mulher, do negro, do idoso, dos portadores de necessidades especiais, das minorias sexuais, do laicismo, da liberdade religiosa e pelo fim da discriminação social? R. O vereador tem um importante papel que é o de de fiscalizar o poder executivo. Pretendo ser vigilante na aplicação das leis existentes para a proteção dos direitos de grupos vulneráveis (negros, mulheres, pessoas com deficiencia,juventude, idosos, etc..). Por exemplo: Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Estatuto da Igualdade Racial e Lei Maria da Penha. Mas também vou propor leis na esfera municipal que protejam os direitos desses grupos sociais. Um exemplo é a inclusão do dia de combate a homofobia no calendário municipal.

2 – Você estaria disposto em sua plataforma a defender a diversidade familiar como perfeitamente viável, considerando a orientação LGBT e a família homo-parental (além de um pai e uma mãe, também a possibilidade de dois pais ou duas mães), considerando a decisão favorável do STF sobre a união estável homo-afetiva? R. Sim. Não poderia ser diferente. Até por que fui um dos beneficiados dessa decisão do STF. Vivo em união estável há 13 anos. Luto para que um dia tenhamos regulamentado no Brasil o casamento civil igualitário.

3 – Após eleito, você estaria disposto a criar (se candidato a Prefeito) ou propor a criação (se candidato a Vereador) de uma Coordenadoria de Diversidade Sexual eficaz que realmente atenda às demandas LGBT em nossa cidade? R. Em Vitória já dispomos de uma coordenação. Vou lutar para fomentar mais ações.

4 – Você é defensor declarado do Estado Laico ou acha que a religião tem o direito de interferir nas decisões legislativas de toda a nação, considerando que ela é formada por pessoas de múltiplas crenças e mesmo de nenhuma? R. Sim, defendo veementemente o estado laico.

5 – Uma vez eleito, você se compromete a defender os Direitos dos LGBTs já conquistados (em conformidade com o Artigo VII da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Artigo 3º inciso IV da Constituição da República Federativa do Brasil que tangem a igualdade, o direito e a proteção contra qualquer discriminação)? R. Sim, sou educador, trabalho pela inclusão da educação em direitos humanos em todos os níveis de ensino, em conformidade com o Plano Nacional de Educação de Direitos Humanos. Vou trabalhar para que as diretrizes para a educação em direitos humanos, recentemente homologadas pelo Ministro da Educação, sejam efetivamente postas em prática na capital do Espírito Santo.

6 – Se eleito, você se dispõe a desenvolver projetos visando ampliar os Direitos dos LGBTs em nossa cidade, levando à votação de leis municipais pró-LGBT, dentro do possível? R. Sim , dentro das funções de um vereador, direitos de LGBT serão pautados em todo o mandato.

7 – Você concorda com a aprovação da uma lei anti-homofobia em nível nacional? R. Sim, concordo plenamente.

8 – Você estaria disposto a se comprometer em desenvolver um projeto de lei municipal no mesmo sentido – uma lei anti-homofobia municipal? R. Sim, comprometo-me. No Espírito Santo existe lei neste sentido no municipio de Coaltina. Pretendo seguir o exemplo.

9 – Você se comprometeria a desenvolver o Programa Sem Homofobia em nossa cidade (caso ainda não haja), como forma de ampliar a luta contra o preconceito aos LGBTs? R. O Programa foi institucionalizado na forma de coordenação. Vou dar total apoio no sentido de fortalece-lo.

10 – Você se compromete a não ser apenas expectador, mas um protagonista na busca pela Cidadania LGBT, uma vez que os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais são um grupo menosprezado, atacado – inclusive fisicamente, excluído e sem direitos isonomicamente equiparados aos heterossexuais? R. Já sou um protagonista na medida que sou militante na defesa dos direitos de LGBT. Sou um dos coordenadores do Fórum Estadual LGBT. Também coordenei um projeto de formação de professores e professoras para a educação para a diversidade.

Toninho Lopes (candidato a Vereador – PSB 40123) – Vitória – ES

MG

PR

RJ

Dr. Allan Ponts (candidato a Vereador – PPS 23856)

1 – Quais são suas propostas específicas para a inclusão: da mulher, do negro, do idoso, dos portadores de necessidades especiais, das minorias sexuais, do laicismo, da liberdade religiosa e pelo fim da discriminação social? R: Inclusão de todos, pois não faço diferenças entre as pessoas, seja pela idade, sexo, cor, minorias sejam de qualquer ordem. Direito é direito.

2 – Você estaria disposto em sua plataforma a defender a diversidade familiar como perfeitamente viável, considerando a orientação LGBT e a família homo-parental (além de um pai e uma mãe, também a possibilidade de dois pais ou duas mães), considerando a decisão favorável do STF sobre a união estável homo-afetiva? R: Penso que cada um faz suas escolhas e jamais proibiria ou coibiria e se houver ocasião para assinar, assinarei favoravelmente.

3 – Após eleito, você estaria disposto a criar (se candidato a Prefeito) ou propor a criação (se candidato a Vereador) de uma Coordenadoria de Diversidade Sexual eficaz que realmente atenda às demandas LGBT em nossa cidade? R: Sim, com certeza.

4 – Você é defensor declarado do Estado Laico ou acha que a religião tem o direito de interferir nas decisões legislativas de toda a nação, considerando que ela é formada por pessoas de múltiplas crenças e mesmo de nenhuma? R: Estado laico, já!

5 – Uma vez eleito, você se compromete a defender os Direitos dos LGBTs já conquistados (em conformidade com o Artigo VII da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Artigo 3º inciso IV da Constituição da República Federativa do Brasil que tangem a igualdade, o direito e a proteção contra qualquer discriminação)? R: Sempre!!!

6 – Se eleito, você se dispõe a desenvolver projetos visando ampliar os Direitos dos LGBTs em nossa cidade, levando à votação de leis municipais pró-LGBT, dentro do possível? R: Direito é de todos. Buscaria sim um Estado mais igualitário, pois ampliar os dos LGBTs, estaria discriminando. Sou a favor da causa ou das causas LGBTS, mas também, sem protecionismo.

7 – Você concorda com a aprovação da uma lei anti-homofobia em nível nacional? R: Imediatamente!!!

8 – Você estaria disposto a se comprometer em desenvolver um projeto de lei municipal no mesmo sentido – uma lei anti-homofobia municipal? R: Imediatamente!!!

9 – Você se comprometeria a desenvolver o Programa Sem Homofobia em nossa cidade (caso ainda não haja), como forma de ampliar a luta contra o preconceito aos LGBTs? R: Sim!

10 – Você se compromete a não ser apenas expectador, mas um protagonista na busca pela Cidadania LGBT, uma vez que os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais são um grupo menosprezado, atacado – inclusive fisicamente, excluído e sem direitos isonomicamente equiparados aos heterossexuais? R: Já sou!

Dr.Allan Ponts (Participante do Grupos NÃO HOMOBIA, LESBOFOBIA, NOSSOS TONS, GAY 1 (PORTAL), HÁ ANOS. PPS 23856 – Cidade do Rio de Janeiro
Facebook: Allan Ponts Ponts; Twitter: @drallanponts


RN

Leo Lobato (candidato a Vereador – PT 13024)

1 – Quais são suas propostas específicas para a inclusão: da mulher, do negro, do idoso, dos portadores de necessidades especiais, das minorias sexuais, do laicismo, da liberdade religiosa e pelo fim da discriminação social? R. Nossa candidatura tem o compromisso com a educação crítica nas escolas que pode ser conduzida a promover a autonomia dos sujeitos. Com uma pedagogia voltada a reflexão e o senso crítico os próprios sujeitos buscarão juntos e lutarão pela sua inclusão em todos os níveis sociais e econômicos. Acredito que com um trabalho nas escolas as exclusões serão diminuídas, pois as violências, discriminações e preconceitos são frutos da ignorância e da desinformação. Temos como valores a manutenção do Estado Laico no âmbito do que é público e esta candidatura é favorável as manifestações religiosas de toda ordem, seja ela cristã, de matrizes africanas, etc.

2 – Você estaria disposto em sua plataforma a defender a diversidade familiar como perfeitamente viável, considerando a orientação LGBT e a família homo-parental (além de um pai e uma mãe, também a possibilidade de dois pais ou duas mães), considerando a decisão favorável do STF sobre a união estável homo-afetiva? R. Com toda a certeza. Acredito que a formação familiar não está limitada a questão de sexo ou procriação. Temos diversos exemplos de famílias que são formadas nas mais diversas possibilidades e estas tem todo o direito de serem reconhecidas pelo Estado.

3 – Após eleito, você estaria disposto a criar (se candidato a Prefeito) ou propor a criação (se candidato a Vereador) de uma Coordenadoria de Diversidade Sexual eficaz que realmente atenda às demandas LGBT em nossa cidade? R. Este é um dos objetivo do pretendido mandato. Que proporá também a formação e capacitação de servidores públicos para lidar com a diversidade e em consonância com os Direitos Humanos.

4 – Você é defensor declarado do Estado Laico ou acha que a religião tem o direito de interferir nas decisões legislativas de toda a nação, considerando que ela é formada por pessoas de múltiplas crenças e mesmo de nenhuma? R. Acredito ser a religião algo da intimidade de cada indivíduo. Portanto não devendo tais questões de ordem do privado interferirem na atividade legislativa, pública.

5 – Uma vez eleito, você se compromete a defender os Direitos dos LGBTs já conquistados (em conformidade com o Artigo VII da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Artigo 3º inciso IV da Constituição da República Federativa do Brasil que tangem a igualdade, o direito e a proteção contra qualquer discriminação)? R. Já tenho tal postura mesmo sem ser eleito e durante anos da minha vida no movimento social LGBT e dos Direitos Humanos.

6 – Se eleito, você se dispõe a desenvolver projetos visando ampliar os Direitos dos LGBTs em nossa cidade, levando à votação de leis municipais pró-LGBT, dentro do possível? R. Essa é uma das metas de nosso pretendida mandato.

7 – Você concorda com a aprovação da uma lei anti-homofobia em nível nacional? R. Sim, por mais que somente a lei sozinha não sirva para que a homofobia seja erradicada da sociedade.

8 – Você estaria disposto a se comprometer em desenvolver um projeto de lei municipal no mesmo sentido – uma lei anti-homofobia municipal? R. Sim, bem como criar mecanismos educativos para que seja a homofobia, o racismo e a misoginia apenas palavras que constaram nos vocabulários, como uma triste lembrança.

9 – Você se comprometeria a desenvolver o Programa Sem Homofobia em nossa cidade (caso ainda não haja), como forma de ampliar a luta contra o preconceito aos LGBTs? R. Sim, sem dúvidas.

10 – Você se compromete a não ser apenas expectador, mas um protagonista na busca pela Cidadania LGBT, uma vez que os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais são um grupo menosprezado, atacado – inclusive fisicamente, excluído e sem direitos isonomicamente equiparados aos heterossexuais? R. Como já disse antes, esta já é uma ação que tenho tido a muitos anos.

Leo Lobato (candidato a Vereador – PT 13024) – Natal – RN

RS

Paulinho de Odé (candidato a Vereador - PT 13777)

OBS: O candidato preferiu responder a todas as dez perguntas em vídeo, comprometendo-se com suas respostas, para posterior cobrança dos eleitores. Assistam:




http://www.youtube.com/watch?v=g-IwgxHNoqI

Paulinho de Odé (candidato a Vereador - PT 13777) - Canoas - RS
http://paulinhodeode.blogspot.com
2012ode@gmail.com

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Paulinho Carvalho (candidato a Vereador – PT 13123)

1 – Quais são suas propostas específicas para a inclusão: da mulher, do negro, do idoso, dos portadores de necessidades especiais, das minorias sexuais, do laicismo, da liberdade religiosa e pelo fim da discriminação social? R. Nossa cultura ainda tem muito a avançar em relação à inclusão social, visto que ainda encontramos pessoas fazendo críticas à igualdade de direitos, onde uma grande parte não aceitam aqueles que têm como opção outros padrões e opções de vida não pré-determinados e estabelecidos no contexto social em que nos encontramos.

Desta forma como cidadão, mesmo antes de estar candidato a vereador, sempre lutei e continuarei lutando contra qualquer tipo de preconceito e discriminação, através de uma sociedade mais humana, justa e solidária.

2 – Você estaria disposto em sua plataforma a defender a diversidade familiar como perfeitamente viável, considerando a orientação LGBT e a família homo-parental (além de um pai e uma mãe, também a possibilidade de dois pais ou duas mães), considerando a decisão favorável do STF sobre a união estável homo-afetiva? R. Ao mencionar que sou contra a qualquer tipo de discriminação e a favor da Inclusão Social, sou defensor de projetos que realizamos, visando que qualifiquem e dignifiquem os cidadãos, fazendo valer e respeitando seus direitos.

Mesmo se não for eleito, sou defensor da Diversidade familiar, pois entre tantos direitos já adquiridos e conquistados, com luta, garra e determinação, ainda é preciso fortalecê-los fazendo valer a legislação do Estatuto da Diversidade Sexual, que defende a união conjugal de homosexuais, o reconhecimento das uniões homoafetivas no âmbito do direito de família, das sucessões, previdenciário e trabalhista, o direito ao casamento, à união estável, à adoção, ao uso das práticas de reprodução assistida, à proteção contra a violência doméstica, à herança, à licença-natalidade paralelo á aprovação e realidade jurídica, sou a favor sim, considerando e respeitando as decisões do STF.

3 – Após eleito, você estaria disposto a criar (se candidato a Prefeito) ou propor a criação (se candidato a Vereador) de uma Coordenadoria de Diversidade Sexual eficaz que realmente atenda às demandas LGBT em nossa cidade? R. É de suma importância um espaço que vise e que possa garantir efetivamente a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) vítimas da homofobia, lesbofobia e transfobia. Em Canoas, precisamos de um espaço que ofereça acompanhamento jurídico, psicológico e de serviço social, além de articular e fortalecer uma rede de proteção.

4 – Você é defensor declarado do Estado Laico ou acha que a religião tem o direito de interferir nas decisões legislativas de toda a nação, considerando que ela é formada por pessoas de múltiplas crenças e mesmo de nenhuma? R. Acredito nas sociedades democráticas onde o livre exercício da liberdade religiosa é um princípio fundamental, e o Estado deve, necessariamente, assegurar sua proteção. Ocorre que a liberdade religiosa não se refere só à liberdade de consciência privada. Refere-se, igualmente, ao direito a cada um, e de toda a comunidade, de exprimir publicamente suas crenças e de praticar seu culto.

Um Estado democrático deve, aliás, zelar, por uma sociedade pluralista, para que todas as
comunidades tenham, nessa questão, direitos iguais. Para isto é necessário que a livre expressão das crenças e das práticas religiosas não transgrida em nenhum momento a ordem pública.

5 – Uma vez eleito, você se compromete a defender os Direitos dos LGBTs já conquistados (em conformidade com o Artigo VII da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Artigo 3º inciso IV da Constituição da República Federativa do Brasil que tangem a igualdade, o direito e a proteção contra qualquer discriminação)? R. Sim, mesmo não me elegendo, concordo com o Artigo VII, onde fica claro que todos somos iguais perante a lei e temos nossos direitos, sem qualquer distinção, ou seja temos direitos iguais de proteção referente contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração.

6 – Se eleito, você se dispõe a desenvolver projetos visando ampliar os Direitos dos LGBTs em nossa cidade, levando à votação de leis municipais pró-LGBT, dentro do possível? R. Mesmo se não me eleger, tenho o interesse de abrir espaços para estudos, debates e projetos que viabilizem o fortalecimento legal contra crimes de homofobias, levando à votação de leis, pró LGBT, dentro das possibilidades e argumentações com embasamento jurídico.

7 – Você concorda com a aprovação da uma lei anti-homofobia em nível nacional? R. Sim, concordo com uma legislação que criminalize todo e qualquer tipo de ações de preconceito e discriminação homofóbica.

8 – Você estaria disposto a se comprometer em desenvolver um projeto de lei municipal no mesmo sentido – uma lei anti-homofobia municipal? R. Como membro representante da nossa sociedade e excercendo meu papel, que visa, uma vereança de luta e respeito aos direitos humanos, e reconhecendo a importância do meu comprometimento, enquanto cidadão, é de extrema necessidade a proposta jurídica referente à tipificação do crime de homofobia, pois, ninguém pode ser discriminado ou ter direitos negados por sua identidade de gênero ou orientação sexual. Quem o fizer, cometerá crime de homofobia, incluindo as condutas discriminatórias nas relações de trabalho ou de consumo.

O tema é polêmico, porém, requer ser tratado com respeito, deixando de ser ignorado, pois o índice de criminalidade homofóbica mostra esta realidade.

É necessário buscarmos estratégias e propostas junto à Câmara de Vereadores que possibilitem
aprofundar e debater o assunto, pois este deve deixar de ser polêmico e passar a ser visto como um direito de opção sexual sem qualquer tipo de discriminação ou violência, seja esta física ou verbalizada.

9 – Você se comprometeria a desenvolver o Programa Sem Homofobia em nossa cidade (caso ainda não haja), como forma de ampliar a luta contra o preconceito aos LGBTs? R. Sim, um projeto que seja aprovado em Edital e que consista em oportunizar espaço com profissionais em temáticas dos Direitos Humanos, em especial atenção ao respeito à diversidade sexual, através de instrumentos diversos, como palestras, exposição de fotos, debates, estudos referentes à legislação, uma divulgação nas redes sociais de forma instrutiva e esclarecedora , ou seja a busca de uma sociedade humana que respeite a orientação e diversidade sexual.

10 – Você se compromete a não ser apenas expectador, mas um protagonista na busca pela Cidadania LGBT, uma vez que os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais são um grupo menosprezado, atacado – inclusive fisicamente, excluído e sem direitos isonomicamente equiparados aos heterossexuais? R. Sou comprometido com os meus direitos de cidadão, não me considero um mero expectador, pois através dos diversos projetos sociais desenvolvidos no grupo Paulinho Carvalho, já defendemos a bandeira, de igualdade, dignidade e respeito à diversidade sexual.

Paulinho Carvalho (candidato a Vereador – PT 13123) – Canoas – RS


SC

SP