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quarta-feira, 28 de março de 2012

[Notícia] Luto: Morreu Daniel Zamudio, o gay chileno atacado por neonazistas

Por Espiritualidade Inclusiva
(Daniel Zamudio, o homossexual chileno vítima de neonazistas, faleceu ontem, dia 27 de março)

Fonte: http://www.diversidadecatolica.blogspot.com.br/2012/03/carta-aberta-daniel-zamudio.html

Um jovem homossexual chileno que foi agredido por um grupo de neonazistas em Santiago foi declarado com morte cerebral no último domingo pelos médicos que o atendiam desde o ataque, no início do mês. Os assassinos, já detidos pela polícia chilena, agrediram brutalmente o rapaz, tendo lhe arrancado parte de uma orelha, marcado seu corpo com símbolos neonazistas, apedrejado-o e quebrado uma de suas pernas.

[Atualização em 28/03/12: Daniel Zamudio faleceu ontem, às 19:45h, horário do Chile. (Informação do amigo @realfpalhano) Mais um mártir. Até quando?]

O jesuíta Marcos Cárdenas escreveu-lhe uma carta aberta, que recebemos ontem via Twitter dos queridos @realfpalhano e @wrighini e reproduzimos aqui, com tradução nossa.

Estimado Daniel:

Permito-me te escrever estas linhas mesmo não te conhecendo e ainda que possivelmente você não lerá esta carta. Faço-o porque não posso permanecer calado diante do mal perpetrado por esses recalcitrantes, ou, melhor dizendo, canalhas - que, incapazes de reconhecer a grandeza e mistério do ser humano, te massacraram a golpes tão-somente pela sua orientação sexual.

Provavelmente, você vai se perguntar por que um religioso está te escrevendo, sabendo que pertenço a uma instituição que, desde tempos idos, condena moralmente e exclui os homossexuais. Por desgraça, vivemos em uma sociedade homofóbica, que não respeita essa orientação. Te digo que sou contrário às posições desrespeitosas, de censura, inquisidoras, obscurantistas. Minha atitude face a essa tendência é de diálogo. Está claro para mim que alguns setores da Igreja ainda adotam uma posição intolerante, da qual não compartilho: mas esse já é outro tema.

Te escrevo com a intenção de te contar que essa agressão bestial, cruel e desapiedada não passará para a história como mais um ataque apenas, ou como uma noticia a mais das páginas policiais. Te prometo que lutaremos e combateremos para que essa prática nefasta seja extirpada da nossa sociedade. Há instituições que têm sido proféticas na denúncia e condenação de atos desse gênero; a MovilH e a Fundación =Iguales, entre outras. Para mím, essas instituições são presença de Deus, pois as lésbicas, gays, transexuais e bissexuais são filhos e filhas prediletos de Deus,  perseguidos, pisoteados e excluídos que têm sido ao longo da história.

Tenho certeza, Daniel, de que Deus te ama profundamente, ama a tua vida, a tua família e a tua condição homossexual. Você é, para nós, causa de orgulho e  admiração. Se nós, cristãos, acreditamos em um Deus que é e se  manifesta no amor, será que o amor entre pessoas do mesmo sexo, portanto, não seria uma concretização - nada mais, nada menos - do amor de Deus? Creia-me: se a utopia do amor se concretizar, espero que as trincheiras do ódio e da violência desapareçam.

Me despeço com um abraço grande e te incluo em minhas orações.

Até sempre, Daniel.

- Marcos Cárdenas, jesuíta. Estudante de Filosofia na UAH.
Fonte: Sentidos Comunes, com informações do Terra


Para entender o que aconteceu:

Neonazistas agridem e tentam desenhar suásticas em jovem gay

Fonte: http://www.sosnoticias.com.br/2012/03/neonazistas-agridem-e-tentam-desenhar-suasticas-em-jovem-gay/

Um jovem homossexual chileno está em coma induzido, sem risco de morte, após ser agredido por um grupo de neonazistas que, além disso, marcaram seu corpo e arrancaram parte de uma orelha, segundo denunciaram nesta terça-feira entidades de defesa das minorias sexuais.

Enquanto o governo chileno repudiou os fatos, organizações de minorias sexuais anunciaram que apresentarão queixas contra os responsáveis e os pais do jovem afirmaram que o filho já tinha sido vítima de outras agressões e ameaças. A vítima, Daniel Zamudio, 24 anos, está internada na emergência de um hospital de Santiago desde sábado passado, disse hoje aos jornalistas o diretor do centro médico, Emilio Villalón.

Zamudio chegou ao hospital “com lesões graves, um traumatismo craniano severo, hemorragia e uma fratura na perna direita”, explicou Villalón. Perguntado pelas marcas gravadas em seu corpo, o médico detalhou que são lesões superficiais no tórax, no abdômen e no dorso, e que podem ter sido feitas com algum objeto cortante.

Segundo denunciou o Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), a entidade mais ativa na defesa das minorias sexuais no Chile, com essas marcas os neonazistas pretendiam desenhar suásticas sobre seu corpo. Enquanto isso, em Valparaíso, o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, se solidarizou com o jovem e com sua família e manifestou seu “repúdio absoluto à violência assassina”. Anunciou, além disso, que o governo tratará com urgência o projeto de lei contra a discriminação, cujo texto original foi enviado ao Congresso em 2005 e que foi aprovado no Senado em novembro do ano passado.
Quem também rejeitou a agressão foi o cantor porto-riquenho Ricky Martin. “Chega de ódio, chega de discriminação. Espero que se faça justiça já. Muita luz para Daniel e toda sua família”, escreveu o artista em seu Twitter. Segundo um relatório do Movilh, em 2011 foram registrados 186 casos de discriminação, 48 a mais que em 2010, que incluem o assassinato de três pessoas, 13 agressões físicas ou verbais perpetradas por civis e cinco casos de abusos policiais.

Por outra parte, a organização AcciónGay denunciou hoje em comunicado que nas últimas semanas aconteceram “arrastões” neonazistas contra transexuais e prostitutas nas cidades de Valparaíso e Viña del Mar, a 125 quilômetros de Santiago.

Fonte: terra.com



Nota de Espiritualidade Inclusiva:


Antes de tudo, externamos nossos profundos pêsames pela morte de Daniel Zamudio. Ele foi mais uma das muitas vítimas da homofobia violenta que ocorre em todo o planeta diariamente. Isso nos entristece, mas ao mesmo tempo nos mostra que a luta pela erradicação do preconceito deve aumentar na mesma medida das agressões e dos assassinatos dos LGBT em todos os cantos da Terra.

Enquanto o Ministro do Interior do Chile anunciou que o governo tratará com urgência o projeto de lei contra a discriminação, aqui no Brasil o nosso PLC 122 esbarra frente ao fundamentalismo evangélico/católico que acaba sendo co-responsável pelos assassinatos brutais diários de muitos gays, lésbicas, travestis e transexuais, crimes impunes em quem sempre a vítima acaba por ser considerada culpada e causa da agressão. Parece até que a coisa se esgota assim e fica tudo por isso mesmo. Não! Basta! Temos que colocar um fim nesta impunidade, pois estão matando nossos jovens simplesmente por eles serem como são. Não são bandidos, nem drogados, nem traficantes, nem psicopatas. São apenas jovens buscando a felicidade. Por outro lado, seus algozes e assassinos são pessoas desequilibradas, violentas, bandidos que deveriam estar atrás das grades, como os responsáveis pelo site incitador de ódio Sílvio Koerich, desbaratado há poucos dias pela Polícia Federal, mas ainda no ar.

O que estão esperando? Que a comunidade LGBT una-se em frentes de segurança armada para poder sair às ruas em grandes bandos e, só assim, se sentir segura, já que a polícia, o poder público e a justiça não fazem nada de concreto para coibir este "homocausto", como muito bem define Luiz Mott? As autoridades brasileiras, os políticos, os legisladores e o judiciário estão minimizando a gravidade da situação, e isso trará consequências sociais graves muito em breve, se nada for feito. O que não se pode admitir é que pessoas sejam atacadas, agredidas e mortas por serem quem são, sem terem cometido crime algum. Quando teremos a Constituição Federal sendo realmente cumprida e o Estado Brasileiro defendendo nossas vidas como defende os direitos dos próprios assassinos de gays? Exigimos segurança, cidadania plena e condições de vida! BASTA!

quinta-feira, 22 de março de 2012

[Notícia] A casa homofóbica caiu! Sílvio Koerich desmascarado!

Por Espiritualidade Inclusiva

(Uma das muitas barbaridades preconceituosas e de incitação à violência no site do fake Sílvio Koerich, agora identificado pela PF)

Quem abomina a homofobia, a incitação à violência contra gays, negros, mulheres e minorias ou já sofreu preconceito violento, já deve ter ouvido falar do “fake” Sílvio Koerich e de seu website homofóbico, racista, anti-semita, misógino e xenófobo, em suma, NAZISTA! Pois, ele e seu comparsa acabam de ser identificados, conforme notícias reproduzidas abaixo:




Polícia Federal prende incitadores de ódio na internet

Joyce Carvalho

Pregação da violência contra homossexuais, mulheres, negros, nordestinos e judeus, além da incitação para extermínio destes grupos, levaram dois homens para a prisão nesta quinta-feira (22). Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira Mello foram presos em Curitiba pela Polícia Federal (PF) e são suspeitos de alimentarem um site na internet com estas informações.

Os dois colocaram ofensas contra a presidente da República, Dilma Rousseff e outras autoridades de alto escalão. Ameaçaram de morte publicamente o deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ). Aém disto tudo, há postagens no site sobre como matar uma pessoa, sendo de maneira lenta ou rápida. Ou ainda como abordar crianças para um posterior abuso sexual. Havia também citações de que lésbicas deveriam sofrer um "estupro corretivo", de acordo com a PF, que deflagrou a Operação Intolerância, na qual os dois foram presos. Os policiais federais ainda cumpriram três mandados de busca e apreensão, sendo dois no Paraná e um em Brasília.

As investigações começaram em dezembro do ano passado, após mais de 70 mil denúncias crimes por parte da sociedade civil sobre o conteúdo ofensivo do site. "Eles não pregavam apenas a discriminação, que por si só já é grave. Eles também pregavam extermínios em massa de negros, homossexuais, mulheres. As imagens no site são bastante fortes. Há, inclusive um manual de aliciamento de crianças. Tudo causa uma repugnância social. Em dez anos de atuação, é um dos casos mais graves que eu vi", afirma o delegado da PF Flávio Cardinelle Oliveira Garcia, chefe do núcleo de repressão a crimes cibernéticos da PF no Paraná.

Segundo o delegado, há indicativos de que as ofensas também eram reais e não ficavam apenas no mundo virtual. Há boletins de ocorrência contra os dois presos por agressões e ameaças. Garcia explica que Marcelo Mello foi condenado por discriminação pela internet em 2005 e que este seria o primeiro caso de uma punição em virtude de ofensas virtuais no País. Marcelo também tem R$ 500 mil reais na conta corrente e a PF vai tentar descobrir a origem do dinheiro. Eram solicitadas doações no site ofensivo.

De acordo com o delegado Wagner Mesquita, também da PF no Paraná, foi localizado um mapa de uma casa de festas perto do campus da Universidade de Brasília, muito conhecida pelos estudantes da instituiçã. Há citações no site de que uma ação contra alunos da universidade seria planejada e colocada em prática, semelhante ao massacre em uma escola municipal em Realengo, no Rio de Janeiro, há quase um ano. O alvo seria estudantes de cursos de Ciências Sociais, considerados pelos dois como "esquerdistas". Marcelo Mello é ex-estudante da Universidade de Brasília, segundo a PF.

Os presos se diziam parte de uma seita que tentava captar pessoas com estes mesmos pensamentos. Há insinuações de que o assassino Wellington Menezes de Oliveira, o responsável pelo massacre em Realengo, teria feito contato com os dois para obter informações para o crime. Mas ainda não há confirmação se houve realmente a ligação entre os três.

O site ainda permanece no ar porque está hospedado na Malásia e o processo depende do governo do país asiático. "Eles acharam que desta forma não seriam identificados. Mais gente pode estar envolvida, inclusive colaborando para as mensagens", revela Garcia.




Desmascarada identidade do homofóbico Silvio Koerich

Um Outro Olhar (Miriam Martinho, editora)

Há tempos, a pedido de várias pessoas físicas (ativistas ou não), onde se inclui a editora do Um Outro Olhar, e organizações não-governamentais, como o CLAM (Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos), a ABGLT, a SaferNet, órgãos governamentais como a Secretaria de Políticas para Mulheres e a Secretaria de Direitos Humanos vinham tentando identificar e punir os autores do site Silvio Koerich por suas postagens criminosas contra mulheres, homossexuais, negros, etc.

(Um dos fake Koerich, agora identificado como Emerson)

Hoje, sob o título PF prende incitadores de Ódio na Internet, do site Paraná Online, lê-se matéria que informa sobre a identificação dos criminosos Emerson Eduardo Rodrigues (Sílvio Koerich) e Marcelo Valle Silveira Mello, moradores de Curitiba e Brasília, respectivamente, e a expedição de mandados de prisão preventiva contra eles pela Justiça Federal. Segue trecho e link para a matéria completa. Apesar da demora, algo a comemorar. Mais informações devem surgir em breve.

PF prende incitadores de Ódio na Internet

A PF em Curitiba realiza nesta quinta-feira (22), a fase ostensiva da sua "Operação Intolerância" - por meio da qual identificou os responsáveis pelas postagens criminosas encontradas no site silviokoerich . org - , para o cumprimento dos mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal contra Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira Mello, moradores de Curitiba e Brasília, respectivamente.

As investigações, conduzidas pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos, uma Unidade Especializada da PF, permitiram a cabal identificação dos criminosos, que há meses vinham postando mensagens de apologia de crimes graves e da violência, sobretudo contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além da incitação do abuso sexual de menores.

Esta Unidade Especializada, que integra a Delegacia de Defesa Institucional da PF, recebera inúmeras denúncias relacionadas ao conteúdo discriminatório do referido site, bem como outras denúncias, de mesmo teor, foram dirigidas ao Ministério Público Federal e à ONG SaferNet, onde se registraram 69.729 (até 14.04.12) pedidos de providências a respeito do conteúdo criminoso do site investigado, um número recorde da participação de populares no controle do conteúdo da internet brasileira.

(Sílvio Koerich)
Também, nesta manhã, a PF dará cumprimento aos mandados de busca e apreensão expedidos pela JF, para examinar residências e locais de trabalho dos criminosos em busca de elementos materiais da responsabilidade criminal, já amplamente demonstrada ao longo da investigação e que, preliminarmente, permitiu identificar o cometimento dos crimes de incitação/indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social (Lei 7716/89); incitação à prática de crime (art. 286 do Código Penal) e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente (Lei 8069/90-ECA).

Consta da decisão judicial que decretou a prisão preventiva dos criminosos que "Elementos concretos colhidos na investigação demonstram que a manutenção dos investigados em liberdade é atentatória à ordem pública. A conduta atribuída aos investigados é grave, na medida em que estimula o ódio à minorias e à violência a grupos minoritários, através de meios de comunicação facilmente acessíveis a toda a comunidade. Ressalto que o conteúdo das ideias difundidas no site é extremamente violento. Não se trata de manifestação de desapreço ou de desprezo a determinadas categorias de pessoas (o que já não seria aceitável), mas de pregar a tortura e o extermínio de tais grupos, de forma cruel, o que se afigura absolutamente inaceitável."

Dentre os conteúdos publicados pelos criminosos e localizados pela PF, havia referência ao apoio prestado pelos criminosos ao atirador Wellington, que em 2011 atacou a tiros uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, matando diversas crianças, bem como à suposta incapacidade da Polícia Federal em o localizar e deter.