"E conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará!" (João, 8:32)
I. NÃO HÁ O TERMO
HOMOSSEXUAL NA BÍBLIA
Não há, na Bíblia,
nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou
homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões
estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada
em 1869, reunindo duas raízes linguísticas: Homo (do Grego,
significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto,
como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam
os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no
século passado. Se em tua bíblia aparece o termo homossexual, está
errada. Elementar, irmão!
II. ANTIGUIDADE DA
HOMOSSEXUALIDADE
A prática do amor
entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a
própria Bíblia. Há documentos egípcios de 500 anos antes de
Abraão, que revelam práticas homossexuais não somente entre os
homens, mas também entre os Deuses Hórus e Seth. Segundo o poeta e
escritor Goethe, "a homossexualidade é tão antiga quanto a
humanidade". Certamente, cada tempo com sua experiência
singular homossexual, mas com o mesmo direcionar de desejo: o sexo
igual.
III. CONDENAÇÃO DA IDOLATRIA
No antigo Oriente, a
homossexualidade foi muito praticada. Entre os Hititas, povo vizinho
e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento
entre homens (1.400 anos antes de Cristo). Como explicar, então,
que, entre as abominações do Levítico, apareça esta condenação:
"O homem que dormir com outro homem como se fosse mulher, comete
uma abominação, ambos serão réus de morte" (Levítico, 18:22
e 20:12). Segundo os mais respeitados Exegetas contemporâneos,
(estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de
inúmeras religiões de localidades circunvizinhas a Israel, a
prática de rituais religiosos homoeróticos, de modo que esta
condenação do Levítico visava fundamentalmente afastar a ameaça
daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si. Prova
disto é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade
masculina: teria Deus Todo Poderoso se esquecido das lésbicas ou,
para Javé, a homossexualidade feminina não era pecado? Considerando
que, do imenso número de leis do Pentateuco, apenas duas vezes há
suposta referência à homossexualidade (e só à masculina),
concluem os Exegetas que a
supervalorização que alguns judeus e cristãos mais fundamentalistas (que querem interpretar as Escrituras ao pé da letra) conferem a este versículos é sintoma claro e evidente da intolerância machista que permeia as sociedades regidas pela tradição abraâmica, um entulho histórico a ser desprezado, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco ou camarão) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje foram completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a condenação da homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor? Intolerância machista e ignorância que Freud explica!
supervalorização que alguns judeus e cristãos mais fundamentalistas (que querem interpretar as Escrituras ao pé da letra) conferem a este versículos é sintoma claro e evidente da intolerância machista que permeia as sociedades regidas pela tradição abraâmica, um entulho histórico a ser desprezado, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco ou camarão) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje foram completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a condenação da homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor? Intolerância machista e ignorância que Freud explica!
IV. DAVI E JÔNATAS: O
AMOR HOMOSSEXUAL
Se a homossexualidade
fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível
relação homossexual existente entre Davi e Jônatas?! Eis a
declaração do santo rei salmista para seu bem-amado: "Tua
amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me
eras deliciosamente querido!" (II Samuel, 1:26). Alguns crentes
mais intolerantes argumentarão que se tratava apenas de um amor
espiritual, ágape, quando muito de “homo-afetividade”.
Preconceito primário, pois só as coisas materiais e sensuais
costumam ser referidas com a expressão "delicioso", e não
resta a sombra da menor dúvida que Davi, em sua juventude, foi
adepto do "amor que não ousava dizer o nome". Não foi
gratuitamente que o maior escultor de nossa civilização, Miguel
Ângelo, ele próprio, também homossexual, escolheu o jovem Davi,
nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, na Itália: um
gay retratando o mais famoso gay do Antigo Testamento. Negar o amor
homossexual entre Davi e Jônatas ("amizade mais maravilhosa
que o amor (Eros) das mulheres") é negar a própria evidência
dos fatos. "Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvido, não
ouvis?!" (Marcos, 8:18). Importantes e respeitados Exegetas
identificam igualmente como homossexual/lésbica, a relação íntima
de Ruth e Naomi. Confira Livro de Ruth, 1:16.
V. É BOM DOIS HOMENS DORMIREM JUNTOS...
Pelo visto, embora o
Levítico fosse extremamente severo contra “dois homens dormirem
juntos”, (determinando igualmente a pena de morte contra o
adultério e a relação sexual com animais), outros livros sagrados
revelam maior tolerância face ao homoerotismo. O Eclesiastes ensina:
"É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os
dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor"
(4:11). Num país quente como a Palestina, o interesse em dormir
junto só podia ser mesmo erótico. Portanto, na teoria o Levítico
era uma coisa e a prática, desde os tempos bíblicos, parece ter
sido outra. "Deus nos fez ministros da nova aliança, não a da
letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito
vivifica." (II Coríntios, 3:6)
VI. O PECADO DE SODOMA E GOMORRA NÃO ERA A “SODOMIA”
E a destruição de
Sodoma e Gomorra? Lembrarão os fundamentalistas de coração mais
duro. Oferecemos três informações fundamentais e cientificamente
comprovadas que, em geral, são propositadamente escondidas e
desconhecidas pelos cristãos: 1) não há evidência histórica ou
arqueológica que confirme a real existência dessas e das mais cinco
cidades que circundavam Sodoma e Gomorra e que tais cidades teriam
sido destruídas por uma catástrofe; 2) este relato é obra dos
"Javistas" (escritores bíblicos do século X a.C.), que se
apropriaram de relatos mitológicos de outros povos pagãos
anteriores aos judeus; 3) a própria identificação da suposta
intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos
três visitantes de Abraão (anjos ou homens?) apresenta sérias
dificuldades de interpretação, pois quando os habitantes de Sodoma
declararam desejar “conhecer” os visitantes, maliciosamente se
interpretou o verbo "conhecer" como sinônimo de "ato
sexual". Segundo os Exegetas, das 943 vezes que aparece esta
palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em
apenas 10 ela tem significado de cópula heterossexual - nenhuma vez
o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e
gomorritas" com a homossexualidade é um grave erro histórico,
que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade
Média, a "idade das trevas".
VII. O VERDADEIRO PECADO DE SODOMA: INJUSTIÇA E FALTA DE AMOR
A própria Bíblia e o
filho de Deus nos dão a chave para corrigir esta maliciosa
identificação da destruição de Sodoma e Gomorra com a
homossexualidade. Segundo os mais respeitados estudiosos das Sagradas
Escrituras, o pecado de Sodoma é a injustiça e a
anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. Prova disto, é
que todos os textos que aludem à Sodoma no Antigo Testamento
atribuem sua destruição a outros pecados e não ao
"homossexualismo": falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9),
adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14);
orgulho, intemperança na comida, ociosidade e "por não ajudar
o pobre e indigente" (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência
e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico,
16:8). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição
de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade
(Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros
neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a
Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7,
Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste qualquer referência ao
"homoerotismo". Foi só na Idade das Trevas que os
católicos passaram a identificar “sodomia” com cópula anal,
seja entre pessoas do mesmo sexo, seja de um homem com uma mulher.
VIII. MÁ TRADUÇÃO
DAS EPÍSTOLAS DE SÃO PAULO
Dirão, agora, os
crentes mais intolerantes: e as condenações de São Paulo aos
homossexuais? Autorizados exegetas protestantes e católicos - como
Macneill, Thevenot, Noth, Kosnik, e muitos outros, ao examinarem,
cuidadosamente, na língua original, os textos das Epístolas aos
Romanos 1:2, I Coríntios 6:9, Colossenses 3:5 e I Timóteo 1:10,
textos usados pelos fundamentalistas para condenar o amor
homossexual, concluíram inequivocamente que, até agora, os cristãos
têm dado uma interpretação completamente errada e preconceituosa
a estas passagens. Quando Paulo diz que certas categorias de
pecadores não entrarão no Reino dos Céus - ao lado dos adúlteros,
bêbados, ladrões etc... muitas Bíblias incluem nesta lista os
"efeminados" e "homossexuais". Logo de início,
há uma grave injustiça, pois muitos efeminados (assim como muitas
mulheres masculinizadas no comportamento) não são necessariamente
homossexuais. As mais modernas e abalizadas pesquisas exegéticas
concluem que, se o ex-fariseu Paulo de Tarso quisesse condenar
especificamente os praticantes do homoerotismo, teria empregado o
termo corrente em sua época e de seu pleno conhecimento,
"pederastas". Em vez desta palavra, Paulo usou as
expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e
"pornoi" - que as melhores edições da Bíblia em
português traduzem por "perversores", "pervertidos"
e "imorais".
Portanto, foram estes pecadores que Paulo incluiu na lista dos afastados do Reino dos Céus, e não os "pederastas", e muito menos os "homossexuais", palavra desconhecida na Antiguidade. Segundo os historiadores, vivendo São Paulo numa época de grande licenciosidade sexual - tempo de Calígula, Nero e do Satiricon, esperando o próximo retorno do Cristo e o fim do mundo, ele condenou, sim, os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco, tal qual o imortalizado por David e Jônatas. Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou desprezo pelas mulheres). E, se a condenação paulina inclui também os bêbados, corruptos, caluniadores, por que atirar tanta pedra somente nos homossexuais? Também aqui, Freud explica! Os “crentes” por não assumirem o padrão machista dominante, para “limpar a barra” e não serem acusados de pouco masculinos ou mesmo efeminados/homossexuais, atiram pedra nos gays como estratégia diabólica de auto-defesa. Aqui novamente, Freud ou um bom psicanalista ajudariam a solucionar tal neurose. E tem mais: o próprio Filho de Deus disse que "há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães" (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente. Todos somos imagem de Deus e templos do Espírito Santo. Inclusive aqueles que hoje têm o mesmo gosto erótico do santo Rei Davi – que aliás, entrou em Jerusalém dançando em trajes sumaríssimos (II Samuel, 6:14)
IX. JESUS NUNCA CONDENOU OS AMANTES DO MESMO SEXO
O maior argumento para
se comprovar que as Escrituras Sagradas não condenam o amor entre
pessoas do mesmo gênero, é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado
nenhuma palavra contra os homossexuais! Se o "homossexualismo"
fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria
incluído esse tema em sua mensagem, e Javé nos dez mandamentos. O
que Jesus condenou, sim, foi a dureza de coração, a intolerância
dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem Senhor,
Senhor!, mas esquecem da caridade e do respeito aos outros (Mateus,
7:21). E foi o próprio Messias quem deu o exemplo de tolerância em
relação aos "desviados", andando e comendo com
prostitutas, pecadores e publicanos. E tem mais: Jesus Cristo
mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando
carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que
Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente
recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a
sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado
o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu
próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente
João, “o discípulo amado”, nunca se casou, além de revelar
muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo,
comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre
machões. Mais ainda: ao lavar os pés dos discípulos, desempenhou
um gesto que homem algum faria, posto que na divisão sexual dos
papeis de gênero, lavar os pés de um homem era privativo das
mulheres. E Jesus mandou que imitássemos seu exemplo, abençoando
assim a diversidade e liberdade dos/as transgêneros e da
transexualidade. Outro detalhe importante que mostra o apoio do Filho
de Deus à homossexualidade: segundo respeitáveis Exegetas, quando
o Evangelho diz que Jesus curou o “escravo do centurião”, na
verdade, não se tratava de um escravo qualquer, mas do “escravo
amante” do centurião romano (Mateus, 8;5-8), comprovando
inclusive o apoio de Cristo à união entre pessoas do mesmo sexo!
Neste sentido, o ensinamento do Discípulo Amado não podia ser mais
claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem
de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus"
(I João, 4:4).
X. OS FUNDAMENTALISTAS DETURPAM AS SAGRADAS ESCRITURAS
X. OS FUNDAMENTALISTAS DETURPAM AS SAGRADAS ESCRITURAS
A Bíblia é um livro
muito antigo, repleto de imagens simbólicas, parábolas e
figurações. Interpretar as Escrituras ao pé da letra é
fundamentalismo, isto é, ignorância, fanatismo e grave pecado,
pois o próprio Filho de Deus garantiu: "Muitas coisas ainda
tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o
Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á a verdade"
(João, 16:12). Do mesmo modo como os cientistas Galileu ensinou-nos
a verdade de que o sol, e não a terra, é o centro do nosso sistema
planetário, e Darwin a respeito da evolução das espécies, ambos
corrigindo a Bíblia e opondo-se à crença errada dos cristãos de
sua época, assim também hoje todos os ramos da Ciência, da
biologia à genética, da antropologia à psicologia, garantem que a
homossexualidade é um comportamento normal, saudável e tão digno
ética e moralmente como a heterossexualidade ou a bissexualidade.
Negar esta evidência científica é repetir a mesma ignorância
intolerante do Papa que condenou Galileu. Não devemos temer a
verdade que liberta, pois o próprio Jesus nos mandou imitar "o
escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus, que como um pai de
família, tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mateus,
13:52). Mesmo que o Papa ou grande parte dos rabinos e pastores
continuem a negar os direitos humanos dos gays e lésbicas, mesmo que
cristãos ignorantes continuem a repetir as ultrapassadas abominações
do Velho Testamento e as traduções erradas das epístolas paulinas,
para os verdadeiros crentes o que vale é o exemplo do Filho de
Deus, Jesus Cristo,que nunca condenou os homossexuais. "E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!" (João,
8:32).
Sobre o autor
Luiz Mott é
antropólogo, historiador e pesquisador, e um dos mais conhecidos
ativistas brasileiros em favor dos direitos civis dos LGBT. Estudou
em Seminário Dominicano de Juiz de Fora. Formou-se em Ciências
Sociais pela USP. Possui mestrado em Etnologia em Sorbonne e
doutorado em Antropologia, pela Unicamp. Atualmente é professor
titular aposentado do Departamento de Antropologia da Universidade
Federal da Bahia, UFBA e é professor e orientador do programa de pós
graduação em História da Universidade Federal da Bahia, UFBA.
Assumiu sua orientação sexual em 1977. Luiz Mott é fundador do
Grupo Gay da Bahia, uma das principais instituições que laboram em
prol dos direitos humanos dos gays no Brasil. Conheça mais:
http://www.ggb.org.br
2 comentários:
Artigo muito esclarecedor! Sou espírita, e vi em alguns sites (espíritas) que não são totalmente a favor da homossexualidade, porém o que acho que vale é o amor, e saber manejar sua sexualidade de maneira saudável e respeitosa. Valeu!
Exatamente. É incrível como as pessoas adoram afirmar que isso é uma escolha, mas quem optaria a homossexualidade se pudesse facilmente trocar de gosto? O homossexual carrega enorme peso de preconceito e violencia, assim como os negros antigamente aguentavam as chibatadas do escravismo. Enfim, o que vale é o amor, a dignidade e o caráter, mas muitos homossexuais infelizmente denigrem mais ainda a imagem que deveria ser natural ao serem promiscuos, desrespeitosos e exagerados. O comportamental é modelável. Tenho 17 anos, e minha família não enxerga e nem quer enxergar isto. Meu irmao entende, meus pais dizem que isso é conflito meu, que passa e que eu posso sim escolher, e ainda não contei pra minha irmã; os quatro, menos meu irmao, acreditam que isso se possa mudar, aí eles dão exemplos de que fulano recebeu ajuda de fulana e hoje está mudade, se converteu; mas quem me garante que este fulano que mudou ou se converteu não era bissexual e apenas optou por não manter relaçoes com outros homens por medo de sofrer muito depois na amarga culpa! Por favor, isso é muito infantil! As pessoas querem ser adultas em tanta coisa, mas preferem ficar na sua zona de conforto a que aceitar que age preconceituosamente e de maneira muito marxista, e continuar sendo ifantis. Isso foi quase um desabafo. Desculpem! E parabéns pelo texto, muito lógico e esclarecedor.
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