Por Paulo Stekel
(resposta a mais um absurdo artigo do Pastor/Deputado Marco
Feliciano, intitulado “Catástrofe à vista” e postado em seu
site: http://www.marcofeliciano.com.br/blog/?p=259)
Agora, instigado por
alguns leitores indignados com o parlamentar evangélico
fundamentalista, para contrapor o (mais uma vez mal revisado) texto
intitulado “Catástrofe à vista”, uma paranoia evidente, escrevo
o presente artigo, demonstrando qual é a verdadeira catástrofe que
está se abatendo sobre o Brasil, e a prazo!
Para começar, Marco
Feliciano não só não se alegra com a notícia de que, segundo o
último censo do IBGE, a massa evangélica será a metade da
população brasileira nos próximos dez anos, como atribui a
veiculação da notícia a um propósito de: “alertar os ativistas
cristofóbicos, evangélicofóbios, bibliofóbicos, eclesiofóbicos e
afins, que, se eles não nos pressionarem, se não nos destruirem, se
não nos humilharem, se não nos expor mais, eles perderão a
oportunidade que estão tendo nestes dias de acabar com a nossa
conquista”. (Os erros de revisão do texto original, ou antes a
falta de revisão, foram mantidos.)
Isso é uma completa
paranoia! Onde existe Cristofobia no Brasil? Estamos num país de
maioria cristã onde mesmo muitos homossexuais professam o
Cristianismo. Se ele está se referindo aos ateus, chamá-los de
cristofóbicos é uma ignorância tamanha que dá vergonha alheia!
Não vejo ateus e/ou homossexuais em momento algum tentando impedir
quem quer que seja de professar suas crenças, mesmo porque defendem
o Estado Laico, onde estes direitos são resguardados. Quem não tem
resguardado direitos laicos neste país são exatamente os
fundamentalistas cristãos, especialmente os incitados por algumas
lideranças evangélicas agressivas, como Malafaia, Magno Malta, João
Campos e o próprio Marco Feliciano.
Da mesma forma, falar
em “evangelicofobia” é ridículo. Muitos gays são evangélicos,
motivo pelo qual as Igrejas Inclusivas têm crescido tanto: não
sendo aceitos em Igrejas Evangélicas tradicionais, que não fazem a
lição de casa do “amor ao próximo”, gays cristãos criaram
suas próprias denominações inclusivas, onde não se faz distinção
ou acepção de pessoas por conta de sua orientação sexual.
E, “bibliofobia”?
Quem é contra a Bíblia? Quem queima Bíblias ao milhares por tal
“fobia”? No Brasil, ninguém! Não há “bibliofobia” de parte
dos gays ou de qualquer outro grupo brasileiro não-evangélico. O
que há é um debate em torno da prática religiosa discriminadora
que tentar balizar-se em textos bíblicos lidos fora de um contexto
geral, histórico e sem relação com a sociedade moderna. Criticar
não é fobia enquanto não extrapola a crítica nem descamba para a
violência, ao contrário do que infelizmente têm sofrido os
homossexuais em nosso país por incitação de algumas lideranças
evangélicas radicais que fecham os olhos para os direitos humanos
mínimos dos LGBTs.
Quanto a uma suposta
“eclesiofobia” (um ódio à Igreja), isso é mais que ridículo.
Estamos num país laico que concede espaço a quem professa qualquer
das religiões ou nenhuma (ateus e agnósticos). Se há pessoas que
não gostam das “igrejas”, isso deve ser considerado sob a
perspectiva geral, e não segundo sua orientação sexual, mesmo
porque há gays cristãos até a alma! Ninguém quer “acabar” com
os evangélicos, nem seria isso possível dentro de um Estado Laico.
Em seguida, Marco
Feliciano destila mais um pouco de veneno ao insinuar de modo
pérfido:
“Talvez por se achar mais espertos, mais unidos, mais
preparados, mais centrados do que nós evangélicos, tais ativistas,
tendo acesso a informação do nosso crescimento e possível ascensão
, resolveram então semana passada enviar um documento ao Supremo
Tribunal Federal, pedindo ao juizes que julguem o crime de HOMOFOBIA,
parado no Senado Federal como o Pl. 122, cuja relatora é a Senadora
Marta Suplicy, que, tem fugido da responsabilidade de colocar em
votação este projeto, trazendo morosidade ao processo, dando
argumentos para que os ativistas LGBTT tenham legitimidade em dizer
ao STF que o CONGRESSO NACIONAL BRASILEIRO não tem competência para
votar o Pl. 122.”
Ele se refere ao
mandado de injunção elaborado pelo advogado LGBT
Paulo Iotti, que
elaborou e assinou o mesmo, em nome da
ABGLT (Associação Brasileira
de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais) e sobre o qual se pode
ler em:
http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=228
Alguns trechos do material da ABGLT: “A
violência e a discriminação contra pessoas LGBT em geral está
aumentando absurdamente ano após ano. (…) A criminalização da
homofobia e da transfobia, assim, mostra-se absolutamente
necessária.
Contudo, o Congresso Nacional está assolado por
uma bancada que, ao colocar suas convicções
religiosas-fundamentalistas acima da Constituição (que consagra um
Estado Laico, que não pode ser influenciado por motivações
religiosas), opõe-se ferozmente tanto ao reconhecimento de direitos
civis básicos à população LGBT quanto à criminalização da
homofobia e da transfobia. (...)
Assim, essa situação de
elevadíssima violência, ofensas e discriminações contra pessoas
LGBT, que Paulo Iotti chama (parafraseando Hannah Arendt) de
banalidade do mal homofóbico, demonstra que temos direitos
fundamentais das pessoas LGBT já consagrados na Constituição e que
demandam proteção pelo Supremo Tribunal Federal. Os direitos
fundamentais à livre orientação sexual e à livre identidade de
gênero, bem como o direito fundamental à segurança (art. 5º,
caput) e à tolerância (art. 3º, inc. IV) da população LGBT estão
inviabilizados nos dias de hoje, já que as pessoas LGBT estão com
medo de serem reconhecidas como tais por medo de serem agredidas,
ofendidas e/ou discriminadas por sua mera orientação sexual ou
identidade de gênero (pessoas LGBT têm medo de andarem na Avenida
Paulista, a avenida mais cosmopolita da mais cosmopolita de nossas
capitais). Aliás, até mesmo heterossexuais estão sofrendo os
efeitos nefastos da homofobia – basta lembrar do caso de pai e
filho que foram agredidos no ano passado e o pai perdeu parte da
orelha porque foram confundidos com um casal homoafetivo pelo simples
fato de estarem abraçados... esse é o nível absurdo a que chega a
homofobia hoje: basta estar abraçado com outro homem que isto é
visto por homofóbicos como algo “inadmissível” e “passível”
de agressões...”
Exato! Por conta de não
aprovação de uma lei anti-homofobia, até mesmo heterossexuais
estão sofrendo cada dia mais com a violência praticada por ogros
fanáticos nazi-machistas que, vendo homossexualidade em qualquer ato
de carinho entre pessoas do mesmo sexo, e odiando a homossexualidade
em si, descarregam toda a sua raiva e irracionalidade contra quem
quer que possa “parecer” gay. Isso chegou ao limite do ódio já
não-aceitável quando era dirigido apenas a homossexuais assumidos.
Prova de uma paranoia crescente instigada por discursos inflamados de
líderes religiosos como Malafaia, Magno Malta, Feliciano et caterva!
Interessante é quando
Marco Feliciano lista os motivos pelos quais, no final,
provavelmente, os ministros do STF seriam favoráveis à aprovação
do projeto da lei anti-homofobia:
“(...) porque é
modismo no mundo todo; porque é polêmico e dará muita mídia;
porque os ministros do STF embora muito competentes sejam em sua
maioria progressistas; porque a maioria dos ministros foi indicada
pela ESQUERDA, que todos sabem , são a favor de quase tudo que não
presta, haja vista que assistimos impotente a votação e aprovação
da união estável homoafetiva bem como a votação e aprovação do
aborto dos anencéfalos, e anotem, se algo não for feito
urgentemente, a próxima será a criminalização da HOMOFOBIA.”
Proteger a vida de
LGBTs é modismo? Pensei que cristãos concordassem com a proteção
de vidas humanas. Me enganei??? Ou tal proteção bíblica só vale
para cristãos heterossexuais? É o que parece...
Dizer que o STF vai
aprovar a lei anti-homofobia por ser um projeto polêmico e que dará
muita mídia é brincar com o Judiciário e acusá-lo de ser formado
por membros sem personalidade ou compromisso com a Constituição. É
também uma contradição de Marco Feliciano, logo após ter dito que
os ministros do STF são “muito competentes”.
Quando Marco Feliciano
diz que os ministros foram indicados em sua maioria pela “esquerda”,
tenta dar a tudo um viés político-partidário, contrapondo-se
claramente à tendência suprapartidária do Movimento LGBT, que não
se contenta com promessas de partidos, sejam de esquerda, centro ou
direita. O preconceito pelo qual passamos não nos deixa ser iludidos
por discursos bonitos, mas ineficazes, na hora em que deveriam atuar
de fato!
Segue-se uma exortação
provando a tendência dos líderes evangélicos radicais a incitar a
população contra os LGBT:
“(...) se não houver
uma mobilização nacional dos que amam a liberdade de expressão,
seremos amordaçados e punidos por não concordarmos com tais
atitudes e comportamentos e perderemos o direito da livre expressão
do pensamento conquistada e garantida pela declaração de direitos
humanos, que mais parece uma bandeira ideológica das minorias
proselitistas contra as maiorias por puro preconceito.”
Minorias proselitistas?
Se são tão proselitistas, com tamanha capacidade de influenciar
governo, STF, mídia, etc, como o senhor e os seus pregam, como
continuam sendo “minorias”, Sr. Feliciano? Explique-nos esta
matemática! Na verdade, seu argumento reflete o medo da liberdade de
expressão ser estendida a todos neste país, incluindo os LGBT, que
poderiam, por regulamentação legal e sem precisar entrar na
justiça, casar, adotar filhos, ter direito a sucessão e proteção
contra crimes motivados por orientação sexual, entre outros
direitos atualmente negados.
Mobilização contra
minorias proselitistas? Desde quando isso foi necessário em qualquer
lugar do mundo? Nunca. Afinal, as opressoras são sempre as maiorias,
como mostra a lógica e a História. As minorias não têm força
para oprimir as maiorias. É um raciocínio tão básico que mais uma
vez nos vem a vergonha alheia ao ter que apresentá-lo.
Mas, a maior “pérola
diabólica” do artigo de Marco Feliciano está aqui:
“O real motivo de
tanta fobia por nós sociedade e políticos que crêem em Deus, é
que nossos princípios são obstaculos para a concretização da
desconstrução da família , através de questões que para nós,
são inaceitáveis como por exemplo aborto, legalização de todas as
drogas, e a estimulação precoce da sexualidade e de crianças
inocentes travestido de exercício de inteligência.
(…) Não basta ir à
rua uma vez por ano em datas festivas , para cumprir uma obrigação
de agenda ? É preciso treinar nosso povo. Temos equipamentos,
inteligência e poder pra isso! Falta apenas uma atitude. UNIDADE.”
Nem gays, nem LGBTs,
nem o Movimento LGBT, nem os proponentes do PLC 122 ou do ato de
injunção, nem os Ministros do STF desejam a “desconstrução da
família”. Ela não terminará pelo simples fato de se reconhecer
direitos de uma minoria de 10% da população, pois os demais 90%
continuarão vivendo como antes. Também não desejam a “estimulação precoce da sexualidade e de crianças inocentes
travestido de exercício de inteligência”, pois o kit escolar
anti-homofobia não quer estimular nada. Pelo contrário, quer evitar
a homofobia precoce a ceifar a mente, os sentimentos, a auto-estima e
a vida de crianças inocentes – agressoras e agredidas. Não são,
portanto, exercícios de “inteligência”, mas de conscientização
do valor da vida humana e de cidadania plena. Agora, quando o Senhor
Feliciano diz que “é preciso treinar nosso povo”, e que há
“equipamentos, inteligência e poder pra isso”, fico pensando a
qual tipo de treinamento e equipamentos ele se refere... Ele
subentende em seguida o uso da grande mídia evangélica para
vociferar à la Malafaia contra os gays. O que se seguiria a isso?
Como seria entendida tal ação? Como incitação a mais violência?
Seria bom evitar elucubrações... Mas, não podemos dormir nesta
hora.
Chegamos ao ponto em
questão: a catástrofe a prazo que se começa a montar é uma
ascensão evangélico-fundamentalista no parlamento brasileiro, com
vistas a suspender os direitos legítimos dos LGBT e impedir a
conquista de outros.
Devemos, todavia,
separar o crescimento previsto e natural da população evangélica,
em sua maioria não-fundamentalista, do crescimento de um
fundamentalismo evangélico. Apenas este último é preocupante para
os direitos dos LGBT, das mulheres e da liberdade de expressão
(intelectual, sexual, religiosa), pois tenderia a barrar qualquer
ação que não estivesse alinhada com um Cristianismo moralista e
anti-laicista. Isso não podemos permitir no Brasil, e achamos que o
Estado brasileiro anda deixando muitas brechas para este extremismo
religioso. Por isso, achamos plenamente justo e necessário o mandado
de injunção recentemente apresentado.
Aos poucos, a prazo,
líderes como Feliciano, Malta e João Campos vão articulando um
movimento fundamentalista aos moldes do que os protestantes mais
radicais têm tentado fazer nos EUA, mas que tem sido combatido
firmemente pelo governo de lá. E, aqui? Até onde os deixaremos
chegar?
É bom deixar claro que
o que estes indivíduos estão tentando fazer não tem nada DE e A
VER com Cristianismo ou “Evangelismo”. É simples incitação da
violência de um modo sutil contra uma minoria que nem sequer tem
todos os meios cidadãos concedidos aos heterossexuais. É covardia,
portanto. Os verdadeiros cristãos, católicos ou evangélicos, têm
condições de perceber isso e unirem-se à nossa luta contra esse
descalabro. Não se pode impôr a Bíblia (ainda mais a visão
fundamentalista dela!) e rasgar a Constituição num país laico,
embora haja quem o deseje!
Por fim, esta luta toda
não tem nada a ver com a sobrevivência da família brasileira. Os
gays nascem em famílias heterossexuais e continuarão nascendo em
famílias heterossexuais, à razão de 10%, conforme demonstram as
estatísticas. É um percentual insuficiente para colocar em risco
qualquer sobrevivência (social, biológica, reprodutiva). E, como
heterossexuais não podem ser convertidos em homossexuais – e nem é
o que se deseja, valendo o contrário também, a humanidade
continuará tendo 10% de LGBTs e 90% de heterossexuais. O casamento
gay não vai mudar isso, a adoção gay também não, a aprovação
do PLC 122 muito menos! Valer-se de pseudo-argumentos e sofismas para
transformar 10% da população em algoz dos demais 90% não é apenas
covarde, mas uma infantilidade e uma impossibilidade lógica.
Contudo, se a população evangélica em dez anos for a metade da
população brasileira, e for influenciada por fundamentalistas, pode
vir a ser incitada contra a minoria LGBT, o que poderia
constituir-se, nas palavras de Luiz Mott, em um verdadeiro
“homocausto” em nossa pátria, mãe gentil!
Sobre o autor
Paulo Stekel é jornalista, escritor, músico, poliglota, especialista em religiões, tradições espirituais e línguas sagradas. Ativista LGBT focado na relação entre homofobia e religião, é o criador do Movimento Espiritualidade Inclusiva e possui quase uma centena de artigos sobre espiritualidade, orientação sexual, homofobia religiosa e espiritualidade inclusiva. Contatos: espiritualidadeinclusiva@gmail.com
…..............................
Confiram o artigo
original de Marco Feliciano (com todos os seus erros ortográficos e de redação):
CATÁSTROFE À VISTA
A notícia do
crescimento evangélico no Brasil veiculado na ultima semana, alegrou
os ânimos dos fervorosos. A mídia divulgou maciçamente a notícia
de que o ultimo censo feito pelo IBGE nos coloca em posição de
destaque pelo crescimento e prevê, para os próximos 10 anos que
seremos a metade da população brasileira.
Quando todos comemoram
o feito, e assiste líderes evangélicos concedendo entrevistas pelo
grande feito, enquanto as mídias sociais disparam a notícia, fico
eu aqui, sorumbático, contemplativo, interiorizado…
Motivo? Não sabem o
porquê real da divulgação maciça pela mídia?… Que, de longe,
tem carinho por nós, que, sempre explora nossa imagem com
escândalos, e nunca! Repito: Nunca se alegra com nossas conquistas.
A mídia tendenciosa
que sempre nos expõe como loucos teocratas, como religiosos
medievais, como fundamentalistas fanáticos, que, nos chamam de
ladrões, usurpadores, charlatões, atrasados, mentecaptos, etc e
tal.De uma hora pra outra, resolve ceder seu precioso tempo em
divulgar que estamos crescendo?! Alavancando, conquistando e que
seremos a metade do Brasil em 10 anos! Confesso, pra mim, isso é
preocupante.
Digo isso porque
entendo que essa divulgação não foi para aplaudir nosso
crescimento! E sim, alertar os ativistas cristofóbicos,
evangélicofóbios, bibliofóbicos, eclesiofóbicos e afins, que, se
eles não nos pressionarem, se não nos destruirem, se não nos
humilharem, se não nos expor mais, eles perderão a oportunidade que
estão tendo nestes dias de acabar com a nossa conquista.
Talvez por se achar
mais espertos, mais unidos, mais preparados, mais centrados do que
nós evangélicos, tais ativistas , tendo acesso a informação do
nosso crescimento e possível ascensão , resolveram então semana
passada enviar um documento ao Supremo Tribunal Federal, pedindo ao
juizes que julguem o crime de HOMOFOBIA, parado no Senado Federal
como o Pl. 122, cuja relatora é a Senadora Marta Suplicy, que, tem
fugido da responsabilidade de colocar em votação este projeto,
trazendo morosidade ao processo, dando argumentos para que os
ativistas LGBTT tenham legitimidade em dizer ao STF que o CONGRESSO
NACIONAL BRASILEIRO não tem competência para votar o Pl. 122.
O STF tem vários
processos parados há anos aguardando julgamento mas, pelo que
entendo, e percebo, eis ai um assunto que os faria parar tudo o que
estão fazendo no momento e agarrar com as várias mãos e acelerar o
processo de julgamento, que com certeza, será favorável ao projeto.
Serão favoráveis
porque é modismo no mundo todo; porque é polêmico e dará muita
mídia; porque os ministros do STF embora muito competentes sejam em
sua maioria progressistas; porque a maioria dos ministros foi
indicada pela ESQUERDA, que todos sabem , são a favor de quase tudo
que não presta, haja vista que assistimos impotente a votação e
aprovação da união estável homoafetiva bem como a votação e
aprovação do aborto dos anencéfalos, e anotem, se algo não for
feito urgentemente, a próxima será a criminalização da HOMOFOBIA.
Nosso país não é
homofóbico. Em 2010 dos 50 mil casos de assassinatos no Brasil, 260
foram considerados crimes de homofobia, e destes, 80% crimes
cometidos por parceiros homossexuais. Eu sinto muito pela morte
destas pessoas, mas daí, usar isto para justificar que uma parcela
da sociedade seja tratada com privilégios? É inaceitável. Mas,
repito se não houver uma mobilização nacional dos que amam a
liberdade de expressão, seremos amordaçados e punidos por não
concordarmos com tais atitudes e comportamentos e perderemos o
direito da livre expressão do pensamento conquistada e garantida
pela declaração de direitos humanos , que mais parece uma bandeira
ideológica das minorias proselitistas contra as maiorias por puro
preconceito.
O real motivo de tanta
fobia por nós sociedade e políticos que crêem em Deus, é que
nossos princípios são obstaculos para a concretização da
desconstrução da família , através de questões que para nós,
são inaceitáveis como por exemplo aborto, legalização de todas as
drogas, e a estimulação precoce da sexualidade e de crianças
inocentes travestido de exercício de inteligência.
O Colegiado parlamentar
tem sido desrespeitado por tudo e por todos. Pelos erros e omissão
de alguns, todos pagam.Há uma generalização doentia dos fatos
errôneos passados na tentativa de desestabilizar e desacreditar o
trabalho realizado por estes que são verdadeiros heróis enfrentando
uma verdadeira batalha a favor da Família Brasileira. E me pergunto:
Cadê a igreja? que assiste de longe, cobrando muito e agindo pouco,
fechada em seus problemas internos . Somos 73 parlamentares
evangélicos na Câmara Federal, e 3 no Senado Federal. Como podemos
sozinhos segurar esta situação caótica que esta por vir?
Das dezenas de horas
mensais televisivas utilizadas por evangélicos, apenas um dedica-se
a informar, cobrar, brigar pela nossa causa, falo do Pr. Silas
Malafaia. E os demais? Será que não percebem que todos nós iremos
sofrer abruptamente por causa desta maldita lei?
Onde estão os
pregadores pentencostais, neo-pentecostais, tradicionais evangélicos?
Onde estão os pregadores da canção nova, do movimento carismático?
Onde está os padres-pop-star? Onde estão os Famosos Cantores da
música Gospel? Os grandes lideres denominacionais? Onde estão?
Não basta ir à rua
uma vez por ano em datas festivas , para cumprir uma obrigação de
agenda ? É preciso treinar nosso povo. Temos equipamentos,
inteligência e poder pra isso! Falta apenas uma atitude. UNIDADE.
Temos editoras ,Jornais
e Revistas, mídias sociais, emissoras de Radios, emissoras de TV.
Podemos ensinar nosso povo a manter contato com os congressistas,
juristas, através de atos públicos, manifestações pacificas,
precisamos não somente gritar , mas agir para sermos ouvidos.
Vamos deixar de lado
nossas pequenas diferenças, e nos unir em amor com o que realmente
nos uni DEUS e seus princípios se,não pararmos de olhar para
nosso‘umbigo-denominacional’, se não acordarmos hoje, agora, NÃO
HAVERÁ O AMANHÃ .
Falo como um
parlamentar desesperado. Que sofre na pele a perseguição que vem
maciça através da mídia tendenciosa e irresponsável , dos
simpatizantes, militantes e ativistas GLBTT, ateus, abortistas e
afins.
Fico sufocado quando
estou em uma comissão e o assunto é orientação sexual. Todos se
calam. Não concordam, mas se calam, pois o assunto é vivenciado
pelo nosso povo como tabu ..
Quando nossos
parlamentares fazem qualquer trabalho defendendo nossas causas na
Camara dos Deputados, a própria mídia da casa não da a mínima,
mas basta qualquer um dos parlamentares que apóiam a causa GLBTT,
eles são primeira capa, capa do meio, capa da frente, etc.
Fica aqui meu apelo
mais uma vez, para que os grandes lideres evangélicos, católicos,
enfim, cristãos, desta nação me ouçam, e se mobilizem, preparando
seminários, conferencias, simpósios focados sobre o futuro do nosso
país.
Aos evangélicos, fica
aqui meu recado, NÃO SE ILUDAM COM O TAL CRESCIMENTO VENTILADO PELA
MIDIA, por trás desta divulgação está a forma mais sórdida de
avisarem os que são contra nós de que precisam nos parar e para
isso apressarem a votação de leis que nos ferem, e pior, tentam,
neste momento em que católicos e evangélicos lutam pelo mesmo ideal
de família, sejam separados por uma luta de ego por quem cresce,
quem diminui. Necessário é que ELE cresça!
Agradeço aos poucos,
mas valentes, que sempre divulgam meus escritos. Agradeço a uma ala
da CNBB que juntos aqui em Brasilia lutamos unidos pela causa da
família brasileira.
Um abraço em Cristo.
Pr. Marco Feliciano
Deputado Federal