(Paulo Stekel, coordenador geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva e Fábulo Nascimento da Rosa, Coordenador Estadual de Diversidade Sexual, durante reunião em Porto Alegre - RS)
Ontem à tarde (30 de maio), o coordenador geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva, o músico, escritor e jornalista Paulo Stekel, foi recebido pelo coordenador Fábulo Nascimento da Rosa, que está desde 2011 à frente da Coordenadoria Estadual de Diversidade Sexual, uma coordenadoria recente mais muito ativa, ligada à também recente Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos pelo atual governo gaúcho.
O objetivo de Stekel
com a reunião foi o de apresentar ao Estado do RS, através da
Coordenadoria Estadual de Diversidade Sexual, o recém criado
Movimento Espiritualidade Inclusiva, suas propostas, ações e
princípios. Ao mesmo tempo, Fábulo apresentou o intenso trabalho já
desenvolvido pela Coordenadoria em tão pouco tempo, seja em parceira
com o poder público ou com ONGs LGBTs: Programa Rio Grande Sem
Homofobia, Disque Direitos Humanos 100, capacitação de servidores
da educação em mais de 40 municípios sobre os temas diversidade
sexual e bullying homofóbico, garantia do nome social para travestis
e transexuais, dia estadual de enfrentamento a homofobia (17 de
maio), Conferência Estadual LGBT, dignidade às travestis no sistema
prisional, 1º encontro de gestores municipais LGBT, etc.
No caso do Programa Rio
Grande Sem Homofobia, criado pela Secretaria de Estado da Justiça e
dos Direitos Humanos para promover a cidadania e a diversidade, este
consiste numa série de ações para dar um fim ao ódio,
preconceito, discriminação, agressões e assassinatos de gays,
lésbicas, bissexuais, travestis ou transexuais. O Programa entende
que a manifestação de identidade sexual, afetividade ou desejo não
pode ser um direito exclusivo de heterossexuais, porque diz respeito
ao bem-estar das pessoas. O Programa também inicia uma grande
discussão para garantir a aprovação de leis que contribuam para
que a população LGBT tenha os mesmos direitos, oportunidades e
reconhecimento que os demais cidadãos e cidadãs têm garantidos.
Objetivando a
visibilidade e a promoção da cidadania LGBT, a Secretaria da
Justiça e dos Direitos Humanos, juntamente com a Coordenadoria, é
parceira das atividades que promovam a livre orientação sexual e a
cultura LGBT do RS. Por isso, o Movimento Espiritualidade Inclusiva,
tendo se apresentado formalmente, passa agora a ser conhecido da
Coordenadoria e a integrar o conjunto das força LGBT de combate ao
preconceito e da promoção da cidadania plena para esta comunidade
tão atacada por fundamentalistas e fanáticos de todo gênero.
Stekel demonstrou o
quanto é importante, além de combater a homofobia em geral, dar uma
atenção especial à homofobia religiosa, que parece estar se
alastrando pelo país, incitada por líderes religiosos
irresponsáveis e mal-intencionados, pouco ou nada preocupados com a
dignidade da vida humana. Enfatizou que os objetivos do Movimento
Espiritualidade Inclusiva são: confrontar a homofobia, em especial a
homofobia religiosa; apoiar e dar visibilidade às iniciativas
inclusivas dentro das diversas denominações religiosas no Brasil;
fortalecer o laicismo de Estado, evitando assim que corra o risco de
ser engolido por ações de origem religiosa que atentem contra os
direitos humanos e os direitos LGBT em particular.
Em contrapartida, o
Movimento Espiritualidade Inclusiva, que é apartidário e defende os
direitos de todas as crenças, dos LGBT e dos que não possuem
religião alguma, se comprometeu a apoiar as ações de políticas
públicas no RS em prol da comunidade LGBT em todas as suas
instâncias.
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